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China instala a maior turbina eólica do mundo no mar; veja dimensões

A empresa chinesa China Three Gorges Corporation (CTG) anunciou na última quarta-feira (28) a instalação da maior turbina eólica do mundo em alto mar. O equipamento faz parte do parque eólico Zhangpu Liuao, localizado na província chinesa de Fujian. Com capacidade para produção de 16 MW (megawatts), a turbina eólica também é a com maior capacidade instalada no mundo, chegando a 34 kWh para cada volta no próprio eixo.

Isso não acontece por acaso, já que suas dimensões são impressionantes. O mastro que sustenta a estrutura tem uma altura de 152 metros, tamanho equivalente ao de um prédio de 52 andares. Já cada uma das hélices tem 123 metros de comprimento, com capacidade de varrer uma área de 50 mil metros quadrados (o mesmo que sete campos de futebol). O peso total, contando o gerador e a sala das máquinas, é de 385 toneladas.

O local escolhido, na área costeira no sudeste da China, por conta da abundância de ventos. Porém, as condições complexas das marés e o risco de tufões obrigaram a instalação de sensores de alerta para ajustar o modo de operação de acordo com o clima. Assim, as hélices podem ajustar os ângulos para aproveitar melhor a força dos ventos.

A China vem fazendo investimentos pesados em produção de energia limpa, com a ideia de só utilizar energia renovável até 2060. Em abril de 2023, o governo chinês anunciou que 31% da capacidade energética produzida no país veio de energia solar e eólica. No total, foram 820 milhões de kilowatts gerados nos quatro primeiros meses do ano. Segundo a ONG Global Energy Monitor, o país pode chegar a 1,2 mil GW em 2025.

Segundo a agência de notícias Xinhua, só a turbina gigante deve produzir um média de 66 milhões de kW/h ao ano, o que é suficiente para suprir as necessidades de 36 mil residências. Em números absolutos, isso é o equivalente a 22 mil toneladas de carvão, o que representa uma redução de 54 mil toneladas de dióxido de carbono emitidos na atmosfera.

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Petrobras e Equinor firmam acordo para avaliar sete

Petrobras e Equinor firmam acordo para avaliar sete projetos de eólica offshore no Brasil

Empresas estudam instalar parques eólicos nos estados do RJ, ES, PI, CE, RN e RS

A Petrobras e a Equinor assinaram carta de intenções que amplia a cooperação entre as empresas para avaliar a viabilidade técnico-econômica e ambiental de sete projetos de geração de energia eólica offshore na costa brasileira, com potencial para gerar até 14,5 GW. Com esses estudos, a expectativa é avançar nos projetos de transição energética do país. “Esse acordo vai abrir caminhos para uma nova fronteira de energia limpa e renovável no Brasil, aproveitando o expressivo potencial eólico offshore do nosso país e impulsionando nossa trajetória em direção à transição energética”, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

O acordo é fruto da parceria firmada entre Petrobras e Equinor em 2018 – e teve seu escopo ampliado para além dos dois parques eólicos Aracatu I e II (localizados na fronteira litorânea entre os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo), previstos inicialmente.  Além desses dois projetos, o novo acordo prevê avaliação da viabilidade de parques eólicos de Mangara (na costa do Piauí); Ibitucatu (costa do Ceará); Colibri (fronteira litorânea entre o Rio Grande do Norte e Ceará), além de Atobá e Ibituassu (ambos na costa do Rio Grande do Sul) – num total de sete projetos, com prazo de vigência até 2028.

“Vamos juntar nossa capacidade de inovação tecnológica offshore, reconhecida mundialmente, e a nossa experiência no mercado de geração de energia elétrica brasileiro com a expertise da Equinor em projetos de eólica offshore em vários países. Vale destacar, porém, que a fase é de estudos e a alocação de investimentos depende de análises aprofundadas para avaliar sua viabilidade, além de avanços regulatórios que permitirão os processos de autorização para as atividades, a ser feita pela União”, complementou Prates.

“A Equinor e a Petrobras têm uma longa história de parceria de sucesso. Estamos felizes em expandir nossa colaboração para renováveis, possibilitando uma ampla oferta de energia no Brasil. Juntos, estamos engajados ativamente para contribuir com a realização da energia eólica offshore e da transição energética do Brasil, criando as condições iniciais necessárias para que a energia renovável se desenvolva de maneira sustentável”, afirma Anders Opedal, CEO da Equinor.

