Cientistas descobrem forma inédita de armazenar energia solar

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, publicou recentemente um estudo, na revista Chemistry of Materials, que pode revolucionar a pesquisa de energias limpas renováveis: trata-se de uma nova maneira de armazenar energia solar, durante vários meses, com opção de liberá-la sob demanda, para produzir calor.

Após análise de um material cristalino, os pesquisadores descobriram que ele é capaz de capturar e armazenar quantidades significativas de energia solar durante os meses de verão, com dias claros e ensolarados, para utilizá-la no inverno. O método proposto poderia até mesmo ser aplicado no aquecimento suplementar de casas e escritórios.

O novo material foi desenvolvido a partir de uma “estrutura metal-orgânica” (MOF) que consiste em íons metálicos interligados em estruturas tridimensionais. Como esses MOF’s são porosos, moléculas especiais carregadas são hospedadas nesses poros, e conseguem absorver a luz ultravioleta e depois mudar de forma quando a luz ou o calor são aplicados.

A partir de um composto MOF, preparado por outros pesquisadores da Universidade de Kyoto, no Japão, chamado de DMOF1, a equipe de Lancaster teve a ideia de utilizá-lo com o objetivo de armazenar energia, algo que não havia sido pesquisado antes.

Os poros do MOF foram carregados com moléculas de azobenzeno, um composto que absorve fortemente a luz. O processo foi capaz de armazenar a energia da luz ultravioleta da mesma forma que uma mola dobrada. Os poros do MOF prendem as células de forma tensionada por longos períodos de tempo na temperatura ambiente.

Para liberar a energia, é utilizada uma pequena fonte de calor externo, como gatilho, apenas para mudar o estado do MOF, o que ocorre de forma muito rápida, como uma mola voltando para a sua posição original. Isso fornece um aumento de calor que pode ser usado para aquecer outros materiais ou dispositivos.

 

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EDP e Unidas se unem em parceria para carro elétrico

Parceria inédita no país colocará inicialmente 100 carros para aluguel com suporte de infraestrutura e até fornecimento dedicado de energia.

Com a ambição de impulsionar a indústria de veículos elétricos no país, a EDP Brasil e a Unidas se uniram para viabilizar uma parceria inédita no mercado. Pelo acordo, a locadora entrará com a compra da frota e disponibilização para locação, enquanto a companhia elétrica proverá a infraestrutura para carregamento e, se preciso, até mesmo um fornecimento dedicado de energia a partir de mini usinas solares.

Na primeira fase do projeto, iniciado neste mês, 100 carros 100% elétricos estão disponíveis para aluguel nos segmentos corporativo e pessoa física, nas cidades de São Paulo, Brasília e Curitiba. Para 2021, a expectativa é que a frota da parceria chegue a 600 carros.  Já do lado da infraestrutura, os carregadores serão instalados pela EDP conforme a necessidade dos clientes. Para pessoa física, uma alternativa é disponibilizá-los nas próprias lojas da Unidas.

No caso de frotas corporativas, que exigem infraestruturas maiores, a companhia pode até instalar uma pequena usina solar (no local ou remota) para atender a carga necessária.  Com a combinação de forças, as companhias pretendem “protagonizar” uma nova frente no setor, atacando questões normalmente apontadas como gargalos para o desenvolvimento mais rápido do mercado. A primeira delas é a infraestrutura. Hoje, algumas locadoras menores já oferecem veículos elétricos, mas sem o respaldo de uma empresa do setor elétrico para dar escala no suporte aos clientes.

Segundo Carlos Andrade, vice-presidente de Estratégia e Novos Negócios da EDP Brasil, essa é a primeira parceria comercial da EDP nesse segmento no Brasil. Até então, a companhia vinha investindo em projetos de P&D, sendo o principal deles a implementação de uma rede de recarga ultrarrápida de veículos elétricos. Com investimentos de R$ 32,9 milhões, o projeto prevê a instalação de 30 pontos no Estado de São Paulo até 2022. A rede montada formará um corredor com um total de 64 pontos de carregamento e 2,5 mil km, interligando a capital paulista a Vitória, Curitiba e Florianópolis.

 

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Autoestradas vão ganhar telhados fotovoltaicos

Em projeto que envolve Áustria, Alemanha e Suíça, pesquisadores querem desenvolver modelo para cobertura das estradas de alta velocidade.

A Europa está querendo tornar viável a cobertura de estradas de alta velocidade com painéis solares fotovoltaicos para geração de energia no espaço viário. A ideia foi colocada em prática em pesquisa conjunta que envolve institutos e empresas da Áustria, Alemanha e Suíça, onde há vias segregadas sem limite de velocidade máxima.

Sob a liderança do Instituto Austríaco de Tecnologia (AIT), o projeto PV-SÜD, lançado em julho, tem a meta de desenvolver uma cobertura solar fotovoltaica que, além da geração de energia, também proteja o piso das rodovias, aumentando a vida útil das estradas e diminuindo a necessidade de manutenção.

Com a cooperação do ISE – Instituto Fraunhofer para Sistemas de Energia Solar (ISE), da Alemanha, e da empresa austríaca Forster, o escopo inicial será o desenvolvimento do conceito, com a identificação dos módulos e estruturas de suporte mais adequadas. Em uma segunda fase, será construída uma instalação de demonstração, com equipamentos de medição e monitoramento.

