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Energia eólica muda realidade de agricultor no sertão paraibano

A energia limpa traz diversos benefícios para o planeta e para o homem. A matéria a seguir conta como a Neoenergia, através das construções de parques eólicos, mudou a vida de algumas famílias de Santa Luzia. Confira:

 

Seu Piúga, 73 anos, casado e pai de quatro filhos, nunca tinha ouvido falar “nesse negócio de vender vento”. Acostumado a plantar milho, feijão, algodão e a criar gado, viu sua produção diminuir ao longo da vida pela seca que castiga o sertão paraibano e pelas poucas perspectivas neste meio, afastado dos grandes centros urbanos e dos investimentos.

Um dia, no final de uma tarde quente em Santa Luzia, interior da Paraíba, um homem chegou em uma caminhonete falando para ele que queria comprar vento. Era 2010. Desconfiado daquela história, o agricultor contou a mulher, que estranhando aquele assunto, disse que iriam enganá-lo de alguma forma e perderiam o pouco que tinham. Mas ele já havia dado sua palavra ao homem, que mostrando seriedade disse que voltaria para acertar o negócio no outro dia. E palavra é coisa séria para o nordestino.

Hoje, graças ao potencial eólico descoberto na região, Piúga faz parte de uma das 23 famílias que aceitaram a proposta do Grupo Iberdola, através de sua subsidiária no Brasil, Neoenergia, para uma compensação financeira pelo arrendamento de parte de suas terras pelo Complexo Eólico de Santa Luzia, que desde setembro do ano passado opera com três parques, cada um produzindo 31,5 MW de energia, num total de 45 turbinas eólicas modelo G114, ligadas ao sistema por 270 Km de cabos subterrâneos.

Santa Luzia foi avaliada através de dados históricos do IBGE e pela instalação de uma torre de medição da Neoenergia, no intuito de comprovar a qualidade dos ventos na região: constantes, com velocidade estável e unidirecionais. Só depois desse processo o empreendimento pode ser viabilizado, levando também a questão do custo benefício da localidade.

“Aqui descobrimos uma área muito boa para ampliação, e já reduzimos os custos com as estradas que construímos”, comentou o Gestor de O&M de Parques Eólicos da Iberdola, Jussiê Dantas.

Com três aerogeradores em seu terreno, Piúga, que no cartório se chama Luís Antônio, é mais um personagem dessas histórias de vida desafiadas pela seca no sertão nordestino, que no último período deixou os moradores da região sem ver água cair do céu por sete anos.

Filho de agricultores, ficou órfão de pai e mãe aos 14 anos de idade, vítimas de câncer. Não completou o ensino fundamental, e morar “de favor” na casa dos outros lhe incomodava. Muitas vezes tomava bronca sem ao menos merecer. Quando fazia o trajeto de 10 Km até a escola, a pé, às vezes via uma sombra no meio do caminho e parava para dormir. “Quem me ensinou foi a vida”, lembrou.

Após a morte do pai, dividiu a herança com seus 14 irmãos: ficou com 50 hectares de 700, terra que hoje ele vem cuidar todo dia para dar comida aos animais, já que se mudou com a família para a área mais urbanizada do município após o arrendamento.

 

“Ninguém queria essas terras. Aqui nem cobra se cria”

Com um sorriso fácil no rosto, apesar da vida sofrida, Piúga conta que numa época pensou em vender sua parte no terreno e comprar uma granja em Natal (RN), mas que a pouca valorização da região o fez recuar da ideia. “Sobreviver aqui não é fácil, nem de graça queriam propriedade. Aqui nem cobra se cria”

Mas foi um pressentimento repentino que o fez segurar a terra quando teve uma proposta: “Falei pra mim mesmo que iria ficar aqui até a morte”.

Hoje ele ainda cria 14 cabeças de gado. Tinha 50, mas teve que vender naquele tempo para se manter. Mas tudo melhorou com a chegada dos aerogeradores. “Se não fosse essa usina não ia mais ter gente aqui, quem iria conseguir sobreviver?” Agora o agricultor, que trocou o cultivo de algodão para vender vento, costuma brincar, que quando não tem vento, vai para frente da torre assoprar.

Com o valor que recebe todo mês, conforme a produção de energia gerada pelas turbinas, o arrendatário conseguiu comprar uma televisão, geladeira, reformar a casa, o terraço e até comprar um carro, realidade antes inimaginável para suas condições.

