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Centro de Inovação em Novas Energias é criado em São Paulo

Uma nova parceria anunciada nesta semana pretende colocar o Brasil entre a vanguarda das pesquisas em novas fontes de armazenamento de energia e conversão de energia limpa.

Publicado em 28 de maio. 

A criação do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE) é resultado de uma parceria que envolve as universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e de São Paulo (USP), o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e a empresa Shell.

O objetivo do CINE é desenvolver novos dispositivos de armazenamento de energia com emissão zero de gases de efeito estufa (ou próximo de zero) e que utilizem como combustível fontes renováveis, além de novas rotas tecnológicas para converter metano em produtos químicos, entre outros objetivos. O centro receberá investimento de R$ 110 milhões em cinco anos.

A Unicamp, USP e Ipen aportarão R$ 53 milhões como contrapartida econômica, na forma de salários de pesquisadores e de pessoal de apoio, infraestrutura e instalações. A Shell aportará um total de até R$ 34,7 milhões, enquanto a FAPESP reservou um investimento de R$ 23,14 milhões.

Transferência de tecnologia

O CINE terá quatro divisões de pesquisa, com sedes na Unicamp (Armazenamento Avançado de Energia e Portadores Densos de Energia), na USP (Ciência de Materiais e Químicas Computacionais) e no Ipen (Rota Sustentável para a Conversão de Metano com Tecnologias Químicas Avançadas), e que desenvolverão, ao todo, 20 projetos.

missão do centro será produzir conhecimento na fronteira da pesquisa e, paralelamente, transferir tecnologia para o setor empresarial. As pesquisas poderão gerar resultados que serão usados pela Shell para gerar startups ou firmar parcerias com outras empresas.

A FAPESP já apoia Centros de Pesquisa em Engenharia em parceria com as empresas GSK, com sedes na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e no Instituto Butantan; outro com a Shell, instalado na Escola Politécnica da USP; com a Peugeot Citroën, na Unicamp; e mais um com a Natura, na USP.

Estão em vias de serem constituídos outros centros em parceria com: Embrapa, em mudanças climáticas; Statoil, em gerenciamento de reservatórios e produção de petróleo e gás; Usina São Martinho, em medidas sustentáveis para o controle de doenças que afetam a cana-de-açúcar; Koppert, no controle biológico de pragas.

Créditos da imagem: Divulgação.

Créditos da matéria: Site Inovação Tecnológica.

Confira a matéria na íntegra.

CPFL Energia irá investir mais de R$ 8 milhões em projeto na Unicamp

Além de gerar economia de energia de 1.065 MWh ao ano, Projeto Campus Sustentável prevê a instalação de minicentro de operação, plantas solares e gestão energética baseada na Internet das Coisas.

CPFL Energia anunciou que irá investir, ao longo de três anos, R$ 8,1 milhões no Projeto Campus Sustentável da Unicamp.

O montante abrange uma série de projetos de Pesquisa & Desenvolvimento e Eficiência Energética que irão proporcionar à universidade a Geração RenovávelEficiência e Monitoramento e Gestão do Consumo de Energia. O projeto faz parte do esforço proposto pela Aneel para reduzir os gastos com energia das Universidades Públicas.

Segundo levantamento realizado pelo Ministério da Educação, a conta de luz das instituições de ensino superior públicas custa cerca de R$ 500 milhões anuais. Na Unicamp, essas despesas chegam a R$ 25 milhões ao ano, e correspondem a 25% do custeio da universidade.

Parte considerável desse aporte deve-se ao uso de equipamentos ineficientes e práticas inadequadas de instalação, uso e manutenção de aparelhos eletrônicos. Para combater essas questões na Universidade, a empresa irá desenvolver uma série de iniciativas que devem gerar uma economia de energia de 1.065 MWh ao ano. Está prevista, por exemplo, a implantação de um minicentro de operação e monitoramento da rede elétrica, que irá supervisionar os transformadores de energia e unidades de ensino e pesquisa.

Essas medições em tempo real possibilitarão um acompanhamento minucioso do consumo energético e identificação de pontos de perdas na universidade. Outra frente do projeto é a geração fotovoltaica, através da instalação de seis plantas solares, com 570 kWp de potência instalada, distribuídas por todo o campus e que irá diminuir a compra de energia da universidade e incentivar a cadeia produtiva e difusão da energia solar no país. Os equipamentos de ar condicionado também irão receber atenção especial, já que 40% do consumo de energia da Universidade será para climatização de ambientes.

A substituição de 160 equipamentos por modelos mais eficientes, na Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM), ajudará na redução do consumo de energia, além de serem opções mais sustentáveis. Já uma das grandes novidades do projeto é a gestão energética baseada na Internet das Coisas (IoT). Será desenvolvida uma ferramenta inovadora para Gestão de Energia na FEM, que aplicará Internet das Coisas para monitorar em tempo real a utilização de energia elétrica em salas e prédios, de acordo com a utilização dos espaços pelos usuários e condições ambientais. A intenção é otimizar o uso da energia, associado ao bem-estar pessoal e funcional dos frequentadores dos espaços.

Por fim, com o intuito de consolidar e ampliar iniciativas na área de formação e divulgação da eficiência energética, conservação da energia e geração distribuída, serão instituídos uma série de cursos de graduação, pós-graduação e extensão. Também serão oferecidas palestras para técnicos responsáveis pela operação e manutenção da rede e dos equipamentos elétricos da universidade, bem como para a comunidade, professores, funcionários e alunos, nos temas de eficiência energética, conservação de energia e geração distribuída sustentável.

Além disso, será publicado um livro ao final do projeto, consolidando toda a experiência adquirida nos temas desenvolvidos. Além de gerar economia, contribuir para tornar a Unicamp referência em eficiência energética e colaborar para a expansão da cultura do consumo consciente de energia, o Projeto Campus Sustentável estará integrado a outras iniciativas da CPFL Energia que tornam o distrito de Barão Geraldo, em Campinas, laboratório vivo de inovação no setor elétrico.

“Nossa relação com a Unicamp é de longa data e a universidade sempre foi parceira das iniciativas de pesquisa da Companhia. O Projeto Campus Sustentável agora torna a instituição o coração deste laboratório vivo em energia que desenvolvemos em Barão Geraldo”, explicou Renato Povia, gerente de inovação da CPFL Energia.

A região concentra diversas iniciativas de inovação da companhia, como o projeto de mobilidade elétrica Emotive, o P&D de geração fotovoltaica Telhados Solareso projeto de Redes Inteligentes e, mais recentemente, os estudos em armazenamento de energia e desagregação do consumo.

Créditos da matéria: Canal Energia

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