Por esta, os suecos certamente não esperavam. País modelo no que diz respeito à economia sustentável, a Suécia foi tão longe no esforço de reciclar a maior quantidade possível de resíduos sólidos urbanos, que está faltando lixo para outra área estratégica da economia circular: a produção de eletricidade a partir da queima dos detritos.
O problema vem desde o começo da década de 2010, quando a balança pendeu definitivamente para o prato da reciclagem, deixando o prato da geração de energia a partir do lixo quase vazio. A Suécia recicla mais de 1,5 bilhão de garrafas e latas anualmente, uma quantidade extraordinária para um país cuja população não chega a 10 milhões de habitantes. Por causa do hábito arraigado de juntar os resíduos para o serviço de reciclagem, os suecos produzem apenas 460 kg de lixo por ano, quando a média europeia é de 525 kg.
Menos de 5% dessa quantidade acaba em aterros sanitários. Especialmente em pequenas cidades, não é incomum que 99% do lixo produzido seja reutilizado. O resultado é um pronunciado déficit de insumos para as mais de três dezenas de instalações de incineração de resíduos que produzem energia elétrica e aquecem casas no país. É claro: se o lixo produzido pelos suecos é insuficiente para o pleno funcionamento das instalações, o país tem menos energia disponível.
A saída tem sido, já faz também alguns anos, importar lixo de países que se dispõem a vendê-lo, como a vizinha Noruega, a Grã-Bretanha, a Irlanda e a Itália, entre outros, para garantir que a energia elétrica continue sendo gerada.
INDUÇÃO FORÇADA – A origem remota desta distorção está no crescente endurecimento do governo sueco no que diz respeito à coleta de lixo, que transformou a política do país para o segmento numa das mais rígidas da Europa.
Os cidadãos da Suécia pagam, por exemplo, uma taxa de recolhimento de lixo que é proporcional à quantidade que eles produzem, ou seja, para não sofrer com altas taxas, os suecos são como que obrigados a controlar a sua produção de lixo. Além do mais, se o lixo orgânico não estiver de acordo com as especificações indicadas pelo governo, ele não é recolhido.
Assim, para economizar, é preciso não só diminuir a produção de lixo, como também fazer a separação correta dos resíduos praticamente o tempo todo. O sistema funciona de maneira impecável. Todos os resíduos separados são religiosamente levados aos centros de coleta. Depois, todo o lixo que pode ser reciclado é redirecionado para os centros de reciclagem disponibilizados pelo governo. O que não pode, é encaminhado às termelétricas na forma de biogás ou lixo inflamável, para posterior geração deste tipo de energia.
Um benefício adicional dessa forma de produção de energia elétrica é que, além dela ser mais barata por ser obtida do lixo incinerado, ela consegue reduzir as possíveis toxinas que poderiam prejudicar o solo em aterros sanitários.
O MUNDO E O BRASIL – Mas há outros países que também estão tratando o lixo de uma maneira cada vez mais sustentável, com destaque para a China, o Japão e o Canadá. A China, por exemplo, anunciou em 2017, numa reunião na Organização Mundial do Comércio (OMC) que reduziria as importações de lixo plástico e papel.
Mas agora o país parou definitivamente de importar esses resíduos – inclusive o plástico. Antes, a China importava mais da metade do lixo reciclável do mundo, política promovida na década de 1980 para obter as matérias-primas que estavam escassas no país.
O Japão é outro país que leva a sério a reciclagem. Além do compromisso ambiental, o país precisa gerenciar de forma eficiente os milhões de resíduos gerados pela população, por conta da falta de espaço para o armazenamento.
Os cidadãos japoneses gerenciam rigorosamente os seus próprios resíduos através de um sistema de classificação e horários de coleta que eles cumprem à risca. De modo geral, as famílias separam o lixo em cerca de 35 categorias, que posteriormente são transferidas para os centros de reciclagem. Atualmente 90% do lixo urbano sólido produzido no Japão são reciclados.
Já o Canadá não possui, na verdade, uma alta taxa de reciclagem, mas conta com uma cultura de economia circular profundamente enraizada, que leva os canadenses a vender ou doar produtos em desuso, ao invés de descartá-los. Eles também são especialistas em reciclagem de pneus, pois usam o material para misturar com o asfalto para a construção de estradas ou de pisos para playgrounds.
