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Noronha pode se tornar nossa primeira Smart Island

Falar de Cidades Inteligentes, ou Smart Cities, não é mais novidade. Aliás, exemplos bem-sucedidos no mundo têm inspirado muitas cidades brasileiras. Exemplo recente foi o lançamento da Carta Brasileira Cidades Inteligentes, documento de iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Regional realizado a muitas mãos e lançado no final do ano passado durante o Smart City Session 2020, evento que figura entre os mais relevantes do nosso País nesse segmento.

O conceito Smart Island, ou ilha inteligente, é fundamentado nos pilares das cidades inteligentes; porém, é importante considerar que as ilhas possuem suas próprias vulnerabilidades e peculiaridades por causa de seu tamanho, distância, dependência energética de combustíveis fósseis, altos custos de transporte, diversificação econômica limitada, sem contar os desafios ambientais.

Experimento social

No entanto, e exatamente por essas peculiaridades, vejo uma ilha como uma ótima oportunidade de se tornar um laboratório vivo para inovação tecnológica, social, ambiental e econômica.

Já temos alguns exemplos de sucesso pelo mundo. Em Portugal, a ilha de Porto Santo está prestes a se tornar uma Smart Island 100% livre de combustíveis fósseis. Iniciativas ligadas a geração e armazenamento de energia renovável, veículos 100% elétricos e conectados, eletropostos inteligentes que entregam energia, mas também devolvem à rede, trazendo oportunidades e novos modelos de negócio à região.

Noronha Smart Island

Noronha, nossa ilha inteligente

Aqui no Brasil, a pouco mais de 500 quilômetros da costa brasileira está a ilha de Fernando de Noronha, patrimônio natural, determinada a se tornar o primeiro território carbono zero do Brasil. A mobilidade e seu ecossistema têm um peso importante no cumprimento dessa meta.

Nessa direção, no ano passado, foi sancionado o Decreto-Lei nº 16.810/20, que regulamenta a entrada e a circulação de carros a combustão na ilha: a partir de 2022, estará proibida a entrada de automóvel convencional no arquipélago e, a partir de 2030, a frota existente deverá ser apenas de veículos elétricos.

Além do decreto e do programa Carbono Zero, empresas e instituições têm se mobilizado. Um dos primeiros passos da companhia de energia Celpe em 2015 foi a compra de um Renault Kangoo ZE l00% elétrico, como parte do projeto de estudos de inovação e sustentabilidade da ilha, iniciativa que responde a 10 dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU.

Em 2019, a Renault, líder de vendas de VE no Brasil e na Europa, ampliou a iniciativa e, em parceria com a administração da ilha, cedeu seis veículos 100% elétricos a serviços de apoio à população. Em março passado, a Renault se junta a importantes parceiros, WEG e a Polo Engenharia, para lançar garagens públicas com geração solar (carport), equipadas com estações de recarga semirrápidas que carregam seis carros ao mesmo tempo. O excedente de energia das garagens solares será direcionado ao consumo da população local.

Enfim, essas são iniciativas importantes que merecem ser comemoradas, mas sabemos que ainda há muito a ser feito. A aliança de pessoas, governos, sociedade civil e setor privado, somando-se a esse ecossistema único, a um capital social significativo e a uma mentalidade empreendedora, demonstra que Noronha tem todas as condições para se tornar a primeira ilha inteligente brasileira, e, com isso, inspirar outras áreas insulares e continentais.

É claro que ter um título é importante, mas o verdadeiro valor está em proporcionar qualidade de vida às pessoas e assegurar que elas estejam no centro dessa solução inteligente, sustentável e inclusiva.

Créditos da matéria: https://mobilidade.estadao.com.br

Créditos da imagem: Divulgação

Confira a matéria na íntegra

Cleantechs

As Cleantechs vêm crescendo com suas alternativas inovadoras e soluções personalizadas, trazem em sua política a responsabilidade com o bem-estar das pessoas e com o meio ambiente. Confira mais na matéria:

As cleantechs são um tipo de negócio que tem tudo a ver com o mercado que se desenha para o futuro. Isso porque ficou no passado a ideia de que a única função de uma empresa é vender. Hoje, suas atividades cumprem também uma função social.

Apesar de muitos empreendedores ainda não darem a devida atenção a tais práticas, quem vai por esse caminho não raro comanda negócios obsoletos e ultrapassados. Mas pode ser ainda pior, pois os resultados acabam afetados de maneira negativa.

