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São Paulo tem a menor emissão de co2 da história

Energias renováveis já representam 60% da matriz energética do Estado. E tudo antes da pandemia

O Estado de São Paulo registrou a menor emissão de dióxido de carbono da história: foi 1,614 toneladas de CO2/ano per capita. Não, o resultado não é consequência das mudanças que o mundo está vivendo por causa da pandemia do coronavírus. O Balanço Energético nesta quarta-feira (16/9/20) pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente é referente ao ano de 2019.

São Paulo registrou também maior produção e consumo de etanol hidratado na década (2009 a 2019) e nos últimos dez anos, o Estado ultrapassou por duas vezes a marca de 60% da matriz energética com energias renováveis e o PIB paulista cresceu 2,8% em 2019.

“Isso mostra o quanto é importante aliar o desenvolvimento com a sustentabilidade”, disse o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido.

A oferta total de energia registrou um acréscimo de 2,3% e o consumo final cresceu 1,5%, ambos em relação ao ano anterior. O documento aponta ainda outros dados importantes, como o consumo médio de eletricidade de 151 GWh no Estado e os maiores consumidores por setor, estando o industrial (42%) no topo da lista, seguido por transportes (34%) e residencial com 8%.

“Com a eletrificação da frota, o uso do biometano, do biodiesel e do etanol, esperamos melhorar ainda mais a qualidade do ar que respiramos”, ressaltou a diretora-presidente da Cetesb, Patrícia Iglecias.

Na participação do consumo por combustível, os derivados de petróleo representam 34%; seguido pelo bagaço de cana, com 24%; a hídrica (19%); o etanol etílico (10%); o gás natural (7%) e as demais 6%.

Clique aqui para o estudo completo.

Créditos da matéria: https://ecoinforme.com.br/

Créditos da imagem: Divulgação

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Supermercado promove coleta de lâmpada

Descarte correto evita a contaminação do meio ambiente

A rede de supermercados Extra começou a instalar pontos de descarte de lâmpadas sem uso em agosto do ano passado e depois de um ano, o projeto recolheu mais de 44 mil lâmpadas, equivalente a seis toneladas.

A maioria das lâmpadas convencionais tem substâncias como mercúrio e se não forem descartadas corretamente podem causar contaminação de solo e água. O objetivo do projeto é colaborar para o descarte sustentável deste tipo de resíduo.

Os coletores são instalados pela empresa Reciclus, operadora logística, que as envia para a unidade de tratamento, separa os tipos de lâmpada, descontamina os resíduos e manda para reciclagem.

Até agora são 48 postos instalados em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Goiânia, Belo Horizonte, Maceió, Curitiba e Cuiabá. A expectativa é ampliar o projeto até o final do ano.

Créditos da matéria: Portal Eco Informe

Créditos da imagens: Divulgação 

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BNDES libera R$ 6,7 milhões para fazer rede de recarga de carros elétricos

Projetos incluem desenvolvimento de pontos de carga lenta, semirrápida e rápida.

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou a liberação de R$ 3,4 milhões e R$ 3,3 milhões, respectivamente, para dois projetos de redes de recarga de veículos elétricos. Um dos projetos é da CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Telecomunicações) e prevê investimento total de R$ 5 milhões. A PHB Eletrônica Limitada, empresa brasileira com mais de 30 anos de experiência em projetos na área de eletrônica de potência aplicada a sistemas de energia, surge como interveniente.

O outro é da Fundação CERTI (organização de pesquisa, desenvolvimento e soluções tecnológicas) em parceria com a WEG, fabricante nacional de eletroeletrônicos de uso industrial com atuação no setor de mobilidade elétrica. O investimento total éde R$ 7,5 milhões. Os projetos contam com apoio financeiro não reembolsável da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, organização social criada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para fomentar projetos inovadores), no valor total de R$ 2,9 milhões.

Cadê os incentivos?

Contrapartida para o financiamento público está no comprometimento das empresas privadas em desenvolver modelos de eletropostos de recarga lenta (8 a 16 horas), semirrápida (2 a 4 horas) e rápida (até 1 hora) acessíveis a todos. Os pontos de recarga poderão ser instalados em residências, shoppings, estacionamentos, postos de gasolinas e estradas.

