Ideia desenvolvida por equipe de estudantes da USP foi premiada em desafio internacional; projeto alia as estufas verticais à arquitetura das cidades e considera impacto social e economia.
Você sabe o que é uma estufa urbana? Ela é como as estufas tradicionais, um espaço artificial feito para o cultivo, porém em uma construção vertical adaptada para grandes metrópoles. Por aliar sustentabilidade e tecnologia, especialistas acreditam que as estufas verticais podem revolucionar a produção de alimentos. Com a demanda de produção em larga escala para uma população cada vez maior, elas evitariam impactos ambientais nas áreas rurais, como a perda de biomas, e poderiam realizar todo o processo nas próprias cidades, barateando custos, diminuindo perdas e envolvendo os cidadãos, o que incentivaria hábitos de vida saudáveis e sustentáveis.
É nesse contexto que foi desenvolvido o Cora, projeto criado por alunos da USP que foi premiado na categoria Health & Lifestyle no BRICS Award, um desafio de ideias para promoção da qualidade de vida das pessoas e do intercâmbio de soluções entre os países que compõem o bloco das nações emergentes: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
O Cora agrupa diversas atividades da cadeia produtiva dos alimentos em um único espaço, englobando o cultivo, a venda in natura dos alimentos e a comercialização de refeições. Além disso, abrange o descarte dos resíduos orgânicos, que podem ser utilizados no sistema de cultivo, como a composteira que gera o adubo e o biodigestor, que produz parte da energia utilizada pelo empreendimento arquitetônico. E como esse tipo de projeto requer conhecimentos de várias áreas, foi necessário formar uma equipe multidisciplinar, com nove estudantes vindos de dois cursos diferentes: Engenharia Agronômica, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) de Piracicaba, e Arquitetura, do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) de São Carlos.
Confira o vídeo com a maquete eletrônica e áreas que fazem parte do projeto Cora – Construção da Agricultura Revolucionária
Um projeto mais ousado
O projeto Cora surgiu da ideia dos estudantes participarem do desafio internacional de estufas urbanas Urban Greenhouse Challenge de 2019, onde acabaram se classificando entre os seis melhores colocados, considerando competidores de 79 universidades de diversos países, como Espanha, França, Holanda, Israel e Coreia do Sul. Nessa proposta inicial, a tarefa consistiu na construção de uma estufa urbana para a cidade de Dongguan, uma das maiores áreas urbanas do mundo, localizada no centro de inovação da China. O trabalho partiu de estudos sobre a cidade, como características arquitetônicas, culturais e estrutura econômica do município chinês.
“O desafio propunha explorar o potencial da agricultura urbana de forma circular e sustentável envolvendo conhecimentos multidisciplinares. A estufa deveria ser icônica, produzir alimentos seguros e saudáveis para a vizinhança local e estimular um estilo de vida saudável e interações entre os cidadãos”, explica a integrante da equipe Natália Jacomino, estudante de Arquitetura e Urbanismo no IAU. Ainda de acordo com ela, o desafio do grupo não era apenas no desenvolvimento de um espaço voltado à produção, mas também um edifício tecnológico, sustentável e que tivesse áreas destinadas ao uso social, educacional e recreativo.
No decorrer dos estudos, o projeto sofreu adaptações. Inicialmente, o prédio tinha quatro pisos. “A nossa intenção principal era criar um monumento dentro do parque, mas não um marco na paisagem da cidade de Dongguan”, conta Juliana Santos, recém-formada arquitetura pelo IAU. “Quando recebemos o feedback dos jurados, que apontaram que nosso edifício era modesto em comparação aos outros, isso foi o norteador para nós. Optamos por dobrar o número de pavimentos e mudar completamente a materialidade do edifício para madeira, aumentando a quantidade de alimentos produzidos”, completa.
Desenvolvida por start-up alemã, WASTX Plastic converte lixo em energia sustentável.
WASTX Plastic é uma tecnologia desenvolvida pela empresa alemã Biofabrik White Refinery. A start-up, sediada em Dresden, dedicou seis anos à testagem de um projeto que reduzisse os impactos do plástico que polui os oceanos. O resultado foi a criação de uma tecnologia capaz de converter o lixo plástico em combustíveis e energia sustentável.
O Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico do mundo, chegando a mais de 11 milhões de toneladas por ano – e também é um dos países que menos reciclam esse tipo de resíduo. Na Alemanha, onde nasceu a WASTX Plastic, são geradas mais de 6 milhões de toneladas de lixo plástico anualmente. Embora uma parcela desse lixo seja reciclado, a maior parte dele é exportada para o exterior, onde é queimada, deixada para apodrecer em aterros sanitários ou jogada nos oceanos.
Plástico pode virar energia
A expressão oceano de plástico não foi criada por acaso. Pesquisas estimam que, até 2050, os oceanos tenham mais lixo do que peixes, em razão do alto consumo de plásticos no dia a dia das pessoas. Para reduzir a poluição por plástico, a WASTX Plastic converte esses resíduos em um combustível tipo diesel, pronto para uso humano. A tecnologia pode ser usada em geradores e turbinas ou convertida em eletricidade.
Com a WASTX Plastic, um quilo de plástico descartado pode ser convertido em cerca de um litro de combustível, o que corresponde a até 10 quilowatts-hora de energia. A máquina da WASTX Plastic é capaz de transformar, por dia, cerca de 250 quilos de lixo plástico em combustível.
A mágica acontece dentro de um contêiner cinza, onde o equipamento fica protegido. Trituradores, tubos e tanques dão um aspecto futurista à máquina, mas o processo é, na verdade, simples. A chamada pirólise consiste na decomposição de lixo plástico por meio da ação do calor.
