Dispositivo criado pela Naava, com sede em Helsinque, na Finlândia, tem plantas que podem ser colocadas em espaços internos
A startup Naava, com sede em Helsinque, na Finlândia, criou uma parede vegetal dedicada a espaços internos que garante sustentabilidade. Cultivadas em um meio de crescimento inorgânico, as plantas não são alergênicas — e ainda prometem absorver toxinas transportadas pelo ar.
Os sistemas das paredes são conectados à nuvem e monitorados por inteligência artificial. Dessa foram, as plantas recebem luz, água e nutrientes exatamente quando necessário. As quantidades variam conforme as condições externas mudam.
Uma pequena fileira de ventiladores circula o ar filtrado por todo o espaço. Cada parede da limpa até 57% dos produtos químicos nocivos na primeira passagem de ar pelo sistema. Depois disso, a filtragem melhora continuamente a qualidade do ar.
O SpringWise explica que o dispositivo exige manutenção extremamente baixa, e a equipe de serviço da Naava fornece verificações regulares. No inverno, as chamadas de serviço são geralmente mais frequentes para ajudar as plantas a prosperar em condições mais difíceis.
https://ecoconsciente.com.br/wp-content/uploads/2022/10/paredeverde1.gif514924Camila Costa/wp-content/uploads/2018/10/logo_ecoconsciente_negativo-1-300x43.pngCamila Costa2022-10-28 17:36:312022-10-28 17:36:31Startup cria parede verde que absorve toxinas transportadas pelo ar
Tubos colocados dentro das fundações de sustentação da construção permitem a troca de calor, que no subsolo é constante em 24 graus; sistema permite aquecer ou resfriar ambientes.
Um edifício com ambientes climatizados pelo aproveitamento de energia geotérmica disponível no subsolo que chega à superfície por meio das fundações da construção. Esse uso da geotermia, que há décadas ajuda a aquecer edificações na Europa e dos EUA, começa a sair do papel em São Paulo.
Projeto desenvolvido pela equipe da professora Cristina de Hollanda Cavalcanti Tsuha, da Escola de Engenharia de São Carlos, da USP, em conjunto colegas da Escola Politécnica da USP, vai testar a aplicação da energia na troca de temperatura de áreas do prédio com o subsolo a partir de tubulações colocadas dentro de elementos das fundações que sustentam as construções.
“A ideia é usar tubos de polietileno por dentro das fundações enterradas no terreno e, por eles, circular um fluido (normalmente água) para trocar calor com o subsolo, que tem temperatura constante, usada para aquecer ou resfriar ambientes com auxílio de uma bomba de calor”, explica a engenheira civil que coordena uma pesquisa focada no comportamento destas fundações com função adicional de reduzir o consumo de energia na climatização.
“Será o primeiro prédio a ter este sistema de geotermia superficial pelas fundações em SP, e acredito que no Brasil”, diz a engenheira.”Desconheço se existe outro. Se existe, não foi divulgado”, conclui.
As fundações por estacas permitem o aproveitamento da temperatura natural do solo, constante ao longo do ano, para regular o clima de ambientes na superfície. Experimentos feitos a 20 metros superficiais de terreno em São Paulo apontam temperatura de 24 graus. De acordo com a professora, a temperatura da camada superficial do solo, a partir de pequena profundidade, é próxima da temperatura média anual do local.
A engenheira explica que o bombeamento da água que circula dentro das fundações é feito por uma bomba de calor geotérmica, usada para absorver e liberar calor. “Essa bomba remove o calor de ambientes no verão e dispersa no solo, e no inverno transfere o calor do solo para os ambientes para aquecimento”, explica a engenheira.
A professora argumenta que a técnica já funciona há algum tempo, principalmente na Europa, onde a geotermia superficial é usada para aquecer ou resfriar edifícios.
Ela conta que esse tipo de energia tem sido explorada em vários países, normalmente em profundidades de até 200 metros. As primeiras experiências datam dos anos 1950, mas o aproveitamento da geotermia pelas fundações de edifícios começou nos anos 80 na Europa.
Cristina exemplifica o aproveitamento da temperatura constante do subsolo ao longo do ano citando também as caves subterrâneas para armazenar vinhos na França, ou até em casos mais antigos, como os ancestrais humanos que habitavam cavernas para se proteger de baixas ou elevadas temperaturas acima da superfície.
“Na Europa, países como França, Suíça, Áustria, Alemanha e Inglaterra já usam esses sistemas para aquecimentos das edificações”, argumenta a engenheira. “Isso, portanto, não é novo. O que estamos fazendo agora aqui na USP com esse projeto, com as fundações trocadoras de calor prontas desde 2019, mas com a obra paralisada pela pandemia, é testar o uso da energia geotérmica superficial pelas fundações nas condições de clima subtropical do terreno em São Paulo”, afirma a professora da USP.
A equipe de cientistas da USP quer avaliar o uso desta tecnologia no resfriamento de prédios residenciais e comerciais, hospitais e até shoppings, reduzindo o consumo de energia elétrica necessária para os sistemas de ar-condicionado.
A professora cita ainda experiências em Melbourne, na Austrália, onde as tubulações para troca de calor com o subsolo são usadas em túneis do metrô para reduzir o custo de energia e manter a climatização das estações. “Esta tecnologia de aproveitamento de energia geotérmica superficial por meio de túneis já é utilizada na Europa”, reforça a especialista.
A pesquisa sobre o uso de energia geotérmica superficial por meio das fundações, coordenada pela Cristina Tsuha, foi iniciada em 2014 e contou com o estudo de doutorado da engenheira civil Thaise Morais, desenvolvida na EESC-USP, em São Carlos.
O trabalho teve apoio da Fapesp e do CNPq. “O trabalho de doutorado de Thaise recebeu o Prêmio Costa Nunes da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica (ABMS), referente ao biênio 2018-2019”, destacou a orientadora.
Em São Paulo, a experiência está sendo feita em uma construção existente no Centro de Inovação em Construção Sustentável (CICs), um laboratório, que funcionará ao lado do prédio da Escola Politécnica, na Cidade Universitária. As fundações do prédio foram equipadas com tubos de PEAD, por onde vai circular água para a troca de calor com o subsolo para resfriar ambientes.
