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Postes de energia são transformados em carregadores elétricos

Visando incentivar o uso de carros elétricos, a Austrália está espalhando estações de carregamento.

A venda de novos veículos elétricos pode ultrapassar 18 milhões em 2024, segundo o relatório Global Auto Outlook, que analisa o comportamento e as tendências da indústria automotiva global. Para aqueles em que o custo mais elevado não é empecilho, a dificuldade de encontrar postos de recarga pode ser um grande problema na hora de decidir optar ou não pelo carro elétrico. Ampliar a rede de recarga não é simples, mas a Austrália está mostrando que a solução pode ser descomplicada: postes de energia das ruas estão sendo transformados em estações de carregamento para veículos elétricos.

A iniciativa integra um primeiro teste que está sendo realizado nas Praias do Norte, na região de Sydney, em Nova Gales do Sul. O projeto é liderado pela empresa de tecnologia energética Intellihub, tem o apoio governamental do Northern Beaches Council (Conselho de Praias do Norte) e financiamento da Agência Australiana de Energia Renovável (ARENA).

“As Praias do Norte são uma das áreas de crescimento mais rápido em compra de veículos eléctricos e estamos trabalhando com parceiros da indústria para garantir que existam estações de carregamento locais suficientes para acompanhar a procura”, diz Sue Heins, presidente do Northern Beaches Council.

De acordo com Sue, a iniciativa está tornando o carregamento de veículos elétricos mais acessível para pessoas que vivem em apartamentos ou moradias onde não há opção de carregamento de veículos elétricos no local. “Esperamos que isso encoraje mais pessoas a mudar de veículos movidos a gasolina e diesel para veículos eléctricos”, pontua.

The Northern Beaches é um dos oito conselhos locais que participam do Intellihub EV Streetside Charging Project. Os carregadores de 22 quilowatts foram instalados em sete pontos da região, definidos após o projeto analisar propostas e receios de moradores locais.

“Houve apoio geral ao projeto, mas algumas preocupações foram levantadas. Estas incluíam financiamento e custos para a comunidade, e a preocupação de que alguns dos locais propostos não fossem adequados devido à disponibilidade limitada de estacionamento”, assumiram os organizadores. Desta forma, o grupo deixa claro que os custos do projeto serão cobertos pela Agência Australiana de Energia Renovável (ARENA) e os usuários pagarão para usar o serviço. Além disso, algumas localidades previamente cogitadas foram descartadas – ao menos por enquanto.

Outro ponto interessante da iniciativa é que a quantidade equivalente de energia usada para carregar os veículos elétricos nos novos carregadores será devolvida à rede em forma de energia renovável certificada.

Os testes deste projeto têm duração prevista de 12 meses. Se bem-sucedido, a iniciativa pode ser ampliada para todo o país.

Apoio governamental

O Conselho não financia nenhuma estação de carregamento, mas apoia e fornece espaços públicos apropriados para que a ação aconteça. “Nosso objetivo é fornecer sistemas de carregamento universais que não sejam atribuídos a nenhum fabricante de veículos específico”, frisa a instituição.

O Conselho de Praias do Norte tem a meta de reduzir de 30% as emissões dos veículos até 2038 e o Plano de Ação para as Mudanças Climáticas abarca uma série de ações para alcançar este resultado, incluindo a facilitação e fornecimento de infra-estruturas públicas de carregamento de veículos eléctricos em locais chave.

 

Créditos da matéria: Ciclo Vivo

Créditos de imagem: Northern Beaches Council

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Equatorial anuncia projeto de mobilidade elétrica para cinco estados

Capital do Piauí ganhará primeira ponto de recarga e posto de acomodação para bicicletas e carros elétricos, também previstos para o Maranhão, Pará, Alagoas e no Campus da UFMS no Mato Grosso do Sul

O Grupo Equatorial Energia anunciou seu primeiro projeto de mobilidade elétrica no estado do Piauí, formalizando uma parceria com a Prefeitura Municipal de Teresina para instalação de uma estação de carregamento e um posto de acomodação para bicicletas e carros elétricos na cidade, até o mês de novembro.

A iniciativa acontece por meio do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Aneel e integra um aporte de R$ 19 milhões destinados a projetos iguais para o Maranhão, Pará, Alagoas e no Campus da UFMS no Mato Grosso do Sul, contando com investimentos de outras nove empresas do setor elétrico, representadas pela Global Participações em Energia.

Segundo a companhia, o ponto de recarga e o posto serão instalados primeiramente no Parque da Cidadania, localizado no centro da capital piauiense. O objetivo é avaliar o uso desses veículos pela comunidade frente ao cenário atual de mobilidade urbana.

Dez bicicletas elétricas serão disponibilizadas para uso da população como alternativa de locomoção e lazer, na forma de compartilhamento via aplicativo de celular. Um carro elétrico também será doado e ficará a cargo do poder público para ronda policial.

Créditos da matéria: https://www.canalenergia.com.br/

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Conheça a cidade inteligente no Japão

As cidades inteligentes têm monitoramento, mobilidade elétrica, energia sustentável e muito mais. Confira na matéria:

A maioria dos centros urbanos brasileiros apresentou um crescimento não planejado e acelerado. Em função disso, grandes cidades são sempre associadas a cenários caóticos, onde o crime e a confusão imperam. A organização no projeto de uma cidade é essencial para seu bem-estar e isso se mostra inquestionável quando analisamos Fujisawa SST.

Localizada a aproximadamente 50 quilômetros de Tóquio, a cidade inaugurada em 2014 possui um terreno de 180 mil metros quadrados. Com capacidade para até 1000 famílias, sua construção é um projeto da Panasonic com apoio de sete empresas japonesas e uma norte-americana.