É para virar o jogo que iniciativas como as cleantechs se destacam. E não resta dúvida de que as tecnologias limpas – como é característico delas – vieram para ficar.

Assim, as companhias se desenvolvem ao passo em que cuidam do meio ambiente e têm responsabilidade social. O mundo e os consumidores agradecem.

Se você é um gestor, pretende ser ou tem no próprio negócio o meio de vida, este texto tem leitura obrigatória.

A partir de agora, vamos explicar o que são as cleantechs, qual é o perfil desse tipo de empresa, quais as principais tecnologias envolvidas e muito mais.

 

Confira os tópicos que preparamos para este artigo:

O que são empresas de cleantech?

O que são empresas smart cities?

Qual é o perfil das cleantechs?

Os 8 ramos de atuação das cleantechs

Cleantechs no mundo

Cleantechs no Brasil

Onde estão localizadas as cleantechs no país?

Quem são os empreendedores de cleantech no Brasil?

Exemplos de cleantechs brasileiras

Principais tecnologias emergentes.

Quer saber tudo sobre as cleantechs? Então, siga a leitura!

O que são empresas de cleantech?

Empresas de cleantech são organizações embrionárias que têm como principal característica a preocupação com o meio ambiente. Por conta disso, são também chamadas de startups verdes, já que incentivam os cuidados com a sustentabilidade.

Em outras palavras, utilizam soluções inovadoras como alicerce para melhorar o desempenho dos negócios, reduzindo desperdícios e custos. Assim, percebemos que há um ganho em ambas as vias.

Por um lado, a empresa se desenvolve.

Por outro, transforma o mundo em um local amigável para a convivência entre seres-humanos e a natureza. Seu objetivo é a sintonia entre o crescimento do mercado e a eliminação do impacto ecológico negativo, utilizando de maneira sustentável os recursos naturais.

Assim, para ser classificada como uma cleantech, uma empresa deve:

Otimizar as atividades com os recursos disponíveis

Poluir menos

Aplicar um modelo de negócio escalável.

É por isso que se aplica às cleantechs conceitos de tecnologia aliados ao ambientalismo. São priorizados os materiais e fontes de energia sustentável, como o vento, a luz, o calor e a força das marés. Além disso, existe a preocupação com a redução de uso de recursos não renováveis, como o petróleo, o gás natural e o carvão.

Por fim, vale citar a diminuição da produção de rejeitos. Tudo isso com um crescimento calculado, que permite a busca pelo sucesso financeiro diminuindo a agressão ao planeta. Não é a toa que essa já é uma indústria tão poderosa.

Especula-se que, em 2022, ela movimente aproximadamente 2,5 trilhões de dólares, conforme dados do Smart Prosperity Institute. Algumas delas até podem ser utilizadas por você em seu cotidiano. Painéis solares e carros elétricos são um bom exemplo, mas há muitos outros, sobre os quais vamos falar ao longo do texto. E, certamente, elas estarão cada vez mais presentes.

O que são smart cities?

As smart cities são também conhecidas como cidades inteligentes (CI). Assim como smartwatches, smartphones e smart TVs, elas são assim chamadas por virem acompanhadas de tecnologia. No entanto, não existe ainda uma definição concreta sobre o que elas são, já que o conceito se reinventa a cada inovação emergente.

Falando em uma projeção utópica, uma smart city seria um local que utiliza dispositivos conectados para monitorar e gerenciar todos os espaços públicos. De acordo com o Cities in Motion Index, existem nove variáveis consideradas para indicar o nível de inteligência de uma cidade.

São elas:

Capital humano

Coesão social

Economia

Meio ambiente

Governança

Planejamento urbano

Alcance internacional

Tecnologia

Mobilidade e transporte.

O mesmo instituto que realizou a pesquisa criou um ranking, que atribui pontuação a diversas cidades do mundo. Em primeiro lugar observamos Londres (Inglaterra), um exemplo em mobilidade urbana.  Já Nova Iorque (Estados Unidos), na segunda colocação, se destaca no quesito planejamento urbano.

E para fechar o top 3, temos Amsterdã (Holanda), exemplo de alcance internacional. Outras cidades que podem ser citadas como exemplo são Paris (França), Reykjavik (Islândia) e Tóquio (Japão).