“A nossa ideia aqui é avaliar por meio de testes e monitoramentos o quanto poderemos reduzir o consumo de energia elétrica para ar-condicionado, que tem crescido nos últimos anos”, comenta a especialista. Além disso, destaca a professora, trata-se de uma energia limpa, que pode ajudar na redução da emissão de carbono na atmosfera.
Segundo a professora, há uma variedade de opções no uso dessa energia. Construções já existentes também podem ganhar adaptações a partir de escavação de poços ou valas para montagem do sistema. Para o uso desta energia, prédios podem receber redes de tubos nos pisos, tetos e paredes para circulação de água que vai aquecer ou resfriar os ambientes.
A engenheira acrescenta que como a demanda para climatização do edifício do CICs em construção é apenas para resfriamento de ambientes, diferente dos casos de uso de geotermia superficial em outros países, onde a demanda para resfriamento e aquecimento de ambientes é equilibrada ao longo do ano, um dos desafios do estudo está em observar se a contínua rejeição de calor no subsolo ao longo do tempo aumentará a sua temperatura, influenciando na eficiência do sistema. E se o comportamento das fundações é afetado.
Ela pondera que o monitoramento contínuo neste estudo poderá apontar a ocorrência de acúmulo de calor no solo e, portanto, mostrar se será necessário o uso de estratégias como ativar e desativar a troca de calor em parte das fundações ou extrair calor do subsolo para aquecimento de água ou ambientes.
Projeto abordará agenda preocupada com o meio ambiente
No site do CICS, da USP, o projeto do Living Lab mostra a construção de um prédio que servirá de suporte para diversas aplicações de engenharia e arquitetura voltadas para uma agenda preocupada com o meio ambiente. “O projeto inclui soluções água, energia – incluindo geração decentralizada de energia na direção de edifício com zero-net energy balanço – condicionamento ambiental, iluminação, sistema construtivos, uso de novos materiais”.
De acordo com a proposta, “as características de Living Lab fazem um edifício para demonstrar soluções avançadas de instrumentação de edifícios. A vocação de demonstrar empurrar as fronteiras da tecnologia valoriza a busca de soluções que permitam maximizar os benefícios do processo produtivo, com soluções multifuncionais, sistemas reusáveis, sistemas adaptáveis ou ativos e geração decentralizada de energia. A integração dos edifícios ao mundo digital inclui soluções da área de internet-of-things (IoT), planejamento da vida útil, são também interesses.”, informa o site do projeto, que foi lançado em 2016 e agora está sendo retomado.
https://ecoconsciente.com.br/wp-content/uploads/2021/08/maxresdefault.jpg7201280Camila Costa/wp-content/uploads/2018/10/logo_ecoconsciente_negativo-1-300x43.pngCamila Costa2021-08-27 17:32:312021-08-27 17:32:31USP ergue 1º edifício climatizado com energia do solo
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, publicou recentemente um estudo, na revista Chemistry of Materials, que pode revolucionar a pesquisa de energias limpas renováveis: trata-se de uma nova maneira de armazenar energia solar, durante vários meses, com opção de liberá-la sob demanda, para produzir calor.
Após análise de um material cristalino, os pesquisadores descobriram que ele é capaz de capturar e armazenar quantidades significativas de energia solar durante os meses de verão, com dias claros e ensolarados, para utilizá-la no inverno. O método proposto poderia até mesmo ser aplicado no aquecimento suplementar de casas e escritórios.
O novo material foi desenvolvido a partir de uma “estrutura metal-orgânica” (MOF) que consiste em íons metálicos interligados em estruturas tridimensionais. Como esses MOF’s são porosos, moléculas especiais carregadas são hospedadas nesses poros, e conseguem absorver a luz ultravioleta e depois mudar de forma quando a luz ou o calor são aplicados.
A partir de um composto MOF, preparado por outros pesquisadores da Universidade de Kyoto, no Japão, chamado de DMOF1, a equipe de Lancaster teve a ideia de utilizá-lo com o objetivo de armazenar energia, algo que não havia sido pesquisado antes.
Os poros do MOF foram carregados com moléculas de azobenzeno, um composto que absorve fortemente a luz. O processo foi capaz de armazenar a energia da luz ultravioleta da mesma forma que uma mola dobrada. Os poros do MOF prendem as células de forma tensionada por longos períodos de tempo na temperatura ambiente.
Para liberar a energia, é utilizada uma pequena fonte de calor externo, como gatilho, apenas para mudar o estado do MOF, o que ocorre de forma muito rápida, como uma mola voltando para a sua posição original. Isso fornece um aumento de calor que pode ser usado para aquecer outros materiais ou dispositivos.
https://ecoconsciente.com.br/wp-content/uploads/2021/01/materia-tecnomundo.jpg4201120Camila Costa/wp-content/uploads/2018/10/logo_ecoconsciente_negativo-1-300x43.pngCamila Costa2021-02-02 14:34:182021-02-02 14:34:18Cientistas descobrem forma inédita de armazenar energia solar
A Tiny House tem apenas 8 m² e energia renovável. Conheça mais detalhes da moradia do futuro.
A busca por residências que priorizem a sustentabilidade é uma das principais questões para o público mais jovem, que possui um estilo de vida diferente de outras gerações. Esse grupo é a aposta para a venda da Ecocapsule, projetada pelo estúdio Nice Architects para um concurso de arquitetura e design.
A casa, com espaço interno de 8 m² e “ideal para duas pessoas”, ganhou vida e sucesso após o evento, embora não tenha levado o prêmio na competição. A primeira delas foi construída em 2014, a partir de espuma, fibra de vidro e aço.
Quem busca pela Ecocapsule?
A tiny house tinha como intuito principal servir pessoas que queriam viver fora das habituais residências em centros urbanos, como uma espécie de refúgio, ou também como uma solução rápida de moradia para quem não pudesse arcar com altas despesas da casa própria.
As previsões, no entanto, foram completamente diferentes. A Ecocapsule despertou interesse da alta sociedade de Nova York e do Vale do Silício, que a procuravam para criar um estúdio para trabalho — sendo realocadas, inclusive, para topos de prédios.