Fujisawa SST é uma cidade inteligente. Isso quer dizer que apresenta diferentes tipos de sensores interligados para coletar dados e usá-los no gerenciamento de recursos. Desse modo, há uma otimização nas operações e serviços da cidade. Segundo os desenvolvedores, a intenção era “criar um conceito de comunidade inteligente baseado no conforto residencial, características regionais e padrões de vida futuros – levando em consideração aspectos como energia, segurança, mobilidade e bem-estar”.

Energia

A cidade é coberta por inúmeros painéis solares que, juntos, são responsáveis por 30% do abastecimento local. O excedente é armazenado em baterias que, segundo o Diretor Geral da PanaHome Corporation, já apresentam uma reserva para três dias. Assim, em uma eventual emergência, os moradores poderão continuar suas vidas.

A utilização de fontes renováveis em larga escala mostra resultados concretos – quando comparada com outras cidades, Fujisawa SST apresenta uma redução de 70% na emissão de C02 e de 30% no consumo de água.

Dentro das casas, a tecnologia também colabora com o meio ambiente. Além de todas as luzes serem do tipo LED, os moradores têm acesso a um portal (aplicativo) no qual é possível acompanhar em tempo real o consumo de água e eletricidade. Segundo uma residente da cidade, “ter acesso a esses dados é um fator motivacional para se tornar mais preocupado com o meio ambiente.”

Segurança

A cidade apresenta um sistema de câmeras interligado que é acompanhado por uma equipe de vigilância 24 horas por dia. Segundo os moradores, esse sistema tranquiliza e respeita suas privacidades.

Mobilidade

O sistema de mobilidade adotado pela cidade permite que os residentes compartilhem carros elétricos e bicicletas. Pelo mesmo aplicativo utilizado para acompanhar o gasto de energia, os moradores podem reservar o veículo e utiliza-lo com hora marcada.

A ideia nesse sistema é que os habitantes adotem uma vida mais ativa, alternando entre carro, bicicleta e caminhada. Assim eles não ficariam presos a um único tipo.

Bem-estar

O bem-estar dos cidadãos é muito importante para o funcionamento da cidade. Por isso, todo o mês a prefeitura organiza eventos interativos, como oficinas de artesanato e gincanas, para assim “criar um sentimento de união entre os moradores”.

Nas ruas de Fujisawa SST não é possível observar postes e cabos elétricos suspensos. A rede elétrica é subterrânea com o intuito de deixar a cidade limpa visualmente.

Até o design urbano foi meticulosamente planejado. A disposição dos bloco residenciais foi feita de uma maneira que o vento circula melhor pela cidade e as casas recebem mais iluminação natural.

Futuro

A cidade teve uma enorme procura por parte de estrangeiros. E segundo a Panasonic, a intenção é levar a ideia para outras cidades do Japão e inclusive para outros países.

Créditos da matéria: https://ecoinforme.com.br/

Créditos da imagem: Fujisawasst.com

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Crise da Covid-19 abre caminho para ônibus elétrico e futuro menos poluído

Devido ao momento atual, crise da Covid-19, ideias precisam ser implementadas. Acelerar alguns dos projetos que contribuirão para sociedade e o meio ambiente. Confira a matéria:

ônibus elétrico

Em maio de 1900, São Paulo inaugurou sua primeira linha de bonde elétrico. Passados 120 anos, os bondes desapareceram de suas ruas, os trólebus viveram auge e declínio, o metrô demorou a aparecer e pouco se expandiu, e os ônibus a diesel e a poluição dominaram a paisagem. Agora, a maior metrópole sul-americana, assim como outras cidades brasileiras, precisa voltar para a eletricidade como principal matriz energética para cumprir o acordo de Paris sobre mudanças climáticas.

Por um lado, a freada brusca de 2020 devido à pandemia do coronavírus deu uma amostra que é possível reduzir a poluição. Por outro, especialistas apontam que agora, com a necessidade dos governos pelo mundo de injetar dinheiro para movimentar a economia, seria o momento certo para acelerar a expansão da chamada eletromobilidade.

“É óbvio que a melhor saída é a eletrificação. Isso globalmente. Além de ser mais solução limpa e barata para o transporte, essa energia vai reduzir os gastos com o já sobrecarregado sistema de saúde, afinal, a poluição reduz pelo menos três anos de vida das pessoas nas grandes cidades”, apontou Carlos Nobre, especialista em aquecimento global e presidente do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas.

Precisamos de mais transporte público e mais transporte elétrico. E que as pessoas também usem carros, bicicletas, patinetes elétricos apenas para percorrer pequenos trechos. Seria algo complementar: uma rede capilar que alimentasse o tronco principal para o transporte de massa. Tudo por eletricidade. André Luis Ferreira, diretor executivo do Instituto de Energia e Meio Ambiente.

Mas o Brasil já parte atrasado para esse destino: tem apenas 28 ônibus a bateria em circulação atualmente. O Chile já conta com mais de mil deles, comprados da China, o país que é a ponta de lança dessa tecnologia.

Os chilenos aplicaram a receita dada pelo Banco Mundial e o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento): as prefeituras compram os veículos elétricos, com financiamento desses organismos multilaterais, e repassam para as empresas se encarreguarem da operação. O Plano Nacional de Eletromobilidade teria como principal palco de exibição a COP (Conferência de Mudança Climática) em 2019 em Santiago, mas a onda de protestos no país fez o evento migrar para a Espanha e a ação de marketing ficou frustrada.

O México e a Colômbia, que também estão à frente do Brasil na utilização após a aquisição de veículos chineses, seguiram a mesma estratégia.

“As indústrias brasileiras de ônibus ganhavam todas as licitações da América Latina, mas nós ficamos para trás na tecnologia elétrica e estamos perdendo espaço para os chineses”, afirma Iêda de Oliveira, diretora da ABVE (Associação Brasileira de Veículos Elétricos) e da Eletra, a principal fabricante brasileira de ônibus elétricos e trólebus.