Petrobras ambiciona neutralizar emissões até 2050

A iniciativa de diversificação rentável do portfólio da Petrobras contribuirá para o sucesso da transição energética e se soma ao plano de redução das emissões operacionais de gases de efeito estufa. A companhia reitera seu objetivo de atingir metas de curto prazo e sua ambição de neutralizar as emissões nas atividades sob seu controle até 2050 – assim como influenciar parceiros em ativos não operados. No Plano Estratégico da Petrobras para o período de 2023 a 2027, a eólica offshore é um dos segmentos priorizados para estudos aprofundados.

O potencial brasileiro para geração de energia eólica offshore traz oportunidades promissoras de diversificação da matriz energética do país. A tecnologia associada à geração eólica offshore utiliza a força dos ventos no mar para a produção de energia renovável – e as principais vantagens são a elevada velocidade e estabilidade dos ventos em alto-mar, livres de interferência de barreiras como rugosidade do solo, florestas, montanhas e construções, por exemplo.

Em vídeo, o presidente Jean Paul Prates fala sobre a parceria entre a Petrobras e a Equinor. Confira aqui.

A Petrobras segue mapeando oportunidades e desenvolvendo projetos de desenvolvimento tecnológico nesse segmento, como os testes da Boia Remota de Avaliação de Ventos Offshore (conhecida como Bravo), em parceria com os SENAIs do Rio Grande do Norte (RN) e Santa Catarina (SC).

A Equinor está presente no Brasil desde 2001, e o país é considerado uma das áreas centrais da Equinor. A Equinor possui um portfólio sólido e diversificado de petróleo e gás no Brasil, com licenças em desenvolvimento e em produção como Bacalhau, na Bacia de Santos, e Peregrino, na Bacia de Campos. Em renováveis, Apodi (162 MW) é a primeira usina solar do portfólio global da Equinor, operada pela Scatec. A planta iniciou a produção em 2018. Em 2022, foram iniciadas as obras do projeto solar Mendubim (531 MW), realizado em parceria com a Scatec e a Hydro Rein e previsto para entrar em produção em 2024.”

 

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Shell Brasil solicita licença ambiental para projetos de eólicas em alto-mar no país

Pedido abrange áreas nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste

A Shell Brasil informa que deu entrada esta semana em pedidos de licenciamento ambiental junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (IBAMA) para geração de energia eólica offshore em seis áreas, nos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Estes seis projetos em desenvolvimento, juntos, terão capacidade instalada de 17GW. A iniciativa demonstra o compromisso da Shell com o Brasil, bem como a materialização da estratégia “Impulsionando o Progresso”, centrada nas metas de descarbonização para a transição energética.

Enquanto aguarda a definição do restante da regulamentação que guiará o desenvolvimento desses projetos no país, o envio do Formulário de Caracterização de Atividade (FCA) ao IBAMA é um primeiro passo para garantir o melhor estudo das áreas e o desenvolvimento sustentável e responsável dos investimentos necessários para o licenciamento. Os estudos ambientais começarão ainda em 2022.

“Com mais de 20 anos de atuação em energia eólica no mundo e mais de 50 anos de tradição em projetos offshore, a Shell pretende aliar sua expertise nestas duas frentes com o objetivo de fornecer mais energia e energia limpa para o país,” afirmou Gabriela Oliveira, gerente de Geração Renovável da Shell no Brasil.

 

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Empresa israelense usa ar e água para armazenar energia solar para a noite

Excesso de energia dos painéis solares aciona um sistema onde a água é usada para condensar ar, em tanques subterrâneos, que depois é usado para alimentar uma turbina e gerar eletricidade.

A energia renovável dos sistemas movidos a energia solar e eólica no extremo sul de Israel não pode ser armazenada sem custo extra –um grande obstáculo nos esforços do mundo para se livrar dos combustíveis poluentes e evitar uma catástrofe climática.

Mas no Kibbutz Yahel, os moradores começaram a usar uma nova tecnologia que pode armazenar energia solar de forma barata e produzir energia no período noturno.