Além disso, o Canadá também dispõe de muitos locais para o descarte de bitucas de cigarro, por este ser um dos resíduos mais poluentes do planeta. O curioso é que, das bitucas coletadas, tudo é reaproveitado, desde o tabaco que resta no cigarro (para compostagem) até o invólucro, que é incorporado na produção de plásticos para bancos de parque e palets, por exemplo.
Quanto ao Brasil, se é um dos campões mundiais na reciclagem de latas de alumínio, recicla ainda só 3% dos resíduos sólidos em geral, tendo de conviver, ademais, com o esgotamento ou mesmo falta de aterros sanitários nas metrópoles. (Alberto Mawakdiye)
https://ecoconsciente.com.br/wp-content/uploads/2021/12/termica2-780x470-1.jpg470780Camila Costa/wp-content/uploads/2018/10/logo_ecoconsciente_negativo-1-300x43.pngCamila Costa2021-12-29 15:39:272021-12-29 17:52:05Falta de lixo para geração de energia na Suécia
A lógica de que os produtos e suas matéria-primas não acabam está se impondo. O melhor que as empresas têm a fazer é incorporá-la logo a suas operações.
Não há dúvidas que o ano de 2020 marcou a humanidade. Estamos próximos demais dele para enxergar isso, mas aposto que, em um futuro não muito distante, veremos os livros escolares dividindo a história do mundo entre antes e depois da Covid-19. Hoje ainda vivemos no meio de muitas incertezas, mas creio que dá para afirmar ao menos uma coisa: que começaremos a ver, em 2021, uma agenda mundial muito mais pautada em engenharia social e economia circular. E as empresas precisam olhar atentamente para esses dois pontos. A economia linear – segundo a qual os materiais são extraídos da natureza, industrializados, comercializados e descartados – está colocando nosso planeta no vermelho – ou seja, fazendo-o gastar mais do que ganha. Isso, desde antes da pandemia, ano após ano. Em cada país, ela tem entrado no vermelho em dias distintos. Em 2019, por exemplo, isso aconteceu em 15 de março nos EUA e em 31 de julho no Brasil.
Significa que, em 15 de março, os EUA utilizaram os recursos naturais que deveria ser disponibilizados ao longo do ano de 2019 inteiro. E que, em 31 de julho, nós fizemos a mesma coisa. Para que se possa ter parâmetro de comparação, na década de 1970, o dia de sobrecarga da Terra de modo geral era 29 de dezembro.
Essa evidência deixa claro que não tem saída: ou haverá uma renovação completa na economia, política e sociedade ou haverá uma renovação completa na economia, política e sociedade. A renovação já vinha ocorrendo, na verdade, mas a pandemia a impulsionou. Agora, falamos de uma reinicialização do mundo, como diz o Fórum Econômico Mundial, o grande reset. E isso deverá ter três prioridades:
Primeira: Tornar o mundo mais resiliente para eventuais novas surpresas, cisnes negros, como são chamados, talvez diferentes tipos de vírus.
Segunda: Tornar o mundo mais inclusivo, justo e equilibrado, pois atingimos níveis insustentáveis de pessoas em situação de vulnerabilidade.
Terceira: Tornar o mundo muito mais verde, colocando todos os esforços na descarbonização e preservação de recursos, para evitar uma catástrofe ainda maior. Dessa maneira, podemos esperar para os próximos anos uma agenda muito mais pautada em engenharia social e, o que é o meu assunto aqui, economia circular. A boa notícia é que a quarta revolução industrial trouxe ferramentas tecnológicas que facilitaram a implementação dos conceitos da economia circular como nunca havíamos visto antes, criando uma gama imensa de possibilidades de novos negócios.
ENTENDENDO MELHOR O CONCEITO
O conceito economia circular é um vetor resultante de escolas de pensamentos como o pensamento em ciclos e/ou economia de performance, criado pelo arquiteto Suíço Walter R. Stahel durante a década de 1970, com o conhecido conceito “do berço ao berço” que propõe que o produto deve ser pensado desde de sua concepção até seu descarte correto, em seguida emerge o conceito da ecologia industrial, ainda durante a década de 1970, com forte presença no Japão, introduzindo a simbiose industrial, e após alguns anos mais tarde em 1994, John T. Lyle apresentaria o conceito do design regenerativo, pautado no equilibro entre eficiência e resiliência, colaboração e competição, diversidade e coerência observando a necessidade do todo.
