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Cleantechs

As Cleantechs vêm crescendo com suas alternativas inovadoras e soluções personalizadas, trazem em sua política a responsabilidade com o bem-estar das pessoas e com o meio ambiente. Confira mais na matéria:

As cleantechs são um tipo de negócio que tem tudo a ver com o mercado que se desenha para o futuro. Isso porque ficou no passado a ideia de que a única função de uma empresa é vender. Hoje, suas atividades cumprem também uma função social.

Apesar de muitos empreendedores ainda não darem a devida atenção a tais práticas, quem vai por esse caminho não raro comanda negócios obsoletos e ultrapassados. Mas pode ser ainda pior, pois os resultados acabam afetados de maneira negativa.

É para virar o jogo que iniciativas como as cleantechs se destacam. E não resta dúvida de que as tecnologias limpas – como é característico delas – vieram para ficar.

Assim, as companhias se desenvolvem ao passo em que cuidam do meio ambiente e têm responsabilidade social. O mundo e os consumidores agradecem.

Se você é um gestor, pretende ser ou tem no próprio negócio o meio de vida, este texto tem leitura obrigatória.

A partir de agora, vamos explicar o que são as cleantechs, qual é o perfil desse tipo de empresa, quais as principais tecnologias envolvidas e muito mais.

 

Confira os tópicos que preparamos para este artigo:

O que são empresas de cleantech?

O que são empresas smart cities?

Qual é o perfil das cleantechs?

Os 8 ramos de atuação das cleantechs

Cleantechs no mundo

Cleantechs no Brasil

Onde estão localizadas as cleantechs no país?

Quem são os empreendedores de cleantech no Brasil?

Exemplos de cleantechs brasileiras

Principais tecnologias emergentes.

Quer saber tudo sobre as cleantechs? Então, siga a leitura!

O que são empresas de cleantech?

Empresas de cleantech são organizações embrionárias que têm como principal característica a preocupação com o meio ambiente. Por conta disso, são também chamadas de startups verdes, já que incentivam os cuidados com a sustentabilidade.

Em outras palavras, utilizam soluções inovadoras como alicerce para melhorar o desempenho dos negócios, reduzindo desperdícios e custos. Assim, percebemos que há um ganho em ambas as vias.

Por um lado, a empresa se desenvolve.

Por outro, transforma o mundo em um local amigável para a convivência entre seres-humanos e a natureza. Seu objetivo é a sintonia entre o crescimento do mercado e a eliminação do impacto ecológico negativo, utilizando de maneira sustentável os recursos naturais.

Assim, para ser classificada como uma cleantech, uma empresa deve:

Otimizar as atividades com os recursos disponíveis

Poluir menos

Aplicar um modelo de negócio escalável.

É por isso que se aplica às cleantechs conceitos de tecnologia aliados ao ambientalismo. São priorizados os materiais e fontes de energia sustentável, como o vento, a luz, o calor e a força das marés. Além disso, existe a preocupação com a redução de uso de recursos não renováveis, como o petróleo, o gás natural e o carvão.

Por fim, vale citar a diminuição da produção de rejeitos. Tudo isso com um crescimento calculado, que permite a busca pelo sucesso financeiro diminuindo a agressão ao planeta. Não é a toa que essa já é uma indústria tão poderosa.

Especula-se que, em 2022, ela movimente aproximadamente 2,5 trilhões de dólares, conforme dados do Smart Prosperity Institute. Algumas delas até podem ser utilizadas por você em seu cotidiano. Painéis solares e carros elétricos são um bom exemplo, mas há muitos outros, sobre os quais vamos falar ao longo do texto. E, certamente, elas estarão cada vez mais presentes.

O que são smart cities?

As smart cities são também conhecidas como cidades inteligentes (CI). Assim como smartwatches, smartphones e smart TVs, elas são assim chamadas por virem acompanhadas de tecnologia. No entanto, não existe ainda uma definição concreta sobre o que elas são, já que o conceito se reinventa a cada inovação emergente.

Falando em uma projeção utópica, uma smart city seria um local que utiliza dispositivos conectados para monitorar e gerenciar todos os espaços públicos. De acordo com o Cities in Motion Index, existem nove variáveis consideradas para indicar o nível de inteligência de uma cidade.