Em condições de oxigênio zero, a equipe responsável pela máquina aquece o lixo plástico e o tritura a uma temperatura de 500 graus, para filtrar resíduos como areia e sal. No final, escorre um líquido escuro e viscoso, semelhante a uma geleia.
WASTX Plastic pode ser solução global para o lixo plástico
Os idealizadores da WASTX Plastic pretendem, no futuro, trabalhar junto com hotéis e municípios para limpar praias repletas de lixo. Turistas e moradores locais seriam convidados a jogar seus resíduos plásticos em sacos e receberiam, em troca, uma pequena quantia em dinheiro.
Com a WASTX Plastic, não apenas a quantidade total de lixo plástico encolheria, mas também o combustível produzido poderia ser utilizado para abastecer navios ou geradores. A solução para o problema do plástico traria, portanto, benefícios ainda maiores para as comunidades.
A empresa responsável pela WASTX Plastic já tem contratos em países como Austrália, Japão, Estados Unidos, Coréia e Turquia. A pretensão é expandir a ideia pelo mundo, sob o lema “Trash to cash” (“lixo por dinheiro”).
Além da Biofabrik, existem várias empresas trabalhando em soluções inovadoras para os grandes problemas ambientais do mundo, como o lixo plástico. No entanto, também deve haver interesse das autoridades mundiais para implementar políticas e leis que transformem as empresas verdes em comerciantes primários ou secundários no ciclo comercial mundial.
Segundo a Associação Internacional de Resíduos Sólidos (Iswa, na sigla em inglês), cerca de 25 milhões de toneladas de resíduos são despejadas nos oceanos por ano. Por isso, qualquer tecnologia capaz de oferecer outro destino ao lixo plástico, como a WASTX Plastic, é mais que bem-vinda: é urgente.
https://ecoconsciente.com.br/wp-content/uploads/2020/10/50-650-lixo-plastico-wastx-plastic.jpg399650Camila Costa/wp-content/uploads/2018/10/logo_ecoconsciente_negativo-1-300x43.pngCamila Costa2020-10-21 17:34:482020-10-21 17:34:48WASTX Plastic a tecnologia que transforma o lixo dos oceanos em combustível
Energias renováveis já representam 60% da matriz energética do Estado. E tudo antes da pandemia
O Estado de São Paulo registrou a menor emissão de dióxido de carbono da história: foi 1,614 toneladas de CO2/ano per capita. Não, o resultado não é consequência das mudanças que o mundo está vivendo por causa da pandemia do coronavírus. O Balanço Energético nesta quarta-feira (16/9/20) pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente é referente ao ano de 2019.
São Paulo registrou também maior produção e consumo de etanol hidratado na década (2009 a 2019) e nos últimos dez anos, o Estado ultrapassou por duas vezes a marca de 60% da matriz energética com energias renováveis e o PIB paulista cresceu 2,8% em 2019.
“Isso mostra o quanto é importante aliar o desenvolvimento com a sustentabilidade”, disse o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido.
A oferta total de energia registrou um acréscimo de 2,3% e o consumo final cresceu 1,5%, ambos em relação ao ano anterior. O documento aponta ainda outros dados importantes, como o consumo médio de eletricidade de 151 GWh no Estado e os maiores consumidores por setor, estando o industrial (42%) no topo da lista, seguido por transportes (34%) e residencial com 8%.
“Com a eletrificação da frota, o uso do biometano, do biodiesel e do etanol, esperamos melhorar ainda mais a qualidade do ar que respiramos”, ressaltou a diretora-presidente da Cetesb, Patrícia Iglecias.
Na participação do consumo por combustível, os derivados de petróleo representam 34%; seguido pelo bagaço de cana, com 24%; a hídrica (19%); o etanol etílico (10%); o gás natural (7%) e as demais 6%.
https://ecoconsciente.com.br/wp-content/uploads/2020/09/etanol.png600960Camila Costa/wp-content/uploads/2018/10/logo_ecoconsciente_negativo-1-300x43.pngCamila Costa2020-09-17 15:36:282020-09-18 10:33:26São Paulo tem a menor emissão de co2 da história
A Tiny House tem apenas 8 m² e energia renovável. Conheça mais detalhes da moradia do futuro.
A busca por residências que priorizem a sustentabilidade é uma das principais questões para o público mais jovem, que possui um estilo de vida diferente de outras gerações. Esse grupo é a aposta para a venda da Ecocapsule, projetada pelo estúdio Nice Architects para um concurso de arquitetura e design.
A casa, com espaço interno de 8 m² e “ideal para duas pessoas”, ganhou vida e sucesso após o evento, embora não tenha levado o prêmio na competição. A primeira delas foi construída em 2014, a partir de espuma, fibra de vidro e aço.
Quem busca pela Ecocapsule?
A tiny house tinha como intuito principal servir pessoas que queriam viver fora das habituais residências em centros urbanos, como uma espécie de refúgio, ou também como uma solução rápida de moradia para quem não pudesse arcar com altas despesas da casa própria.
As previsões, no entanto, foram completamente diferentes. A Ecocapsule despertou interesse da alta sociedade de Nova York e do Vale do Silício, que a procuravam para criar um estúdio para trabalho — sendo realocadas, inclusive, para topos de prédios.
Com essa demanda, os responsáveis pelo projeto criaram dois tipos de projetos: a original, que pode ser adquirida por US$ 90 mil (cerca de R$ 480 mil), e a mais barata, a Space, de US$ 56 mil (aproximadamente R$ 290 mil).