Com essa demanda, os responsáveis pelo projeto criaram dois tipos de projetos: a original, que pode ser adquirida por US$ 90 mil (cerca de R$ 480 mil), e a mais barata, a Space, de US$ 56 mil (aproximadamente R$ 290 mil).
“Muitos podem considerar o preço acima do limite”, comenta o projetista Igor Zácek. “Esse custo é consequência das mais recentes tecnologias inteligentes e sustentáveis”
Energia sustentável
A sustentabilidade é uma das principais vantagens da Ecocapsule, que funciona a partir de energias eólica e solar, emitindo menos gás carbônico para o meio ambiente.
Seu formato oval contribui da mesma forma, retendo o calor e coletando água da chuva, que passa por um sistema de filtragem próprio.
Além das duas formas alternativas de energia, uma bateria elétrica mantém o funcionamento da casa, podendo durar por quatro dias sozinha.
https://ecoconsciente.com.br/wp-content/uploads/2020/08/ecocapsule-1594059420361_v2_1170x540.jpg5401170Camila Costa/wp-content/uploads/2018/10/logo_ecoconsciente_negativo-1-300x43.pngCamila Costa2020-08-24 15:35:342020-08-26 14:34:08Tiny house de 8 m² movida por energia solar e eólica é a moradia do futuro
As Cleantechs vêm crescendo com suas alternativas inovadoras e soluções personalizadas, trazem em sua política a responsabilidade com o bem-estar das pessoas e com o meio ambiente. Confira mais na matéria:
As cleantechs são um tipo de negócio que tem tudo a ver com o mercado que se desenha para o futuro. Isso porque ficou no passado a ideia de que a única função de uma empresa é vender. Hoje, suas atividades cumprem também uma função social.
Apesar de muitos empreendedores ainda não darem a devida atenção a tais práticas, quem vai por esse caminho não raro comanda negócios obsoletos e ultrapassados. Mas pode ser ainda pior, pois os resultados acabam afetados de maneira negativa.
É para virar o jogo que iniciativas como as cleantechs se destacam. E não resta dúvida de que as tecnologias limpas – como é característico delas – vieram para ficar.
Assim, as companhias se desenvolvem ao passo em que cuidam do meio ambiente e têm responsabilidade social. O mundo e os consumidores agradecem.
Se você é um gestor, pretende ser ou tem no próprio negócio o meio de vida, este texto tem leitura obrigatória.
A partir de agora, vamos explicar o que são as cleantechs, qual é o perfil desse tipo de empresa, quais as principais tecnologias envolvidas e muito mais.
Confira os tópicos que preparamos para este artigo:
O que são empresas de cleantech?
O que são empresas smart cities?
Qual é o perfil das cleantechs?
Os 8 ramos de atuação das cleantechs
Cleantechs no mundo
Cleantechs no Brasil
Onde estão localizadas as cleantechs no país?
Quem são os empreendedores de cleantech no Brasil?
Exemplos de cleantechs brasileiras
Principais tecnologias emergentes.
Quer saber tudo sobre as cleantechs? Então, siga a leitura!
O que são empresas de cleantech?
Empresas de cleantech são organizações embrionárias que têm como principal característica a preocupação com o meio ambiente. Por conta disso, são também chamadas de startups verdes, já que incentivam os cuidados com a sustentabilidade.
Em outras palavras, utilizam soluções inovadoras como alicerce para melhorar o desempenho dos negócios, reduzindo desperdícios e custos. Assim, percebemos que há um ganho em ambas as vias.
Por um lado, a empresa se desenvolve.
Por outro, transforma o mundo em um local amigável para a convivência entre seres-humanos e a natureza. Seu objetivo é a sintonia entre o crescimento do mercado e a eliminação do impacto ecológico negativo, utilizando de maneira sustentável os recursos naturais.
Assim, para ser classificada como uma cleantech, uma empresa deve:
Otimizar as atividades com os recursos disponíveis
Poluir menos
Aplicar um modelo de negócio escalável.
É por isso que se aplica às cleantechs conceitos de tecnologia aliados ao ambientalismo. São priorizados os materiais e fontes de energia sustentável, como o vento, a luz, o calor e a força das marés. Além disso, existe a preocupação com a redução de uso de recursos não renováveis, como o petróleo, o gás natural e o carvão.
Por fim, vale citar a diminuição da produção de rejeitos. Tudo isso com um crescimento calculado, que permite a busca pelo sucesso financeiro diminuindo a agressão ao planeta. Não é a toa que essa já é uma indústria tão poderosa.
Especula-se que, em 2022, ela movimente aproximadamente 2,5 trilhões de dólares, conforme dados do Smart Prosperity Institute. Algumas delas até podem ser utilizadas por você em seu cotidiano. Painéis solares e carros elétricos são um bom exemplo, mas há muitos outros, sobre os quais vamos falar ao longo do texto. E, certamente, elas estarão cada vez mais presentes.
O que são smart cities?
As smart cities são também conhecidas como cidades inteligentes (CI). Assim como smartwatches, smartphones e smart TVs, elas são assim chamadas por virem acompanhadas de tecnologia. No entanto, não existe ainda uma definição concreta sobre o que elas são, já que o conceito se reinventa a cada inovação emergente.
Falando em uma projeção utópica, uma smart city seria um local que utiliza dispositivos conectados para monitorar e gerenciar todos os espaços públicos. De acordo com o Cities in Motion Index, existem nove variáveis consideradas para indicar o nível de inteligência de uma cidade.
São elas:
Capital humano
Coesão social
Economia
Meio ambiente
Governança
Planejamento urbano
Alcance internacional
Tecnologia
Mobilidade e transporte.
O mesmo instituto que realizou a pesquisa criou um ranking, que atribui pontuação a diversas cidades do mundo. Em primeiro lugar observamos Londres (Inglaterra), um exemplo em mobilidade urbana. Já Nova Iorque (Estados Unidos), na segunda colocação, se destaca no quesito planejamento urbano.
E para fechar o top 3, temos Amsterdã (Holanda), exemplo de alcance internacional. Outras cidades que podem ser citadas como exemplo são Paris (França), Reykjavik (Islândia) e Tóquio (Japão).