São elas:

Capital humano

Coesão social

Economia

Meio ambiente

Governança

Planejamento urbano

Alcance internacional

Tecnologia

Mobilidade e transporte.

O mesmo instituto que realizou a pesquisa criou um ranking, que atribui pontuação a diversas cidades do mundo. Em primeiro lugar observamos Londres (Inglaterra), um exemplo em mobilidade urbana.  Já Nova Iorque (Estados Unidos), na segunda colocação, se destaca no quesito planejamento urbano.

E para fechar o top 3, temos Amsterdã (Holanda), exemplo de alcance internacional. Outras cidades que podem ser citadas como exemplo são Paris (França), Reykjavik (Islândia) e Tóquio (Japão).

No Brasil, a melhor colocada é São Paulo, que ocupa a 116ª posição no ranking. Na sequência temos Rio de Janeiro (126ª), Curitiba (135ª), Brasília (138ª), Salvador (147ª) e Belo Horizonte (151ª).

Para exemplificar uma cidade inteligente conhecida dos brasileiros, vamos falar da terceira colocada, a capital do Paraná.

A imagem acima mostra um Ecoelétrico, um veículo de baixo impacto ambiental, projetado para reduzir a emissão de gases nocivos ao clima. Desde 2014, graças à frota, a cidade poupou 12.264 quilogramas de gás carbônico que seriam prejudiciais à atmosfera.

Outra cidade destaque é Salvador, que investe em tecnologias como semáforos inteligentes, sensores de encostas, pluviômetros automáticos, estações de monitoramento de qualidade do ar e smart grids (redes elétricas inteligentes).

Naturalmente, as cleantechs têm impacto direto no modo com o qual as smart cities são construídas, já que alinham suas tecnologias àquelas aplicadas no município.

Qual é o perfil das cleantechs?

O Brasil conta com 136 empresas do ramo – dados do Mapeamento do Ecossistema de Startups de Cleantech no Brasil, de 2019.

Com relação ao faturamento, temos:

28% com ganhos entre 0 a 10 mil reais

13% com ganhos entre 10 a 100 mil reais

23% com ganhos entre 100 e 500 mil reais

13% com ganhos entre 500 mil a 1 milhão de reais

16% com ganhos entre 1 milhão a 5 milhões de reais

2% com ganhos superiores a 5 milhões de reais.

Entre os 136 participantes da pesquisa, 2% não informaram os dados sobre faturamento.

Sobre a data de fundação, 45% surgiram a partir de 2016, em três anos.

Esse número é bem próximo ao período entre 2000 e 2015, mostrando o desenvolvimento do setor.

 

A respeito do modelo de negócio, as informações do estudo são as seguintes:

 

71% no modelo business to business (B2B)

25% no modelo business to consumer (B2C)

3% no modelo business to government (B2G)

1% no modelo consumer to consumer (C2C).

Os 8 ramos de atuação das cleantechs

As cleantechs atuam em diferentes segmentos de mercado. De acordo com a taxonomia Kachan, criada pela empresa de consultoria e inteligência voltada a tecnologias limpas, existem oito grandes nichos, que se subdividem em outras subcategorias.

A seguir, vamos saber quais são elas.

Energia Limpa

O segmento de energia limpa toma conta dos seguintes atributos:

Eólica

Solar

Combustíveis renováveis

Energia dos oceanos

Biomassa

Geotérmico

Células de combustível

Resíduos

Nuclear

Hídrica.

Armazenamento de Energia

Já armazenamento de energia vislumbra melhorias nos seguintes componentes:

Sistema de armazenamento químico

Sistema de armazenamento térmico

Sistema de armazenamento mecânico

Sistema de armazenamento elétrico.

Eficiência

O segmento de eficiência vigia atividades como:

Redes inteligentes (smart grids)

Arquitetura verde (green building)

Cogeração

Semicondutores

Sistemas de consumo colaborativo.

Transporte

No segmento de transporte, temos os seguintes elementos:

Veículos

Gestão de tráfego

Infraestrutura e abastecimento/carregamento.