Durante o dia, o excesso de energia dos painéis solares aciona um sistema onde a água é usada para condensar ar, em tanques subterrâneos. Após o pôr do sol, o ar é liberado para alimentar uma turbina e gerar eletricidade. E o ciclo se repete pela manhã.

“Outros kibutzim estão esperando e observando para ver se isso funciona e certamente pode se tornar a solução de armazenamento de energia limpa para a região”, disse Yossi Amiel, gerente de negócios de Yahel.

O sistema foi desenvolvido pela Augwind Energy, uma empresa negociada em Tel Aviv com valor de mercado de 1,2 bilhão de shekels (386 milhões de dólares).

Ao contrário das plataformas acima do solo que trabalham com ar condensado e requerem um terreno significativo, a empresa diz que seu produto, um tanque de aço relativamente fino com um revestimento de polímero especial, pode ser colocado diretamente na fonte de energia com um custo menor.

A ‘AirBattery’ de Augwind é cerca de 80% eficiente no armazenamento de energia, um pouco menos do que as baterias, mas, ao contrário das baterias, não se degrada com o tempo.

O presidente-executivo da Augwind, ou Yogev, diz que o preço está no mesmo nível das baterias de íon de lítio, cerca de 250 dólares por quilowatt-hora, e que vai cair no próximo ano para menos de 200 dólares à medida que chegarem a mais clientes.

A empresa já arrecadou 60 milhões de dólares de investidores institucionais, disse ele.

“Nos próximos anos, teremos milhares de megawatts-hora instalados usando a tecnologia ‘AirBattery’. Essa é a nossa previsão”, disse Yogev. “Mesmo isso, quando você compara com o tamanho do mercado, ainda é muito pequeno.”

 

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Eólica bate novos recordes

Marca registrada nessa segunda-feira (12/07/2021) representa 106,8% do consumo elétrico da região, afirma ONS

Os ventos sopram mais fortes no nordeste brasileiro, que registrou um novo pico de geração eólica instantânea na manhã desta segunda-feira, 12 de julho, alcançando 11.715 MW às 9:28 horas, informa o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), aferindo que o montante foi suficiente para abastecer a 106,8% de toda a região no minuto do recorde.

Os números vêm de uma sequência inédita desde a última quinta-feira, 8 de julho, quando a fonte atingiu a marca de 11.548 MW, valor suficiente para abastecer a 99,2% de toda a região. Um dia depois, na sexta-feira, 9 de julho, a geração instantânea bateu 11.464MW à meia-noite, valor correspondente ao fornecimento de 100,8% do subsistema.

Quanto ao recorde de geração média, o último registro foi dia 2 de julho, quando foram produzidos 9.707 MWmed,  volume capaz de atender a 91,9% da demanda da região no dia. Ainda segundo o ONS a energia eólica representa 10,7% da matriz elétrica brasileira e a expectativa é que chegue ao fim de 2025 atingindo 13,2%.

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Nordeste tem recorde de geração de energia eólica, diz ONS

A qualidade dos ventos do Brasil contribuiu para o salto na geração de energia eólica, o bom resultado também é consequência do aumento na quantidade de parques eólicos. Confira a matéria:

A geração de energia eólica no Nordeste do Brasil bateu na segunda-feira, 26 de agosto 2019, um novo recorde, alcançando média diária de 8,65 gigawatts (GW) médios, informou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Segundo nota do órgão, a geração eólica representou 89% da carga do subsistema e superou o número de 15 de agosto, recorde anterior, de 8,467 GW médios. O fator de capacidade foi de 74%.

O Nordeste brasileiro é a principal região de geração eólica do Brasil, fonte que tem ampliado a representatividade no país nos últimos anos.