“Muitos podem considerar o preço acima do limite”, comenta o projetista Igor Zácek. “Esse custo é consequência das mais recentes tecnologias inteligentes e sustentáveis”
Energia sustentável
A sustentabilidade é uma das principais vantagens da Ecocapsule, que funciona a partir de energias eólica e solar, emitindo menos gás carbônico para o meio ambiente.
Seu formato oval contribui da mesma forma, retendo o calor e coletando água da chuva, que passa por um sistema de filtragem próprio.
Além das duas formas alternativas de energia, uma bateria elétrica mantém o funcionamento da casa, podendo durar por quatro dias sozinha.
https://ecoconsciente.com.br/wp-content/uploads/2020/08/ecocapsule-1594059420361_v2_1170x540.jpg5401170Camila Costa/wp-content/uploads/2018/10/logo_ecoconsciente_negativo-1-300x43.pngCamila Costa2020-08-24 15:35:342020-08-26 14:34:08Tiny house de 8 m² movida por energia solar e eólica é a moradia do futuro
Devido ao momento atual, crise da Covid-19, ideias precisam ser implementadas. Acelerar alguns dos projetos que contribuirão para sociedade e o meio ambiente. Confira a matéria:
Em maio de 1900, São Paulo inaugurou sua primeira linha de bonde elétrico. Passados 120 anos, os bondes desapareceram de suas ruas, os trólebus viveram auge e declínio, o metrô demorou a aparecer e pouco se expandiu, e os ônibus a diesel e a poluição dominaram a paisagem. Agora, a maior metrópole sul-americana, assim como outras cidades brasileiras, precisa voltar para a eletricidade como principal matriz energética para cumprir o acordo de Paris sobre mudanças climáticas.
Por um lado, a freada brusca de 2020 devido à pandemia do coronavírus deu uma amostra que é possível reduzir a poluição. Por outro, especialistas apontam que agora, com a necessidade dos governos pelo mundo de injetar dinheiro para movimentar a economia, seria o momento certo para acelerar a expansão da chamada eletromobilidade.
“É óbvio que a melhor saída é a eletrificação. Isso globalmente. Além de ser mais solução limpa e barata para o transporte, essa energia vai reduzir os gastos com o já sobrecarregado sistema de saúde, afinal, a poluição reduz pelo menos três anos de vida das pessoas nas grandes cidades”, apontou Carlos Nobre, especialista em aquecimento global e presidente do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas.
Precisamos de mais transporte público e mais transporte elétrico. E que as pessoas também usem carros, bicicletas, patinetes elétricos apenas para percorrer pequenos trechos. Seria algo complementar: uma rede capilar que alimentasse o tronco principal para o transporte de massa. Tudo por eletricidade. André Luis Ferreira, diretor executivo do Instituto de Energia e Meio Ambiente.
Mas o Brasil já parte atrasado para esse destino: tem apenas 28 ônibus a bateria em circulação atualmente. O Chile já conta com mais de mil deles, comprados da China, o país que é a ponta de lança dessa tecnologia.
Os chilenos aplicaram a receita dada pelo Banco Mundial e o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento): as prefeituras compram os veículos elétricos, com financiamento desses organismos multilaterais, e repassam para as empresas se encarreguarem da operação. O Plano Nacional de Eletromobilidade teria como principal palco de exibição a COP (Conferência de Mudança Climática) em 2019 em Santiago, mas a onda de protestos no país fez o evento migrar para a Espanha e a ação de marketing ficou frustrada.
O México e a Colômbia, que também estão à frente do Brasil na utilização após a aquisição de veículos chineses, seguiram a mesma estratégia.
“As indústrias brasileiras de ônibus ganhavam todas as licitações da América Latina, mas nós ficamos para trás na tecnologia elétrica e estamos perdendo espaço para os chineses”, afirma Iêda de Oliveira, diretora da ABVE (Associação Brasileira de Veículos Elétricos) e da Eletra, a principal fabricante brasileira de ônibus elétricos e trólebus.
Futuro eletrizante
A China conseguiu eletrificar totalmente a frota de suas grandes cidades até 2020 (500 mil veículos), aproveitando para reduzir em até 30% a poluição urbana, além de desenvolver a tecnologia e ganhar escala para conquistar mercados pelo planeta. Em 2010, o governo chinês determinou que o transporte elétrico seria um dos 12 setores promissores que o país iria investir para alavancar sua economia. Fizeram uma lei para eletrificar todas as cidades com mais de 100 mil habitantes e cumpriram.
“Foi um pensamento estratégico do governo chinês. Afinal, a eletromobilidade é uma indústria do futuro, diminui a poluição e cria segurança energética, diminuindo a dependência de fontes que são importadas por eles”, analisa Adalberto Maluf, que é presidente da ABVE e diretor de marketing e sustentabilidade da BYD, fábrica chinesa que é a maior produtora mundial de ônibus elétricos.
Os dois acreditam que deveria haver incentivos oficiais para o setor deslanchar. “O BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] deveria ter uma linha de financiamento para acelerar a área. Ainda mais agora que precisamos de uma retomada na economia. O ônibus elétrico não é só uma questão ambiental: é uma questão de sobrevivência para toda uma indústria no país”, analisa Oliveira – o Brasil é o maior fabricante de ônibus da América Latina.
Para Maluf, é difícil falar em investimentos e incentivos fiscais em um momento em que as empresas de transporte urbano estão entrando em prejuízos pela quarentena (caiu 30% da oferta de ônibus e 70% do movimento de passageiros). Mas ele acredita que o caminho está na política local e nas legislações municipais. “O governo federal não tem mostrado interesse ambiental, mas são os prefeitos que estão liderando a agenda climática e fazendo as mudanças. Isso tem acontecido no Brasil, mas também nos EUA”, opina Maluf, que cita o exemplo de Los Angeles, que já tem toda a frota a gás desde o século passado e quer eletrificar tudo até 2030.