Ar & Meio Ambiente

O segmento de ar e meio ambiente, por sua vez, abraça os itens a seguir:

Sequestro de carbono

Mercado de carbono

Controle de emissões

Biorremediação

Reaproveitamento de resíduos

Monitoramento e conformidade

Indústria Limpa

No setor de indústria limpa, temos:

Inovação em materiais

Inovação em design

Inovação em equipamentos

Processos produtivos

Monitoramento e conformidade

Embalagem ecológica.

Água

As cleantechs que se especializam no segmento de água se preocupam com:

Produção

Tratamento

Distribuição

Eficiência no uso da água

Monitoramento e conformidade.

Agricultura

Por fim, temos o segmento da agricultura, que visa o desenvolvimento sustentável de atividades como:

Cultivo

Agricultura em ambiente controlado

Silvicultura sustentável

Criação de animais

Agricultura.

Cleantechs no Mundo

O ramo de cleantechs prospera ao redor do globo.

Muitas empresas já fazem uso de tecnologias em prol do ambiente, modificando as estruturas sociais e econômicas de diversos países.

Na Costa Rica, por exemplo, cerca de 98,53% de toda energia utilizada é renovável, de acordo com The Tico Times.

Outro dado importante vem do Reino Unido.

Espera-se que até 2025 não seja mais necessária a queima de carvão para produzir energia, segundo noticiado no The Guardian.

Com tal prognóstico positivo, muitas pessoas buscam saber mais sobre tais organizações.

Abaixo, conheça algumas das principais.

AeroFarms

A empresa americana AeroFarms funciona como uma fazenda vertical. Isso significa que não precisa de solo ou sol para o cultivo. Recentemente recebeu investimentos que superam os 40 milhões de dólares.

Airthium

Empresa pioneira no ramo de armazenamento de energia, a francesa Airthium possui recursos recicláveis para até 25 anos de ciclo de vida. Ou seja, é autossustentável. O projeto utiliza sistemas termodinâmicos de armazenagem de baixo custo.

Aquaporin

A dinamarquesa Aquaporin dedica seus esforços à purificação da água por meio de técnicas de biotecnologia. De acordo com o próprio site da empresa, o objetivo é lidar com a escassez de água antes que isso se torne um problema irremediável.

Ather Energy

A startup indiana Ather Energy foca na criação de lambretas elétricas. Fundada em 2013, recebeu um aporte de 59 milhões de dólares.

Pyrowave

Empresa canadense, a Pyrowave utiliza soluções químicas para reutilização do plástico.

Biogts

Criada na Finlândia, a Biogts utiliza rejeitos para transformá-los em energia útil. A empresa investe, inclusive, em veículos biocombustíveis e fertilizantes.

Carbon Masters

De origem inglesa, a Carbon Masters tem como objetivo reduzir a emissão de carbono e o aquecimento global. Ela tem um alcance bastante amplo, atuando como consultora para empresas de todo o mundo.

Enervalis

Com base de operações na Bélgica, a Enervalis utiliza a tecnologia de machine learning para analisar o uso de energia das empresas. Assim, é possível estabelecer adaptações que geram economia de recursos.

May Mobility

A americana May Mobility possui um sistema de aplicativo que funciona mais ou menos nos moldes do Uber, mas para ônibus. Sua atuação se estende do consumidor final ao setor privado.

Cleantechs no Brasil

 

O Brasil apresenta um panorama de crescimento no ramo das cleantechs. E não poderia ser diferente.  A Floresta Amazônica ocupa cerca de 60% do território nacional, abrangendo os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins.

Graças a isso, por aqui temos uma preocupação natural com o ecossistema. O setor recebe investimentos anuais, inclusive com um comitê voltado ao segmento dentro da ABStartups.

Onde estão localizadas as cleantechs no país?

Dentre as 136 cleantechs do Brasil, 43% ficam no estado de São Paulo.

Na sequência, temos Minas Gerais e Rio de Janeiro com 12%.

Santa Catarina e Rio Grande do Sul compartilham a terceira colocação, com 7%.

Assim, podemos perceber que o eixo Sul-Sudeste é responsável por 91% das startups de cleantech em território nacional.