Mais recentemente no início do século 21, a bióloga Janine Benyus, em uma abordagem tecnicista inspirada na natureza, adiciona a tudo isso a biomimética, que consiste em copiar os processos bioquímicos observados na natureza para a gestão de fluxos de energias e materiais e reúne biologia, engenharia, designer e planejamento de negócios na busca da mimetização do que é natural. É relevante ter em mente que, apesar de a economia circular ser muito frequentemente associada a meio ambiente e preservação do planeta, sua cesta é muito maior – na verdade é uma terminologia que está cada vez mais próxima a economia e estratégia empresarial. A melhor expressão holística da circularidade é o diagrama borboleta, criado pela Ellen MacArthur Foundation, organização de referência mundial em economia circular (não confundir com MacArthur Foundation). O diagrama, copiado abaixo, é dividido em ciclo biológico e ciclo técnico, e serve como um mapa para a circularidade.
PRODUTO VIRA SERVIÇO
Uma das maneiras de entender a economia circular é perceber que, em muitos casos, ela transforma produtos em serviços. Vou dar o exemplo do transporte compartilhado. Quando debruçamos sobre dados apresentados pela University of Berkeley, vemos que a porcentagem da utilização real de um automóvel (de qualquer um) em média é de apenas 4% do tempo; nos demais 96% o veículo fica estacionado. Estratificando esses 4% temos que: 0,5% equivale ao tempo preso em congestionamentos, 0,8% buscando vagas para estacionar e por fim, somente 2,6% corresponde a utilização útil. Além disso da capacidade total de 5 pessoas por veículo, a média de utilização é de apenas 1,5 pessoa por viagem, e as estatísticas ficam ainda mais impressionantes quando vemos que, em média, uma família americana disponibiliza aproximadamente 20% da renda familiar na compra de um carro. Diante destes números, vem o seguinte questionamento: Todos nós precisamos ter um veículo? A ineficiência acima pode virar uma oportunidade de negócio, aproveitada com ajuda da tecnologia, como ocorreu com a Uber, que transformou o produto carro em serviço. Mas, para que façamos o mesmo, precisamos mudar nosso mindset e passar a enxergar produtos como serviços. Existem três principais maneiras de transformar produtos em serviços:
Transformação de produto em serviço orientado para produto: O produto muda de propriedade, mas vem com serviços relacionados, como manutenção e reparos.
Transformação de produto em serviço orientado para o uso: O que é vendido é o uso do produto, não sua propriedade, o que inclui o aluguel por parte de uma empresa ou entre membros de uma mesma sociedade.
Transformação de produto em serviço orientado para o resultado: Os fabricantes mantêm a propriedade do produto e comercializam os resultados.
Exemplo, vender documentos impressos em vez de impressoras e tinta, iluminação ao invés de lâmpadas.
TENDÊNCIAS (SEM VOLTA)
Uma maneira de começar a embarcar na economia circular é observar suas tendências para o ano de 2021, descritas pela revista Fast Company, que eu trago aqui.
Locação de produtos e transformação de produtos em serviço.
Essa primeira tendência é o que acabamos de falar, e as empresas tradicionais vêm aderindo à onda. A Philips, criou uma solução para um aeroporto em Amsterdã no qual, em vez de vender lâmpadas ela fornece iluminação como serviço – assim, assegura a substituição quando necessário, e os equipamentos avariados são remanufaturados e reintroduzidos no sistema. A Michelin oferece um modelo de negócio que a empresa paga pela milhagem rodada de seus pneus. Nos Estados Unidos, a Urban Outfitters anunciou que vai entrar de cabeça no mercado de aluguel de roupas. No Brasil, as marcas de carros Toyota, Volkswagen, Audi e Renault também estão olhando para esse mercado e já disponibilizam o modelo de locação de veículos. Porém há muito ainda para fazer.
Reutilização de embalagens em geral.