Além da ausência de incentivos fiscais significativos para importação e até produção de veículos híbridos e elétricos até o momento, o Brasil enfrenta ainda a falta de infraestrutura e também a presença tímida de oferta de veículos “eletrificados” no Brasil. São poucos os modelos à venda no mercado nacional, sempre por importação — o BMW i3, por exemplo, é o único carro elétrico de fato disponível no país de forma oficial. Híbridos plug-in surgem ainda de forma esporádica e sempre no segmento de luxo.

Aos poucos, as fabricantes anunciam medidas pontuais para facilitar (ou tornar menos difícil) a vida de quem tem um carro elétrico. Uma delas é a eletrovia montada pela BMW ligando São Paulo ao Rio de Janeiro, graças à instalação de seis pontos de recarga espalhados pelos 430 quilômetros do trajeto entre as capitais. Outra, anterior ao caso acima, é o projeto de eletrovia entre Paranaguá e Foz do Iguaçu, no Paraná, com ação integrada de Copel (concessionária de energia elétrica paranaense) e ABB (multinacional suíça do ramo de eletrificação).

Recentemente, a Volvo se comprometeu a construir 250 eletropostos no Brasil até abril de 2019, sendo que metade deste volume estará funcionando até o fim deste ano. Para tanto, a fabricante sueca firmou parcerias com a rede de shoppings Iguatemi e a cadeia de supermercados Pão de Açúcar.

A recarga é gratuita, mas o usuário precisa pagar o valor do estacionamento dos estabelecimentos. Qualquer veículo híbrido ou elétrico no padrão europeu também poderá ser carregado nos pontos bancados pela empresa, mesmo sendo de outra marca.

Créditos da matéria: Uol – Por Vitor Matsubara

Créditos da imagens: Eduardo Anizelli/Folhapress

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Centro de Inovação em Novas Energias é criado em São Paulo

Uma nova parceria anunciada nesta semana pretende colocar o Brasil entre a vanguarda das pesquisas em novas fontes de armazenamento de energia e conversão de energia limpa.

Publicado em 28 de maio. 

A criação do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE) é resultado de uma parceria que envolve as universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e de São Paulo (USP), o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e a empresa Shell.

O objetivo do CINE é desenvolver novos dispositivos de armazenamento de energia com emissão zero de gases de efeito estufa (ou próximo de zero) e que utilizem como combustível fontes renováveis, além de novas rotas tecnológicas para converter metano em produtos químicos, entre outros objetivos. O centro receberá investimento de R$ 110 milhões em cinco anos.

A Unicamp, USP e Ipen aportarão R$ 53 milhões como contrapartida econômica, na forma de salários de pesquisadores e de pessoal de apoio, infraestrutura e instalações. A Shell aportará um total de até R$ 34,7 milhões, enquanto a FAPESP reservou um investimento de R$ 23,14 milhões.

Transferência de tecnologia

O CINE terá quatro divisões de pesquisa, com sedes na Unicamp (Armazenamento Avançado de Energia e Portadores Densos de Energia), na USP (Ciência de Materiais e Químicas Computacionais) e no Ipen (Rota Sustentável para a Conversão de Metano com Tecnologias Químicas Avançadas), e que desenvolverão, ao todo, 20 projetos.

missão do centro será produzir conhecimento na fronteira da pesquisa e, paralelamente, transferir tecnologia para o setor empresarial. As pesquisas poderão gerar resultados que serão usados pela Shell para gerar startups ou firmar parcerias com outras empresas.

A FAPESP já apoia Centros de Pesquisa em Engenharia em parceria com as empresas GSK, com sedes na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e no Instituto Butantan; outro com a Shell, instalado na Escola Politécnica da USP; com a Peugeot Citroën, na Unicamp; e mais um com a Natura, na USP.

Estão em vias de serem constituídos outros centros em parceria com: Embrapa, em mudanças climáticas; Statoil, em gerenciamento de reservatórios e produção de petróleo e gás; Usina São Martinho, em medidas sustentáveis para o controle de doenças que afetam a cana-de-açúcar; Koppert, no controle biológico de pragas.

Créditos da imagem: Divulgação.

Créditos da matéria: Site Inovação Tecnológica.

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Jardins de chuva estão surgindo pela cidade de São Paulo

Um grupo de ativistas ambientais estão literalmente quebrando o asfalto e o concreto para não apenas deixar São Paulo mais verde, como também um pouco mais permeável. Para isso, estão utilizando uma técnica simples de permacultura e desenho urbano, os jardins de chuva.