Cerca de 66% estão localizadas em capitais, sendo as campeãs São Paulo (20 cleantechs), Rio de Janeiro (16 cleantechs), Belo Horizonte (9 cleantechs), Florianópolis (6 cleantechs) e Porto Alegre (5 cleantechs).

No interior, destacam-se Campinas (5 cleantechs) e Itajubá (4 cleantechs).

Quem são os empreendedores de cleantech no Brasil?

Como em qualquer outro ramo de atuação, existe um perfil dominante dos empreendedores no ramo de cleantechs no Brasil. Entre aqueles que se arriscam no segmento, 83,1% são homens e 84% são brancos. Assim, as mulheres ficam com 16,5% e os pardos com 12% do mercado.

A maior parte possui entre 31 a 40 anos, alcançando o valor de 34% dos respondentes da pesquisa. Os empreendedores de até 30 anos abraçam a fatia de 26%.

Já os entrevistados entre 41 e 50 anos são responsáveis por 21% do total, enquanto aqueles entre 51 a 65 anos atinge o valor de 16%.

Outra informação interessante diz respeito à experiência profissional.

Isso porque mais de 50% possuem experiência em grandes empresas, pesquisa acadêmica e empreendedorismo. Ao mesmo tempo, apenas 6% se envolveram com tarefas relativas ao setor público. Vale ainda ressaltar que 52% são formados em engenharia e 57% possuem pós-graduação como grau de escolaridade. Já sobre o número de sócios, a maioria possui dois (35%). Os números seguintes são um sócio (25%), três sócios (22%), quatro sócios (10%), cinco sócios (4%) e mais de cinco sócios (4%).

Além disso, não emite gases tóxicos na atmosfera.

CUBi

Voltada ao setor de eficiência, a CUBi tem como função auxiliar no monitoramento da energia elétrica. Com isso, é possível identificar possíveis desperdícios e otimizar os ganhos sem a necessidade de mudanças drásticas estruturais. De certo modo, podemos dizer que sua intenção é auxiliar gestores nas tomadas de decisões ao aumentar os ganhos com a energia gerada.

Caronear

A Caronear, por sua vez, é uma plataforma que investe no compartilhamento de caronas. Ela foca nos setores corporativo e educação. A ideia é bem simples: por meio de um aplicativo, pessoas se conectam e verificam se há pessoas com veículos indo a um mesmo destino. O objetivo final é reduzir o número de carros nas ruas, diminuindo a emissão de gases nocivos e melhorando o tráfego urbano.

ACT Sistemas

Outro bom exemplo de cleantech nacional é a ACT Sistemas. A empresa possibilita a automação de sistemas de fiscalização da fumaça preta emitida pelas chaminés industriais. Por meio de um sistema de captura de imagens, avalia o índice de poluição, permitindo a fiscalização regular para que sejam tomadas as devidas providências.

Polen

O objetivo da Polen é conectar indústrias que geram resíduos a outras empresas que utilizam as sobras como matéria-prima. A empresa também auxilia em setores de transporte, logística e seguro ambiental. Nesse último caso, a ideia é cobrir acidentes ambientais ocasionais.

EkonoWater

Mais uma cleantech que se destaca na cenário nacional, a EkonoWater oferece soluções para eliminação do consumo de água potável em vasos sanitários. Além disso, possibilita a redução de até 20% da geração de esgoto. Investindo na reutilização de águas cinzas, provenientes de chuveiro e lavatório, também se aproveita das águas da chuva em seus processos operacionais.

Sensix

A Sensix, por seu lado, oferece serviços de levantamento aéreo, processamento e análise de dados para agricultura por meio de drones. Tais dispositivos, também conhecidos como Veículos Aéreos Não Tripulados, identificam anomalias que auxiliam na tomada de decisão dos empreendedores do ramo.

Principais tecnologias emergentes

Como você viu ao longo do artigo, as cleantechs usam soluções inovadoras para propor novos modelos de negócios, agora mais sustentáveis. Entre essas soluções, destaque para o uso de uma série de tecnologias emergentes, muitas vezes responsáveis pela viabilidade das startups verdes. Elas foram destaque no estudo Science, Technology and Innovation Outlook, da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), de 2016.