Com a instalação piloto, os pesquisadores pretendem coletar, durante um ano, informações sobre o comportamento do protótipo em relação aos requisitos das estradas de alta velocidade. Serão avaliados aspectos como drenagem, cargas de vento e neve, estabilidade e segurança contra impactos, opções de manutenção e segurança no tráfego. O objetivo é determinar a confiabilidade e durabilidade dos elementos fotovoltaicos e da estrutura, sua adequação estrutural e o uso eficiente.

A motivação dos três países é encontrar áreas para a geração solar, o que na Europa é um problema, por conta da escassez de terrenos disponíveis para a implantação das usinas. Embora a possibilidade de usar as estradas já tenha sido motivo de vários projetos na Alemanha, Áustria e Suíça, quando vários demostraram viabilidade, o projeto PV SÜD quer criar um modelo para aplicação dos telhados fotovoltaicos pelos operadores das rodovias.

Com os telhados FV, além de agregar a geração de energia elétrica para uso e comercialização pelos operadores, a expectativa é que haja uma eficiente proteção das superfícies das estradas contra precipitação e superaquecimento e até mesmo a redução dos níveis de ruídos. O projeto “PV-SÜD” é financiado pelos governos dos três países envolvidos.

O potencial de geração de energia é grande. Apenas na Alemanha há 13 mil km de estradas sem limite de velocidade que, com seu padrão de quatro faixas de rodagem e 24 metros de largura, poderiam resultar numa capacidade instalada de 56 GW. Na Suíça, há uma rede de 1600 km dessas estradas de alta velocidade e na Áustria, de cerca de 1700 km.

 

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Tiny house de 8 m² movida por energia solar e eólica é a moradia do futuro

A Tiny House tem apenas 8 m² e energia renovável. Conheça mais detalhes da moradia do futuro.

A busca por residências que priorizem a sustentabilidade é uma das principais questões para o público mais jovem, que possui um estilo de vida diferente de outras gerações. Esse grupo é a aposta para a venda da Ecocapsule, projetada pelo estúdio Nice Architects para um concurso de arquitetura e design.

A casa, com espaço interno de 8 m² e “ideal para duas pessoas”, ganhou vida e sucesso após o evento, embora não tenha levado o prêmio na competição. A primeira delas foi construída em 2014, a partir de espuma, fibra de vidro e aço.

Quem busca pela Ecocapsule?

 

A tiny house tinha como intuito principal servir pessoas que queriam viver fora das habituais residências em centros urbanos, como uma espécie de refúgio, ou também como uma solução rápida de moradia para quem não pudesse arcar com altas despesas da casa própria.

As previsões, no entanto, foram completamente diferentes. A Ecocapsule despertou interesse da alta sociedade de Nova York e do Vale do Silício, que a procuravam para criar um estúdio para trabalho — sendo realocadas, inclusive, para topos de prédios.

Com essa demanda, os responsáveis pelo projeto criaram dois tipos de projetos: a original, que pode ser adquirida por US$ 90 mil (cerca de R$ 480 mil), e a mais barata, a Space, de US$ 56 mil (aproximadamente R$ 290 mil).

“Muitos podem considerar o preço acima do limite”, comenta o projetista Igor Zácek. “Esse custo é consequência das mais recentes tecnologias inteligentes e sustentáveis”

Tiny House - Eco Consciente

Energia sustentável

A sustentabilidade é uma das principais vantagens da Ecocapsule, que funciona a partir de energias eólica e solar, emitindo menos gás carbônico para o meio ambiente.

Seu formato oval contribui da mesma forma, retendo o calor e coletando água da chuva, que passa por um sistema de filtragem próprio.

Além das duas formas alternativas de energia, uma bateria elétrica mantém o funcionamento da casa, podendo durar por quatro dias sozinha.

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Conheça a cidade inteligente no Japão

As cidades inteligentes têm monitoramento, mobilidade elétrica, energia sustentável e muito mais. Confira na matéria:

A maioria dos centros urbanos brasileiros apresentou um crescimento não planejado e acelerado. Em função disso, grandes cidades são sempre associadas a cenários caóticos, onde o crime e a confusão imperam. A organização no projeto de uma cidade é essencial para seu bem-estar e isso se mostra inquestionável quando analisamos Fujisawa SST.

Localizada a aproximadamente 50 quilômetros de Tóquio, a cidade inaugurada em 2014 possui um terreno de 180 mil metros quadrados. Com capacidade para até 1000 famílias, sua construção é um projeto da Panasonic com apoio de sete empresas japonesas e uma norte-americana.

Fujisawa SST é uma cidade inteligente. Isso quer dizer que apresenta diferentes tipos de sensores interligados para coletar dados e usá-los no gerenciamento de recursos. Desse modo, há uma otimização nas operações e serviços da cidade. Segundo os desenvolvedores, a intenção era “criar um conceito de comunidade inteligente baseado no conforto residencial, características regionais e padrões de vida futuros – levando em consideração aspectos como energia, segurança, mobilidade e bem-estar”.

Energia

A cidade é coberta por inúmeros painéis solares que, juntos, são responsáveis por 30% do abastecimento local. O excedente é armazenado em baterias que, segundo o Diretor Geral da PanaHome Corporation, já apresentam uma reserva para três dias. Assim, em uma eventual emergência, os moradores poderão continuar suas vidas.

A utilização de fontes renováveis em larga escala mostra resultados concretos – quando comparada com outras cidades, Fujisawa SST apresenta uma redução de 70% na emissão de C02 e de 30% no consumo de água.

