Projetos incluem desenvolvimento de pontos de carga lenta, semirrápida e rápida.
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou a liberação de R$ 3,4 milhões e R$ 3,3 milhões, respectivamente, para dois projetos de redes de recarga de veículos elétricos. Um dos projetos é da CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Telecomunicações) e prevê investimento total de R$ 5 milhões. A PHB Eletrônica Limitada, empresa brasileira com mais de 30 anos de experiência em projetos na área de eletrônica de potência aplicada a sistemas de energia, surge como interveniente.
O outro é da Fundação CERTI (organização de pesquisa, desenvolvimento e soluções tecnológicas) em parceria com a WEG, fabricante nacional de eletroeletrônicos de uso industrial com atuação no setor de mobilidade elétrica. O investimento total éde R$ 7,5 milhões. Os projetos contam com apoio financeiro não reembolsável da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, organização social criada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para fomentar projetos inovadores), no valor total de R$ 2,9 milhões.
Cadê os incentivos?
Contrapartida para o financiamento público está no comprometimento das empresas privadas em desenvolver modelos de eletropostos de recarga lenta (8 a 16 horas), semirrápida (2 a 4 horas) e rápida (até 1 hora) acessíveis a todos. Os pontos de recarga poderão ser instalados em residências, shoppings, estacionamentos, postos de gasolinas e estradas.
Além da ausência de incentivos fiscais significativos para importação e até produção de veículos híbridos e elétricos até o momento, o Brasil enfrenta ainda a falta de infraestrutura e também a presença tímida de oferta de veículos “eletrificados” no Brasil. São poucos os modelos à venda no mercado nacional, sempre por importação — o BMW i3, por exemplo, é o único carro elétrico de fato disponível no país de forma oficial. Híbridos plug-in surgem ainda de forma esporádica e sempre no segmento de luxo.
Aos poucos, as fabricantes anunciam medidas pontuais para facilitar (ou tornar menos difícil) a vida de quem tem um carro elétrico. Uma delas é a eletrovia montada pela BMW ligando São Paulo ao Rio de Janeiro, graças à instalação de seis pontos de recarga espalhados pelos 430 quilômetros do trajeto entre as capitais. Outra, anterior ao caso acima, é o projeto de eletrovia entre Paranaguá e Foz do Iguaçu, no Paraná, com ação integrada de Copel (concessionária de energia elétrica paranaense) e ABB (multinacional suíça do ramo de eletrificação).
Recentemente, a Volvo se comprometeu a construir 250 eletropostos no Brasil até abril de 2019, sendo que metade deste volume estará funcionando até o fim deste ano. Para tanto, a fabricante sueca firmou parcerias com a rede de shoppings Iguatemi e a cadeia de supermercados Pão de Açúcar.
A recarga é gratuita, mas o usuário precisa pagar o valor do estacionamento dos estabelecimentos. Qualquer veículo híbrido ou elétrico no padrão europeu também poderá ser carregado nos pontos bancados pela empresa, mesmo sendo de outra marca.
Créditos da matéria: Uol – Por Vitor Matsubara
Créditos da imagens: Eduardo Anizelli/Folhapress
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