ônibus elétrico

Futuro eletrizante

A China conseguiu eletrificar totalmente a frota de suas grandes cidades até 2020 (500 mil veículos), aproveitando para reduzir em até 30% a poluição urbana, além de desenvolver a tecnologia e ganhar escala para conquistar mercados pelo planeta. Em 2010, o governo chinês determinou que o transporte elétrico seria um dos 12 setores promissores que o país iria investir para alavancar sua economia. Fizeram uma lei para eletrificar todas as cidades com mais de 100 mil habitantes e cumpriram.

“Foi um pensamento estratégico do governo chinês. Afinal, a eletromobilidade é uma indústria do futuro, diminui a poluição e cria segurança energética, diminuindo a dependência de fontes que são importadas por eles”, analisa Adalberto Maluf, que é presidente da ABVE e diretor de marketing e sustentabilidade da BYD, fábrica chinesa que é a maior produtora mundial de ônibus elétricos.

Os dois acreditam que deveria haver incentivos oficiais para o setor deslanchar. “O BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] deveria ter uma linha de financiamento para acelerar a área. Ainda mais agora que precisamos de uma retomada na economia. O ônibus elétrico não é só uma questão ambiental: é uma questão de sobrevivência para toda uma indústria no país”, analisa Oliveira – o Brasil é o maior fabricante de ônibus da América Latina.

Para Maluf, é difícil falar em investimentos e incentivos fiscais em um momento em que as empresas de transporte urbano estão entrando em prejuízos pela quarentena (caiu 30% da oferta de ônibus e 70% do movimento de passageiros). Mas ele acredita que o caminho está na política local e nas legislações municipais. “O governo federal não tem mostrado interesse ambiental, mas são os prefeitos que estão liderando a agenda climática e fazendo as mudanças. Isso tem acontecido no Brasil, mas também nos EUA”, opina Maluf, que cita o exemplo de Los Angeles, que já tem toda a frota a gás desde o século passado e quer eletrificar tudo até 2030.

Para Paulo Henrique de Mello Sant’Ana, professor do Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal do ABC, é o financiamento público que pode tirar essa tecnologia do papel e dos “projetos-piloto”. “Não tem jeito. O custo inicial agora é muito pesado porque os ônibus elétricos custam mais do que o dobro que os a combustão. Mas o custo de operação é bem mais barato para esse investimento”, afirma Sant’Ana, que fez pesquisa na Universidade de Berkeley (EUA), sobre os modelos de implementação.

O que mais encarece essa tecnologia é a bateria, mas seu preço cai 10% ano a ano devido à escala que a produção vai tomando globalmente. O cálculo de Sant’Ana é que, até 2030, o ônibus elétrico custe o mesmo que um convencional.

ônibus elétrico

Cidades começam a se mexer.

Campinas, por exemplo, criou um corredor de ônibus elétricos, e cidades como São José dos Campos e Salvador vão pelo mesmo caminho. Por sua vez, a prefeitura de São Paulo, com Gilberto Kassab à época, estipulou em 2009 que em dez anos 50% da frota da cidade seria movida sem a utilização de combustível fóssil. Nada andou, e em 2018, o então mandatário paulistano, João Doria, renovou as promessas após a Câmara Municipal criar e aprovar nova lei: em 2028, 50%, e em 2038, 100%, sem estipular quais fontes de energia seriam usadas nem a estratégia financeira para chegar até lá.

Segundo Rafael Calabria, coordenador do programa de mobilidade do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), as discussões estão emperradas. “O cronograma para renovação da frota está em análise desde setembro de 2019. Cobramos providências em janeiro, a resposta só veio em março – às vésperas da quarentena. Se a prefeitura já estava se esquivando antes, imagina agora com a pandemia”, critica Calabria.

Ele lembra que o auxílio de R$ 60 bilhões do governo federal a Estados e municípios, que está sendo discutido no Congresso para combater a crise atual, não detalhe em que áreas serão gastos esses recursos e que, a princípio, prefeitos e governadores é que escolherão onde destinar essa verba.

bonde elétrico

Tudo é passageiro

O bonde elétrico teve tamanha expansão em São Paulo que nos anos 1940 a cidade chegou a contar com 225 quilômetros de extensão (bem maior que os atuais 101 quilômetros do metrô paulistano) – o Rio de Janeiro, que ainda conta com o turístico bondinho de Santa Teresa, tinha naqueles idos quase 500 quilômetros de trilhos.

Em 1968, o bonde paulistano fez sua última viagem. Nessa época, era o trólebus (ônibus com alavancas conectadas a fios) estava em expansão e chegou a ter 343 quilômetros de extensão nas décadas de 1980 e 1990. Hoje em dia, estão por volta de 200 quilômetros, com trechos de fiação sendo arrancados no início do século 20 das avenidas da zona oeste, sul e norte da cidade. “Há muito preconceito com o trólebus. Na época da retirada se argumentou que era estética. Mas o fio que você vê é um sistema muito mais limpa que os poluentes que você não vê e te matam”, argumenta Oliveira.

O transporte da cidade viveu ao sabor das crises energéticas. As linhas de ônibus a combustão ganharam importância quando uma seca entre os anos 1923 e 1924 comprometeu o fornecimento de energia elétrica em São Paulo. Em 1927, a empresa canadense Light apresentou um projeto de construção de metrô, mas a ideia acabou arquivada.

Já o metrô de São Paulo só virou realidade na década de 1970, quando o mundo vivia o período das grandes crises do petróleo. Mas o transporte subterrâneo paulistano cresceu muito devagar e até hoje é pouco extenso comparado com outras metrópoles do mesmo porte, como Nova York, Buenos Aires e Cidade do México.