Dentro das casas, a tecnologia também colabora com o meio ambiente. Além de todas as luzes serem do tipo LED, os moradores têm acesso a um portal (aplicativo) no qual é possível acompanhar em tempo real o consumo de água e eletricidade. Segundo uma residente da cidade, “ter acesso a esses dados é um fator motivacional para se tornar mais preocupado com o meio ambiente.”

Segurança

A cidade apresenta um sistema de câmeras interligado que é acompanhado por uma equipe de vigilância 24 horas por dia. Segundo os moradores, esse sistema tranquiliza e respeita suas privacidades.

Mobilidade

O sistema de mobilidade adotado pela cidade permite que os residentes compartilhem carros elétricos e bicicletas. Pelo mesmo aplicativo utilizado para acompanhar o gasto de energia, os moradores podem reservar o veículo e utiliza-lo com hora marcada.

A ideia nesse sistema é que os habitantes adotem uma vida mais ativa, alternando entre carro, bicicleta e caminhada. Assim eles não ficariam presos a um único tipo.

Bem-estar

O bem-estar dos cidadãos é muito importante para o funcionamento da cidade. Por isso, todo o mês a prefeitura organiza eventos interativos, como oficinas de artesanato e gincanas, para assim “criar um sentimento de união entre os moradores”.

Nas ruas de Fujisawa SST não é possível observar postes e cabos elétricos suspensos. A rede elétrica é subterrânea com o intuito de deixar a cidade limpa visualmente.

Até o design urbano foi meticulosamente planejado. A disposição dos bloco residenciais foi feita de uma maneira que o vento circula melhor pela cidade e as casas recebem mais iluminação natural.

Futuro

A cidade teve uma enorme procura por parte de estrangeiros. E segundo a Panasonic, a intenção é levar a ideia para outras cidades do Japão e inclusive para outros países.

Créditos da matéria: https://ecoinforme.com.br/

Créditos da imagem: Fujisawasst.com

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Cleantechs

As Cleantechs vêm crescendo com suas alternativas inovadoras e soluções personalizadas, trazem em sua política a responsabilidade com o bem-estar das pessoas e com o meio ambiente. Confira mais na matéria:

As cleantechs são um tipo de negócio que tem tudo a ver com o mercado que se desenha para o futuro. Isso porque ficou no passado a ideia de que a única função de uma empresa é vender. Hoje, suas atividades cumprem também uma função social.

Apesar de muitos empreendedores ainda não darem a devida atenção a tais práticas, quem vai por esse caminho não raro comanda negócios obsoletos e ultrapassados. Mas pode ser ainda pior, pois os resultados acabam afetados de maneira negativa.

É para virar o jogo que iniciativas como as cleantechs se destacam. E não resta dúvida de que as tecnologias limpas – como é característico delas – vieram para ficar.

Assim, as companhias se desenvolvem ao passo em que cuidam do meio ambiente e têm responsabilidade social. O mundo e os consumidores agradecem.

Se você é um gestor, pretende ser ou tem no próprio negócio o meio de vida, este texto tem leitura obrigatória.

A partir de agora, vamos explicar o que são as cleantechs, qual é o perfil desse tipo de empresa, quais as principais tecnologias envolvidas e muito mais.

 

Confira os tópicos que preparamos para este artigo:

O que são empresas de cleantech?

O que são empresas smart cities?

Qual é o perfil das cleantechs?

Os 8 ramos de atuação das cleantechs

Cleantechs no mundo

Cleantechs no Brasil

Onde estão localizadas as cleantechs no país?

Quem são os empreendedores de cleantech no Brasil?

Exemplos de cleantechs brasileiras

Principais tecnologias emergentes.

Quer saber tudo sobre as cleantechs? Então, siga a leitura!

O que são empresas de cleantech?

Empresas de cleantech são organizações embrionárias que têm como principal característica a preocupação com o meio ambiente. Por conta disso, são também chamadas de startups verdes, já que incentivam os cuidados com a sustentabilidade.

Em outras palavras, utilizam soluções inovadoras como alicerce para melhorar o desempenho dos negócios, reduzindo desperdícios e custos. Assim, percebemos que há um ganho em ambas as vias.

Por um lado, a empresa se desenvolve.

Por outro, transforma o mundo em um local amigável para a convivência entre seres-humanos e a natureza. Seu objetivo é a sintonia entre o crescimento do mercado e a eliminação do impacto ecológico negativo, utilizando de maneira sustentável os recursos naturais.

Assim, para ser classificada como uma cleantech, uma empresa deve:

Otimizar as atividades com os recursos disponíveis

Poluir menos

Aplicar um modelo de negócio escalável.

É por isso que se aplica às cleantechs conceitos de tecnologia aliados ao ambientalismo. São priorizados os materiais e fontes de energia sustentável, como o vento, a luz, o calor e a força das marés. Além disso, existe a preocupação com a redução de uso de recursos não renováveis, como o petróleo, o gás natural e o carvão.

Por fim, vale citar a diminuição da produção de rejeitos. Tudo isso com um crescimento calculado, que permite a busca pelo sucesso financeiro diminuindo a agressão ao planeta. Não é a toa que essa já é uma indústria tão poderosa.

Especula-se que, em 2022, ela movimente aproximadamente 2,5 trilhões de dólares, conforme dados do Smart Prosperity Institute. Algumas delas até podem ser utilizadas por você em seu cotidiano. Painéis solares e carros elétricos são um bom exemplo, mas há muitos outros, sobre os quais vamos falar ao longo do texto. E, certamente, elas estarão cada vez mais presentes.