Como diz a Fast Company, várias empresas estão testando embalagens reutilizáveis, com o McDonald’s para as xícaras de café e o Burger King, que estuda novas embalagens para o Whopper. A Nestlé iniciou testes de reabastecimento em lojas de café. Há inovações como a Loop, sistema de entrega de alimentos do iFood, e o sorvete Haagen-Daz em embalagem retornáveis para posterior reutilização. A Unilever vai lançar uma embalagem fabricada em aço inoxidável para o desodorante Dove que pode ser reabastecida. “É um produto com design lindo”, diz Joe Iles sobre o novo “contêiner” do desodorante Dove. Iles é o líder do programa de design circular da Ellen MacArthur Foundation.
Redução do uso de embalagens plásticas e melhora na “reciclabilidade”.
A Walmart do Canadá já parou de embalar individualmente alguns produtos com filme plástico. A Infarm, que atua em Berlim e outras cidades alemãs, cultiva verduras e ervas nas dependências dos supermercados, o que, além de proporcionar uma excelente experiência de compra ao cliente (a de comprar produtos colhidos na hora), elimina completamente a embalagens e emissões de CO2 com o transporte.
Ainda há uma maciça utilização de embalagens plásticas, é claro, mas os designers estão se empenhando para facilitar a reciclagem como por exemplo, garrafas d’água sem rótulo. Inovações como estas serão crescentes e necessárias uma vez que a “ilha” de plástico no oceano atualmente possui dimensões estimadas em nove vezes o território de Portugal. (E segundo relatório recente, isso pode triplicar até 2040 se continuarmos com o sistema linear habitual.)
Mais empresas passarão a aceitar os produtos de volta quando você acabar de usá-los.
De olho no crescente mercado de produtos usados, a fabricante de jeans Levi’s inicia um movimento de comprar produtos que você não quiser mais. A Patagônia já é conhecida por recuperar peças reformando-as e reintroduzindo-as no mercado e a Ilkea (Tok Stok do hemisfério Norte) abandonou seu icônico catalogo de papel e promete se tornar uma empresa circular até o final dessa década, para isso ela se dedica em um modelos de logística reversa e negócios circulares. No Brasil, várias startups que funcionam como brechós online são símbolo da economia circular. A Repassa, por exemplo, acaba de receber um aporte de R$ 7,5 milhões e já comercializa cerca de 50.000 peças por mês.
Economia circular entra como parte da estratégia das empresas para lidar com o clima.
Com a crescente mudança para fontes de energia renovável e outras medidas para a redução da pegada de carbono, as empresas perceberam que a economia circular é uma grande aliada nessa direção. Como Iles, da Ellen MacArthur Foundation, explicou para a Fast Company qcerca de 45% das emissões de gases de efeito estufa são oriundas da fabricação, utilização dos produtos, e de como administramos a terra de forma geral. Não é pouco, concorda? Então, reparar ou re-manufaturar um produto para posterior revenda pode evitar grande parte do impacto climático de fazer o mesmo produto novamente e, naturalmente preserva grande parte do valor agregado da industrialização.
Mais governos vão incentivar a economia circular.
A economia circular vem ganhando muita notoriedade nas discussões governamentais, conquistando fortes aliados em direção a um mundo mais circular, por exemplo, o Fórum Econômico Mundial vem colocando cada vez mais em pauta o assunto. O Canadá proibirá a utilização de sacolas, canudos, e outros descartáveis fabricados de plásticos até o final deste ano (partes do Brasil estão nesse caminho, mas outras não). A Noruega possui meta de ter 100% da frota de carros elétricos ou híbridos até 2025 (como o Brasil tem o etanol, este processo tende a ser mais lento aqui.)
O PAPEL-CHAVE DOS DESIGNERS
Os designers (de produtos, serviços, experiências) são peça fundamental de mudança da economia linear para a circular. As decisões que eles tomarem no dia a dia influenciarão o quanto a economia de uma empresa será linear ou circular. Dê atenção, portanto, aos seus designers, sejam eles internos ou terceirizados.
O ANO DE 2021 INICIA UMA NOVA DÉCADA e, com ela, um mundo com olhos mais voltados para a circularidade. Não fique de fora esperando a legislação mudar no Brasil; antecipe-se.
Através da reciclagem química, os resíduos de plástico misto, que antes eram impossíveis de reciclar, podem agora ser efetivamente reprocessados e reutilizados.