“A eletromobilidade também tira pressão sobre as tarifas. Você tem a opção de recarregar com energia solar, o que barateia mais ainda”, aponta Maluf. Ele diz que sua empresa apresenta aos clientes a opção de alugar a bateria de lítio e o direito de recarga para facilitar a aquisição e aliviar os custos. Segundo Maluf, isso faz os custos do ônibus elétrico se aproximarem do modelo convencional.

Nessa conta, tem que entrar também a economia em saúde da população. Segundo cálculo do Instituto Saúde e Sustentabilidade, o país perde R$ 54 bilhões entre mortes, internações, custos hospitalares e perda na produtividade devido à poluição. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), este motivo também é a cause de sete milhões de óbitos no mundo anualmente, sendo 50 mil no Brasil (10 mil na Grande São Paulo).

A BYD tem uma fábrica de veículos em Campinas e uma montadora de baterias em Manaus, com 70% dos componentes vindos da China. Já a Eletra possui fábrica no ABC Paulista e uma parceria com a empresa Moura para produzir baterias para seus ônibus elétricos.

“O futuro é ter uma diversidade de fontes de energia para evitar dependências e oscilações. Pode ser ônibus a bateria, trólebus, a gás, biocombustível. E mesmo gasolina ou diesel, para as grandes distâncias. Há ainda os híbridos. Cada tipo tem uma indicação e utilidade. O que não pode é a indústria nacional ficar para trás por falta de financiamento e visão por parte do governo”, criticou Oliveira.

carro elétrico

E os carros elétricos

O presidente e seu filho deputado, Jair e Eduardo Bolsonaro, andaram tuitando no início deste ano que a Tesla, maior fabricante de veículos elétricos do mundo, poderia implantar uma fábrica no Brasil para produzir seus carros por aqui. Mas nada foi confirmado pela empresa, que inaugurou sua primeira unidade fora dos EUA no fim do ano passado, em Xangai, na China, e anunciou planos de expansão para a Europa.

O preço alto (R$ 320 mil é o modelo mais barato) e a necessidade de dar escala à produção (um mínimo de 60 mil unidades por ano) não ajudam para um investimento do negócio no Brasil tão cedo. “Eu estava pesquisando na Califórnia no início do ano e via muitos carros elétricos na universidade e em todo lado os locais de recarga. Sem o fomento do Estado, esse cenário vai ficar cada vez mais para o futuro”, conta Sant’Ana.

Segundo ele, seria preciso fazer uma política de isenção fiscal para tornar os carros elétricos viáveis no Brasil. “Tinha que cortar PIS, Cofins, ICMS, juros para o financiamento e o que pudesse para acelerar esse processo. Eu vejo as empresas de eletricidade se mexendo nessa direção, mas falta uma visão estratégica dos governantes”, afirma Sant’Ana.

Mas há quem acredite que a virada elétrica vai mudar o conceito de mobilidade nas cidades. “Essa dinâmica em torno dos automóveis vai mudar com a eletrificação, porque a eletromobilidade vai abarcar desde o patinete ou o skate até os ônibus articulados. As cidades foram retiradas das pessoas para dar lugar aos carros, mas a eletromobilidade pode devolver as áreas públicas para a população. Vai ser um olhar mais holístico do entorno”, afirma Flávia Consoni, do Departamento de Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências da Universidade de Campinas.

Os carros são responsáveis por 50% da emissão de poluentes em uma grande cidade, e a paralisação que a quarentena e o isolamento social proporcionaram deram mostra de como o ar poderia ser mais limpo nas metrópoles.

Calabria defende que, já que eletrificação exige tanto investimento e estratégia, uma solução prática e barata seja aplicada nesses dias de menos trânsito nas grandes cidades: aumentar as faixas exclusivas para ônibus. “Quando as pessoas voltassem para seus cotidianos, encontrariam outra cidade. Essa é uma solução que só demandaria tinta e placa para sinalizar as faixas e ajudaria a reduzir a poluição.”

 

Créditos da matéria: www.uol.com.br

Créditos da imagem: Divulgação

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Cleantechs

As Cleantechs vêm crescendo com suas alternativas inovadoras e soluções personalizadas, trazem em sua política a responsabilidade com o bem-estar das pessoas e com o meio ambiente. Confira mais na matéria:

As cleantechs são um tipo de negócio que tem tudo a ver com o mercado que se desenha para o futuro. Isso porque ficou no passado a ideia de que a única função de uma empresa é vender. Hoje, suas atividades cumprem também uma função social.

Apesar de muitos empreendedores ainda não darem a devida atenção a tais práticas, quem vai por esse caminho não raro comanda negócios obsoletos e ultrapassados. Mas pode ser ainda pior, pois os resultados acabam afetados de maneira negativa.

É para virar o jogo que iniciativas como as cleantechs se destacam. E não resta dúvida de que as tecnologias limpas – como é característico delas – vieram para ficar.

Assim, as companhias se desenvolvem ao passo em que cuidam do meio ambiente e têm responsabilidade social. O mundo e os consumidores agradecem.

Se você é um gestor, pretende ser ou tem no próprio negócio o meio de vida, este texto tem leitura obrigatória.

A partir de agora, vamos explicar o que são as cleantechs, qual é o perfil desse tipo de empresa, quais as principais tecnologias envolvidas e muito mais.

 

Confira os tópicos que preparamos para este artigo:

O que são empresas de cleantech?

O que são empresas smart cities?

Qual é o perfil das cleantechs?

Os 8 ramos de atuação das cleantechs

Cleantechs no mundo

Cleantechs no Brasil

Onde estão localizadas as cleantechs no país?

Quem são os empreendedores de cleantech no Brasil?

Exemplos de cleantechs brasileiras

Principais tecnologias emergentes.

Quer saber tudo sobre as cleantechs? Então, siga a leitura!

O que são empresas de cleantech?

Empresas de cleantech são organizações embrionárias que têm como principal característica a preocupação com o meio ambiente. Por conta disso, são também chamadas de startups verdes, já que incentivam os cuidados com a sustentabilidade.