Em 2018, a fonte eólica representou mais de 8% da energia gerada para o sistema, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

 

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Brasil sobe em ranking e tem perspectiva de crescer mais em energia eólica

Energia eólica tem um futuro promissor no Brasil. O país avança em desenvolvimento de Parques Eólicos e conquista melhores posições no ranking mundial do setor. Confira a matéria completa:

Natal, 7 jul (EFE).- A energia eólica entrou com força no Brasil nos últimos anos e o país chegou até a oitava colocação do ranking mundial de capacidade instalada, que cresceu 15 vezes na última década. O país passou de 1 GW de capacidade instalada em 2010 para 15,1 GW neste ano, distribuídas em 600 parques eólicos em 12 estados, segundo os últimos dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica)

A energia eólica ganhou espaço e atualmente representa 9,2% da matriz energética nacional, atrás apenas das usinas hidrelétricas, que têm 60,3%

Apesar do sólido avanço, esta fonte de energia renovável ainda tem bastante espaço para crescer no país, segundo os especialistas, e espera-se que em 2023 haja cerca de 19,4 GW de capacidade eólica instalada, levando em conta os leilões já realizados e os contratos assinados no mercado.

“Temos uma perspectiva de crescimento muito grande. Vemos que a eólica e a solar são as fontes que mais vão crescer no Brasil nos próximos 30 anos”, explicou à Agência Efe, a presidente da ABEEólica, a economista Elbia Silva Gannoum.

Apesar das conquistas nos últimos anos, graças à melhoria da tecnologia, da competitividade e das boas perspectivas em relação ao futuro, Elbia ressaltou que a situação de fragilidade da economia brasileira representou um freio para o setor ao reduzir a contratação de energia nos leilões.

O Brasil entrou em uma profunda recessão entre 2015 e 2016, quando o Produto Interno Bruto (PIB) perdeu cerca de sete pontos percentuais e, entre 2017 e 2018, a economia cresceu apenas 2%. As previsões para este ano continuam fracas e, segundo as projeções do mercado financeiro, o PIB brasileiro registrará um crescimento tímido de 0,8% em 2019.

“A economia está dificultando, quando houver crescimento econômico veremos um crescimento maior do setor. Mesmo assim, temos um mercado crescendo bastante na média e com uma perspectiva futura muito boa”, acrescentou a presidente de ABEEólica. A região nordeste concentra a maior parte dos parques eólicos do Brasil, cujo território apresenta condições meteorológicas favoráveis, com ventos regulares e intensos, e onde proliferaram as turbinas de geração de energia eólica.

No município de Rio do Fogo, no Rio Grande do Norte, está a primeira instalação da Iberdrola no desenvolvimento de energias renováveis nesse país, inaugurada em 2006, e que representa o ponto de partida de um empreendimento que tem se expandido com força na última década. A empresa espanhola Iberdrola, que está presente no país através da filial Neoenergia, conta com 17 parques eólicos em funcionamento, distribuídos nos estados de Rio Grande do Norte, Paraíba e Bahia (nordeste), com potência instalada de 516 megawatts (MW), e tem outros 15 em construção.

Com a conclusão da implantação de todos os projetos, a carteira de ativos em operação de Iberdrola em energia eólica totalizará em torno de 1 GW em 2022. O crescimento dos projetos eólicos de Iberdrola no Brasil acompanhou o do próprio setor no país, onde já existe uma rede produtiva nacional, com seis fabricantes de turbinas em solo brasileiro. “Essas fontes sofreram mudanças tecnológicas que fazem com que sua produtividade aumente e podem competir com a fonte mais barata que é a hidrelétrica, cujos recursos estão se esgotando”, detalhou Elbia. EFE.

Alba Santandreu.

Créditos da matéria:  Economia Uol

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Honda vai investir R$ 30 milhões para expandir o parque eólico


Investimento para expandir parque eólico e recuperação do mercado automotivo são ótimas notícias para a indústria automobilística e o meio ambiente. Confira a matéria:


Foto: Gabrielle Chagas G1

Unidade paulista ficou quase 3 anos fechada depois de pronta. Ela abre com a produção do Fit e, em dezembro, recebe o WR-V. Até 2021, todos os modelos nacionais da marca sairão de lá.

A Honda vai utilizar energia do vento para compensar a energia elétrica gasta em nova fábrica em SP. A montadora vai investir R$ 30 milhões para expandir o parque eólico que possui em Xangrila-Lá (RS) para que ele produza a mesma quantidade de energia que a fábrica de Itirapina (SP) demanda.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira (27), durante na cerimônia de inauguração da fábrica paulista.

“Afirmo com orgulho que todos os carros fabricados em Itirapina irão utilizar energia limpa”, disse o presidente da Honda na América do Sul, Issao Mizoguchi.