Ele saúda também os benefícios que vieram para uma região abandonada pelo poder público, como a construção de mais de 60 Km de estradas rurais, além de outras famílias beneficiadas e a criação de 500 empregos para implantação dos parques.

“Estrada não tinha aqui, era um sofrimento. Os prefeitos não faziam nada, tínhamos que usar até carrinho de mão para Santa Luzia”, contou.

Para quem um dia foi sozinho na vida, Piúga se mostra “feliz até demais” por ter uma família grande. “Tem dia lá em casa que tem uns 14 pra tomar café, almoçar e jantar”, brinca. Com a renda extra é possível ainda ajudar outros familiares, como a neta que está fazendo faculdade em Natal.

“Ajudo o pai dela, porque só para ele fica pesado. Se não fosse o negócio desses aero, eu não teria o que fazer”, conta o agricultor, com os olhos ligeiramente marejados.

Assim como a família de Seu Piúga, muitas outras foram contempladas pelo “negócio dos ventos”, que tem levado novos rumos e perspectivas para vidas no Seridó da Paraíba. São histórias que o sertão esconde. Os benefícios, diretos ou indiretos, demonstram a dimensão que essa relação de simbiose entre a usina e os arrendatários pode gerar.

“O que tinha aqui antes do parque? Tínhamos agricultura e comercio local. Uma criança pensava em ser agricultor ou sair da região. Agora se tem uma nova visão, de trabalhar num parque eólico, de ser um engenheiro, um técnico. É uma perspectiva de futuro”, avaliou Jussiê, emocionado por fazer parte de um projeto que proporciona esse tipo de transformação social. “É muito gratificante”, completou.

Ampliação

O estado da Paraíba conta hoje com 16 parques eólicos, sendo Santa Luzia o primeiro complexo instalado no interior, e cuja geração cobre os outros 13 parques, todos menores e antigos, localizados Mataraca e Alhandra, ambos no litoral.

Lagoa I, II e Canoas estão conectados à subestação local e transmitindo energia ao SIN por meio de duas linhas de transmissão. As obras nas três primeiras instalações contaram com investimentos de R$ 500 milhões, via financiamento BNDES.

“Hoje estamos conectados na distribuição. Depois construiremos uma rede mais robusta para a transmissão, através do outro leilão, de transmissão”, revelou Jussiê Dantas.

Em 2020, a Neoenergia irá ampliar a planta atual com a construção de mais 15 parques até 2023, o que representará o maior complexo eólico da América Latina em termos de quantidade de turbinas por área, num aporte previsto de mais de R$ 2 bilhões.

Serão ao todo 189 aerogeradores espalhadas ao longo de 900 Km², com a próxima geração sendo do modelo SG 132, com a capacidade de gerar 3,1 MW. A fabricante é a Siemens Gamesa, que produz uma parte das peças na sua fábrica em Camaçari (BA) e outras na Espanha e China.

Uma nova subestação de 500 kV também será implantada em pontos de conexão com as linhas que serão ampliadas, para que outras empresas se conectem. Com a expansão, o complexo poderá atender a 1 milhão e meio de pessoas, podendo alimentar duas cidades como Patos (PB), de 200 mil habitantes.

Segundo relatório da Associação Brasileira de Energia Eólica – Abeeólica, a energia eólica ultrapassou a marca de 14 GW de capacidade instalada para produção nacional da fonte. Para efeito de comparação, o valor é o mesmo da capacidade instalada de Itaipu, a maior hidrelétrica do país. Deste total, cerca de 85% é gerado pelo Nordeste, totalizando 12,2 GW de potência instalada, que no dia 13 de setembro foi responsável por atender a 74% da carga consumida na região com energia provinda dos ventos.

Além disso, o Brasil vem demonstrando crescimento no segmento, alcançando posições melhores a cada ano no ranking dos países que mais geram energia eólica no mundo. Atualmente o país encontra-se em oitavo lugar, tendo ultrapassado a Itália e o Canadá nos últimos dois anos, de acordo com o Conselho Global de Energia Eólica (GWEC).

No caso do Complexo Santa Luzia, além da capacidade de geração, outro fator de atratividade para o negócio é que as empresas e clientes pagam taxas menores pela transmissão, pois o complexo está próximo da área de consumo. Há também os incentivos fiscais e uma zona de interesse de mais de 2 GWh para produção de várias empresas, que querem vir se instalar na região para usar essa energia.