Em outras palavras, utilizam soluções inovadoras como alicerce para melhorar o desempenho dos negócios, reduzindo desperdícios e custos. Assim, percebemos que há um ganho em ambas as vias.

Por um lado, a empresa se desenvolve.

Por outro, transforma o mundo em um local amigável para a convivência entre seres-humanos e a natureza. Seu objetivo é a sintonia entre o crescimento do mercado e a eliminação do impacto ecológico negativo, utilizando de maneira sustentável os recursos naturais.

Assim, para ser classificada como uma cleantech, uma empresa deve:

Otimizar as atividades com os recursos disponíveis

Poluir menos

Aplicar um modelo de negócio escalável.

É por isso que se aplica às cleantechs conceitos de tecnologia aliados ao ambientalismo. São priorizados os materiais e fontes de energia sustentável, como o vento, a luz, o calor e a força das marés. Além disso, existe a preocupação com a redução de uso de recursos não renováveis, como o petróleo, o gás natural e o carvão.

Por fim, vale citar a diminuição da produção de rejeitos. Tudo isso com um crescimento calculado, que permite a busca pelo sucesso financeiro diminuindo a agressão ao planeta. Não é a toa que essa já é uma indústria tão poderosa.

Especula-se que, em 2022, ela movimente aproximadamente 2,5 trilhões de dólares, conforme dados do Smart Prosperity Institute. Algumas delas até podem ser utilizadas por você em seu cotidiano. Painéis solares e carros elétricos são um bom exemplo, mas há muitos outros, sobre os quais vamos falar ao longo do texto. E, certamente, elas estarão cada vez mais presentes.

O que são smart cities?

As smart cities são também conhecidas como cidades inteligentes (CI). Assim como smartwatches, smartphones e smart TVs, elas são assim chamadas por virem acompanhadas de tecnologia. No entanto, não existe ainda uma definição concreta sobre o que elas são, já que o conceito se reinventa a cada inovação emergente.

Falando em uma projeção utópica, uma smart city seria um local que utiliza dispositivos conectados para monitorar e gerenciar todos os espaços públicos. De acordo com o Cities in Motion Index, existem nove variáveis consideradas para indicar o nível de inteligência de uma cidade.

São elas:

Capital humano

Coesão social

Economia

Meio ambiente

Governança

Planejamento urbano

Alcance internacional

Tecnologia

Mobilidade e transporte.

O mesmo instituto que realizou a pesquisa criou um ranking, que atribui pontuação a diversas cidades do mundo. Em primeiro lugar observamos Londres (Inglaterra), um exemplo em mobilidade urbana.  Já Nova Iorque (Estados Unidos), na segunda colocação, se destaca no quesito planejamento urbano.

E para fechar o top 3, temos Amsterdã (Holanda), exemplo de alcance internacional. Outras cidades que podem ser citadas como exemplo são Paris (França), Reykjavik (Islândia) e Tóquio (Japão).

No Brasil, a melhor colocada é São Paulo, que ocupa a 116ª posição no ranking. Na sequência temos Rio de Janeiro (126ª), Curitiba (135ª), Brasília (138ª), Salvador (147ª) e Belo Horizonte (151ª).

Para exemplificar uma cidade inteligente conhecida dos brasileiros, vamos falar da terceira colocada, a capital do Paraná.

A imagem acima mostra um Ecoelétrico, um veículo de baixo impacto ambiental, projetado para reduzir a emissão de gases nocivos ao clima. Desde 2014, graças à frota, a cidade poupou 12.264 quilogramas de gás carbônico que seriam prejudiciais à atmosfera.

Outra cidade destaque é Salvador, que investe em tecnologias como semáforos inteligentes, sensores de encostas, pluviômetros automáticos, estações de monitoramento de qualidade do ar e smart grids (redes elétricas inteligentes).

Naturalmente, as cleantechs têm impacto direto no modo com o qual as smart cities são construídas, já que alinham suas tecnologias àquelas aplicadas no município.

Qual é o perfil das cleantechs?

O Brasil conta com 136 empresas do ramo – dados do Mapeamento do Ecossistema de Startups de Cleantech no Brasil, de 2019.

Com relação ao faturamento, temos:

28% com ganhos entre 0 a 10 mil reais

13% com ganhos entre 10 a 100 mil reais

23% com ganhos entre 100 e 500 mil reais

13% com ganhos entre 500 mil a 1 milhão de reais

16% com ganhos entre 1 milhão a 5 milhões de reais

2% com ganhos superiores a 5 milhões de reais.

Entre os 136 participantes da pesquisa, 2% não informaram os dados sobre faturamento.

Sobre a data de fundação, 45% surgiram a partir de 2016, em três anos.

Esse número é bem próximo ao período entre 2000 e 2015, mostrando o desenvolvimento do setor.

 

A respeito do modelo de negócio, as informações do estudo são as seguintes:

 

71% no modelo business to business (B2B)

25% no modelo business to consumer (B2C)

3% no modelo business to government (B2G)

1% no modelo consumer to consumer (C2C).

Os 8 ramos de atuação das cleantechs

As cleantechs atuam em diferentes segmentos de mercado. De acordo com a taxonomia Kachan, criada pela empresa de consultoria e inteligência voltada a tecnologias limpas, existem oito grandes nichos, que se subdividem em outras subcategorias.

A seguir, vamos saber quais são elas.

Energia Limpa

O segmento de energia limpa toma conta dos seguintes atributos:

Eólica

Solar

Combustíveis renováveis

Energia dos oceanos

Biomassa

Geotérmico

Células de combustível

Resíduos

Nuclear

Hídrica.

Armazenamento de Energia

Já armazenamento de energia vislumbra melhorias nos seguintes componentes:

Sistema de armazenamento químico

Sistema de armazenamento térmico

Sistema de armazenamento mecânico

Sistema de armazenamento elétrico.