Para Paulo Henrique de Mello Sant’Ana, professor do Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal do ABC, é o financiamento público que pode tirar essa tecnologia do papel e dos “projetos-piloto”. “Não tem jeito. O custo inicial agora é muito pesado porque os ônibus elétricos custam mais do que o dobro que os a combustão. Mas o custo de operação é bem mais barato para esse investimento”, afirma Sant’Ana, que fez pesquisa na Universidade de Berkeley (EUA), sobre os modelos de implementação.
O que mais encarece essa tecnologia é a bateria, mas seu preço cai 10% ano a ano devido à escala que a produção vai tomando globalmente. O cálculo de Sant’Ana é que, até 2030, o ônibus elétrico custe o mesmo que um convencional.
Cidades começam a se mexer.
Campinas, por exemplo, criou um corredor de ônibus elétricos, e cidades como São José dos Campos e Salvador vão pelo mesmo caminho. Por sua vez, a prefeitura de São Paulo, com Gilberto Kassab à época, estipulou em 2009 que em dez anos 50% da frota da cidade seria movida sem a utilização de combustível fóssil. Nada andou, e em 2018, o então mandatário paulistano, João Doria, renovou as promessas após a Câmara Municipal criar e aprovar nova lei: em 2028, 50%, e em 2038, 100%, sem estipular quais fontes de energia seriam usadas nem a estratégia financeira para chegar até lá.
Segundo Rafael Calabria, coordenador do programa de mobilidade do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), as discussões estão emperradas. “O cronograma para renovação da frota está em análise desde setembro de 2019. Cobramos providências em janeiro, a resposta só veio em março – às vésperas da quarentena. Se a prefeitura já estava se esquivando antes, imagina agora com a pandemia”, critica Calabria.
Ele lembra que o auxílio de R$ 60 bilhões do governo federal a Estados e municípios, que está sendo discutido no Congresso para combater a crise atual, não detalhe em que áreas serão gastos esses recursos e que, a princípio, prefeitos e governadores é que escolherão onde destinar essa verba.
Tudo é passageiro
O bonde elétrico teve tamanha expansão em São Paulo que nos anos 1940 a cidade chegou a contar com 225 quilômetros de extensão (bem maior que os atuais 101 quilômetros do metrô paulistano) – o Rio de Janeiro, que ainda conta com o turístico bondinho de Santa Teresa, tinha naqueles idos quase 500 quilômetros de trilhos.
Em 1968, o bonde paulistano fez sua última viagem. Nessa época, era o trólebus (ônibus com alavancas conectadas a fios) estava em expansão e chegou a ter 343 quilômetros de extensão nas décadas de 1980 e 1990. Hoje em dia, estão por volta de 200 quilômetros, com trechos de fiação sendo arrancados no início do século 20 das avenidas da zona oeste, sul e norte da cidade. “Há muito preconceito com o trólebus. Na época da retirada se argumentou que era estética. Mas o fio que você vê é um sistema muito mais limpa que os poluentes que você não vê e te matam”, argumenta Oliveira.
O transporte da cidade viveu ao sabor das crises energéticas. As linhas de ônibus a combustão ganharam importância quando uma seca entre os anos 1923 e 1924 comprometeu o fornecimento de energia elétrica em São Paulo. Em 1927, a empresa canadense Light apresentou um projeto de construção de metrô, mas a ideia acabou arquivada.
Já o metrô de São Paulo só virou realidade na década de 1970, quando o mundo vivia o período das grandes crises do petróleo. Mas o transporte subterrâneo paulistano cresceu muito devagar e até hoje é pouco extenso comparado com outras metrópoles do mesmo porte, como Nova York, Buenos Aires e Cidade do México.
“A eletromobilidade também tira pressão sobre as tarifas. Você tem a opção de recarregar com energia solar, o que barateia mais ainda”, aponta Maluf. Ele diz que sua empresa apresenta aos clientes a opção de alugar a bateria de lítio e o direito de recarga para facilitar a aquisição e aliviar os custos. Segundo Maluf, isso faz os custos do ônibus elétrico se aproximarem do modelo convencional.
Nessa conta, tem que entrar também a economia em saúde da população. Segundo cálculo do Instituto Saúde e Sustentabilidade, o país perde R$ 54 bilhões entre mortes, internações, custos hospitalares e perda na produtividade devido à poluição. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), este motivo também é a cause de sete milhões de óbitos no mundo anualmente, sendo 50 mil no Brasil (10 mil na Grande São Paulo).
A BYD tem uma fábrica de veículos em Campinas e uma montadora de baterias em Manaus, com 70% dos componentes vindos da China. Já a Eletra possui fábrica no ABC Paulista e uma parceria com a empresa Moura para produzir baterias para seus ônibus elétricos.
“O futuro é ter uma diversidade de fontes de energia para evitar dependências e oscilações. Pode ser ônibus a bateria, trólebus, a gás, biocombustível. E mesmo gasolina ou diesel, para as grandes distâncias. Há ainda os híbridos. Cada tipo tem uma indicação e utilidade. O que não pode é a indústria nacional ficar para trás por falta de financiamento e visão por parte do governo”, criticou Oliveira.
E os carros elétricos
O presidente e seu filho deputado, Jair e Eduardo Bolsonaro, andaram tuitando no início deste ano que a Tesla, maior fabricante de veículos elétricos do mundo, poderia implantar uma fábrica no Brasil para produzir seus carros por aqui. Mas nada foi confirmado pela empresa, que inaugurou sua primeira unidade fora dos EUA no fim do ano passado, em Xangai, na China, e anunciou planos de expansão para a Europa.