*O repórter viajou a convite da Neoenergia

 

Créditos da matéria: Canal Energia

Créditos da imagens: Divulgação

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Energia limpa pode superar uso de carvão na Alemanha até o fim do ano

A energia limpa é muito importante para a proteção do meio ambiente, garantindo a sustentabilidade do planeta e a qualidade de vida das pessoas. As principais fontes de energia limpa são: hidrelétrica, eólica e solar.

Na matéria a seguir observamos que fontes de energia limpa vêm ganhando espaço no mundo. Confira:

FRANKFURT (Reuters) – A energia limpa está no caminho para ultrapassar o carvão como principal fonte de energia da Alemanha neste ano, com as fontes renováveis atingindo um recorde de 38 por cento do consumo de eletricidade do país, dois por cento a mais do que em 2017, disseram dois grupos do setor de energia nesta quinta-feira.

As estimativas do grupo BDEW e do instituto de pesquisa ZSW confirmam a suas previsões de novembro, que projetaram um aumento da fatia da energia limpa no consumo de eletricidade.

A produção de energia renovável como uma categoria única tem se aproximado da participação de combustível fósseis individualmente na Alemanha desde que o país começou a depender mais da energia eólica e solar na última década.

A contribuição dos renováveis é politicamente significativa na maior economia europeia, que pretende que a fatia da energia limpa alcance 65 por cento até 2030.

Os números finais a cada ano dependem dos padrões climáticos, que precisam gerar ventos rápidos e sol o suficiente para dar combustível a turbinas eólicas e painéis solares.

Uma seca duradoura desde a primavera de 2018 na Europa resultou em uma queda na produção de energia hidrelétrica em 16 por cento na comparação anual, um total de 17 bilhões de kWh, destacaram os dois grupos em comunicado.

Porém a expansão da produção a partir de fontes renováveis como um todo continuou, permitindo a energia limpa a superar a fatia de carvão importado e carvão marrom doméstico, que juntos somaram 36 por cento do consumo de energia nos nove primeiros meses do ano.

Créditos da matéria: Reuters

Créditos da imagens: Michaela Rehle

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BNDES libera R$ 6,7 milhões para fazer rede de recarga de carros elétricos

Projetos incluem desenvolvimento de pontos de carga lenta, semirrápida e rápida.

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou a liberação de R$ 3,4 milhões e R$ 3,3 milhões, respectivamente, para dois projetos de redes de recarga de veículos elétricos. Um dos projetos é da CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Telecomunicações) e prevê investimento total de R$ 5 milhões. A PHB Eletrônica Limitada, empresa brasileira com mais de 30 anos de experiência em projetos na área de eletrônica de potência aplicada a sistemas de energia, surge como interveniente.

O outro é da Fundação CERTI (organização de pesquisa, desenvolvimento e soluções tecnológicas) em parceria com a WEG, fabricante nacional de eletroeletrônicos de uso industrial com atuação no setor de mobilidade elétrica. O investimento total éde R$ 7,5 milhões. Os projetos contam com apoio financeiro não reembolsável da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, organização social criada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para fomentar projetos inovadores), no valor total de R$ 2,9 milhões.

Cadê os incentivos?

Contrapartida para o financiamento público está no comprometimento das empresas privadas em desenvolver modelos de eletropostos de recarga lenta (8 a 16 horas), semirrápida (2 a 4 horas) e rápida (até 1 hora) acessíveis a todos. Os pontos de recarga poderão ser instalados em residências, shoppings, estacionamentos, postos de gasolinas e estradas.

Além da ausência de incentivos fiscais significativos para importação e até produção de veículos híbridos e elétricos até o momento, o Brasil enfrenta ainda a falta de infraestrutura e também a presença tímida de oferta de veículos “eletrificados” no Brasil. São poucos os modelos à venda no mercado nacional, sempre por importação — o BMW i3, por exemplo, é o único carro elétrico de fato disponível no país de forma oficial. Híbridos plug-in surgem ainda de forma esporádica e sempre no segmento de luxo.