Vamos conhecer algumas dessas tecnologias?

Nanotecnologias: tecnologia de manipulação de átomos e moléculas

Sistemas de veículos elétricos: sem utilização de recursos não renováveis, apenas fontes limpas

Big data: organização e análise de altíssimo volume de dados para oferecer informações qualificadas, apoiando as tomadas de decisões

Inteligência artificial: soluções de computação cognitiva que permite a interação entre dispositivos e pessoas, de uma maneira que lembra o pensamento humano

Machine learning: o aprendizado da máquina se destina à análise de dados e identificação de padrões com pouca ou nenhuma intervenção humana

Drones e VANTs: veículos aéreos de pequeno porte e sem tripulação, destinados a fins diversos

Internet das Coisas (IoT): conectividade entre objetos físicos e a internet, permitindo coletar dados e manipular equipamentos de forma remota.

 

Conclusão

Neste artigo, você aprendeu o que são cleantechs e descobriu as razões pelas quais elas crescem a cada dia. Abordamos quais são os ramos de atuação das startups verdes, as áreas nas quais a tecnologia limpa é empregada e como é o desenvolvimento do setor no Brasil e no mundo. Não resta dúvidas de que esse é um campo extremamente promissor, uma resposta à necessidade cada vez maior de pensarmos no futuro do planeta e na vida das próximas gerações.

 

Créditos da matéria: https://fia.com.br/

 

Créditos da imagem: Divulgação

 

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Honda vai investir R$ 30 milhões para expandir o parque eólico


Investimento para expandir parque eólico e recuperação do mercado automotivo são ótimas notícias para a indústria automobilística e o meio ambiente. Confira a matéria:


Foto: Gabrielle Chagas G1

Unidade paulista ficou quase 3 anos fechada depois de pronta. Ela abre com a produção do Fit e, em dezembro, recebe o WR-V. Até 2021, todos os modelos nacionais da marca sairão de lá.

A Honda vai utilizar energia do vento para compensar a energia elétrica gasta em nova fábrica em SP. A montadora vai investir R$ 30 milhões para expandir o parque eólico que possui em Xangrila-Lá (RS) para que ele produza a mesma quantidade de energia que a fábrica de Itirapina (SP) demanda.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira (27), durante na cerimônia de inauguração da fábrica paulista.

“Afirmo com orgulho que todos os carros fabricados em Itirapina irão utilizar energia limpa”, disse o presidente da Honda na América do Sul, Issao Mizoguchi.

A unidade recém-inaugurada ficou quase 3 anos fechada depois de pronta, por conta da crise que atingiu também o setor automotivo.

O primeiro carro feito lá é Fit, e a unidade será responsável pela produção de todos os veículos nacionais da marca até 2021. Até agora, os demais modelos saem da fábrica de Sumaré (SP), que será mantida com a produção de componentes.

O próximo modelo a ser feito em Itirapina será o WR-V, em dezembro.

Além disso, a montadora anunciou que vai trazer 3 modelos híbridos (com motor elétrico e outro a combustão) para o Brasil até 2023, mas eles serão importados.

Trancada pela crise

A Honda começou a construir a fábrica de Itirapina em 2013. Fruto de um investimento de R$ 1 bilhão e com uma área de 5,8 milhões de metros quadrados, ela deveria ter sido aberta em 2016.

Em entrevista ao G1, no início do ano passado, Mizoguchi disse que a unidade só seria aberta quando houvesse reais condições – na época, segundo o executivo, não existia demanda suficiente para duas fábricas operando, portanto, ela não produziria nem o equivalente a 1 turno.

Nesta quarta, o executivo explicou que a decisão de por a fábrica para funcionar não se deveu a uma melhora no mercado.

“Não é o aumento (nas vendas de carros no Brasil), a recuperação do mercado que foi o fator decisivo para iniciarmos a produção aqui”, explicou o presidente da montadora.

“(É) Simplesmente porque essa fábrica tem equipamento melhor, layout melhor, ecologicamente melhor também. Tem uma condição para melhorar um pouquinho a competitividade”, completou.