O preço alto (R$ 320 mil é o modelo mais barato) e a necessidade de dar escala à produção (um mínimo de 60 mil unidades por ano) não ajudam para um investimento do negócio no Brasil tão cedo. “Eu estava pesquisando na Califórnia no início do ano e via muitos carros elétricos na universidade e em todo lado os locais de recarga. Sem o fomento do Estado, esse cenário vai ficar cada vez mais para o futuro”, conta Sant’Ana.
Segundo ele, seria preciso fazer uma política de isenção fiscal para tornar os carros elétricos viáveis no Brasil. “Tinha que cortar PIS, Cofins, ICMS, juros para o financiamento e o que pudesse para acelerar esse processo. Eu vejo as empresas de eletricidade se mexendo nessa direção, mas falta uma visão estratégica dos governantes”, afirma Sant’Ana.
Mas há quem acredite que a virada elétrica vai mudar o conceito de mobilidade nas cidades. “Essa dinâmica em torno dos automóveis vai mudar com a eletrificação, porque a eletromobilidade vai abarcar desde o patinete ou o skate até os ônibus articulados. As cidades foram retiradas das pessoas para dar lugar aos carros, mas a eletromobilidade pode devolver as áreas públicas para a população. Vai ser um olhar mais holístico do entorno”, afirma Flávia Consoni, do Departamento de Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências da Universidade de Campinas.
Os carros são responsáveis por 50% da emissão de poluentes em uma grande cidade, e a paralisação que a quarentena e o isolamento social proporcionaram deram mostra de como o ar poderia ser mais limpo nas metrópoles.
Calabria defende que, já que eletrificação exige tanto investimento e estratégia, uma solução prática e barata seja aplicada nesses dias de menos trânsito nas grandes cidades: aumentar as faixas exclusivas para ônibus. “Quando as pessoas voltassem para seus cotidianos, encontrariam outra cidade. Essa é uma solução que só demandaria tinta e placa para sinalizar as faixas e ajudaria a reduzir a poluição.”
https://ecoconsciente.com.br/wp-content/uploads/2020/05/img2.jpg421750Camila Costa/wp-content/uploads/2018/10/logo_ecoconsciente_negativo-1-300x43.pngCamila Costa2020-05-07 11:05:322020-05-11 09:59:40Crise da Covid-19 abre caminho para ônibus elétrico e futuro menos poluído
O mundo precisa de ideias novas, alternativas para minimizar o impacto no meio ambiente e trazer benefícios para população. O projeto da brasileira de 21 anos chamou a atenção da ONU e ganhou prêmio. Confira mais na matéria:
A brasileira Anna Luisa Beserra, de 21 anos, fundadora do Aqualuz, venceu o Prêmio Jovens Campeões da Terra da ONU Meio Ambiente por desenvolver um dispositivo que purifica, por meio de radiação solar, a água da chuva captada em cisternas.
A falta de água potável é uma realidade que afeta mais de 1 milhão de pessoas no Brasil. Com o filtro Aqualuz, a água de cisternas é purificada por meio de raios solares, e um indicador muda de cor quando o recurso está seguro para o consumo.
A invenção é de baixo custo, fácil manutenção e pode durar até 20 anos. Embora tenha sido testada apenas no Brasil, o dispositivo tem potencial para ser aplicado em outros países. O Aqualuz já distribuiu água potável para 265 pessoas e alcançará mais 700 ainda este ano.
A brasileira Anna Luisa Beserra, de 21 anos, fundadora do Aqualuz, venceu o Prêmio Jovens Campeões da Terra por desenvolver um dispositivo que purifica, por meio de radiação solar, a água da chuva captada em cisternas.
Nos próximos dias, líderes mundiais se reúnem na sede da ONU em Nova Iorque para a Cúpula de Ação Climática e para a Assembleia Geral, abordando temas ambientais e mudanças climáticas nas discussões.
As doenças diarreicas estão entre as principais causas de morte em todo o mundo, sendo diretamente ligadas à falta de água potável e à falta de saneamento e acesso à higiene. Esses problemas atingem principalmente populações jovens, vulneráveis ou que vivem em zonas rurais remotas.
O Aqualuz é um filtro inovador que purifica a água da chuva coletada por cisternas instaladas em áreas rurais, onde a água filtrada não é acessível. Esta realidade afeta mais de 1 milhão de pessoas no Brasil. A água da cisterna é purificada por meio de raios solares e um indicador muda de cor quando o recurso está seguro para o consumo.
“Meu propósito é levar o direito básico à água limpa para as comunidades carentes nas áreas rurais”, afirmou Beserra. “Queremos ajudar a melhorar a vida das pessoas e salvar vidas.”
A invenção é de baixo custo, fácil manutenção e pode durar até 20 anos. Embora tenha sido testada apenas no Brasil, o dispositivo tem potencial para ser aplicado em outros países. O Aqualuz já distribuiu água potável para 265 pessoas e alcançará mais 700 ainda este ano.
“Nosso planeta com estresse hídrico está sofrendo o peso da extração incessante, da poluição e da mudança climática. É vital encontrarmos novas formas de proteger, reciclar e reutilizar este precioso recurso. Tornar a água potável acessível e segura a todos e todas é vital para atingirmos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, disse a diretora-executiva da ONU Meio Ambiente, Inger Andersen.
Para o presidente empresa alemã Covestro, apoiadora do prêmio, Markus Steilemann, o mundo dos negócios precisa de ideias novas e de uma cultura de startups que enfrentem os desafios ambientais globais, assegurando ao mesmo tempo o crescimento em longo prazo. “Os Jovens Campeões da Terra podem ajudar a alcançar isso e todos na Covestro têm orgulho em apoiá-los. Queremos ajudar a tornar o mundo um lugar melhor.”