A multinacional alemã Henkel produziu pela primeira vez garrafas a partir de plástico quimicamente reciclado, um sistema que permite reprocessar e reutilizar resíduos de plástico misto e que até agora não podia ser reciclado, foi hoje anunciado.
“Vemos um enorme potencial para a reciclagem química dos produtos, para complementar a reciclagem mecânica convencional”, refere Thorsten Leopold, Head of International Packaging Development Home Care da Henkel, citado num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
A reciclagem química de produtos permite, assim, que os resíduos de plástico que não podem ser reciclados mecanicamente sejam reintroduzidos no ciclo do material.
Desta forma, a matéria-prima secundária que resulta da reciclagem mecânica e que não pode ser por esta aproveitada, acaba por servir como matéria-prima para a indústria química produzir plásticos para diversos fins, nomeadamente embalagens.
As primeiras garrafas produzidas por reciclagem química agora apresentadas fazem parte de um projeto-piloto que se insere num projeto que envolve a colaboração da Henkel com a BASF.
Transformar uma atitude em um hábito é difícil, porém muito necessário quando se trata de cuidar melhor do nosso planeta. Ideias para produzir menos lixo são importantes para a qualidade de vida, hoje e nas próximas gerações. Confira a matéria:
O
crescimento do lixo é o reflexo do nosso aumento de consumo. Quanto mais
adquirimos mercadorias, mais embalagens descartamos.
Os meios de comunicação frequentemente nos
chamam a atenção sobre esse problema, buscando conscientizar a população a
produzir menos lixo, mas, ainda há muito a ser feito.
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), para acomodar os 7,6
bilhões de moradores do mundo, suprir o uso de recursos e absorver o lixo
gerado, seria necessário 70% de outro planeta Terra.
Algumas organizações e empresas têm se manifestado para a conscientização da
necessidade da redução do lixo, como a UCO Gear,
empresa especializada em produtos para camping, que criou há quatro anos um
desafio na internet. Neste desafio, as pessoas recolhem o lixo dos locais
públicos e postam fotos mostrando o antes e depois da limpeza.
O “Trashtag Challenge”, ou
“Desafio do Lixo” viralizou nas redes sociais com a hashtag –
#trashtagchallenge. O desafio tem o intuito de conscientizar as pessoas sobre o
lixo que produzem e como elas lidam com ele, além de incentivá-las a manter os
locais públicos limpos.
Imagem: VnExpress
O volume de lixo gerado em todo o mundo é
imenso, e a única forma de solucionar esse problema é repensar formas mais
responsáveis de consumo.
Neste post daremos 10 dicas de como produzir menos
lixo e ajudar o meio ambiente.
1 –Cuidado
com o lixo eletrônico
Estima-se que o mundo produzirá 120 milhões
de toneladas de lixo eletrônico por ano até 2050.
O descarte do lixo eletrônico em 80% dos
casos é realizado de forma inadequada. São levados para aterros, onde ficam
expostos a céu aberto, contaminando solos e lençóis freáticos e, expõem a
população à substâncias perigosas como mercúrio, chumbo e cádmio.
Uma opção para realizar o descarte de
maneira adequada é devolver ao fabricante. Algumas empresas já possuem sistema
de coleta de e-lixo residencial, como Dell, Apple e Epson. Outra opção é fazer
doações para instituições de caridade, ongs e museus, como em caso de
computadores que estejam em boas condições.
2 – Use a criatividade e reutilize
Existem diversas maneiras de reutilizar objetos
e embalagens. Com habilidade manual e criatividade, você pode pintar, revestir
e enfeitar as caixas de leite, latas de alimentos e entre outros recipientes,
para fazer porta-trecos, vasos e potes de mantimentos.
Até aquele café que acabou de ser passado
pode ser reutilizado. Ao invés de jogar a borra fora, use para o crescimento
sadio das plantas e como repelente contra insetos.
3 – Dê preferência para hortas e feiras
As feiras livres possuem uma oferta maior de diversidade de
alimentos in natura que tendem a estar mais frescos, e
diferente dos industrializados, eles não geram tanto consumo de embalagens e
ainda deixam você mais saudável.
Com essas atitudes, além de reduzir a quantidade de embalagens, está ajudando a contribuir para a economia local.