O que são smart cities?

As smart cities são também conhecidas como cidades inteligentes (CI). Assim como smartwatches, smartphones e smart TVs, elas são assim chamadas por virem acompanhadas de tecnologia. No entanto, não existe ainda uma definição concreta sobre o que elas são, já que o conceito se reinventa a cada inovação emergente.

Falando em uma projeção utópica, uma smart city seria um local que utiliza dispositivos conectados para monitorar e gerenciar todos os espaços públicos. De acordo com o Cities in Motion Index, existem nove variáveis consideradas para indicar o nível de inteligência de uma cidade.

São elas:

Capital humano

Coesão social

Economia

Meio ambiente

Governança

Planejamento urbano

Alcance internacional

Tecnologia

Mobilidade e transporte.

O mesmo instituto que realizou a pesquisa criou um ranking, que atribui pontuação a diversas cidades do mundo. Em primeiro lugar observamos Londres (Inglaterra), um exemplo em mobilidade urbana.  Já Nova Iorque (Estados Unidos), na segunda colocação, se destaca no quesito planejamento urbano.

E para fechar o top 3, temos Amsterdã (Holanda), exemplo de alcance internacional. Outras cidades que podem ser citadas como exemplo são Paris (França), Reykjavik (Islândia) e Tóquio (Japão).

No Brasil, a melhor colocada é São Paulo, que ocupa a 116ª posição no ranking. Na sequência temos Rio de Janeiro (126ª), Curitiba (135ª), Brasília (138ª), Salvador (147ª) e Belo Horizonte (151ª).

Para exemplificar uma cidade inteligente conhecida dos brasileiros, vamos falar da terceira colocada, a capital do Paraná.

A imagem acima mostra um Ecoelétrico, um veículo de baixo impacto ambiental, projetado para reduzir a emissão de gases nocivos ao clima. Desde 2014, graças à frota, a cidade poupou 12.264 quilogramas de gás carbônico que seriam prejudiciais à atmosfera.

Outra cidade destaque é Salvador, que investe em tecnologias como semáforos inteligentes, sensores de encostas, pluviômetros automáticos, estações de monitoramento de qualidade do ar e smart grids (redes elétricas inteligentes).

Naturalmente, as cleantechs têm impacto direto no modo com o qual as smart cities são construídas, já que alinham suas tecnologias àquelas aplicadas no município.

Qual é o perfil das cleantechs?

O Brasil conta com 136 empresas do ramo – dados do Mapeamento do Ecossistema de Startups de Cleantech no Brasil, de 2019.

Com relação ao faturamento, temos:

28% com ganhos entre 0 a 10 mil reais

13% com ganhos entre 10 a 100 mil reais

23% com ganhos entre 100 e 500 mil reais

13% com ganhos entre 500 mil a 1 milhão de reais

16% com ganhos entre 1 milhão a 5 milhões de reais

2% com ganhos superiores a 5 milhões de reais.

Entre os 136 participantes da pesquisa, 2% não informaram os dados sobre faturamento.

Sobre a data de fundação, 45% surgiram a partir de 2016, em três anos.

Esse número é bem próximo ao período entre 2000 e 2015, mostrando o desenvolvimento do setor.

 

A respeito do modelo de negócio, as informações do estudo são as seguintes:

 

71% no modelo business to business (B2B)

25% no modelo business to consumer (B2C)

3% no modelo business to government (B2G)

1% no modelo consumer to consumer (C2C).

Os 8 ramos de atuação das cleantechs

As cleantechs atuam em diferentes segmentos de mercado. De acordo com a taxonomia Kachan, criada pela empresa de consultoria e inteligência voltada a tecnologias limpas, existem oito grandes nichos, que se subdividem em outras subcategorias.

A seguir, vamos saber quais são elas.

Energia Limpa

O segmento de energia limpa toma conta dos seguintes atributos:

Eólica

Solar

Combustíveis renováveis

Energia dos oceanos

Biomassa

Geotérmico

Células de combustível

Resíduos

Nuclear

Hídrica.

Armazenamento de Energia

Já armazenamento de energia vislumbra melhorias nos seguintes componentes:

Sistema de armazenamento químico

Sistema de armazenamento térmico

Sistema de armazenamento mecânico

Sistema de armazenamento elétrico.

Eficiência

O segmento de eficiência vigia atividades como:

Redes inteligentes (smart grids)

Arquitetura verde (green building)

Cogeração

Semicondutores

Sistemas de consumo colaborativo.

Transporte

No segmento de transporte, temos os seguintes elementos:

Veículos

Gestão de tráfego

Infraestrutura e abastecimento/carregamento.

Ar & Meio Ambiente

O segmento de ar e meio ambiente, por sua vez, abraça os itens a seguir:

Sequestro de carbono

Mercado de carbono

Controle de emissões

Biorremediação

Reaproveitamento de resíduos

Monitoramento e conformidade

Indústria Limpa

No setor de indústria limpa, temos:

Inovação em materiais

Inovação em design

Inovação em equipamentos

Processos produtivos

Monitoramento e conformidade

Embalagem ecológica.

Água

As cleantechs que se especializam no segmento de água se preocupam com:

Produção

Tratamento

Distribuição

Eficiência no uso da água

Monitoramento e conformidade.

Agricultura

Por fim, temos o segmento da agricultura, que visa o desenvolvimento sustentável de atividades como:

Cultivo

Agricultura em ambiente controlado

Silvicultura sustentável

Criação de animais

Agricultura.