No Brasil, a melhor colocada é São Paulo, que ocupa a 116ª posição no ranking. Na sequência temos Rio de Janeiro (126ª), Curitiba (135ª), Brasília (138ª), Salvador (147ª) e Belo Horizonte (151ª).

Para exemplificar uma cidade inteligente conhecida dos brasileiros, vamos falar da terceira colocada, a capital do Paraná.

A imagem acima mostra um Ecoelétrico, um veículo de baixo impacto ambiental, projetado para reduzir a emissão de gases nocivos ao clima. Desde 2014, graças à frota, a cidade poupou 12.264 quilogramas de gás carbônico que seriam prejudiciais à atmosfera.

Outra cidade destaque é Salvador, que investe em tecnologias como semáforos inteligentes, sensores de encostas, pluviômetros automáticos, estações de monitoramento de qualidade do ar e smart grids (redes elétricas inteligentes).

Naturalmente, as cleantechs têm impacto direto no modo com o qual as smart cities são construídas, já que alinham suas tecnologias àquelas aplicadas no município.

Qual é o perfil das cleantechs?

O Brasil conta com 136 empresas do ramo – dados do Mapeamento do Ecossistema de Startups de Cleantech no Brasil, de 2019.

Com relação ao faturamento, temos:

28% com ganhos entre 0 a 10 mil reais

13% com ganhos entre 10 a 100 mil reais

23% com ganhos entre 100 e 500 mil reais

13% com ganhos entre 500 mil a 1 milhão de reais

16% com ganhos entre 1 milhão a 5 milhões de reais

2% com ganhos superiores a 5 milhões de reais.

Entre os 136 participantes da pesquisa, 2% não informaram os dados sobre faturamento.

Sobre a data de fundação, 45% surgiram a partir de 2016, em três anos.

Esse número é bem próximo ao período entre 2000 e 2015, mostrando o desenvolvimento do setor.

 

A respeito do modelo de negócio, as informações do estudo são as seguintes:

 

71% no modelo business to business (B2B)

25% no modelo business to consumer (B2C)

3% no modelo business to government (B2G)

1% no modelo consumer to consumer (C2C).

Os 8 ramos de atuação das cleantechs

As cleantechs atuam em diferentes segmentos de mercado. De acordo com a taxonomia Kachan, criada pela empresa de consultoria e inteligência voltada a tecnologias limpas, existem oito grandes nichos, que se subdividem em outras subcategorias.

A seguir, vamos saber quais são elas.

Energia Limpa

O segmento de energia limpa toma conta dos seguintes atributos:

Eólica

Solar

Combustíveis renováveis

Energia dos oceanos

Biomassa

Geotérmico

Células de combustível

Resíduos

Nuclear

Hídrica.

Armazenamento de Energia

Já armazenamento de energia vislumbra melhorias nos seguintes componentes:

Sistema de armazenamento químico

Sistema de armazenamento térmico

Sistema de armazenamento mecânico

Sistema de armazenamento elétrico.

Eficiência

O segmento de eficiência vigia atividades como:

Redes inteligentes (smart grids)

Arquitetura verde (green building)

Cogeração

Semicondutores

Sistemas de consumo colaborativo.

Transporte

No segmento de transporte, temos os seguintes elementos:

Veículos

Gestão de tráfego

Infraestrutura e abastecimento/carregamento.

Ar & Meio Ambiente

O segmento de ar e meio ambiente, por sua vez, abraça os itens a seguir:

Sequestro de carbono

Mercado de carbono

Controle de emissões

Biorremediação

Reaproveitamento de resíduos

Monitoramento e conformidade

Indústria Limpa

No setor de indústria limpa, temos:

Inovação em materiais

Inovação em design

Inovação em equipamentos

Processos produtivos

Monitoramento e conformidade

Embalagem ecológica.

Água

As cleantechs que se especializam no segmento de água se preocupam com:

Produção

Tratamento

Distribuição

Eficiência no uso da água

Monitoramento e conformidade.

Agricultura

Por fim, temos o segmento da agricultura, que visa o desenvolvimento sustentável de atividades como:

Cultivo

Agricultura em ambiente controlado

Silvicultura sustentável

Criação de animais

Agricultura.

Cleantechs no Mundo

O ramo de cleantechs prospera ao redor do globo.

Muitas empresas já fazem uso de tecnologias em prol do ambiente, modificando as estruturas sociais e econômicas de diversos países.