Eficiência

O segmento de eficiência vigia atividades como:

Redes inteligentes (smart grids)

Arquitetura verde (green building)

Cogeração

Semicondutores

Sistemas de consumo colaborativo.

Transporte

No segmento de transporte, temos os seguintes elementos:

Veículos

Gestão de tráfego

Infraestrutura e abastecimento/carregamento.

Ar & Meio Ambiente

O segmento de ar e meio ambiente, por sua vez, abraça os itens a seguir:

Sequestro de carbono

Mercado de carbono

Controle de emissões

Biorremediação

Reaproveitamento de resíduos

Monitoramento e conformidade

Indústria Limpa

No setor de indústria limpa, temos:

Inovação em materiais

Inovação em design

Inovação em equipamentos

Processos produtivos

Monitoramento e conformidade

Embalagem ecológica.

Água

As cleantechs que se especializam no segmento de água se preocupam com:

Produção

Tratamento

Distribuição

Eficiência no uso da água

Monitoramento e conformidade.

Agricultura

Por fim, temos o segmento da agricultura, que visa o desenvolvimento sustentável de atividades como:

Cultivo

Agricultura em ambiente controlado

Silvicultura sustentável

Criação de animais

Agricultura.

Cleantechs no Mundo

O ramo de cleantechs prospera ao redor do globo.

Muitas empresas já fazem uso de tecnologias em prol do ambiente, modificando as estruturas sociais e econômicas de diversos países.

Na Costa Rica, por exemplo, cerca de 98,53% de toda energia utilizada é renovável, de acordo com The Tico Times.

Outro dado importante vem do Reino Unido.

Espera-se que até 2025 não seja mais necessária a queima de carvão para produzir energia, segundo noticiado no The Guardian.

Com tal prognóstico positivo, muitas pessoas buscam saber mais sobre tais organizações.

Abaixo, conheça algumas das principais.

AeroFarms

A empresa americana AeroFarms funciona como uma fazenda vertical. Isso significa que não precisa de solo ou sol para o cultivo. Recentemente recebeu investimentos que superam os 40 milhões de dólares.

Airthium

Empresa pioneira no ramo de armazenamento de energia, a francesa Airthium possui recursos recicláveis para até 25 anos de ciclo de vida. Ou seja, é autossustentável. O projeto utiliza sistemas termodinâmicos de armazenagem de baixo custo.

Aquaporin

A dinamarquesa Aquaporin dedica seus esforços à purificação da água por meio de técnicas de biotecnologia. De acordo com o próprio site da empresa, o objetivo é lidar com a escassez de água antes que isso se torne um problema irremediável.

Ather Energy

A startup indiana Ather Energy foca na criação de lambretas elétricas. Fundada em 2013, recebeu um aporte de 59 milhões de dólares.

Pyrowave

Empresa canadense, a Pyrowave utiliza soluções químicas para reutilização do plástico.

Biogts

Criada na Finlândia, a Biogts utiliza rejeitos para transformá-los em energia útil. A empresa investe, inclusive, em veículos biocombustíveis e fertilizantes.

Carbon Masters

De origem inglesa, a Carbon Masters tem como objetivo reduzir a emissão de carbono e o aquecimento global. Ela tem um alcance bastante amplo, atuando como consultora para empresas de todo o mundo.

Enervalis

Com base de operações na Bélgica, a Enervalis utiliza a tecnologia de machine learning para analisar o uso de energia das empresas. Assim, é possível estabelecer adaptações que geram economia de recursos.

May Mobility

A americana May Mobility possui um sistema de aplicativo que funciona mais ou menos nos moldes do Uber, mas para ônibus. Sua atuação se estende do consumidor final ao setor privado.

Cleantechs no Brasil

 

O Brasil apresenta um panorama de crescimento no ramo das cleantechs. E não poderia ser diferente.  A Floresta Amazônica ocupa cerca de 60% do território nacional, abrangendo os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins.

Graças a isso, por aqui temos uma preocupação natural com o ecossistema. O setor recebe investimentos anuais, inclusive com um comitê voltado ao segmento dentro da ABStartups.

Onde estão localizadas as cleantechs no país?

Dentre as 136 cleantechs do Brasil, 43% ficam no estado de São Paulo.

Na sequência, temos Minas Gerais e Rio de Janeiro com 12%.

Santa Catarina e Rio Grande do Sul compartilham a terceira colocação, com 7%.

Assim, podemos perceber que o eixo Sul-Sudeste é responsável por 91% das startups de cleantech em território nacional.

Cerca de 66% estão localizadas em capitais, sendo as campeãs São Paulo (20 cleantechs), Rio de Janeiro (16 cleantechs), Belo Horizonte (9 cleantechs), Florianópolis (6 cleantechs) e Porto Alegre (5 cleantechs).

No interior, destacam-se Campinas (5 cleantechs) e Itajubá (4 cleantechs).

Quem são os empreendedores de cleantech no Brasil?

Como em qualquer outro ramo de atuação, existe um perfil dominante dos empreendedores no ramo de cleantechs no Brasil. Entre aqueles que se arriscam no segmento, 83,1% são homens e 84% são brancos. Assim, as mulheres ficam com 16,5% e os pardos com 12% do mercado.

A maior parte possui entre 31 a 40 anos, alcançando o valor de 34% dos respondentes da pesquisa. Os empreendedores de até 30 anos abraçam a fatia de 26%.

Já os entrevistados entre 41 e 50 anos são responsáveis por 21% do total, enquanto aqueles entre 51 a 65 anos atinge o valor de 16%.

Outra informação interessante diz respeito à experiência profissional.