Cleantechs no Mundo

O ramo de cleantechs prospera ao redor do globo.

Muitas empresas já fazem uso de tecnologias em prol do ambiente, modificando as estruturas sociais e econômicas de diversos países.

Na Costa Rica, por exemplo, cerca de 98,53% de toda energia utilizada é renovável, de acordo com The Tico Times.

Outro dado importante vem do Reino Unido.

Espera-se que até 2025 não seja mais necessária a queima de carvão para produzir energia, segundo noticiado no The Guardian.

Com tal prognóstico positivo, muitas pessoas buscam saber mais sobre tais organizações.

Abaixo, conheça algumas das principais.

AeroFarms

A empresa americana AeroFarms funciona como uma fazenda vertical. Isso significa que não precisa de solo ou sol para o cultivo. Recentemente recebeu investimentos que superam os 40 milhões de dólares.

Airthium

Empresa pioneira no ramo de armazenamento de energia, a francesa Airthium possui recursos recicláveis para até 25 anos de ciclo de vida. Ou seja, é autossustentável. O projeto utiliza sistemas termodinâmicos de armazenagem de baixo custo.

Aquaporin

A dinamarquesa Aquaporin dedica seus esforços à purificação da água por meio de técnicas de biotecnologia. De acordo com o próprio site da empresa, o objetivo é lidar com a escassez de água antes que isso se torne um problema irremediável.

Ather Energy

A startup indiana Ather Energy foca na criação de lambretas elétricas. Fundada em 2013, recebeu um aporte de 59 milhões de dólares.

Pyrowave

Empresa canadense, a Pyrowave utiliza soluções químicas para reutilização do plástico.

Biogts

Criada na Finlândia, a Biogts utiliza rejeitos para transformá-los em energia útil. A empresa investe, inclusive, em veículos biocombustíveis e fertilizantes.

Carbon Masters

De origem inglesa, a Carbon Masters tem como objetivo reduzir a emissão de carbono e o aquecimento global. Ela tem um alcance bastante amplo, atuando como consultora para empresas de todo o mundo.

Enervalis

Com base de operações na Bélgica, a Enervalis utiliza a tecnologia de machine learning para analisar o uso de energia das empresas. Assim, é possível estabelecer adaptações que geram economia de recursos.

May Mobility

A americana May Mobility possui um sistema de aplicativo que funciona mais ou menos nos moldes do Uber, mas para ônibus. Sua atuação se estende do consumidor final ao setor privado.

Cleantechs no Brasil

 

O Brasil apresenta um panorama de crescimento no ramo das cleantechs. E não poderia ser diferente.  A Floresta Amazônica ocupa cerca de 60% do território nacional, abrangendo os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins.

Graças a isso, por aqui temos uma preocupação natural com o ecossistema. O setor recebe investimentos anuais, inclusive com um comitê voltado ao segmento dentro da ABStartups.

Onde estão localizadas as cleantechs no país?

Dentre as 136 cleantechs do Brasil, 43% ficam no estado de São Paulo.

Na sequência, temos Minas Gerais e Rio de Janeiro com 12%.

Santa Catarina e Rio Grande do Sul compartilham a terceira colocação, com 7%.

Assim, podemos perceber que o eixo Sul-Sudeste é responsável por 91% das startups de cleantech em território nacional.

Cerca de 66% estão localizadas em capitais, sendo as campeãs São Paulo (20 cleantechs), Rio de Janeiro (16 cleantechs), Belo Horizonte (9 cleantechs), Florianópolis (6 cleantechs) e Porto Alegre (5 cleantechs).

No interior, destacam-se Campinas (5 cleantechs) e Itajubá (4 cleantechs).

Quem são os empreendedores de cleantech no Brasil?

Como em qualquer outro ramo de atuação, existe um perfil dominante dos empreendedores no ramo de cleantechs no Brasil. Entre aqueles que se arriscam no segmento, 83,1% são homens e 84% são brancos. Assim, as mulheres ficam com 16,5% e os pardos com 12% do mercado.

A maior parte possui entre 31 a 40 anos, alcançando o valor de 34% dos respondentes da pesquisa. Os empreendedores de até 30 anos abraçam a fatia de 26%.

Já os entrevistados entre 41 e 50 anos são responsáveis por 21% do total, enquanto aqueles entre 51 a 65 anos atinge o valor de 16%.

Outra informação interessante diz respeito à experiência profissional.

Isso porque mais de 50% possuem experiência em grandes empresas, pesquisa acadêmica e empreendedorismo. Ao mesmo tempo, apenas 6% se envolveram com tarefas relativas ao setor público. Vale ainda ressaltar que 52% são formados em engenharia e 57% possuem pós-graduação como grau de escolaridade. Já sobre o número de sócios, a maioria possui dois (35%). Os números seguintes são um sócio (25%), três sócios (22%), quatro sócios (10%), cinco sócios (4%) e mais de cinco sócios (4%).

Além disso, não emite gases tóxicos na atmosfera.

CUBi

Voltada ao setor de eficiência, a CUBi tem como função auxiliar no monitoramento da energia elétrica. Com isso, é possível identificar possíveis desperdícios e otimizar os ganhos sem a necessidade de mudanças drásticas estruturais. De certo modo, podemos dizer que sua intenção é auxiliar gestores nas tomadas de decisões ao aumentar os ganhos com a energia gerada.