No Brasil, a melhor colocada é São Paulo, que ocupa a 116ª posição no ranking. Na sequência temos Rio de Janeiro (126ª), Curitiba (135ª), Brasília (138ª), Salvador (147ª) e Belo Horizonte (151ª).
Para exemplificar uma cidade inteligente conhecida dos brasileiros, vamos falar da terceira colocada, a capital do Paraná.
A imagem acima mostra um Ecoelétrico, um veículo de baixo impacto ambiental, projetado para reduzir a emissão de gases nocivos ao clima. Desde 2014, graças à frota, a cidade poupou 12.264 quilogramas de gás carbônico que seriam prejudiciais à atmosfera.
Outra cidade destaque é Salvador, que investe em tecnologias como semáforos inteligentes, sensores de encostas, pluviômetros automáticos, estações de monitoramento de qualidade do ar e smart grids (redes elétricas inteligentes).
Naturalmente, as cleantechs têm impacto direto no modo com o qual as smart cities são construídas, já que alinham suas tecnologias àquelas aplicadas no município.
Qual é o perfil das cleantechs?
O Brasil conta com 136 empresas do ramo – dados do Mapeamento do Ecossistema de Startups de Cleantech no Brasil, de 2019.
Com relação ao faturamento, temos:
28% com ganhos entre 0 a 10 mil reais
13% com ganhos entre 10 a 100 mil reais
23% com ganhos entre 100 e 500 mil reais
13% com ganhos entre 500 mil a 1 milhão de reais
16% com ganhos entre 1 milhão a 5 milhões de reais
2% com ganhos superiores a 5 milhões de reais.
Entre os 136 participantes da pesquisa, 2% não informaram os dados sobre faturamento.
Sobre a data de fundação, 45% surgiram a partir de 2016, em três anos.
Esse número é bem próximo ao período entre 2000 e 2015, mostrando o desenvolvimento do setor.
A respeito do modelo de negócio, as informações do estudo são as seguintes:
71% no modelo business to business (B2B)
25% no modelo business to consumer (B2C)
3% no modelo business to government (B2G)
1% no modelo consumer to consumer (C2C).
Os 8 ramos de atuação das cleantechs
As cleantechs atuam em diferentes segmentos de mercado. De acordo com a taxonomia Kachan, criada pela empresa de consultoria e inteligência voltada a tecnologias limpas, existem oito grandes nichos, que se subdividem em outras subcategorias.
A seguir, vamos saber quais são elas.
Energia Limpa
O segmento de energia limpa toma conta dos seguintes atributos:
Já armazenamento de energia vislumbra melhorias nos seguintes componentes:
Sistema de armazenamento químico
Sistema de armazenamento térmico
Sistema de armazenamento mecânico
Sistema de armazenamento elétrico.
Eficiência
O segmento de eficiência vigia atividades como:
Redes inteligentes (smart grids)
Arquitetura verde (green building)
Cogeração
Semicondutores
Sistemas de consumo colaborativo.
Transporte
No segmento de transporte, temos os seguintes elementos:
Veículos
Gestão de tráfego
Infraestrutura e abastecimento/carregamento.
Ar & Meio Ambiente
O segmento de ar e meio ambiente, por sua vez, abraça os itens a seguir:
Sequestro de carbono
Mercado de carbono
Controle de emissões
Biorremediação
Reaproveitamento de resíduos
Monitoramento e conformidade
Indústria Limpa
No setor de indústria limpa, temos:
Inovação em materiais
Inovação em design
Inovação em equipamentos
Processos produtivos
Monitoramento e conformidade
Embalagem ecológica.
Água
As cleantechs que se especializam no segmento de água se preocupam com:
Produção
Tratamento
Distribuição
Eficiência no uso da água
Monitoramento e conformidade.
Agricultura
Por fim, temos o segmento da agricultura, que visa o desenvolvimento sustentável de atividades como:
Cultivo
Agricultura em ambiente controlado
Silvicultura sustentável
Criação de animais
Agricultura.
Cleantechs no Mundo
O ramo de cleantechs prospera ao redor do globo.
Muitas empresas já fazem uso de tecnologias em prol do ambiente, modificando as estruturas sociais e econômicas de diversos países.
Na Costa Rica, por exemplo, cerca de 98,53% de toda energia utilizada é renovável, de acordo com The Tico Times.
Outro dado importante vem do Reino Unido.
Espera-se que até 2025 não seja mais necessária a queima de carvão para produzir energia, segundo noticiado no The Guardian.
Com tal prognóstico positivo, muitas pessoas buscam saber mais sobre tais organizações.
Abaixo, conheça algumas das principais.
AeroFarms
A empresa americana AeroFarms funciona como uma fazenda vertical. Isso significa que não precisa de solo ou sol para o cultivo. Recentemente recebeu investimentos que superam os 40 milhões de dólares.
Airthium
Empresa pioneira no ramo de armazenamento de energia, a francesa Airthium possui recursos recicláveis para até 25 anos de ciclo de vida. Ou seja, é autossustentável. O projeto utiliza sistemas termodinâmicos de armazenagem de baixo custo.
Aquaporin
A dinamarquesa Aquaporin dedica seus esforços à purificação da água por meio de técnicas de biotecnologia. De acordo com o próprio site da empresa, o objetivo é lidar com a escassez de água antes que isso se torne um problema irremediável.
Ather Energy
A startup indiana Ather Energy foca na criação de lambretas elétricas. Fundada em 2013, recebeu um aporte de 59 milhões de dólares.
Pyrowave
Empresa canadense, a Pyrowave utiliza soluções químicas para reutilização do plástico.
Biogts
Criada na Finlândia, a Biogts utiliza rejeitos para transformá-los em energia útil. A empresa investe, inclusive, em veículos biocombustíveis e fertilizantes.
Carbon Masters
De origem inglesa, a Carbon Masters tem como objetivo reduzir a emissão de carbono e o aquecimento global. Ela tem um alcance bastante amplo, atuando como consultora para empresas de todo o mundo.