Na Costa Rica, por exemplo, cerca de 98,53% de toda energia utilizada é renovável, de acordo com The Tico Times.

Outro dado importante vem do Reino Unido.

Espera-se que até 2025 não seja mais necessária a queima de carvão para produzir energia, segundo noticiado no The Guardian.

Com tal prognóstico positivo, muitas pessoas buscam saber mais sobre tais organizações.

Abaixo, conheça algumas das principais.

AeroFarms

A empresa americana AeroFarms funciona como uma fazenda vertical. Isso significa que não precisa de solo ou sol para o cultivo. Recentemente recebeu investimentos que superam os 40 milhões de dólares.

Airthium

Empresa pioneira no ramo de armazenamento de energia, a francesa Airthium possui recursos recicláveis para até 25 anos de ciclo de vida. Ou seja, é autossustentável. O projeto utiliza sistemas termodinâmicos de armazenagem de baixo custo.

Aquaporin

A dinamarquesa Aquaporin dedica seus esforços à purificação da água por meio de técnicas de biotecnologia. De acordo com o próprio site da empresa, o objetivo é lidar com a escassez de água antes que isso se torne um problema irremediável.

Ather Energy

A startup indiana Ather Energy foca na criação de lambretas elétricas. Fundada em 2013, recebeu um aporte de 59 milhões de dólares.

Pyrowave

Empresa canadense, a Pyrowave utiliza soluções químicas para reutilização do plástico.

Biogts

Criada na Finlândia, a Biogts utiliza rejeitos para transformá-los em energia útil. A empresa investe, inclusive, em veículos biocombustíveis e fertilizantes.

Carbon Masters

De origem inglesa, a Carbon Masters tem como objetivo reduzir a emissão de carbono e o aquecimento global. Ela tem um alcance bastante amplo, atuando como consultora para empresas de todo o mundo.

Enervalis

Com base de operações na Bélgica, a Enervalis utiliza a tecnologia de machine learning para analisar o uso de energia das empresas. Assim, é possível estabelecer adaptações que geram economia de recursos.

May Mobility

A americana May Mobility possui um sistema de aplicativo que funciona mais ou menos nos moldes do Uber, mas para ônibus. Sua atuação se estende do consumidor final ao setor privado.

Cleantechs no Brasil

 

O Brasil apresenta um panorama de crescimento no ramo das cleantechs. E não poderia ser diferente.  A Floresta Amazônica ocupa cerca de 60% do território nacional, abrangendo os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins.

Graças a isso, por aqui temos uma preocupação natural com o ecossistema. O setor recebe investimentos anuais, inclusive com um comitê voltado ao segmento dentro da ABStartups.

Onde estão localizadas as cleantechs no país?

Dentre as 136 cleantechs do Brasil, 43% ficam no estado de São Paulo.

Na sequência, temos Minas Gerais e Rio de Janeiro com 12%.

Santa Catarina e Rio Grande do Sul compartilham a terceira colocação, com 7%.

Assim, podemos perceber que o eixo Sul-Sudeste é responsável por 91% das startups de cleantech em território nacional.

Cerca de 66% estão localizadas em capitais, sendo as campeãs São Paulo (20 cleantechs), Rio de Janeiro (16 cleantechs), Belo Horizonte (9 cleantechs), Florianópolis (6 cleantechs) e Porto Alegre (5 cleantechs).

No interior, destacam-se Campinas (5 cleantechs) e Itajubá (4 cleantechs).

Quem são os empreendedores de cleantech no Brasil?

Como em qualquer outro ramo de atuação, existe um perfil dominante dos empreendedores no ramo de cleantechs no Brasil. Entre aqueles que se arriscam no segmento, 83,1% são homens e 84% são brancos. Assim, as mulheres ficam com 16,5% e os pardos com 12% do mercado.

A maior parte possui entre 31 a 40 anos, alcançando o valor de 34% dos respondentes da pesquisa. Os empreendedores de até 30 anos abraçam a fatia de 26%.

Já os entrevistados entre 41 e 50 anos são responsáveis por 21% do total, enquanto aqueles entre 51 a 65 anos atinge o valor de 16%.

Outra informação interessante diz respeito à experiência profissional.