“Você tá com dois carros: um carro antigo e um carro novo. Chega uma hora que você fica com vontade de usar o carro novo”, comparou.

Para Mizoguchi, o Brasil ainda está muito abaixo do nível do começo da década, antes da crise. “(Só vai chegar) Ao nível de 2013, que foi um ano bom de vendas no Brasil, ser em torno de 2025. Está melhorando, mas estamos muito longe do nível de 2013”, afirmou.

Instalações

De acordo com a fabricante, a nova unidade tem capacidade nominal de produção de até 120 mil carros ao ano, dividida em dois turnos, e contará com a experiência dos funcionários transferidos da planta de Sumaré.

Por enquanto, 400 colaboradores já trabalham em Itirapina – até 2021 serão 2 mil. Com a transferência, não haverá novas contratações.

Na fábrica de Sumaré, permanecerão atividades como produção do conjunto motor, bem como como fundição, usinagem, injeção plástica, engenharia da qualidade, planejamento industrial e logística.

A montadora diz ainda que a fábrica segue as melhores práticas de produção da Honda no mundo, com tecnologias otimizadas de estamparia e solda, além do novo processo de pintura da carroceria, com base d’água.

Foto: Gabrielle Chagas G1

Otimismo

Segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antônio Megale, a inauguração da fábrica consolida a expectativa de expansão do mercado, que cresceu 10,6% de janeiro deste ano até agora.

“Sabendo que estamos passando por uma transformação extraordinária nos termos de indústria automobilística mundial, é importante que a gente invista em pesquisa de desenvolvimento e inovação e esse programa nos traz isso”, disse Megale.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que com a recuperação do mercado as condições físicas da fábrica permitem a expansão de produção e, consequentemente, a geração de mais empregos.

“Quero dizer que R$ 1 bilhão de investimento é algo substantivo, não é apenas para Itirapina, mas é para São Paulo e para o Brasil. Estamos falando de investimento parte já consolidado e parte a consolidar nesses próximos quatro anos, é especialmente importante”, declarou.F

Créditos da matéria:  G1

Créditos da imagem: Gabrielle Chagas/G1

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Árvore Eletrônica

A Sologic, startup israelense que trabalha com produtos que fornecem energia solar aos consumidores, desenvolveu a eTree, a árvore que não produz oxigênio, mas sim energia limpa e outros benefícios. Confira mais na matéria:

Leia mais

Energia limpa pode superar uso de carvão na Alemanha até o fim do ano

A energia limpa é muito importante para a proteção do meio ambiente, garantindo a sustentabilidade do planeta e a qualidade de vida das pessoas. As principais fontes de energia limpa são: hidrelétrica, eólica e solar.

Na matéria a seguir observamos que fontes de energia limpa vêm ganhando espaço no mundo. Confira:

FRANKFURT (Reuters) – A energia limpa está no caminho para ultrapassar o carvão como principal fonte de energia da Alemanha neste ano, com as fontes renováveis atingindo um recorde de 38 por cento do consumo de eletricidade do país, dois por cento a mais do que em 2017, disseram dois grupos do setor de energia nesta quinta-feira.

As estimativas do grupo BDEW e do instituto de pesquisa ZSW confirmam a suas previsões de novembro, que projetaram um aumento da fatia da energia limpa no consumo de eletricidade.

A produção de energia renovável como uma categoria única tem se aproximado da participação de combustível fósseis individualmente na Alemanha desde que o país começou a depender mais da energia eólica e solar na última década.

A contribuição dos renováveis é politicamente significativa na maior economia europeia, que pretende que a fatia da energia limpa alcance 65 por cento até 2030.

Os números finais a cada ano dependem dos padrões climáticos, que precisam gerar ventos rápidos e sol o suficiente para dar combustível a turbinas eólicas e painéis solares.

Uma seca duradoura desde a primavera de 2018 na Europa resultou em uma queda na produção de energia hidrelétrica em 16 por cento na comparação anual, um total de 17 bilhões de kWh, destacaram os dois grupos em comunicado.