Um júri global composto por Markus Steilemann; Joyce Msuya, diretora-executiva adjunta da ONU Meio Ambinete; Arielle Duhaime-Ross, correspondente da VICE News Tonight para ciência e mudanças climáticas; Jayathma Wickramanayake, enviada do secretário-geral da ONU para a juventude; e Kathy Calvin, presidente e diretora-executiva da Fundação das Nações Unidas, selecionou os vencedores e vencedoras entre 35 finalistas regionais de mais de 1.000 candidatos.
No decorrer do próximo ano, as iniciativas inovadoras dos campeões serão documentadas nas mídias sociais por meio de atualizações regulares em notícias e vídeo-blogs.
O prestigioso Prêmio Jovens Campeões da Terra, oferecido pela Covestro, é concedido anualmente pela ONU Meio Ambiente a jovens ambientalistas entre 18 e 30 anos, por suas destacadas ideias em prol do meio ambiente.
Anna Luisa é uma das sete vencedoras de África, América do Norte, América Latina e Caribe, Ásia e Pacífico, Europa e Ásia Ocidental. Os vencedores receberão seu prêmio durante a Cerimônia dos Campeões da Terra em Nova Iorque, no dia 26 de setembro, coincidindo com a reunião anual da Assembleia Geral das Nações Unidas e a Cúpula de Ação Climática.
https://ecoconsciente.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Brasileira-vence-prêmio-global-da-ONU.jpg622840Camila Costa/wp-content/uploads/2018/10/logo_ecoconsciente_negativo-1-300x43.pngCamila Costa2019-10-23 17:55:262019-10-24 09:51:24Brasileira vence prêmio global da ONU com solução solar para purificar água
Alternativas para diminuir a produção do lixo no mundo é preciso, por esse motivo, uma rede de supermercado criou uma solução para e redução de resíduos usando a Publicidade Consciente. Confira mais na matéria:
O aumento da produção de lixo no Brasil é cada dia maior. Dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) mostram que, em 2017, cada brasileiro gerou 378 kg de resíduos e, nesse mesmo ano, o despejo inadequado aumentou em 3%. Outro dado preocupante vem da principal forma de combate a este aumento – a reciclagem. Apenas 3% é de fato reaproveitado e reciclado, segundo estudo do Plano Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS.
Diante disso e do aumento de lixões espalhados pelo país (cerca de 3 mil de acordo com a Abrelpe) tentativas por mais sustentabilidade e redução na produção de lixo começam a surgir nos meios empresariais, sociais e econômicos do país. Além das legislações que, por exemplo, proíbem o uso dos canudos plásticos nos estabelecimentos, mais ações começam a ser criadas, como é o caso da novidade lançada pelo Supermercado Vicari – de Araucária (PR). A rede, com 3 lojas, completou 20 anos recentemente e passou a fazer, no lugar de encartes de promoções impressos, QR Codes gigantes em outdoors espalhados pela cidade para os clientes terem os preços acessíveis na palma da mão, nos seus smartphones.
Segundo a direção da rede, o objetivo dos outdoors é despertar o interesse dos seus clientes para esta nova tecnologia, na facilidade do acesso às ofertas na hora que o cliente quiser, além de evitar o desperdício de papel e despertar ações sustentáveis.
“Tentativas por mais sustentabilidade e redução na produção de lixo são nossa responsabilidade. Os empresários não devem apenas reagir as iniciativas da legislação, como foi no caso da proibição dos canudos plásticos, devem sim ter iniciativas próprias, enxergar alternativas para os resíduos que as suas empresas produzem”, diz Rodrigo Vicari – diretor do grupo.
Os outdoors estarão espalhados por oito pontos de Araucária, mas os clientes também terão à disposição imãs de geladeira com o QR Code que permite o acesso as promoções da semana. Para os clientes que ainda não são muito adeptos da tecnologia, o Vicari disponibilizará vídeos nas lojas físicas, além de incluir em canais como YouTube, Facebook e Instagram, explicando como é o acesso aos códigos espalhados pela cidade, além de colaboradores treinados para explicar a novidade. Com essa ação, o supermercado – que antes imprimia cerca de 60 mil folhetos semanais – passa a economizar entre 90% da sua despesa com material impresso, o que significa 50% da receita dos custos de marketing do estabelecimento. Além disso, são menos 480 kg de papel descartados no meio ambiente todas as semanas.
https://ecoconsciente.com.br/wp-content/uploads/2019/10/tecnologia-para-publicidade-consciente.jpg626940Camila Costa/wp-content/uploads/2018/10/logo_ecoconsciente_negativo-1-300x43.pngCamila Costa2019-10-23 17:40:522019-10-23 17:40:52Rede de supermercado investe em tecnologia para publicidade consciente
As novas soluções surpreendem e prometem fazer a diferença. A casa ecológica é uma grande ideia, criada a prova de desastres e ambientalmente correta. Confira mais na matéria:
Casas têm formato de cúpula geodésica, resistente a tempestades e ventos fortes, e são feitas de biocerâmica, material resistente ao fogo e que reflete calor.
A empresa americana Geoship desenvolveu uma casa que promete ser sustentável, mais barata e à prova de desastres.
As casas criadas pela empresa são em formato de cúpula geodésica, estrutura arquitetônica usada desde a Antiguidade que consiste em uma forma esférica e barras que formam triângulos. Segundo os fabricantes, esse formato tem propriedades aerodinâmicas que são capazes de aguentar fortes tempestades e rajadas de ventos intensos.