Aos poucos, as fabricantes anunciam medidas pontuais para facilitar (ou tornar menos difícil) a vida de quem tem um carro elétrico. Uma delas é a eletrovia montada pela BMW ligando São Paulo ao Rio de Janeiro, graças à instalação de seis pontos de recarga espalhados pelos 430 quilômetros do trajeto entre as capitais. Outra, anterior ao caso acima, é o projeto de eletrovia entre Paranaguá e Foz do Iguaçu, no Paraná, com ação integrada de Copel (concessionária de energia elétrica paranaense) e ABB (multinacional suíça do ramo de eletrificação).

Recentemente, a Volvo se comprometeu a construir 250 eletropostos no Brasil até abril de 2019, sendo que metade deste volume estará funcionando até o fim deste ano. Para tanto, a fabricante sueca firmou parcerias com a rede de shoppings Iguatemi e a cadeia de supermercados Pão de Açúcar.

A recarga é gratuita, mas o usuário precisa pagar o valor do estacionamento dos estabelecimentos. Qualquer veículo híbrido ou elétrico no padrão europeu também poderá ser carregado nos pontos bancados pela empresa, mesmo sendo de outra marca.

Créditos da matéria: Uol – Por Vitor Matsubara

Créditos da imagens: Eduardo Anizelli/Folhapress

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O papel dos gestores públicos na construção de Cidades Inteligentes

Há poucos anos, o conceito de Cidades Inteligentes (Smart Cities) parecia uma realidade distante. Hoje, apresenta-se como o melhor caminho a ser seguido no desenvolvimento de centros urbanos em todo o mundo por fazer uso da tecnologia para integrar governos, empresas e sociedade na busca por soluções criativas e inovadoras para diversos problemas, como os ligados ao meio ambiente, mobilidade urbana, habitação, saúde, segurança, e muitos outros.

Planejamento urbano e Smart Cities andam de mãos dadas. Somente com um real olhar voltado para o futuro é que os gestores públicos são capazes de projetar um desenvolvimento urbano eficiente, e este não pode estar atrelado a ciclos políticos, mas sim econômicos. Desta forma, investimentos constantes em tecnologia por parte dos governos, em todas as esferas, são essenciais, pois formam a base de uma Cidade Inteligente.

Com o avanço dos dispositivos que usam a Internet da Coisas, por exemplo, hoje é possível aplicar soluções voltadas aos centros urbanos para quase tudo, permitindo aos governantes tomadas de decisões mais rápidas e assertivas. Além disso, ao conectar infraestrutura local, serviços e a população, é possível também uma melhor compreensão das necessidades, vocações e características da cada município. Como?

Em um mundo cada vez mais conectado, basta imaginar a imensidão de dados que são gerados a todo instante pelos cidadãos via plataformas digitais. Já está mais do que na hora de o setor público entender e saber utilizar essas informações em benefício da população. Olhemos para o estado de São Paulo. Com a intensificação do processo de urbanização, os desafios para assegurar o desenvolvimento de cidades mais resilientes e sustentáveis economicamente estão cada vez mais complexos.

Segundo dados do IBGE e do Seade, estima-se que até 2050, dos mais de 47 milhões de cidadãos que habitarão nosso Estado, 85% viverá em regiões urbanizadas. Além disso, o crescimento populacional anual se tornará negativo, e 22,7% dos paulistas terão mais de 65 anos de idade, o que denota um rápido envelhecimento de nossa população. Para efeito de comparação, em 2010 éramos 41 milhões, e apenas 7,8% tinham acima de 64 anos.

Neste cenário, o uso da tecnologia para tornar tudo mais eficiente se torna crucial. Muitas prefeituras paulistas já deram o primeiro passo para se tornarem uma Smart City, seja por meio de projetos via Parcerias Público-Privadas (PPPs), seja por meio dos chamados living labs, espaços onde soluções desenvolvidas pela iniciativa privada podem ser experimentadas em situações reais e, se validadas, podem ser adotadas pelos municípios.

Entre a infinidade de soluções, muitas têm sido criadas para realizar melhorias na oferta de transporte público, de acordo com a demanda da população; para diminuir o trânsito, com o uso de semáforos inteligentes; na conscientização e ampliação da coleta seletiva; na gestão mais eficaz da iluminação pública e de áreas arborizadas; na evacuação de áreas de risco com alertas sobre possibilidades de enchentes e deslizamentos; na otimização do agendamento remoto de consultas e exames médicos e de tantos outros serviços públicos existentes.