Isso porque mais de 50% possuem experiência em grandes empresas, pesquisa acadêmica e empreendedorismo. Ao mesmo tempo, apenas 6% se envolveram com tarefas relativas ao setor público. Vale ainda ressaltar que 52% são formados em engenharia e 57% possuem pós-graduação como grau de escolaridade. Já sobre o número de sócios, a maioria possui dois (35%). Os números seguintes são um sócio (25%), três sócios (22%), quatro sócios (10%), cinco sócios (4%) e mais de cinco sócios (4%).

Além disso, não emite gases tóxicos na atmosfera.

CUBi

Voltada ao setor de eficiência, a CUBi tem como função auxiliar no monitoramento da energia elétrica. Com isso, é possível identificar possíveis desperdícios e otimizar os ganhos sem a necessidade de mudanças drásticas estruturais. De certo modo, podemos dizer que sua intenção é auxiliar gestores nas tomadas de decisões ao aumentar os ganhos com a energia gerada.

Caronear

A Caronear, por sua vez, é uma plataforma que investe no compartilhamento de caronas. Ela foca nos setores corporativo e educação. A ideia é bem simples: por meio de um aplicativo, pessoas se conectam e verificam se há pessoas com veículos indo a um mesmo destino. O objetivo final é reduzir o número de carros nas ruas, diminuindo a emissão de gases nocivos e melhorando o tráfego urbano.

ACT Sistemas

Outro bom exemplo de cleantech nacional é a ACT Sistemas. A empresa possibilita a automação de sistemas de fiscalização da fumaça preta emitida pelas chaminés industriais. Por meio de um sistema de captura de imagens, avalia o índice de poluição, permitindo a fiscalização regular para que sejam tomadas as devidas providências.

Polen

O objetivo da Polen é conectar indústrias que geram resíduos a outras empresas que utilizam as sobras como matéria-prima. A empresa também auxilia em setores de transporte, logística e seguro ambiental. Nesse último caso, a ideia é cobrir acidentes ambientais ocasionais.

EkonoWater

Mais uma cleantech que se destaca na cenário nacional, a EkonoWater oferece soluções para eliminação do consumo de água potável em vasos sanitários. Além disso, possibilita a redução de até 20% da geração de esgoto. Investindo na reutilização de águas cinzas, provenientes de chuveiro e lavatório, também se aproveita das águas da chuva em seus processos operacionais.

Sensix

A Sensix, por seu lado, oferece serviços de levantamento aéreo, processamento e análise de dados para agricultura por meio de drones. Tais dispositivos, também conhecidos como Veículos Aéreos Não Tripulados, identificam anomalias que auxiliam na tomada de decisão dos empreendedores do ramo.

Principais tecnologias emergentes

Como você viu ao longo do artigo, as cleantechs usam soluções inovadoras para propor novos modelos de negócios, agora mais sustentáveis. Entre essas soluções, destaque para o uso de uma série de tecnologias emergentes, muitas vezes responsáveis pela viabilidade das startups verdes. Elas foram destaque no estudo Science, Technology and Innovation Outlook, da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), de 2016.

Vamos conhecer algumas dessas tecnologias?

Nanotecnologias: tecnologia de manipulação de átomos e moléculas

Sistemas de veículos elétricos: sem utilização de recursos não renováveis, apenas fontes limpas

Big data: organização e análise de altíssimo volume de dados para oferecer informações qualificadas, apoiando as tomadas de decisões

Inteligência artificial: soluções de computação cognitiva que permite a interação entre dispositivos e pessoas, de uma maneira que lembra o pensamento humano

Machine learning: o aprendizado da máquina se destina à análise de dados e identificação de padrões com pouca ou nenhuma intervenção humana

Drones e VANTs: veículos aéreos de pequeno porte e sem tripulação, destinados a fins diversos

Internet das Coisas (IoT): conectividade entre objetos físicos e a internet, permitindo coletar dados e manipular equipamentos de forma remota.

 

Conclusão

Neste artigo, você aprendeu o que são cleantechs e descobriu as razões pelas quais elas crescem a cada dia. Abordamos quais são os ramos de atuação das startups verdes, as áreas nas quais a tecnologia limpa é empregada e como é o desenvolvimento do setor no Brasil e no mundo. Não resta dúvidas de que esse é um campo extremamente promissor, uma resposta à necessidade cada vez maior de pensarmos no futuro do planeta e na vida das próximas gerações.