A Geoship também afirma que suas casas geodésicas são resistentes a terremotos. Eles dizem que as junções das colunas com as vigas são pontos vulneráveis em construções tradicionais. Mas os domos de biocerâmica não têm essas conexões, portanto os painéis não se desfazem durante um abalo sísmico.
A construção ainda é à prova de enchentes, já que a biocerâmica é pouco porosa e absorve somente de 2 a 3% de seu próprio peso. O concreto, por outro lado, absorve 20% de seu peso.
As residências são construídas a partir de biocerâmica, material fabricado a partir de minerais e que já é usado há muito tempo em próteses dentárias e ósseas. A biocerâmica também tem as vantagens de ser resistente ao fogo e de refletir cerca de 80% do calor do Sol, reduzindo a necessidade de uso de ar condicionado ou ventiladores quando o clima está quente. A casa também tem aberturas que ajudam o ar entrar e circular, tornando-a ainda mais fresca.
Além disso, o fabricante afirma que as casas emitem menos CO2 em sua produção do que uma residência construída de maneira convencional, e os painéis de biocerâmica que formam a estrutura da residência também sequestram CO2 da atmosfera. A Geoship alega que está estudando se as casas geodésicas podem ser carbono negativas, ou seja, absorver mais gás carbônico do que ela emite em sua construção.
O formato em domo usa metade do material necessário se comparado com uma casa tradicional no formato “retangular”, com a mesma metragem de área útil. Ou seja, também é mais barata para construir.
A ideia de usar o domo geodésico aplicado na habitação foi popularizada pelo arquiteto, designer e inventor americano Buckminster Fuller, que morreu em 1983. Mas o conceito não foi para frente na época.
Segundo reportagem da revista Fast Company, o projeto da Geoship chamou a atenção da Zappos, fabricante de sapatos baseada em Las Vegas, que fechou um acordo com a empresa de arquitetura para desenvolver uma comunidade de casas geodésicas na cidade para ofertá-las gratuitamente para pessoas sem-teto.
A empresa está levantando fundos para começar a construção de suas casas geodésicas, o que deve acontecer daqui a cerca de dois anos. As residências custarão entre US$ 55 mil e US$ 250 mil, dependendo do tamanho.
Transformar uma atitude em um hábito é difícil, porém muito necessário quando se trata de cuidar melhor do nosso planeta. Ideias para produzir menos lixo são importantes para a qualidade de vida, hoje e nas próximas gerações. Confira a matéria:
O
crescimento do lixo é o reflexo do nosso aumento de consumo. Quanto mais
adquirimos mercadorias, mais embalagens descartamos.
Os meios de comunicação frequentemente nos
chamam a atenção sobre esse problema, buscando conscientizar a população a
produzir menos lixo, mas, ainda há muito a ser feito.
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), para acomodar os 7,6
bilhões de moradores do mundo, suprir o uso de recursos e absorver o lixo
gerado, seria necessário 70% de outro planeta Terra.
Algumas organizações e empresas têm se manifestado para a conscientização da
necessidade da redução do lixo, como a UCO Gear,
empresa especializada em produtos para camping, que criou há quatro anos um
desafio na internet. Neste desafio, as pessoas recolhem o lixo dos locais
públicos e postam fotos mostrando o antes e depois da limpeza.
O “Trashtag Challenge”, ou
“Desafio do Lixo” viralizou nas redes sociais com a hashtag –
#trashtagchallenge. O desafio tem o intuito de conscientizar as pessoas sobre o
lixo que produzem e como elas lidam com ele, além de incentivá-las a manter os
locais públicos limpos.
Imagem: VnExpress
O volume de lixo gerado em todo o mundo é
imenso, e a única forma de solucionar esse problema é repensar formas mais
responsáveis de consumo.
Neste post daremos 10 dicas de como produzir menos
lixo e ajudar o meio ambiente.
1 –Cuidado
com o lixo eletrônico
Estima-se que o mundo produzirá 120 milhões
de toneladas de lixo eletrônico por ano até 2050.
O descarte do lixo eletrônico em 80% dos
casos é realizado de forma inadequada. São levados para aterros, onde ficam
expostos a céu aberto, contaminando solos e lençóis freáticos e, expõem a
população à substâncias perigosas como mercúrio, chumbo e cádmio.
Uma opção para realizar o descarte de
maneira adequada é devolver ao fabricante. Algumas empresas já possuem sistema
de coleta de e-lixo residencial, como Dell, Apple e Epson. Outra opção é fazer
doações para instituições de caridade, ongs e museus, como em caso de
computadores que estejam em boas condições.
2 – Use a criatividade e reutilize
Existem diversas maneiras de reutilizar objetos
e embalagens. Com habilidade manual e criatividade, você pode pintar, revestir
e enfeitar as caixas de leite, latas de alimentos e entre outros recipientes,
para fazer porta-trecos, vasos e potes de mantimentos.
Até aquele café que acabou de ser passado
pode ser reutilizado. Ao invés de jogar a borra fora, use para o crescimento
sadio das plantas e como repelente contra insetos.
3 – Dê preferência para hortas e feiras
As feiras livres possuem uma oferta maior de diversidade de
alimentos in natura que tendem a estar mais frescos, e
diferente dos industrializados, eles não geram tanto consumo de embalagens e
ainda deixam você mais saudável.
Com essas atitudes, além de reduzir a quantidade de embalagens, está ajudando a contribuir para a economia local.
4 – Reduza o uso de sacolas plásticas
Quando for às compras opte por sacolas
sustentáveis como ecobags, caixa de papelão ou até sacolas biodegradáveis. Mas
se não for possível, evite colocar os produtos em muitas sacolas. Recicle as
que você usa e dê funções à elas, como no uso das lixeiras de casa.