Enervalis
Com base de operações na Bélgica, a Enervalis utiliza a tecnologia de machine learning para analisar o uso de energia das empresas. Assim, é possível estabelecer adaptações que geram economia de recursos.
May Mobility
A americana May Mobility possui um sistema de aplicativo que funciona mais ou menos nos moldes do Uber, mas para ônibus. Sua atuação se estende do consumidor final ao setor privado.
Cleantechs no Brasil
O Brasil apresenta um panorama de crescimento no ramo das cleantechs. E não poderia ser diferente. A Floresta Amazônica ocupa cerca de 60% do território nacional, abrangendo os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins.
Graças a isso, por aqui temos uma preocupação natural com o ecossistema. O setor recebe investimentos anuais, inclusive com um comitê voltado ao segmento dentro da ABStartups.
Onde estão localizadas as cleantechs no país?
Dentre as 136 cleantechs do Brasil, 43% ficam no estado de São Paulo.
Na sequência, temos Minas Gerais e Rio de Janeiro com 12%.
Santa Catarina e Rio Grande do Sul compartilham a terceira colocação, com 7%.
Assim, podemos perceber que o eixo Sul-Sudeste é responsável por 91% das startups de cleantech em território nacional.
Cerca de 66% estão localizadas em capitais, sendo as campeãs São Paulo (20 cleantechs), Rio de Janeiro (16 cleantechs), Belo Horizonte (9 cleantechs), Florianópolis (6 cleantechs) e Porto Alegre (5 cleantechs).
No interior, destacam-se Campinas (5 cleantechs) e Itajubá (4 cleantechs).
Quem são os empreendedores de cleantech no Brasil?
Como em qualquer outro ramo de atuação, existe um perfil dominante dos empreendedores no ramo de cleantechs no Brasil. Entre aqueles que se arriscam no segmento, 83,1% são homens e 84% são brancos. Assim, as mulheres ficam com 16,5% e os pardos com 12% do mercado.
A maior parte possui entre 31 a 40 anos, alcançando o valor de 34% dos respondentes da pesquisa. Os empreendedores de até 30 anos abraçam a fatia de 26%.
Já os entrevistados entre 41 e 50 anos são responsáveis por 21% do total, enquanto aqueles entre 51 a 65 anos atinge o valor de 16%.
Outra informação interessante diz respeito à experiência profissional.
Isso porque mais de 50% possuem experiência em grandes empresas, pesquisa acadêmica e empreendedorismo. Ao mesmo tempo, apenas 6% se envolveram com tarefas relativas ao setor público. Vale ainda ressaltar que 52% são formados em engenharia e 57% possuem pós-graduação como grau de escolaridade. Já sobre o número de sócios, a maioria possui dois (35%). Os números seguintes são um sócio (25%), três sócios (22%), quatro sócios (10%), cinco sócios (4%) e mais de cinco sócios (4%).
Além disso, não emite gases tóxicos na atmosfera.
CUBi
Voltada ao setor de eficiência, a CUBi tem como função auxiliar no monitoramento da energia elétrica. Com isso, é possível identificar possíveis desperdícios e otimizar os ganhos sem a necessidade de mudanças drásticas estruturais. De certo modo, podemos dizer que sua intenção é auxiliar gestores nas tomadas de decisões ao aumentar os ganhos com a energia gerada.
Caronear
A Caronear, por sua vez, é uma plataforma que investe no compartilhamento de caronas. Ela foca nos setores corporativo e educação. A ideia é bem simples: por meio de um aplicativo, pessoas se conectam e verificam se há pessoas com veículos indo a um mesmo destino. O objetivo final é reduzir o número de carros nas ruas, diminuindo a emissão de gases nocivos e melhorando o tráfego urbano.
ACT Sistemas
Outro bom exemplo de cleantech nacional é a ACT Sistemas. A empresa possibilita a automação de sistemas de fiscalização da fumaça preta emitida pelas chaminés industriais. Por meio de um sistema de captura de imagens, avalia o índice de poluição, permitindo a fiscalização regular para que sejam tomadas as devidas providências.
Polen
O objetivo da Polen é conectar indústrias que geram resíduos a outras empresas que utilizam as sobras como matéria-prima. A empresa também auxilia em setores de transporte, logística e seguro ambiental. Nesse último caso, a ideia é cobrir acidentes ambientais ocasionais.
EkonoWater
Mais uma cleantech que se destaca na cenário nacional, a EkonoWater oferece soluções para eliminação do consumo de água potável em vasos sanitários. Além disso, possibilita a redução de até 20% da geração de esgoto. Investindo na reutilização de águas cinzas, provenientes de chuveiro e lavatório, também se aproveita das águas da chuva em seus processos operacionais.
Sensix
A Sensix, por seu lado, oferece serviços de levantamento aéreo, processamento e análise de dados para agricultura por meio de drones. Tais dispositivos, também conhecidos como Veículos Aéreos Não Tripulados, identificam anomalias que auxiliam na tomada de decisão dos empreendedores do ramo.
Principais tecnologias emergentes
Como você viu ao longo do artigo, as cleantechs usam soluções inovadoras para propor novos modelos de negócios, agora mais sustentáveis. Entre essas soluções, destaque para o uso de uma série de tecnologias emergentes, muitas vezes responsáveis pela viabilidade das startups verdes. Elas foram destaque no estudo Science, Technology and Innovation Outlook, da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), de 2016.
Vamos conhecer algumas dessas tecnologias?
Nanotecnologias: tecnologia de manipulação de átomos e moléculas
Sistemas de veículos elétricos: sem utilização de recursos não renováveis, apenas fontes limpas
Big data: organização e análise de altíssimo volume de dados para oferecer informações qualificadas, apoiando as tomadas de decisões
Inteligência artificial: soluções de computação cognitiva que permite a interação entre dispositivos e pessoas, de uma maneira que lembra o pensamento humano
Machine learning: o aprendizado da máquina se destina à análise de dados e identificação de padrões com pouca ou nenhuma intervenção humana
Drones e VANTs: veículos aéreos de pequeno porte e sem tripulação, destinados a fins diversos
Internet das Coisas (IoT): conectividade entre objetos físicos e a internet, permitindo coletar dados e manipular equipamentos de forma remota.