 

Créditos da matéria: https://fia.com.br/

 

Créditos da imagem: Divulgação

 

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O papel dos gestores públicos na construção de Cidades Inteligentes

Há poucos anos, o conceito de Cidades Inteligentes (Smart Cities) parecia uma realidade distante. Hoje, apresenta-se como o melhor caminho a ser seguido no desenvolvimento de centros urbanos em todo o mundo por fazer uso da tecnologia para integrar governos, empresas e sociedade na busca por soluções criativas e inovadoras para diversos problemas, como os ligados ao meio ambiente, mobilidade urbana, habitação, saúde, segurança, e muitos outros.

Planejamento urbano e Smart Cities andam de mãos dadas. Somente com um real olhar voltado para o futuro é que os gestores públicos são capazes de projetar um desenvolvimento urbano eficiente, e este não pode estar atrelado a ciclos políticos, mas sim econômicos. Desta forma, investimentos constantes em tecnologia por parte dos governos, em todas as esferas, são essenciais, pois formam a base de uma Cidade Inteligente.

Com o avanço dos dispositivos que usam a Internet da Coisas, por exemplo, hoje é possível aplicar soluções voltadas aos centros urbanos para quase tudo, permitindo aos governantes tomadas de decisões mais rápidas e assertivas. Além disso, ao conectar infraestrutura local, serviços e a população, é possível também uma melhor compreensão das necessidades, vocações e características da cada município. Como?

Em um mundo cada vez mais conectado, basta imaginar a imensidão de dados que são gerados a todo instante pelos cidadãos via plataformas digitais. Já está mais do que na hora de o setor público entender e saber utilizar essas informações em benefício da população. Olhemos para o estado de São Paulo. Com a intensificação do processo de urbanização, os desafios para assegurar o desenvolvimento de cidades mais resilientes e sustentáveis economicamente estão cada vez mais complexos.

Segundo dados do IBGE e do Seade, estima-se que até 2050, dos mais de 47 milhões de cidadãos que habitarão nosso Estado, 85% viverá em regiões urbanizadas. Além disso, o crescimento populacional anual se tornará negativo, e 22,7% dos paulistas terão mais de 65 anos de idade, o que denota um rápido envelhecimento de nossa população. Para efeito de comparação, em 2010 éramos 41 milhões, e apenas 7,8% tinham acima de 64 anos.

Neste cenário, o uso da tecnologia para tornar tudo mais eficiente se torna crucial. Muitas prefeituras paulistas já deram o primeiro passo para se tornarem uma Smart City, seja por meio de projetos via Parcerias Público-Privadas (PPPs), seja por meio dos chamados living labs, espaços onde soluções desenvolvidas pela iniciativa privada podem ser experimentadas em situações reais e, se validadas, podem ser adotadas pelos municípios.

Entre a infinidade de soluções, muitas têm sido criadas para realizar melhorias na oferta de transporte público, de acordo com a demanda da população; para diminuir o trânsito, com o uso de semáforos inteligentes; na conscientização e ampliação da coleta seletiva; na gestão mais eficaz da iluminação pública e de áreas arborizadas; na evacuação de áreas de risco com alertas sobre possibilidades de enchentes e deslizamentos; na otimização do agendamento remoto de consultas e exames médicos e de tantos outros serviços públicos existentes.

Atenta a este movimento, a Desenvolve SP, agência estadual de fomento, há nove anos auxilia gestores municipais a darem este salto de qualidade na administração e na vida prática dos cidadãos. Projetos que elevam o status de uma cidade para uma Smart City são justamente os que a instituição está pronta para financiar, como a implantação de sistemas de iluminação pública mais econômicos, centros de distribuição e abastecimento para o escoamento mais eficaz da produção local, projetos sustentáveis que proporcionem maior eficiência energética e qualidade de vida para a população, e muitos outros.

Assim, este novo modelo de gestão, preocupada com o futuro das próximas gerações, já dá passos decisivos para transformar nossas cidades em lugares cada vez mais inteligentes e conectados. Mas, não podemos descansar. A necessidade de adaptação é constante. Novos problemas relacionados aos centros urbanos surgem a todo o momento e antecipar soluções para resolvê-los através da inovação deve ser um compromisso diário na agenda dos gestores públicos.

Créditos da matéria: Portal Eco Informe – Por Alvaro Sedlacek.

Créditos da imagens: Divulgação – Portal Eco Informe.

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