Atenta a este movimento, a Desenvolve SP, agência estadual de fomento, há nove anos auxilia gestores municipais a darem este salto de qualidade na administração e na vida prática dos cidadãos. Projetos que elevam o status de uma cidade para uma Smart City são justamente os que a instituição está pronta para financiar, como a implantação de sistemas de iluminação pública mais econômicos, centros de distribuição e abastecimento para o escoamento mais eficaz da produção local, projetos sustentáveis que proporcionem maior eficiência energética e qualidade de vida para a população, e muitos outros.

Assim, este novo modelo de gestão, preocupada com o futuro das próximas gerações, já dá passos decisivos para transformar nossas cidades em lugares cada vez mais inteligentes e conectados. Mas, não podemos descansar. A necessidade de adaptação é constante. Novos problemas relacionados aos centros urbanos surgem a todo o momento e antecipar soluções para resolvê-los através da inovação deve ser um compromisso diário na agenda dos gestores públicos.

Créditos da matéria: Portal Eco Informe – Por Alvaro Sedlacek.

Créditos da imagens: Divulgação – Portal Eco Informe.

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Curitiba testa ciclovia que gera energia

A vibração emitida quando pedestres e bicicletas passam pelo piso permite gerar energia para iluminar o caminho.

Há dois anos, a capital do Paraná anunciou que suas ciclovias iam gerar energia e agora o projeto está virando realidade. Em julho, foram instalados os pisos geradores de energia na ciclovia e na ponte sobre o Rio Belém, no centro da cidade.

A tecnologia é da empresa japonesa Soundpower e foi oferecida de graça, segundo a gestão. Agora em fase de testes, Curitiba havia assinado um documento com Agência de Cooperação Internacional do Japão em 2016.

Tecnologia

ciclovia que gera energia 1

A vibração emitida quando pedestres e bicicletas passam pelo piso permite gerar energia para iluminar o caminho. Além disso, por meio de sensores, a tecnologia consegue coletar dados sobre a intensidade de tráfego, fazendo a contagem inclusive.

“Esses caminhos que se acendem por si, com a energia do pedalar e do passo humano, são um novo parâmetro que chega em Curitiba junto com as comemorações da imigração japonesa”, afirma o prefeito Rafael Greca.

Ciclovia Solar

ciclovia que gera energia 2

No mundo ciclístico, já há um grande exemplo de via para bicicletas que gera energia. E ainda mais: gera energia solar. Ela está na Holanda e o CicloVivo falou sobre ela aqui.

Créditos da matéria: Portal Ciclo Vivo

Créditos da imagens: Cesar Brustolin/SMCS

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ANEEL regulamenta recarga de veículos elétricos

A produção e comercialização de recarga já é feita em diversas partes do mundo para atender a demanda de carros elétricos.

Agência Nacional de Energia Elétrica  aprovou a regulamentação sobre a recarga de veículos elétricos. Com isso, os empreendimentos interessados em prestar esse tipo de serviço têm agora uma regulamentação básica.

Podem ser distribuidoras, postos de combustíveis ou shopping centers, por exemplo. A ideia é evitar interferências da atividade nos processos tarifários dos consumidores de energia elétrica.

A produção e comercialização de recarga já é feita em diversas partes do mundo para atender a demanda de carros elétricos. Segundo o diretor relator do processo, Tiago Correia, a regulamentação aprovada pela Aneel reduzirá incertezas. Além disso, favorecerá investimentos do setor privado na infraestrutura de recarga de veículos elétricos.

Futuro elétrico

De acordo com a ANEEL, esse tipo de veículo ajudará na redução das emissões de gás carbônico, além de aumentar a eficiência energética neste modal de transporte. A expectativa da agência é de que a propulsão elétrica alcance uma posição relevante no país nos próximos 10 anos.

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Créditos da matéria: Ciclo Vivo.

Imagem: Divulgação.

Tecnologia móvel é chave para proteger meio ambiente e combater mudanças climáticas

Estudo da GSMA destaca o setor de TIC como catalisador da revolução de baixo carbono

Tecnologias móveis são chave para enfrentar mudanças climáticas e desenvolver soluções inteligentes que assegurem um crescimento econômico sustentável na América Latina. É o que destaca estudo da GSMA e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

O relatório, desenvolvido pelo grupo South Pole, analisa como a indústria das TIC está permitindo a redução da emissão de carbono em todos os setores, ao mesmo tempo em que reduz sua própria pegada ecológica.