A unidade recém-inaugurada ficou quase 3 anos fechada depois de pronta, por conta da crise que atingiu também o setor automotivo.

O primeiro carro feito lá é Fit, e a unidade será responsável pela produção de todos os veículos nacionais da marca até 2021. Até agora, os demais modelos saem da fábrica de Sumaré (SP), que será mantida com a produção de componentes.

O próximo modelo a ser feito em Itirapina será o WR-V, em dezembro.

Além disso, a montadora anunciou que vai trazer 3 modelos híbridos (com motor elétrico e outro a combustão) para o Brasil até 2023, mas eles serão importados.

Trancada pela crise

A Honda começou a construir a fábrica de Itirapina em 2013. Fruto de um investimento de R$ 1 bilhão e com uma área de 5,8 milhões de metros quadrados, ela deveria ter sido aberta em 2016.

Em entrevista ao G1, no início do ano passado, Mizoguchi disse que a unidade só seria aberta quando houvesse reais condições – na época, segundo o executivo, não existia demanda suficiente para duas fábricas operando, portanto, ela não produziria nem o equivalente a 1 turno.

Nesta quarta, o executivo explicou que a decisão de por a fábrica para funcionar não se deveu a uma melhora no mercado.

“Não é o aumento (nas vendas de carros no Brasil), a recuperação do mercado que foi o fator decisivo para iniciarmos a produção aqui”, explicou o presidente da montadora.

“(É) Simplesmente porque essa fábrica tem equipamento melhor, layout melhor, ecologicamente melhor também. Tem uma condição para melhorar um pouquinho a competitividade”, completou.

“Você tá com dois carros: um carro antigo e um carro novo. Chega uma hora que você fica com vontade de usar o carro novo”, comparou.

Para Mizoguchi, o Brasil ainda está muito abaixo do nível do começo da década, antes da crise. “(Só vai chegar) Ao nível de 2013, que foi um ano bom de vendas no Brasil, ser em torno de 2025. Está melhorando, mas estamos muito longe do nível de 2013”, afirmou.

Instalações

De acordo com a fabricante, a nova unidade tem capacidade nominal de produção de até 120 mil carros ao ano, dividida em dois turnos, e contará com a experiência dos funcionários transferidos da planta de Sumaré.

Por enquanto, 400 colaboradores já trabalham em Itirapina – até 2021 serão 2 mil. Com a transferência, não haverá novas contratações.

Na fábrica de Sumaré, permanecerão atividades como produção do conjunto motor, bem como como fundição, usinagem, injeção plástica, engenharia da qualidade, planejamento industrial e logística.

A montadora diz ainda que a fábrica segue as melhores práticas de produção da Honda no mundo, com tecnologias otimizadas de estamparia e solda, além do novo processo de pintura da carroceria, com base d’água.

Foto: Gabrielle Chagas G1

Otimismo

Segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antônio Megale, a inauguração da fábrica consolida a expectativa de expansão do mercado, que cresceu 10,6% de janeiro deste ano até agora.

“Sabendo que estamos passando por uma transformação extraordinária nos termos de indústria automobilística mundial, é importante que a gente invista em pesquisa de desenvolvimento e inovação e esse programa nos traz isso”, disse Megale.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que com a recuperação do mercado as condições físicas da fábrica permitem a expansão de produção e, consequentemente, a geração de mais empregos.

“Quero dizer que R$ 1 bilhão de investimento é algo substantivo, não é apenas para Itirapina, mas é para São Paulo e para o Brasil. Estamos falando de investimento parte já consolidado e parte a consolidar nesses próximos quatro anos, é especialmente importante”, declarou.F

Créditos da matéria:  G1

Créditos da imagem: Gabrielle Chagas/G1

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Energia eólica muda realidade de agricultor no sertão paraibano

A energia limpa traz diversos benefícios para o planeta e para o homem. A matéria a seguir conta como a Neoenergia, através das construções de parques eólicos, mudou a vida de algumas famílias de Santa Luzia. Confira:

 

Seu Piúga, 73 anos, casado e pai de quatro filhos, nunca tinha ouvido falar “nesse negócio de vender vento”. Acostumado a plantar milho, feijão, algodão e a criar gado, viu sua produção diminuir ao longo da vida pela seca que castiga o sertão paraibano e pelas poucas perspectivas neste meio, afastado dos grandes centros urbanos e dos investimentos.