Conclusão
Neste artigo, você aprendeu o que são cleantechs e descobriu as razões pelas quais elas crescem a cada dia. Abordamos quais são os ramos de atuação das startups verdes, as áreas nas quais a tecnologia limpa é empregada e como é o desenvolvimento do setor no Brasil e no mundo. Não resta dúvidas de que esse é um campo extremamente promissor, uma resposta à necessidade cada vez maior de pensarmos no futuro do planeta e na vida das próximas gerações.
O mundo precisa de ideias novas, alternativas para minimizar o impacto no meio ambiente e trazer benefícios para população. O projeto da brasileira de 21 anos chamou a atenção da ONU e ganhou prêmio. Confira mais na matéria:
A brasileira Anna Luisa Beserra, de 21 anos, fundadora do Aqualuz, venceu o Prêmio Jovens Campeões da Terra da ONU Meio Ambiente por desenvolver um dispositivo que purifica, por meio de radiação solar, a água da chuva captada em cisternas.
A falta de água potável é uma realidade que afeta mais de 1 milhão de pessoas no Brasil. Com o filtro Aqualuz, a água de cisternas é purificada por meio de raios solares, e um indicador muda de cor quando o recurso está seguro para o consumo.
A invenção é de baixo custo, fácil manutenção e pode durar até 20 anos. Embora tenha sido testada apenas no Brasil, o dispositivo tem potencial para ser aplicado em outros países. O Aqualuz já distribuiu água potável para 265 pessoas e alcançará mais 700 ainda este ano.
A brasileira Anna Luisa Beserra, de 21 anos, fundadora do Aqualuz, venceu o Prêmio Jovens Campeões da Terra por desenvolver um dispositivo que purifica, por meio de radiação solar, a água da chuva captada em cisternas.
Nos próximos dias, líderes mundiais se reúnem na sede da ONU em Nova Iorque para a Cúpula de Ação Climática e para a Assembleia Geral, abordando temas ambientais e mudanças climáticas nas discussões.
As doenças diarreicas estão entre as principais causas de morte em todo o mundo, sendo diretamente ligadas à falta de água potável e à falta de saneamento e acesso à higiene. Esses problemas atingem principalmente populações jovens, vulneráveis ou que vivem em zonas rurais remotas.
O Aqualuz é um filtro inovador que purifica a água da chuva coletada por cisternas instaladas em áreas rurais, onde a água filtrada não é acessível. Esta realidade afeta mais de 1 milhão de pessoas no Brasil. A água da cisterna é purificada por meio de raios solares e um indicador muda de cor quando o recurso está seguro para o consumo.
“Meu propósito é levar o direito básico à água limpa para as comunidades carentes nas áreas rurais”, afirmou Beserra. “Queremos ajudar a melhorar a vida das pessoas e salvar vidas.”
A invenção é de baixo custo, fácil manutenção e pode durar até 20 anos. Embora tenha sido testada apenas no Brasil, o dispositivo tem potencial para ser aplicado em outros países. O Aqualuz já distribuiu água potável para 265 pessoas e alcançará mais 700 ainda este ano.
“Nosso planeta com estresse hídrico está sofrendo o peso da extração incessante, da poluição e da mudança climática. É vital encontrarmos novas formas de proteger, reciclar e reutilizar este precioso recurso. Tornar a água potável acessível e segura a todos e todas é vital para atingirmos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, disse a diretora-executiva da ONU Meio Ambiente, Inger Andersen.
Para o presidente empresa alemã Covestro, apoiadora do prêmio, Markus Steilemann, o mundo dos negócios precisa de ideias novas e de uma cultura de startups que enfrentem os desafios ambientais globais, assegurando ao mesmo tempo o crescimento em longo prazo. “Os Jovens Campeões da Terra podem ajudar a alcançar isso e todos na Covestro têm orgulho em apoiá-los. Queremos ajudar a tornar o mundo um lugar melhor.”
Um júri global composto por Markus Steilemann; Joyce Msuya, diretora-executiva adjunta da ONU Meio Ambinete; Arielle Duhaime-Ross, correspondente da VICE News Tonight para ciência e mudanças climáticas; Jayathma Wickramanayake, enviada do secretário-geral da ONU para a juventude; e Kathy Calvin, presidente e diretora-executiva da Fundação das Nações Unidas, selecionou os vencedores e vencedoras entre 35 finalistas regionais de mais de 1.000 candidatos.
No decorrer do próximo ano, as iniciativas inovadoras dos campeões serão documentadas nas mídias sociais por meio de atualizações regulares em notícias e vídeo-blogs.
O prestigioso Prêmio Jovens Campeões da Terra, oferecido pela Covestro, é concedido anualmente pela ONU Meio Ambiente a jovens ambientalistas entre 18 e 30 anos, por suas destacadas ideias em prol do meio ambiente.
Anna Luisa é uma das sete vencedoras de África, América do Norte, América Latina e Caribe, Ásia e Pacífico, Europa e Ásia Ocidental. Os vencedores receberão seu prêmio durante a Cerimônia dos Campeões da Terra em Nova Iorque, no dia 26 de setembro, coincidindo com a reunião anual da Assembleia Geral das Nações Unidas e a Cúpula de Ação Climática.
https://ecoconsciente.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Brasileira-vence-prêmio-global-da-ONU.jpg622840Camila Costa/wp-content/uploads/2018/10/logo_ecoconsciente_negativo-1-300x43.pngCamila Costa2019-10-23 17:55:262019-10-24 09:51:24Brasileira vence prêmio global da ONU com solução solar para purificar água
Na matéria a seguir, uma solução inovadora que traz novos recursos sustentáveis para o planeta, confira:
Uma equipe de cientistas do Lawrence Berekley National Laboratry criou um painel de vidro fotovoltaico capaz de absorver energia solar e convertê-la em energia elétrica. Segundo o estudo publicado pelos pesquisadores, no longo prazo o material pode ser usado para substituir a maioria dos painéis tradicionais, criando prédios ou carros capazes de gerar sua própria eletricidade.