O estudo descreve como a internet das coisas (IoT) e o big data estão ajudando a enfrentar as mudanças climáticas e a proteger o meio ambiente, e também ressalta de que forma a indústria e os governos podem abordar temas como o lixo eletrônico.

A implementação de IoT apoiará os setores de transporte, manufatura, agricultura, construção e energia, entre outros, para reduzir suas emissões GEE e incrementar a eficiência no uso de recursos para proteger o meio ambiente.

“A mudança climática é uma das questões mais urgentes que o mundo enfrenta hoje, e não pode ser ignorada”, afirmou Mats Granryd, diretor-geral da GSMA. “As operadoras móveis e outros atores do ecossistema móvel estão liderando uma ampla gama de programas e iniciativas que contribuem para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, incluindo a luta contra as mudanças climáticas e seus impactos. De fato, o SDG 13 (Ação pelo Clima) é um dos SDGs em que as operadoras estão contribuindo mais fortemente”, acrescentou.

Segundo o relatório, a tecnologia móvel e as TIC possuem o potencial de reduzir com eficiência as emissões dos gases de efeito estufa (GEE) e de efetivamente desvincular o crescimento econômico do crescimento das emissões.

Um forte compromisso pela eficiência energética e pela energia renovável é o caminho que a indústria digital deve tomar para se alinhar ao Acordo de Paris e manter o aquecimento global bem abaixo dos 2 graus Celsius.

Gestão do Lixo Eletrônico

O relatório revela que o lixo eletrônico (e-waste) gerado globalmente alcançou 46 mil quilotons (kt) em 2017, e que a América Latina representa 9% do total mundial (4,4 mil kt).

Estima-se também que apenas 46 kt (1%) do total do lixo eletrônico da região esteja associado aos telefones móveis.

Esses novos dados da Universidade das Nações Unidas destacam que o lixo eletrônico crescerá 10% ao ano na América Latina até 2020.

Créditos da matéria: Computer World.

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MG terá primeira usina de armazenagem de energia solar do Brasil

A usina mineira é a única no país que tem combinação com baterias de armazenamento, que permite a distribuição de energia solar durante a noite.

Companhia Elétrica de Minas Gerais (Cemig) e a Alsol Energias Renováveis inauguraram no dia 15 de maio o projeto de sua parceria, uma usina fotovoltaica com sistema de armazenamento.

A usina, que fica em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, é a primeira com capacidade de captação e armazenamento de energia de fonte solar do Brasil. A ideia primária deste projeto é desenvolver um produto nacional que possibilite economia financeira e reaproveitamento das baterias e inversores fotovoltaicos que já foram utilizadas, mas ainda têm funcionalidade, garantindo que estes equipamentos sejam descartados somente no final de sua vida útil.

A iniciativa é do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e o valor total investido na usina é de R$ 22,7 milhões. Destes, R$ 17,5 milhões foram investidos pela Cemig e os outros R$ 5,2 milhões foram financiados pela parceira Alsol.

A usina ocupa 2 mil metros quadrados, nos quais estão distribuídos os 1.152 painéis solares e os quatro contêineres que vão abrigar as baterias de armazenamento, que espera-se armazenar até 1 megawatt quando a usina estiver em capacidade total.

A todo vapor

Os painéis da usina fotovoltaica tem a capacidade de produzir até 480 kWh/ano, o suficiente para atender 250 domicílios com consumo médio de 150 kWh/mês. 

A usina já está conectada à rede de distribuição de energia de Minas, como informou a Cemig. No entanto, ainda está na fase inicial de armazenamento, pois estão utilizando um protótipo com 200 vezes menos capacidade que as baterias da planta do projeto.

De acordo com Gustavo Malagoli, presidente da Alsol, a previsão é que a capacidade máxima de armazenamento seja atingida em seis meses. Nesse cenário, a energia armazenada na usina será capaz de melhorar a qualidade da distribuição na rede, como Gustavo ainda explica.

“Sabemos que a energia gerada pelo sol pode ser exportada para a rede apenas durante o dia, então estamos testando diferentes tecnologias de baterias capazes de armazenar a energia gerada pelas placas fotovoltaicas e injetá-la na rede nos momentos de maior necessidade, também buscando a melhoria da qualidade do fornecimento”.

Outros sete protótipos das baterias de armazenamentos serão implantadas na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e no Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), que também são parceiros no projeto de desenvolvimento da usina.