Isso porque mais de 50% possuem experiência em grandes empresas, pesquisa acadêmica e empreendedorismo. Ao mesmo tempo, apenas 6% se envolveram com tarefas relativas ao setor público. Vale ainda ressaltar que 52% são formados em engenharia e 57% possuem pós-graduação como grau de escolaridade. Já sobre o número de sócios, a maioria possui dois (35%). Os números seguintes são um sócio (25%), três sócios (22%), quatro sócios (10%), cinco sócios (4%) e mais de cinco sócios (4%).

Além disso, não emite gases tóxicos na atmosfera.

CUBi

Voltada ao setor de eficiência, a CUBi tem como função auxiliar no monitoramento da energia elétrica. Com isso, é possível identificar possíveis desperdícios e otimizar os ganhos sem a necessidade de mudanças drásticas estruturais. De certo modo, podemos dizer que sua intenção é auxiliar gestores nas tomadas de decisões ao aumentar os ganhos com a energia gerada.

Caronear

A Caronear, por sua vez, é uma plataforma que investe no compartilhamento de caronas. Ela foca nos setores corporativo e educação. A ideia é bem simples: por meio de um aplicativo, pessoas se conectam e verificam se há pessoas com veículos indo a um mesmo destino. O objetivo final é reduzir o número de carros nas ruas, diminuindo a emissão de gases nocivos e melhorando o tráfego urbano.

ACT Sistemas

Outro bom exemplo de cleantech nacional é a ACT Sistemas. A empresa possibilita a automação de sistemas de fiscalização da fumaça preta emitida pelas chaminés industriais. Por meio de um sistema de captura de imagens, avalia o índice de poluição, permitindo a fiscalização regular para que sejam tomadas as devidas providências.

Polen

O objetivo da Polen é conectar indústrias que geram resíduos a outras empresas que utilizam as sobras como matéria-prima. A empresa também auxilia em setores de transporte, logística e seguro ambiental. Nesse último caso, a ideia é cobrir acidentes ambientais ocasionais.

EkonoWater

Mais uma cleantech que se destaca na cenário nacional, a EkonoWater oferece soluções para eliminação do consumo de água potável em vasos sanitários. Além disso, possibilita a redução de até 20% da geração de esgoto. Investindo na reutilização de águas cinzas, provenientes de chuveiro e lavatório, também se aproveita das águas da chuva em seus processos operacionais.

Sensix

A Sensix, por seu lado, oferece serviços de levantamento aéreo, processamento e análise de dados para agricultura por meio de drones. Tais dispositivos, também conhecidos como Veículos Aéreos Não Tripulados, identificam anomalias que auxiliam na tomada de decisão dos empreendedores do ramo.

Principais tecnologias emergentes

Como você viu ao longo do artigo, as cleantechs usam soluções inovadoras para propor novos modelos de negócios, agora mais sustentáveis. Entre essas soluções, destaque para o uso de uma série de tecnologias emergentes, muitas vezes responsáveis pela viabilidade das startups verdes. Elas foram destaque no estudo Science, Technology and Innovation Outlook, da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), de 2016.

Vamos conhecer algumas dessas tecnologias?

Nanotecnologias: tecnologia de manipulação de átomos e moléculas

Sistemas de veículos elétricos: sem utilização de recursos não renováveis, apenas fontes limpas

Big data: organização e análise de altíssimo volume de dados para oferecer informações qualificadas, apoiando as tomadas de decisões

Inteligência artificial: soluções de computação cognitiva que permite a interação entre dispositivos e pessoas, de uma maneira que lembra o pensamento humano

Machine learning: o aprendizado da máquina se destina à análise de dados e identificação de padrões com pouca ou nenhuma intervenção humana

Drones e VANTs: veículos aéreos de pequeno porte e sem tripulação, destinados a fins diversos

Internet das Coisas (IoT): conectividade entre objetos físicos e a internet, permitindo coletar dados e manipular equipamentos de forma remota.

 

Conclusão

Neste artigo, você aprendeu o que são cleantechs e descobriu as razões pelas quais elas crescem a cada dia. Abordamos quais são os ramos de atuação das startups verdes, as áreas nas quais a tecnologia limpa é empregada e como é o desenvolvimento do setor no Brasil e no mundo. Não resta dúvidas de que esse é um campo extremamente promissor, uma resposta à necessidade cada vez maior de pensarmos no futuro do planeta e na vida das próximas gerações.

 

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As marcas Volkswagen, Audi e Porsche se uniram à EDP para instalar eletropostos entre Espírito Santo e Santa Catarina

Volkswagen, Audi e Porsche (todas empresas do mesmo grupo) anunciaram nesta terça-feira (22) uma parceria com a EDP para instalar 30 estações de recarga ultrarrápida (de 150KW e 350KW) de veículos elétricos no estado de São Paulo. Serão 29 postos de 150KW e um de 350KW.

Além disso, serão instalados 30 equipamentos de recarga semirrápida (de 22KW). Ou seja, cada ponto da rede terá uma estação ultrarrápida e uma semirrápida. Os eletropostos de carregamento ultrarrápido são capazes de reabastecer 80% da bateria do carro em 25 a 30 minutos.

A ideia do projeto é conectar 64 pontos de carregamento nos estados de Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Dessa forma, será formado um corredor de abastecimento de automóveis híbridos e elétricos com mais de 2.500Km de extensão.

A distância máxima entre as estações será de 150Km, para garantir autonomia aos motoristas. As rodovias que vão recebê-las são a Tamoios, a Imigrantes, a Carvalho Pinto, a Governador Mário Covas, a Dom Pedro, a Washington Luís e a Régis Bittencourt.

Testes e novos veículos

O empreendimento foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e terá investimento de R$ 32,9 milhões. Esse é o primeiro projeto de instalação de carregadores ultrarrápidos da América do Sul. A implementação da rede será iniciada ainda em 2019. As primeiras inaugurações estão programadas para 2020 e a conclusão do trabalho deve ocorrer em três anos.