Um dia, no final de uma tarde quente em Santa Luzia, interior da Paraíba, um homem chegou em uma caminhonete falando para ele que queria comprar vento. Era 2010. Desconfiado daquela história, o agricultor contou a mulher, que estranhando aquele assunto, disse que iriam enganá-lo de alguma forma e perderiam o pouco que tinham. Mas ele já havia dado sua palavra ao homem, que mostrando seriedade disse que voltaria para acertar o negócio no outro dia. E palavra é coisa séria para o nordestino.

Hoje, graças ao potencial eólico descoberto na região, Piúga faz parte de uma das 23 famílias que aceitaram a proposta do Grupo Iberdola, através de sua subsidiária no Brasil, Neoenergia, para uma compensação financeira pelo arrendamento de parte de suas terras pelo Complexo Eólico de Santa Luzia, que desde setembro do ano passado opera com três parques, cada um produzindo 31,5 MW de energia, num total de 45 turbinas eólicas modelo G114, ligadas ao sistema por 270 Km de cabos subterrâneos.

Santa Luzia foi avaliada através de dados históricos do IBGE e pela instalação de uma torre de medição da Neoenergia, no intuito de comprovar a qualidade dos ventos na região: constantes, com velocidade estável e unidirecionais. Só depois desse processo o empreendimento pode ser viabilizado, levando também a questão do custo benefício da localidade.

“Aqui descobrimos uma área muito boa para ampliação, e já reduzimos os custos com as estradas que construímos”, comentou o Gestor de O&M de Parques Eólicos da Iberdola, Jussiê Dantas.

Com três aerogeradores em seu terreno, Piúga, que no cartório se chama Luís Antônio, é mais um personagem dessas histórias de vida desafiadas pela seca no sertão nordestino, que no último período deixou os moradores da região sem ver água cair do céu por sete anos.

Filho de agricultores, ficou órfão de pai e mãe aos 14 anos de idade, vítimas de câncer. Não completou o ensino fundamental, e morar “de favor” na casa dos outros lhe incomodava. Muitas vezes tomava bronca sem ao menos merecer. Quando fazia o trajeto de 10 Km até a escola, a pé, às vezes via uma sombra no meio do caminho e parava para dormir. “Quem me ensinou foi a vida”, lembrou.

Após a morte do pai, dividiu a herança com seus 14 irmãos: ficou com 50 hectares de 700, terra que hoje ele vem cuidar todo dia para dar comida aos animais, já que se mudou com a família para a área mais urbanizada do município após o arrendamento.

 

“Ninguém queria essas terras. Aqui nem cobra se cria”

Com um sorriso fácil no rosto, apesar da vida sofrida, Piúga conta que numa época pensou em vender sua parte no terreno e comprar uma granja em Natal (RN), mas que a pouca valorização da região o fez recuar da ideia. “Sobreviver aqui não é fácil, nem de graça queriam propriedade. Aqui nem cobra se cria”

Mas foi um pressentimento repentino que o fez segurar a terra quando teve uma proposta: “Falei pra mim mesmo que iria ficar aqui até a morte”.

Hoje ele ainda cria 14 cabeças de gado. Tinha 50, mas teve que vender naquele tempo para se manter. Mas tudo melhorou com a chegada dos aerogeradores. “Se não fosse essa usina não ia mais ter gente aqui, quem iria conseguir sobreviver?” Agora o agricultor, que trocou o cultivo de algodão para vender vento, costuma brincar, que quando não tem vento, vai para frente da torre assoprar.

Com o valor que recebe todo mês, conforme a produção de energia gerada pelas turbinas, o arrendatário conseguiu comprar uma televisão, geladeira, reformar a casa, o terraço e até comprar um carro, realidade antes inimaginável para suas condições.

Ele saúda também os benefícios que vieram para uma região abandonada pelo poder público, como a construção de mais de 60 Km de estradas rurais, além de outras famílias beneficiadas e a criação de 500 empregos para implantação dos parques.