O vidro é revestido por um líquido semicondutor que contém
diversos compostos químicos, como césio e iodeto de chumbo. Em temperatura
ambiente, ele é bem transparente, permitindo a passagem de 82% da luz que chega
nele; no entanto, aquecido até 105ºC, ele assume uma coloração alaranjada e se
torna mais opaco, deixando passar apenas 35% da luz.
Quando exposto à luz do sol, o vidro é capaz de converter o
calor que chega do astro em energia elétrica. Essa energia, por sua vez, pode
ser aproveitada pelo sistema elétrico da casa, do carro ou do prédio em que ele
está instalado. Além disso, como ele é menos transparente do que os vidros
tradicionais, ele permite a passagem de menos calor para dentro dos locais onde
é colocado; dessa forma, um prédio comercial revestido com esse vidro gastaria
menos energia com ar condicionado, por exemplo.
Desafios
No entanto, segundo o Fast Co. Design, a equipe de pesquisa
do laboratório ainda tem uma série de desafios para tornar a sua criação
viável. O primeiro deles é aumentar sua eficiência: por enquanto, ela só
converte cerca de 7% da energia que chega até ela em energia elétrica aproveitável.
Segundo o professor Peidong Yang, que lidera a equipe de pesquisa, o mínimo
para que ele seja economicamente viável seria 10%.
Além disso, os pesquisadores também pretendem reduzir a
fronteira de temperatura a partir da qual o vidro começa a gerar energia.
Embora ela esteja atualmente em 221ºF (105ºC), os cientistas pretendem baixá-la
até 122ºF (50ºC) – que é, segundo eles, a temperatura que um painel de vidro na
lateral de um prédio comercial atinge. Nesse caso, as janelas do edifício
seriam transparentes de manhã mas iriam escurecendo conforme o dia fosse
esquentando.
Finalmente, há uma questão estética também: por enquanto, os pesquisadores só conseguem fazer com que o vidro fique vermelho, laranja ou marrom quando aquecido. No entanto, como designers e arquitetos são alguns dos possíveis interessados no produto, a equipe pretende fazer também modelos de outras cores. Para isso, há duas possibilidades: uma delas é usar outro tipo de perovskita (um dos componentes químicos do vidro) ou usar também um corante no vidro.
https://ecoconsciente.com.br/wp-content/uploads/2019/08/20180323173718_1200_675_-_vidro_que_absorve_luz_solar.jpg6751200Camila Costa/wp-content/uploads/2018/10/logo_ecoconsciente_negativo-1-300x43.pngCamila Costa2019-08-06 17:56:152019-08-06 17:56:17Pesquisadores criam vidro capaz de converter energia solar em eletricidade
Transformar uma atitude em um hábito é difícil, porém muito necessário quando se trata de cuidar melhor do nosso planeta. Ideias para produzir menos lixo são importantes para a qualidade de vida, hoje e nas próximas gerações. Confira a matéria:
O
crescimento do lixo é o reflexo do nosso aumento de consumo. Quanto mais
adquirimos mercadorias, mais embalagens descartamos.
Os meios de comunicação frequentemente nos
chamam a atenção sobre esse problema, buscando conscientizar a população a
produzir menos lixo, mas, ainda há muito a ser feito.
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), para acomodar os 7,6
bilhões de moradores do mundo, suprir o uso de recursos e absorver o lixo
gerado, seria necessário 70% de outro planeta Terra.
Algumas organizações e empresas têm se manifestado para a conscientização da
necessidade da redução do lixo, como a UCO Gear,
empresa especializada em produtos para camping, que criou há quatro anos um
desafio na internet. Neste desafio, as pessoas recolhem o lixo dos locais
públicos e postam fotos mostrando o antes e depois da limpeza.
O “Trashtag Challenge”, ou
“Desafio do Lixo” viralizou nas redes sociais com a hashtag –
#trashtagchallenge. O desafio tem o intuito de conscientizar as pessoas sobre o
lixo que produzem e como elas lidam com ele, além de incentivá-las a manter os
locais públicos limpos.
Imagem: VnExpress
O volume de lixo gerado em todo o mundo é
imenso, e a única forma de solucionar esse problema é repensar formas mais
responsáveis de consumo.
Neste post daremos 10 dicas de como produzir menos
lixo e ajudar o meio ambiente.
1 –Cuidado
com o lixo eletrônico
Estima-se que o mundo produzirá 120 milhões
de toneladas de lixo eletrônico por ano até 2050.
O descarte do lixo eletrônico em 80% dos
casos é realizado de forma inadequada. São levados para aterros, onde ficam
expostos a céu aberto, contaminando solos e lençóis freáticos e, expõem a
população à substâncias perigosas como mercúrio, chumbo e cádmio.
Uma opção para realizar o descarte de
maneira adequada é devolver ao fabricante. Algumas empresas já possuem sistema
de coleta de e-lixo residencial, como Dell, Apple e Epson. Outra opção é fazer
doações para instituições de caridade, ongs e museus, como em caso de
computadores que estejam em boas condições.
2 – Use a criatividade e reutilize
Existem diversas maneiras de reutilizar objetos
e embalagens. Com habilidade manual e criatividade, você pode pintar, revestir
e enfeitar as caixas de leite, latas de alimentos e entre outros recipientes,
para fazer porta-trecos, vasos e potes de mantimentos.
Até aquele café que acabou de ser passado
pode ser reutilizado. Ao invés de jogar a borra fora, use para o crescimento
sadio das plantas e como repelente contra insetos.
3 – Dê preferência para hortas e feiras
As feiras livres possuem uma oferta maior de diversidade de
alimentos in natura que tendem a estar mais frescos, e
diferente dos industrializados, eles não geram tanto consumo de embalagens e
ainda deixam você mais saudável.
Com essas atitudes, além de reduzir a quantidade de embalagens, está ajudando a contribuir para a economia local.
4 – Reduza o uso de sacolas plásticas
Quando for às compras opte por sacolas
sustentáveis como ecobags, caixa de papelão ou até sacolas biodegradáveis. Mas
se não for possível, evite colocar os produtos em muitas sacolas. Recicle as
que você usa e dê funções à elas, como no uso das lixeiras de casa.
5 – Atenção às embalagens
Dê atenção para as informações nos rótulos!