Os testes para homologação da infraestrutura de recarga são feitos com os veículos da Volkswagen, da Audi e da Porsche. A Volkswagen deve lançar seis carros elétricos e híbridos na América Latina até 2023. O primeiro deles é o híbrido Golf GTE, que chega ao Brasil em novembro.

Paralelamente, a marca desenvolve a família ID., produzida em uma plataforma de fabricação de veículos elétricos. Em 2025, a meta da empresa é comercializar 1 milhão de carros elétricos por ano.

 

Créditos da matéria:  Olhar Digital

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Paraná tem a rodovia eletrificada mais longa do País: 730 km

As estações de recarga de veículos elétricos espalham-se pelo país. Uma das principais vantagens é que um carro movido a eletricidade contribui para um planeta mais limpo, tornando-se cada vez mais possível a diminuição da poluição. Confira mais na matéria:

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BNDES libera R$ 6,7 milhões para fazer rede de recarga de carros elétricos

Projetos incluem desenvolvimento de pontos de carga lenta, semirrápida e rápida.

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou a liberação de R$ 3,4 milhões e R$ 3,3 milhões, respectivamente, para dois projetos de redes de recarga de veículos elétricos. Um dos projetos é da CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Telecomunicações) e prevê investimento total de R$ 5 milhões. A PHB Eletrônica Limitada, empresa brasileira com mais de 30 anos de experiência em projetos na área de eletrônica de potência aplicada a sistemas de energia, surge como interveniente.

O outro é da Fundação CERTI (organização de pesquisa, desenvolvimento e soluções tecnológicas) em parceria com a WEG, fabricante nacional de eletroeletrônicos de uso industrial com atuação no setor de mobilidade elétrica. O investimento total éde R$ 7,5 milhões. Os projetos contam com apoio financeiro não reembolsável da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, organização social criada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para fomentar projetos inovadores), no valor total de R$ 2,9 milhões.

Cadê os incentivos?

Contrapartida para o financiamento público está no comprometimento das empresas privadas em desenvolver modelos de eletropostos de recarga lenta (8 a 16 horas), semirrápida (2 a 4 horas) e rápida (até 1 hora) acessíveis a todos. Os pontos de recarga poderão ser instalados em residências, shoppings, estacionamentos, postos de gasolinas e estradas.

Além da ausência de incentivos fiscais significativos para importação e até produção de veículos híbridos e elétricos até o momento, o Brasil enfrenta ainda a falta de infraestrutura e também a presença tímida de oferta de veículos “eletrificados” no Brasil. São poucos os modelos à venda no mercado nacional, sempre por importação — o BMW i3, por exemplo, é o único carro elétrico de fato disponível no país de forma oficial. Híbridos plug-in surgem ainda de forma esporádica e sempre no segmento de luxo.

Aos poucos, as fabricantes anunciam medidas pontuais para facilitar (ou tornar menos difícil) a vida de quem tem um carro elétrico. Uma delas é a eletrovia montada pela BMW ligando São Paulo ao Rio de Janeiro, graças à instalação de seis pontos de recarga espalhados pelos 430 quilômetros do trajeto entre as capitais. Outra, anterior ao caso acima, é o projeto de eletrovia entre Paranaguá e Foz do Iguaçu, no Paraná, com ação integrada de Copel (concessionária de energia elétrica paranaense) e ABB (multinacional suíça do ramo de eletrificação).

Recentemente, a Volvo se comprometeu a construir 250 eletropostos no Brasil até abril de 2019, sendo que metade deste volume estará funcionando até o fim deste ano. Para tanto, a fabricante sueca firmou parcerias com a rede de shoppings Iguatemi e a cadeia de supermercados Pão de Açúcar.

A recarga é gratuita, mas o usuário precisa pagar o valor do estacionamento dos estabelecimentos. Qualquer veículo híbrido ou elétrico no padrão europeu também poderá ser carregado nos pontos bancados pela empresa, mesmo sendo de outra marca.

Créditos da matéria: Uol – Por Vitor Matsubara

Créditos da imagens: Eduardo Anizelli/Folhapress

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Nissan inaugura fábrica para reciclar baterias de carros elétricos

As baterias recicladas e refabricadas serão usadas para oferecer a primeira bateria substituível trocável do mundo para veículos elétricos.

No Japão será aberta a primeira fábrica especializada na reutilização e reciclagem de baterias de íons de lítio de veículos elétricos. A unidade, localizada na cidade de Namie, será operada pela 4R Energy Corporation, uma joint venture entre a Nissan e a Sumitomo Corporation.

Problema

Com o aumento no número de carros elétricos, a disponibilidade de baterias de íons de lítio usadas deverá subir significativamente no futuro próximo. E é já esperado que os compradores da primeira geração de carros elétricos queiram substituir seus veículos.

Como dar conta então de possível problema?

A Nissan afirma que a reciclagem e a refabricação dessas baterias terão um impacto substancial no segmento. Isso vai afetar a demanda por novos materiais, o meio ambiente e a sociedade como um todo.

Reutilização como solução

Fundada em 2010 pela Nissan e pela Sumitomo Corporation, a 4R desenvolveu um sistema que mede rapidamente o desempenho de baterias usadas. A empresa planeja aplicar essa tecnologia inovadora a baterias coletadas em todo o Japão.

A fábrica servirá como centro global para o desenvolvimento e fabricação da 4R. As baterias recicladas e refabricadas serão usadas para oferecer a primeira bateria substituível do mundo para veículos elétricos.

Além disso, serão usadas em sistemas de armazenamento em larga escala e empilhadeiras elétricas. A unidade é a primeira fábrica nova da cidade de Namie desde que a cidade foi devastada pelo terremoto e tsunami do Japão em março de 2011, e deve ajudar a revitalizar a economia local.

Créditos da matéria: Ciclo Vivo

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Créditos da imagem: Divulgação.