A solução é bastante óbvia, porém raramente utilizada. O jardim de chuva foi criado pelo africano Phiri Maseko, conhecido por ser “o homem que plantava chuva”. Desde então, o método foi espalhado e aprimorado em diferentes lugares do mundo.

Um dos destaques é a cidade de Tucson, no deserto do Arizona, EUA, onde a aplicação dos jardins de chuva transformou completamente um bairro.

Como funciona um jardim de chuva

Os canteiros de chuva são construídos em um nível ligeiramente mais baixo que as calçadas e ruas, permitindo assim a entrada e o acúmulo de água. Para ele funcionar na estrutura das cidades, é necessário criar aberturas no meio fio, que podem ser feitas por canos ou com um simples espaçamento entre as barreiras de concreto.

É importante escolher uma vegetação mais resiliente e nativa, que suporte receber muita água por um tempo e pouca água no período de seca. Desta forma, o canteiro se torna autossustentável, não havendo a necessidade de rega. O ideal é cobrir o canteiro com pedra ou madeira, eles mantêm a umidade do solo e também não deixam que a terra seja levada pela água durante as enxurradas.

Plantando chuva em São Paulo

Nik Sabey é um dos responsáveis pelos primeiros jardins de chuva da cidade. Ele já deixava a cidade mais verde com seu projeto  Novas Árvores por Aí, porém, depois que descobriu a técnica do jardim de chuva com o engenheiro Guilherme Castagna, não viu mais sentido em criar canteiros de outra maneira.

“A vontade de plantar já existia e de repente aprendemos uma solução tão óbvia, que não teria por que não aplicar,” disse Sabey em entrevista ao CicloVivo.

“Os benefícios do jardim de chuva são inúmeros. Ele alimenta o lençol freático, irriga as plantas e árvores, poupa água, aumenta a umidade do ar por meio da transpiração das plantas, diminui ilhas de calor e ainda de quebra ajuda a combater enchentes,” ressaltou o ativista.

“Além disso, as árvores crescem muito mais saudáveis, tendo menos chance de serem atacadas por cupins e outras pragas, aumentando assim sua resistência e longevidade.”

Sabey, junto com parceiros, como o botânico Ricardo Cardim e Sérgio Reis, já desenvolveu diversos jardins de chuva em calçadas, canteiros, rotatórias e até mesmo em ruas, literalmente quebrando o asfalto.

Recentemente, ele construiu uma solução bastante interessante no bairro de Moema, um canteiro na rua, paralelo à calçada, onde carros passavam o dia estacionados.

Foram aplicadas ainda chapas de metal para ampliar a calçada, que antes era muito estreita, criando um ambiente muito mais amigável para pedestres e moradores do bairro. O ativista também já transformou rotatórias nos bairros de Pinheiros, Vila Mariana e Mooca.

Ele conta com a ajuda da prefeitura, que autoriza a obra e também quebra o concreto. O restante do trabalho é feito por ele e seus parceiros. Um bom exemplo de aplicação da técnica na cidade é o do Largo das Araucárias, no bairro de Pinheiros.

Lá existia apenas escombros de uma antiga construção e muito entulho. Hoje, é uma linda praça feita pela iniciativa dos ambientalistas que também ganhou um canteiro de chuva.

Neste caso, os ativistas contaram com o projeto da empresa Fluxo Design, que é especialista no assunto.

Redesenhando os jardins e canteiros das cidades

O jardim de chuva é uma ótima solução de urbanismo, pois traz um desenho inteligente para as cidades. Em regiões áridas, ele pode ajudar a trazer o verde e a umidade de volta. Já em locais úmidos, ajuda a reduzir enchentes. Os canteiros de chuva poderiam ser aplicados em larga escala se fossem inclusos como norma nos manuais de obras e manutenção de prefeituras.

Um bom exemplo de sua aplicação em cidades é o projeto de revitalização da vegetação da Marginal do Rio Pinheiros, desenvolvido pelo botânico Ricardo Cardim. Ele utilizou o método ao longo de um canteiro central que divide a via e que irá receber diversas árvores e vegetação nativa, garantindo a irrigação e a recarga do lençol freático na várzea do rio.

“Não faz nenhum sentido impermeabilizar tudo e depois construir um piscinão. Se houvessem muitos canteiros de jardins de chuva, poderíamos facilmente combater as enchentes,” finaliza Sabey.

Confira mais alguns canteiros de chuva pela cidade:

Créditos da matéria: Ciclo Vivo.

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