4 – Reduza o uso de sacolas plásticas
Quando for às compras opte por sacolas
sustentáveis como ecobags, caixa de papelão ou até sacolas biodegradáveis. Mas
se não for possível, evite colocar os produtos em muitas sacolas. Recicle as
que você usa e dê funções à elas, como no uso das lixeiras de casa.
5 – Atenção às embalagens
Dê atenção para as informações nos rótulos!
Verifique se as embalagens podem ser recicladas e se a empresas buscam ações em
prol da preservação do meio ambiente.
Busque por opções de “rótulos verdes” e
selos como:
Símbolo da reciclagem: indica que a embalagem poderá ser reciclada.
Selo da FSC: atesta que o papel foi retirado de fontes controladas ou reflorestadas.
Selo de orgânicos: atesta a não utilização de pesticidas e outros produtos químicos em sua produção.
Selo Fair Trade: certifica que foi estabelecido um preço justo, estabelecendo condições de equilíbrio para o desenvolvimento sustentável.
6 – Descubra novas receitas e reduza o desperdício
Procure receitas que utilizem o máximo de
todos os alimentos, como as cascas, sementes e folhas. Um exemplo é a abóbora e
a batata que podem ser consumidas com casca.
Ao ir às compras, compre apenas o que irá
consumir, assim estará evitando o desperdício e o acúmulo de lixo
orgânico.
7 – Diga não aos objetos descartáveis
Opte por garrafinhas, canecas, copos e até
canudos sustentáveis ao invés dos descartáveis. O consumo de plásticos
descartáveis é um dos maiores males do meio ambiente.
Evite também o uso de papel toalha e lenços
de papéis, e passe a carregar toalhinhas para ir a academia ou correr.
8 – Recicle
É importante checar com a prefeitura se o
seu município tem coleta seletiva, quais os horários e a forma da coleta.
A reciclagem é um importante processo para
redução da quantidade de lixo no planeta, beneficiando não só o meio ambiente
com a diminuição da poluição do solo, do ar e da água, mas também a saúde
pública e gerando renda para catadores.
9 – Alugue ou pegue emprestado
Se você vai realizar algum projeto e será
necessário usar apenas uma vez alguns acessórios como furadeira, equipamentos
de reformas, utensílios para cozinha entre outros, opte por alugar ou pegar
emprestado. Isso evita que mais embalagens sejam utilizadas.
10 – Consuma de forma consciente e sustentável
Parece óbvio, mas é importante relembrar!
Repensar nossos hábitos de consumo é se
atentar para a real necessidade do que consumimos e os impactos que nossas
ações causam ao meio ambiente.
O consumo consciente e sustentável visa
mostrar que os recursos naturais não são infinitos e que devem ser explorados
com responsabilidade. Escolher produtos e serviços de empresas conscientes, que
prezam pelo meio ambiente, economizar em energia e água são algumas ações que
podem ser tomadas.
A marca ämboc traz em sua essência, a sustentabilidade. Todas as nossas camisetas são
confeccionadas com tecidos 100% sustentáveis, como o algodão orgânico e tecido
feita com garrafa pet reciclada.
Sendo uma marca consciente com a natureza,
o nosso papel é promover a sustentabilidade e mostrar que é possível ajudar o
meio ambiente e ainda sim usar camisetas estilosas e confortáveis.
Modificar nossos hábitos não é uma tarefa fácil, leva tempo e amadurecimento, porém com esforço de cada um é possível transformar e obter uma melhor qualidade de vida, tanto para a sociedade atual quanto para gerações futuras.
https://ecoconsciente.com.br/wp-content/uploads/2019/06/img-1-1.png454680Camila Costa/wp-content/uploads/2018/10/logo_ecoconsciente_negativo-1-300x43.pngCamila Costa2019-06-18 14:41:002019-06-18 14:47:2110 formas de produzir menos lixo
São tantos desafios que viralizam na internet, mas nenhum deles é tão ambientalmente consciente. A nova “febre” vem conquistando espaço nas redes. Confira mais na matéria:
Milhares de pessoas em vários países têm aderido ao Trashtag
Challenge e limpado praias, parques e estradas tomadas por lixo ao redor do
mundo
Não é sempre que uma hashtag viraliza para além das redes
sociais.
Mas um desafio online
que estimula participantes a recolher lixo de locais públicos tem levado
dezenas de milhares de pessoas a fazer exatamente isso.