“Estrada não tinha aqui, era um sofrimento. Os prefeitos não faziam nada, tínhamos que usar até carrinho de mão para Santa Luzia”, contou.

Para quem um dia foi sozinho na vida, Piúga se mostra “feliz até demais” por ter uma família grande. “Tem dia lá em casa que tem uns 14 pra tomar café, almoçar e jantar”, brinca. Com a renda extra é possível ainda ajudar outros familiares, como a neta que está fazendo faculdade em Natal.

“Ajudo o pai dela, porque só para ele fica pesado. Se não fosse o negócio desses aero, eu não teria o que fazer”, conta o agricultor, com os olhos ligeiramente marejados.

Assim como a família de Seu Piúga, muitas outras foram contempladas pelo “negócio dos ventos”, que tem levado novos rumos e perspectivas para vidas no Seridó da Paraíba. São histórias que o sertão esconde. Os benefícios, diretos ou indiretos, demonstram a dimensão que essa relação de simbiose entre a usina e os arrendatários pode gerar.

“O que tinha aqui antes do parque? Tínhamos agricultura e comercio local. Uma criança pensava em ser agricultor ou sair da região. Agora se tem uma nova visão, de trabalhar num parque eólico, de ser um engenheiro, um técnico. É uma perspectiva de futuro”, avaliou Jussiê, emocionado por fazer parte de um projeto que proporciona esse tipo de transformação social. “É muito gratificante”, completou.

Ampliação

O estado da Paraíba conta hoje com 16 parques eólicos, sendo Santa Luzia o primeiro complexo instalado no interior, e cuja geração cobre os outros 13 parques, todos menores e antigos, localizados Mataraca e Alhandra, ambos no litoral.

Lagoa I, II e Canoas estão conectados à subestação local e transmitindo energia ao SIN por meio de duas linhas de transmissão. As obras nas três primeiras instalações contaram com investimentos de R$ 500 milhões, via financiamento BNDES.

“Hoje estamos conectados na distribuição. Depois construiremos uma rede mais robusta para a transmissão, através do outro leilão, de transmissão”, revelou Jussiê Dantas.

Em 2020, a Neoenergia irá ampliar a planta atual com a construção de mais 15 parques até 2023, o que representará o maior complexo eólico da América Latina em termos de quantidade de turbinas por área, num aporte previsto de mais de R$ 2 bilhões.

Serão ao todo 189 aerogeradores espalhadas ao longo de 900 Km², com a próxima geração sendo do modelo SG 132, com a capacidade de gerar 3,1 MW. A fabricante é a Siemens Gamesa, que produz uma parte das peças na sua fábrica em Camaçari (BA) e outras na Espanha e China.

Uma nova subestação de 500 kV também será implantada em pontos de conexão com as linhas que serão ampliadas, para que outras empresas se conectem. Com a expansão, o complexo poderá atender a 1 milhão e meio de pessoas, podendo alimentar duas cidades como Patos (PB), de 200 mil habitantes.

Segundo relatório da Associação Brasileira de Energia Eólica – Abeeólica, a energia eólica ultrapassou a marca de 14 GW de capacidade instalada para produção nacional da fonte. Para efeito de comparação, o valor é o mesmo da capacidade instalada de Itaipu, a maior hidrelétrica do país. Deste total, cerca de 85% é gerado pelo Nordeste, totalizando 12,2 GW de potência instalada, que no dia 13 de setembro foi responsável por atender a 74% da carga consumida na região com energia provinda dos ventos.

Além disso, o Brasil vem demonstrando crescimento no segmento, alcançando posições melhores a cada ano no ranking dos países que mais geram energia eólica no mundo. Atualmente o país encontra-se em oitavo lugar, tendo ultrapassado a Itália e o Canadá nos últimos dois anos, de acordo com o Conselho Global de Energia Eólica (GWEC).

No caso do Complexo Santa Luzia, além da capacidade de geração, outro fator de atratividade para o negócio é que as empresas e clientes pagam taxas menores pela transmissão, pois o complexo está próximo da área de consumo. Há também os incentivos fiscais e uma zona de interesse de mais de 2 GWh para produção de várias empresas, que querem vir se instalar na região para usar essa energia.

*O repórter viajou a convite da Neoenergia

 

Créditos da matéria: Canal Energia

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