Verifique se as embalagens podem ser recicladas e se a empresas buscam ações em
prol da preservação do meio ambiente.
Busque por opções de “rótulos verdes” e
selos como:
Símbolo da reciclagem: indica que a embalagem poderá ser reciclada.
Selo da FSC: atesta que o papel foi retirado de fontes controladas ou reflorestadas.
Selo de orgânicos: atesta a não utilização de pesticidas e outros produtos químicos em sua produção.
Selo Fair Trade: certifica que foi estabelecido um preço justo, estabelecendo condições de equilíbrio para o desenvolvimento sustentável.
6 – Descubra novas receitas e reduza o desperdício
Procure receitas que utilizem o máximo de
todos os alimentos, como as cascas, sementes e folhas. Um exemplo é a abóbora e
a batata que podem ser consumidas com casca.
Ao ir às compras, compre apenas o que irá
consumir, assim estará evitando o desperdício e o acúmulo de lixo
orgânico.
7 – Diga não aos objetos descartáveis
Opte por garrafinhas, canecas, copos e até
canudos sustentáveis ao invés dos descartáveis. O consumo de plásticos
descartáveis é um dos maiores males do meio ambiente.
Evite também o uso de papel toalha e lenços
de papéis, e passe a carregar toalhinhas para ir a academia ou correr.
8 – Recicle
É importante checar com a prefeitura se o
seu município tem coleta seletiva, quais os horários e a forma da coleta.
A reciclagem é um importante processo para
redução da quantidade de lixo no planeta, beneficiando não só o meio ambiente
com a diminuição da poluição do solo, do ar e da água, mas também a saúde
pública e gerando renda para catadores.
9 – Alugue ou pegue emprestado
Se você vai realizar algum projeto e será
necessário usar apenas uma vez alguns acessórios como furadeira, equipamentos
de reformas, utensílios para cozinha entre outros, opte por alugar ou pegar
emprestado. Isso evita que mais embalagens sejam utilizadas.
10 – Consuma de forma consciente e sustentável
Parece óbvio, mas é importante relembrar!
Repensar nossos hábitos de consumo é se
atentar para a real necessidade do que consumimos e os impactos que nossas
ações causam ao meio ambiente.
O consumo consciente e sustentável visa
mostrar que os recursos naturais não são infinitos e que devem ser explorados
com responsabilidade. Escolher produtos e serviços de empresas conscientes, que
prezam pelo meio ambiente, economizar em energia e água são algumas ações que
podem ser tomadas.
A marca ämboc traz em sua essência, a sustentabilidade. Todas as nossas camisetas são
confeccionadas com tecidos 100% sustentáveis, como o algodão orgânico e tecido
feita com garrafa pet reciclada.
Sendo uma marca consciente com a natureza,
o nosso papel é promover a sustentabilidade e mostrar que é possível ajudar o
meio ambiente e ainda sim usar camisetas estilosas e confortáveis.
Modificar nossos hábitos não é uma tarefa fácil, leva tempo e amadurecimento, porém com esforço de cada um é possível transformar e obter uma melhor qualidade de vida, tanto para a sociedade atual quanto para gerações futuras.
https://ecoconsciente.com.br/wp-content/uploads/2019/06/img-1-1.png454680Camila Costa/wp-content/uploads/2018/10/logo_ecoconsciente_negativo-1-300x43.pngCamila Costa2019-06-18 14:41:002019-06-18 14:47:2110 formas de produzir menos lixo
A Sologic, startup israelense que trabalha com produtos que fornecem energia solar aos consumidores, desenvolveu a eTree, a árvore que não produz oxigênio, mas sim energia limpa e outros benefícios. Confira mais na matéria:
Uma nova parceria anunciada nesta semana pretende colocar o Brasil entre a vanguarda das pesquisas em novas fontes de armazenamento de energia e conversão de energia limpa.
Publicado em 28 de maio.
A criação do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE) é resultado de uma parceria que envolve as universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e de São Paulo (USP), o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e a empresa Shell.
O objetivo do CINE é desenvolver novos dispositivos de armazenamento de energia com emissão zero de gases de efeito estufa (ou próximo de zero) e que utilizem como combustível fontes renováveis, além de novas rotas tecnológicas para converter metano em produtos químicos, entre outros objetivos. O centro receberá investimento de R$ 110 milhões em cinco anos.
A Unicamp, USP e Ipen aportarão R$ 53 milhões como contrapartida econômica, na forma de salários de pesquisadores e de pessoal de apoio, infraestrutura e instalações. A Shell aportará um total de até R$ 34,7 milhões, enquanto a FAPESP reservou um investimento de R$ 23,14 milhões.
Transferência de tecnologia
O CINE terá quatro divisões de pesquisa, com sedes na Unicamp (Armazenamento Avançado de Energia e Portadores Densos de Energia), na USP (Ciência de Materiais e Químicas Computacionais) e no Ipen (Rota Sustentável para a Conversão de Metano com Tecnologias Químicas Avançadas), e que desenvolverão, ao todo, 20 projetos.
A missão do centro será produzir conhecimento na fronteira da pesquisa e, paralelamente, transferir tecnologia para o setor empresarial. As pesquisas poderão gerar resultados que serão usados pela Shell para gerar startups ou firmar parcerias com outras empresas.
A FAPESP já apoia Centros de Pesquisa em Engenharia em parceria com as empresas GSK, com sedes na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e no Instituto Butantan; outro com a Shell, instalado na Escola Politécnica da USP; com a Peugeot Citroën, na Unicamp; e mais um com a Natura, na USP.
Estão em vias de serem constituídos outros centros em parceria com: Embrapa, em mudanças climáticas; Statoil, em gerenciamento de reservatórios e produção de petróleo e gás; Usina São Martinho, em medidas sustentáveis para o controle de doenças que afetam a cana-de-açúcar; Koppert, no controle biológico de pragas.
https://ecoconsciente.com.br/wp-content/uploads/2018/12/capa-46.png302800marcel.silvestre/wp-content/uploads/2018/10/logo_ecoconsciente_negativo-1-300x43.pngmarcel.silvestre2018-05-28 16:21:052018-12-13 16:33:25Centro de Inovação em Novas Energias é criado em São Paulo
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