5 – Atenção às embalagens
Dê atenção para as informações nos rótulos!
Verifique se as embalagens podem ser recicladas e se a empresas buscam ações em
prol da preservação do meio ambiente.
Busque por opções de “rótulos verdes” e
selos como:
Símbolo da reciclagem: indica que a embalagem poderá ser reciclada.
Selo da FSC: atesta que o papel foi retirado de fontes controladas ou reflorestadas.
Selo de orgânicos: atesta a não utilização de pesticidas e outros produtos químicos em sua produção.
Selo Fair Trade: certifica que foi estabelecido um preço justo, estabelecendo condições de equilíbrio para o desenvolvimento sustentável.
6 – Descubra novas receitas e reduza o desperdício
Procure receitas que utilizem o máximo de
todos os alimentos, como as cascas, sementes e folhas. Um exemplo é a abóbora e
a batata que podem ser consumidas com casca.
Ao ir às compras, compre apenas o que irá
consumir, assim estará evitando o desperdício e o acúmulo de lixo
orgânico.
7 – Diga não aos objetos descartáveis
Opte por garrafinhas, canecas, copos e até
canudos sustentáveis ao invés dos descartáveis. O consumo de plásticos
descartáveis é um dos maiores males do meio ambiente.
Evite também o uso de papel toalha e lenços
de papéis, e passe a carregar toalhinhas para ir a academia ou correr.
8 – Recicle
É importante checar com a prefeitura se o
seu município tem coleta seletiva, quais os horários e a forma da coleta.
A reciclagem é um importante processo para
redução da quantidade de lixo no planeta, beneficiando não só o meio ambiente
com a diminuição da poluição do solo, do ar e da água, mas também a saúde
pública e gerando renda para catadores.
9 – Alugue ou pegue emprestado
Se você vai realizar algum projeto e será
necessário usar apenas uma vez alguns acessórios como furadeira, equipamentos
de reformas, utensílios para cozinha entre outros, opte por alugar ou pegar
emprestado. Isso evita que mais embalagens sejam utilizadas.
10 – Consuma de forma consciente e sustentável
Parece óbvio, mas é importante relembrar!
Repensar nossos hábitos de consumo é se
atentar para a real necessidade do que consumimos e os impactos que nossas
ações causam ao meio ambiente.
O consumo consciente e sustentável visa
mostrar que os recursos naturais não são infinitos e que devem ser explorados
com responsabilidade. Escolher produtos e serviços de empresas conscientes, que
prezam pelo meio ambiente, economizar em energia e água são algumas ações que
podem ser tomadas.
A marca ämboc traz em sua essência, a sustentabilidade. Todas as nossas camisetas são
confeccionadas com tecidos 100% sustentáveis, como o algodão orgânico e tecido
feita com garrafa pet reciclada.
Sendo uma marca consciente com a natureza,
o nosso papel é promover a sustentabilidade e mostrar que é possível ajudar o
meio ambiente e ainda sim usar camisetas estilosas e confortáveis.
Modificar nossos hábitos não é uma tarefa fácil, leva tempo e amadurecimento, porém com esforço de cada um é possível transformar e obter uma melhor qualidade de vida, tanto para a sociedade atual quanto para gerações futuras.
https://ecoconsciente.com.br/wp-content/uploads/2019/06/img-1-1.png454680Camila Costa/wp-content/uploads/2018/10/logo_ecoconsciente_negativo-1-300x43.pngCamila Costa2019-06-18 14:41:002019-06-18 14:47:2110 formas de produzir menos lixo
A energia limpa é muito importante para a proteção do meio ambiente, garantindo a sustentabilidade do planeta e a qualidade de vida das pessoas. As principais fontes de energia limpa são: hidrelétrica, eólica e solar.
Na matéria a seguir observamos que fontes de energia limpa vêm ganhando espaço no mundo. Confira:
FRANKFURT (Reuters) – A energia limpa está no caminho para ultrapassar o carvão como principal fonte de energia da Alemanha neste ano, com as fontes renováveis atingindo um recorde de 38 por cento do consumo de eletricidade do país, dois por cento a mais do que em 2017, disseram dois grupos do setor de energia nesta quinta-feira.
As estimativas do grupo BDEW e do instituto de pesquisa ZSW confirmam a suas previsões de novembro, que projetaram um aumento da fatia da energia limpa no consumo de eletricidade.
A produção de energia renovável como uma categoria única tem se aproximado da participação de combustível fósseis individualmente na Alemanha desde que o país começou a depender mais da energia eólica e solar na última década.
A contribuição dos renováveis é politicamente significativa na maior economia europeia, que pretende que a fatia da energia limpa alcance 65 por cento até 2030.
Os números finais a cada ano dependem dos padrões climáticos, que precisam gerar ventos rápidos e sol o suficiente para dar combustível a turbinas eólicas e painéis solares.
Uma seca duradoura desde a primavera de 2018 na Europa resultou em uma queda na produção de energia hidrelétrica em 16 por cento na comparação anual, um total de 17 bilhões de kWh, destacaram os dois grupos em comunicado.
Porém a expansão da produção a partir de fontes renováveis como um todo continuou, permitindo a energia limpa a superar a fatia de carvão importado e carvão marrom doméstico, que juntos somaram 36 por cento do consumo de energia nos nove primeiros meses do ano.
https://ecoconsciente.com.br/wp-content/uploads/2018/12/materia-eco.jpg407800Camila Costa/wp-content/uploads/2018/10/logo_ecoconsciente_negativo-1-300x43.pngCamila Costa2018-12-20 14:58:282018-12-20 16:41:26Energia limpa pode superar uso de carvão na Alemanha até o fim do ano
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