Caronear

A Caronear, por sua vez, é uma plataforma que investe no compartilhamento de caronas. Ela foca nos setores corporativo e educação. A ideia é bem simples: por meio de um aplicativo, pessoas se conectam e verificam se há pessoas com veículos indo a um mesmo destino. O objetivo final é reduzir o número de carros nas ruas, diminuindo a emissão de gases nocivos e melhorando o tráfego urbano.

ACT Sistemas

Outro bom exemplo de cleantech nacional é a ACT Sistemas. A empresa possibilita a automação de sistemas de fiscalização da fumaça preta emitida pelas chaminés industriais. Por meio de um sistema de captura de imagens, avalia o índice de poluição, permitindo a fiscalização regular para que sejam tomadas as devidas providências.

Polen

O objetivo da Polen é conectar indústrias que geram resíduos a outras empresas que utilizam as sobras como matéria-prima. A empresa também auxilia em setores de transporte, logística e seguro ambiental. Nesse último caso, a ideia é cobrir acidentes ambientais ocasionais.

EkonoWater

Mais uma cleantech que se destaca na cenário nacional, a EkonoWater oferece soluções para eliminação do consumo de água potável em vasos sanitários. Além disso, possibilita a redução de até 20% da geração de esgoto. Investindo na reutilização de águas cinzas, provenientes de chuveiro e lavatório, também se aproveita das águas da chuva em seus processos operacionais.

Sensix

A Sensix, por seu lado, oferece serviços de levantamento aéreo, processamento e análise de dados para agricultura por meio de drones. Tais dispositivos, também conhecidos como Veículos Aéreos Não Tripulados, identificam anomalias que auxiliam na tomada de decisão dos empreendedores do ramo.

Principais tecnologias emergentes

Como você viu ao longo do artigo, as cleantechs usam soluções inovadoras para propor novos modelos de negócios, agora mais sustentáveis. Entre essas soluções, destaque para o uso de uma série de tecnologias emergentes, muitas vezes responsáveis pela viabilidade das startups verdes. Elas foram destaque no estudo Science, Technology and Innovation Outlook, da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), de 2016.

Vamos conhecer algumas dessas tecnologias?

Nanotecnologias: tecnologia de manipulação de átomos e moléculas

Sistemas de veículos elétricos: sem utilização de recursos não renováveis, apenas fontes limpas

Big data: organização e análise de altíssimo volume de dados para oferecer informações qualificadas, apoiando as tomadas de decisões

Inteligência artificial: soluções de computação cognitiva que permite a interação entre dispositivos e pessoas, de uma maneira que lembra o pensamento humano

Machine learning: o aprendizado da máquina se destina à análise de dados e identificação de padrões com pouca ou nenhuma intervenção humana

Drones e VANTs: veículos aéreos de pequeno porte e sem tripulação, destinados a fins diversos

Internet das Coisas (IoT): conectividade entre objetos físicos e a internet, permitindo coletar dados e manipular equipamentos de forma remota.

 

Conclusão

Neste artigo, você aprendeu o que são cleantechs e descobriu as razões pelas quais elas crescem a cada dia. Abordamos quais são os ramos de atuação das startups verdes, as áreas nas quais a tecnologia limpa é empregada e como é o desenvolvimento do setor no Brasil e no mundo. Não resta dúvidas de que esse é um campo extremamente promissor, uma resposta à necessidade cada vez maior de pensarmos no futuro do planeta e na vida das próximas gerações.

 

Créditos da matéria: https://fia.com.br/

 

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As marcas Volkswagen, Audi e Porsche se uniram à EDP para instalar eletropostos entre Espírito Santo e Santa Catarina

Volkswagen, Audi e Porsche (todas empresas do mesmo grupo) anunciaram nesta terça-feira (22) uma parceria com a EDP para instalar 30 estações de recarga ultrarrápida (de 150KW e 350KW) de veículos elétricos no estado de São Paulo. Serão 29 postos de 150KW e um de 350KW.

Além disso, serão instalados 30 equipamentos de recarga semirrápida (de 22KW). Ou seja, cada ponto da rede terá uma estação ultrarrápida e uma semirrápida. Os eletropostos de carregamento ultrarrápido são capazes de reabastecer 80% da bateria do carro em 25 a 30 minutos.

A ideia do projeto é conectar 64 pontos de carregamento nos estados de Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Dessa forma, será formado um corredor de abastecimento de automóveis híbridos e elétricos com mais de 2.500Km de extensão.

A distância máxima entre as estações será de 150Km, para garantir autonomia aos motoristas. As rodovias que vão recebê-las são a Tamoios, a Imigrantes, a Carvalho Pinto, a Governador Mário Covas, a Dom Pedro, a Washington Luís e a Régis Bittencourt.

Testes e novos veículos

O empreendimento foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e terá investimento de R$ 32,9 milhões. Esse é o primeiro projeto de instalação de carregadores ultrarrápidos da América do Sul. A implementação da rede será iniciada ainda em 2019. As primeiras inaugurações estão programadas para 2020 e a conclusão do trabalho deve ocorrer em três anos.

Os testes para homologação da infraestrutura de recarga são feitos com os veículos da Volkswagen, da Audi e da Porsche. A Volkswagen deve lançar seis carros elétricos e híbridos na América Latina até 2023. O primeiro deles é o híbrido Golf GTE, que chega ao Brasil em novembro.

Paralelamente, a marca desenvolve a família ID., produzida em uma plataforma de fabricação de veículos elétricos. Em 2025, a meta da empresa é comercializar 1 milhão de carros elétricos por ano.