No chamado “Trashtag Challenge” – algo como
hashtag “Desafio do Lixo”, em português – os participantes escolhem
um lugar poluído, limpam esse local e postam fotos mostrando o antes e o
depois.
A iniciativa tem
ajudado a mudar o cenário em praias, parques e estradas e também a
conscientizar sobre a quantidade de lixo plástico que produzimos.
Como surgiu o
Trashtag Challenge
O Trashtag Challenge
não é um desafio novo. Foi criado em 2015 pela fabricante de produtos de
camping UCO Gear, como parte de uma campanha para proteger áreas silvestres.
Mas foi com um post
publicado na semana passada no Facebook, voltado a “adolescentes
entediados”, que aparentemente a ideia ganhou novo fôlego e a hashtag
acabou viralizando.
“Aqui está um
novo #desafio para vocês, adolescentes entediados. Tire uma foto de uma área
que precise de alguma limpeza ou manutenção, depois tire uma foto mostrando o
que fez em relação a isso e poste a imagem. Aqui estão as pessoas fazendo isso
#BasuraChallenge #trashtag Challenge, junte-se à causa.
#BasuraChallengeAZ”, diz a postagem.
Nas redes sociais, imagens de ações realizadas por
participantes começaram então a se espalhar.
“Eu não tenho
foto de antes e depois, mas aqui estão imagens com a minha família apanhando
lixo na marginal da rodovia, sempre que paramos para descansar”, postou
uma usuária do Twitter, da Argélia, com a hashtag do desafio.
Na Índia, outros usuários usaram o Instagram para mostrar
que também estão participando. Mais de 25 mil postagens apareceram na rede
social com a hashtag #trashtag – variações incluíam #trashtagchallenge e
#trashchallenge.
Em espanhol, ela foi traduzida como #BasuraChallenge.
“Aqui estamos. Com uma pequena contribuição para o meio
ambiente… Nós tentamos recolher parte do plástico que a população local jogou
em Laldhori, Junagadh, uma das áreas mais bonitas de Girnar (na Índia)”,
disse um dos que aderiram.
“É nosso humilde dever manter o MEIO AMBIENTE LIMPO E
VERDE e LIVRE do lixo de PLÁSTICO e de outros tipos de LIXO, para que a próxima
geração possa desfrutar da beleza original de GIRNAR”.
Este outro grupo em Novosibirsk, na Rússia, disse ter
enchido 223 sacolas com lixo, das quais 75% seriam enviadas para reciclagem.
Usuários no Brasil também comentaram o assunto, elogiando o
desafio como “um que realmente vale à pena”.
Há quem tenha aderido
à iniciativa, como esta internauta de Curitiba:
E este outro do México, que partiu para a ação: “Hoje
completamos o primeiro dia em que nos propusemos a limpar um terreno baldio bem
grande, em que colônias vizinhas se acostumaram a jogar lixo e entulho. Anexo o
pequeno primeiro avanço. Aceita-se ajuda para os próximos dias de limpeza.
#basurachallenge”, postou ele.
E quais serão os rumos dessa história?
“Tirar o
plástico do meio ambiente é importante”, disse Mark Butler, diretor de
políticas do Centro Canadense de Ação Ecológica (EAC, da sigla em inglês), ao
jornal Star de Halifax.
“Mas nós
precisamos fazer mais do que apenas ir atrás de quem está jogando esse lixo e
mais do que limpar essas áreas. Nós precisamos fechar a torneira do
plástico”, disse ele, se referindo à produção desse tipo de resíduo e
acrescentando que espera que a campanha leve a mudanças fundamentais sobre
plásticos descartáveis, por exemplo.
“Existe a hierarquia dos resíduos, que é recusar, reduzir, reutilizar, reciclar. Se nós não fizermos isso, tudo o que vai nos restar é ficar recolhendo o lixo sem parar.”
https://ecoconsciente.com.br/wp-content/uploads/2019/03/Imagem-1-1.jpg652984Camila Costa/wp-content/uploads/2018/10/logo_ecoconsciente_negativo-1-300x43.pngCamila Costa2019-04-01 10:32:332019-04-01 14:19:50#Trashtag Challenge: o desafio online que está levando internautas a recolherem lixo em locais públicos
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