Porém a expansão da produção a partir de fontes renováveis como um todo continuou, permitindo a energia limpa a superar a fatia de carvão importado e carvão marrom doméstico, que juntos somaram 36 por cento do consumo de energia nos nove primeiros meses do ano.

Créditos da matéria: Reuters

Créditos da imagens: Michaela Rehle

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BNDES anuncia R$2,2 bilhões para financiar energia limpa para pessoas físicas e empresas

O governo federal anunciou nesta quinta-feira um novo programa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiamento a empresas e pessoas físicas que queiram investir em energia renovável, que terá duas linhas de crédito no valor total de cerca de 2,2 bilhões de reais, segundo comunicado do Ministério do Meio Ambiente.

Uma das linhas, do programa Finame, terá a dotação orçamentária de 2 bilhões de reais para bens e equipamentos de geração eólica e solar. Essa linha será voltada a condomínios, empresas, cooperativas, produtores rurais e pessoas físicas, que poderão financiar até 100 por cento do total a ser aplicado nos equipamentos, com prazo de pagamento de até 120 meses e carência de 24 meses.

Em paralelo, pessoas físicas e microempresas poderão acessar um outro financiamento para instalações de energias renováveis com recursos oriundos do Fundo Clima. Para essa linha, o orçamento será de 228 milhões de reais.

O anúncio do governo confirma notícia publicada na Reuters pela véspera, de que o BNDES anunciaria novas linhas de créditos para energia limpa.

A taxa de juros da segunda linha, para pessoas físicas e microempresas, será de 4 por cento para quem tem renda anual de até 90 mil reais e de 4,5 por cento nos demais casos. A carência será de até 24 meses e a amortização poderá ocorrer em até 12 anos.

Créditos da matéria: Reuters – Por Rodrigo Viga Gaier

Créditos da imagens: Divulgação 

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Centro de Inovação em Novas Energias é criado em São Paulo

Uma nova parceria anunciada nesta semana pretende colocar o Brasil entre a vanguarda das pesquisas em novas fontes de armazenamento de energia e conversão de energia limpa.

Publicado em 28 de maio. 

A criação do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE) é resultado de uma parceria que envolve as universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e de São Paulo (USP), o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e a empresa Shell.

O objetivo do CINE é desenvolver novos dispositivos de armazenamento de energia com emissão zero de gases de efeito estufa (ou próximo de zero) e que utilizem como combustível fontes renováveis, além de novas rotas tecnológicas para converter metano em produtos químicos, entre outros objetivos. O centro receberá investimento de R$ 110 milhões em cinco anos.

A Unicamp, USP e Ipen aportarão R$ 53 milhões como contrapartida econômica, na forma de salários de pesquisadores e de pessoal de apoio, infraestrutura e instalações. A Shell aportará um total de até R$ 34,7 milhões, enquanto a FAPESP reservou um investimento de R$ 23,14 milhões.

Transferência de tecnologia

O CINE terá quatro divisões de pesquisa, com sedes na Unicamp (Armazenamento Avançado de Energia e Portadores Densos de Energia), na USP (Ciência de Materiais e Químicas Computacionais) e no Ipen (Rota Sustentável para a Conversão de Metano com Tecnologias Químicas Avançadas), e que desenvolverão, ao todo, 20 projetos.

missão do centro será produzir conhecimento na fronteira da pesquisa e, paralelamente, transferir tecnologia para o setor empresarial. As pesquisas poderão gerar resultados que serão usados pela Shell para gerar startups ou firmar parcerias com outras empresas.

A FAPESP já apoia Centros de Pesquisa em Engenharia em parceria com as empresas GSK, com sedes na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e no Instituto Butantan; outro com a Shell, instalado na Escola Politécnica da USP; com a Peugeot Citroën, na Unicamp; e mais um com a Natura, na USP.

Estão em vias de serem constituídos outros centros em parceria com: Embrapa, em mudanças climáticas; Statoil, em gerenciamento de reservatórios e produção de petróleo e gás; Usina São Martinho, em medidas sustentáveis para o controle de doenças que afetam a cana-de-açúcar; Koppert, no controle biológico de pragas.

Créditos da imagem: Divulgação.

Créditos da matéria: Site Inovação Tecnológica.

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