 

Créditos da matéria:  Olhar Digital

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Brasileira vence prêmio global da ONU com solução solar para purificar água

O mundo precisa de ideias novas, alternativas para minimizar o impacto no meio ambiente e trazer benefícios para população. O projeto da brasileira de 21 anos chamou a atenção da ONU e ganhou prêmio. Confira mais na matéria:

A brasileira Anna Luisa Beserra, de 21 anos, fundadora do Aqualuz, venceu o Prêmio Jovens Campeões da Terra da ONU Meio Ambiente por desenvolver um dispositivo que purifica, por meio de radiação solar, a água da chuva captada em cisternas.

A falta de água potável é uma realidade que afeta mais de 1 milhão de pessoas no Brasil. Com o filtro Aqualuz, a água de cisternas é purificada por meio de raios solares, e um indicador muda de cor quando o recurso está seguro para o consumo.

A invenção é de baixo custo, fácil manutenção e pode durar até 20 anos. Embora tenha sido testada apenas no Brasil, o dispositivo tem potencial para ser aplicado em outros países. O Aqualuz já distribuiu água potável para 265 pessoas e alcançará mais 700 ainda este ano.

A brasileira Anna Luisa Beserra, de 21 anos, fundadora do Aqualuz, venceu o Prêmio Jovens Campeões da Terra por desenvolver um dispositivo que purifica, por meio de radiação solar, a água da chuva captada em cisternas.

Nos próximos dias, líderes mundiais se reúnem na sede da ONU em Nova Iorque para a Cúpula de Ação Climática e para a Assembleia Geral, abordando temas ambientais e mudanças climáticas nas discussões.

As doenças diarreicas estão entre as principais causas de morte em todo o mundo, sendo diretamente ligadas à falta de água potável e à falta de saneamento e acesso à higiene. Esses problemas atingem principalmente populações jovens, vulneráveis ou que vivem em zonas rurais remotas.

O Aqualuz é um filtro inovador que purifica a água da chuva coletada por cisternas instaladas em áreas rurais, onde a água filtrada não é acessível. Esta realidade afeta mais de 1 milhão de pessoas no Brasil. A água da cisterna é purificada por meio de raios solares e um indicador muda de cor quando o recurso está seguro para o consumo.

“Meu propósito é levar o direito básico à água limpa para as comunidades carentes nas áreas rurais”, afirmou Beserra. “Queremos ajudar a melhorar a vida das pessoas e salvar vidas.”

A invenção é de baixo custo, fácil manutenção e pode durar até 20 anos. Embora tenha sido testada apenas no Brasil, o dispositivo tem potencial para ser aplicado em outros países. O Aqualuz já distribuiu água potável para 265 pessoas e alcançará mais 700 ainda este ano.

“Nosso planeta com estresse hídrico está sofrendo o peso da extração incessante, da poluição e da mudança climática. É vital encontrarmos novas formas de proteger, reciclar e reutilizar este precioso recurso. Tornar a água potável acessível e segura a todos e todas é vital para atingirmos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, disse a diretora-executiva da ONU Meio Ambiente, Inger Andersen.

Para o presidente empresa alemã Covestro, apoiadora do prêmio, Markus Steilemann, o mundo dos negócios precisa de ideias novas e de uma cultura de startups que enfrentem os desafios ambientais globais, assegurando ao mesmo tempo o crescimento em longo prazo. “Os Jovens Campeões da Terra podem ajudar a alcançar isso e todos na Covestro têm orgulho em apoiá-los. Queremos ajudar a tornar o mundo um lugar melhor.”

Um júri global composto por Markus Steilemann; Joyce Msuya, diretora-executiva adjunta da ONU Meio Ambinete; Arielle Duhaime-Ross, correspondente da VICE News Tonight para ciência e mudanças climáticas; Jayathma Wickramanayake, enviada do secretário-geral da ONU para a juventude; e Kathy Calvin, presidente e diretora-executiva da Fundação das Nações Unidas, selecionou os vencedores e vencedoras entre 35 finalistas regionais de mais de 1.000 candidatos.

No decorrer do próximo ano, as iniciativas inovadoras dos campeões serão documentadas nas mídias sociais por meio de atualizações regulares em notícias e vídeo-blogs.

O prestigioso Prêmio Jovens Campeões da Terra, oferecido pela Covestro, é concedido anualmente pela ONU Meio Ambiente a jovens ambientalistas entre 18 e 30 anos, por suas destacadas ideias em prol do meio ambiente.

Anna Luisa é uma das sete vencedoras de África, América do Norte, América Latina e Caribe, Ásia e Pacífico, Europa e Ásia Ocidental. Os vencedores receberão seu prêmio durante a Cerimônia dos Campeões da Terra em Nova Iorque, no dia 26 de setembro, coincidindo com a reunião anual da Assembleia Geral das Nações Unidas e a Cúpula de Ação Climática.

 

Créditos da matéria:  Envolverde

Créditos da imagem: Divulgação

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Empresa cria casas ecológicas à prova de desastres

As novas soluções surpreendem e prometem fazer a diferença. A casa ecológica é uma grande ideia, criada a prova de desastres e ambientalmente correta. Confira mais na matéria:

Casas têm formato de cúpula geodésica, resistente a tempestades e ventos fortes, e são feitas de biocerâmica, material resistente ao fogo e que reflete calor.

A empresa americana Geoship desenvolveu uma casa que promete ser sustentável, mais barata e à prova de desastres.