Créditos da imagem: Divulgação.

Créditos da matéria: Ciclo Vivo.

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Startup transforma vapor em água usando energia solar

Do jeito que a água é produzida, ela pode ser canalizada diretamente para uso nas residências.

Como conseguir tornar a água limpa e acessível para todos?

Muitas soluções têm sido criadas principalmente para países em desenvolvimento. Exemplo deste esforço é a tecnologia criada pela startup Uravu, que tem base em Hyderabad, capital do estado de Telangana, na Índia.

O produto une dois problemas comuns em lugares remotos: falta de água e falta de energia. Ele usa um material de absorção de água patenteado que suga o vapor do ar e usa energia solar térmica para convertê-lo em água.

Para isso, é utilizado um coletor solar, batizado de “Aqua Painéis”, capaz de acumular muito calor em uma pequena área.

A tecnologia não está 100% pronta, mas a estimativa é que dentro de dois anos o produto esteja disponível.

Solução para residências

A tecnologia em si não é nova. Apesar disso, o sistema ainda é complicado para fins domésticos. Até hoje, a solução é usada somente pela indústria.

“É apenas um dispositivo passivo que você pode deixar no seu telhado e gerará água. O processo começa à noite e no dia seguinte você terá água”, garantiu Swapnil Shrivastav, co-fundador da Uravu, ao Quartz India.

Ele também ressaltou que é precisa alta umidade e há um alto consumo de energia envolvido. Outra dificuldade que buscou aprimorar foi criar um dispositivo modular simples, uma vez que é comum ter muitas partes móveis em produtos do tipo.

Outra vantagem é que, em parte por não usar eletricidade, a solução é mais barata do que os sistemas existentes baseados em refrigeração.

Inspiração

A empresa afirma que a inspiração vem do fato de que a atmosfera está constantemente mantendo diversas quantidades de umidade.

“Isso nos levou a pensar porque esse recurso não está sendo utilizado”, disse Shrivastav. “[O vapor de água] também não se limita à dessalinização, que acontece apenas na costa. Ou chuvas que não acontecem em todos os lugares”.

Mas pode beber?

Do jeito que a água é produzida, ela pode ser canalizada diretamente para uso nas residências. Entretanto, para ter água potável, os usuários precisarão usar um dispositivo suplementar. Uma espécie de cartucho mineral acoplável. O protótipo atual gera cerca de 50 litros de água diariamente. A meta, no entanto, é alcançar uma capacidade de produção de 2 mil litros por dia.

Créditos da matéria: Ciclo Vivo.

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Nissan inaugura fábrica para reciclar baterias de carros elétricos

As baterias recicladas e refabricadas serão usadas para oferecer a primeira bateria substituível trocável do mundo para veículos elétricos.

No Japão será aberta a primeira fábrica especializada na reutilização e reciclagem de baterias de íons de lítio de veículos elétricos. A unidade, localizada na cidade de Namie, será operada pela 4R Energy Corporation, uma joint venture entre a Nissan e a Sumitomo Corporation.

Problema

Com o aumento no número de carros elétricos, a disponibilidade de baterias de íons de lítio usadas deverá subir significativamente no futuro próximo. E é já esperado que os compradores da primeira geração de carros elétricos queiram substituir seus veículos.

Como dar conta então de possível problema?

A Nissan afirma que a reciclagem e a refabricação dessas baterias terão um impacto substancial no segmento. Isso vai afetar a demanda por novos materiais, o meio ambiente e a sociedade como um todo.

Reutilização como solução

Fundada em 2010 pela Nissan e pela Sumitomo Corporation, a 4R desenvolveu um sistema que mede rapidamente o desempenho de baterias usadas. A empresa planeja aplicar essa tecnologia inovadora a baterias coletadas em todo o Japão.

A fábrica servirá como centro global para o desenvolvimento e fabricação da 4R. As baterias recicladas e refabricadas serão usadas para oferecer a primeira bateria substituível do mundo para veículos elétricos.

Além disso, serão usadas em sistemas de armazenamento em larga escala e empilhadeiras elétricas. A unidade é a primeira fábrica nova da cidade de Namie desde que a cidade foi devastada pelo terremoto e tsunami do Japão em março de 2011, e deve ajudar a revitalizar a economia local.

Créditos da matéria: Ciclo Vivo

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Créditos da imagem: Divulgação.