As casas criadas pela empresa são em formato de cúpula geodésica, estrutura arquitetônica usada desde a Antiguidade que consiste em uma forma esférica e barras que formam triângulos. Segundo os fabricantes, esse formato tem propriedades aerodinâmicas que são capazes de aguentar fortes tempestades e rajadas de ventos intensos.

A Geoship também afirma que suas casas geodésicas são resistentes a terremotos. Eles dizem que as junções das colunas com as vigas são pontos vulneráveis em construções tradicionais. Mas os domos de biocerâmica não têm essas conexões, portanto os painéis não se desfazem durante um abalo sísmico.

A construção ainda é à prova de enchentes, já que a biocerâmica é pouco porosa e absorve somente de 2 a 3% de seu próprio peso. O concreto, por outro lado, absorve 20% de seu peso.

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As residências são construídas a partir de biocerâmica, material fabricado a partir de minerais e que já é usado há muito tempo em próteses dentárias e ósseas. A biocerâmica também tem as vantagens de ser resistente ao fogo e de refletir cerca de 80% do calor do Sol, reduzindo a necessidade de uso de ar condicionado ou ventiladores quando o clima está quente. A casa também tem aberturas que ajudam o ar entrar e circular, tornando-a ainda mais fresca.

Além disso, o fabricante afirma que as casas emitem menos CO2 em sua produção do que uma residência construída de maneira convencional, e os painéis de biocerâmica que formam a estrutura da residência também sequestram CO2 da atmosfera. A Geoship alega que está estudando se as casas geodésicas podem ser carbono negativas, ou seja, absorver mais gás carbônico do que ela emite em sua construção.

O formato em domo usa metade do material necessário se comparado com uma casa tradicional no formato “retangular”, com a mesma metragem de área útil. Ou seja, também é mais barata para construir.

A ideia de usar o domo geodésico aplicado na habitação foi popularizada pelo arquiteto, designer e inventor americano Buckminster Fuller, que morreu em 1983. Mas o conceito não foi para frente na época.

Segundo reportagem da revista Fast Company, o projeto da Geoship chamou a atenção da Zappos, fabricante de sapatos baseada em Las Vegas, que fechou um acordo com a empresa de arquitetura para desenvolver uma comunidade de casas geodésicas na cidade para ofertá-las gratuitamente para pessoas sem-teto.

A empresa está levantando fundos para começar a construção de suas casas geodésicas, o que deve acontecer daqui a cerca de dois anos. As residências custarão entre US$ 55 mil e US$ 250 mil, dependendo do tamanho.

Créditos da matéria:  Revista Planeta

Créditos da imagem: Divulgação

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Pesquisadores criam vidro capaz de converter energia solar em eletricidade

Na matéria a seguir, uma solução inovadora que traz novos recursos sustentáveis para o planeta, confira:

Uma equipe de cientistas do Lawrence Berekley National Laboratry criou um painel de vidro fotovoltaico capaz de absorver energia solar e convertê-la em energia elétrica. Segundo o estudo publicado pelos pesquisadores, no longo prazo o material pode ser usado para substituir a maioria dos painéis tradicionais, criando prédios ou carros capazes de gerar sua própria eletricidade. 

O vidro é revestido por um líquido semicondutor que contém diversos compostos químicos, como césio e iodeto de chumbo. Em temperatura ambiente, ele é bem transparente, permitindo a passagem de 82% da luz que chega nele; no entanto, aquecido até 105ºC, ele assume uma coloração alaranjada e se torna mais opaco, deixando passar apenas 35% da luz.

Quando exposto à luz do sol, o vidro é capaz de converter o calor que chega do astro em energia elétrica. Essa energia, por sua vez, pode ser aproveitada pelo sistema elétrico da casa, do carro ou do prédio em que ele está instalado. Além disso, como ele é menos transparente do que os vidros tradicionais, ele permite a passagem de menos calor para dentro dos locais onde é colocado; dessa forma, um prédio comercial revestido com esse vidro gastaria menos energia com ar condicionado, por exemplo.

Desafios

No entanto, segundo o Fast Co. Design, a equipe de pesquisa do laboratório ainda tem uma série de desafios para tornar a sua criação viável. O primeiro deles é aumentar sua eficiência: por enquanto, ela só converte cerca de 7% da energia que chega até ela em energia elétrica aproveitável. Segundo o professor Peidong Yang, que lidera a equipe de pesquisa, o mínimo para que ele seja economicamente viável seria 10%.

Além disso, os pesquisadores também pretendem reduzir a fronteira de temperatura a partir da qual o vidro começa a gerar energia. Embora ela esteja atualmente em 221ºF (105ºC), os cientistas pretendem baixá-la até 122ºF (50ºC) – que é, segundo eles, a temperatura que um painel de vidro na lateral de um prédio comercial atinge. Nesse caso, as janelas do edifício seriam transparentes de manhã mas iriam escurecendo conforme o dia fosse esquentando.

Finalmente, há uma questão estética também: por enquanto, os pesquisadores só conseguem fazer com que o vidro fique vermelho, laranja ou marrom quando aquecido. No entanto, como designers e arquitetos são alguns dos possíveis interessados no produto, a equipe pretende fazer também modelos de outras cores. Para isso, há duas possibilidades: uma delas é usar outro tipo de perovskita (um dos componentes químicos do vidro) ou usar também um corante no vidro.

Créditos da matéria:  Olhar Digital

Créditos da imagem: Internet

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