Equatorial anuncia projeto de mobilidade elétrica para cinco estados

Capital do Piauí ganhará primeira ponto de recarga e posto de acomodação para bicicletas e carros elétricos, também previstos para o Maranhão, Pará, Alagoas e no Campus da UFMS no Mato Grosso do Sul

O Grupo Equatorial Energia anunciou seu primeiro projeto de mobilidade elétrica no estado do Piauí, formalizando uma parceria com a Prefeitura Municipal de Teresina para instalação de uma estação de carregamento e um posto de acomodação para bicicletas e carros elétricos na cidade, até o mês de novembro.

A iniciativa acontece por meio do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Aneel e integra um aporte de R$ 19 milhões destinados a projetos iguais para o Maranhão, Pará, Alagoas e no Campus da UFMS no Mato Grosso do Sul, contando com investimentos de outras nove empresas do setor elétrico, representadas pela Global Participações em Energia.

Segundo a companhia, o ponto de recarga e o posto serão instalados primeiramente no Parque da Cidadania, localizado no centro da capital piauiense. O objetivo é avaliar o uso desses veículos pela comunidade frente ao cenário atual de mobilidade urbana.

Dez bicicletas elétricas serão disponibilizadas para uso da população como alternativa de locomoção e lazer, na forma de compartilhamento via aplicativo de celular. Um carro elétrico também será doado e ficará a cargo do poder público para ronda policial.

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Sanepar usa energia renovável para secar lodo de esgoto

Sanepar está implantando um novo sistema de secagem do lodo gerado na estação de tratamento de esgoto (ETE) Atuba Sul, em Curitiba, que utiliza biogás e biomassa como fonte de energia.

Além de ser mais econômico, o novo processo traz benefícios ambientais. Graças à essa tecnologia, a Sanepar deixará de enviar para aterro sanitário todo mês cerca de 3.800 toneladas do lodo gerado na maior estação de esgoto do estado.

No sistema convencional atual, que utiliza centrífuga, o lodo sai com cerca de 80% de umidade. No novo processo, ele passará por um sistema de secagem térmica, que o deixará com apenas 20% de umidade. Depois, irá para um gerador de calor que efetuará sua conversão térmica.

Assim, haverá uma redução de mais de 90% no volume do produto. Esse processo de secagem é ambientalmente sustentável por usar o gás gerado na estação, chamado de biogás, além da biomassa, que irá produzir mais calor, num sistema de autoalimentação.

Outra vantagem é que a secagem térmica elimina os micro-organismos patogênicos presentes no lodo, substituindo o uso de cal na higienização do material.

“A Sanepar vem buscando eficiência em todos os processos e sempre associando essa eficiência com a proteção ambiental. Na ETA Atuba Sul, estamos implantando um processo inovador baseado em conceitos de eficiência energética e economia circular”, diz o diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile.

Com a conclusão das obras do sistema de secagem térmica, a operação deverá ter início no segundo semestre deste ano. A ETE Atuba Sul recebe o efluente doméstico de mais de 800 mil pessoas.

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Nova Promessa da Tecnologia Fotovoltaica

Descubra por que as células solares de perovskita podem ser o futuro da energia solar – e quais são os entraves.

perovskita é um mineral de óxido de cálcio e titânio, com a fórmula química CaTiO3. O mineral foi descoberto nos Montes Urais da Rússia por Gustav Rose em 1839 e deve o seu nome ao mineralogista russo Lev Perovski (1792-1856).

Os termos perovskita e estrutura de perovskita são frequentemente usados ​​alternadamente, mas enquanto a verdadeira perovskita é formada de cálcio, titânio e oxigênio na forma CaTiO3, uma estrutura de perovskita é qualquer coisa que tenha a forma genérica ABX3 e a mesma estrutura cristalina da perovskita (o mineral).

A maneira mais simples de descrever uma estrutura de perovskita é como uma célula unitária cúbica com átomos de titânio nos cantos (cinza), átomos de oxigênio nos pontos médios das bordas (verde e azul) e um átomo de cálcio (roxo) no centro. Tons escuros são usados ​​para indicar camadas mais atrás.

O arranjo da rede perovskita pode ser descrito como um grande cátion atômico ou molecular (positivamente carregado) do tipo A no centro de um cubo. Os cantos do cubo são então ocupados por átomos B (também cátions com carga positiva) e as faces do cubo são ocupadas por um átomo menor X com carga negativa (ânion).

Dependendo de quais átomos ou moléculas são usados ​​na estrutura, as perovskitas podem ter um conjunto impressionante de propriedades interessantes, incluindo “magnetorresistência colossal” – sua resistência elétrica muda quando elas são colocadas em um campo magnético (o que pode ser útil para microeletrônica).

Algumas perovskitas funcionam como supercondutores, o que significa que podem conduzir eletricidade sem nenhuma resistência. Esse material exibe muitas outras propriedades interessantes e intrig

antes: ferroeletricidade, ordenação de carga, alta termeletricidade e a interação de propriedades estruturais, magnéticas e de transporte são características bastante observadas nesta família. Por isso, oferece oportunidades estimulantes para físicos, químicos e cientistas materiais.

Sistemas fotovoltaicos

A aplicação de perovskita como células solares é proeminente, uma vez que as sintéticas são reconhecidas como materiais de base para fotovoltaicos de baixo custo e alta eficiência. Especialistas preveem que o mercado de células fotovoltaicas de perovskita chegará a 214 milhões de dólares em 2025.

Em 2016, a Unicamp foi a primeira instituição a produzir células solares de perovskita no Brasil. O material, que vem sendo pesquisado pela ciência desde a década de 1960, mas que apenas recentemente teve a aplicação voltada para a geração de energia solar, é uma alternativa mais acessível e eficiente ao silício, empregado amplamente em sistemas fotovoltaicos.

Especialistas acreditam que o uso do material em sistemas fotovoltaicos resultará em maior eficiência energética e abrirá um um mercado altamente competitivo, reduzindo o valor dos painéis solares. Além disso, as células solares de perovskita oferecem atributos adicionais como flexibilidade, semitransparência, filme fino, peso leve e baixos custos de processamento.

As perovskitas oferecem uma vantagem significativa sobre o silício em aplicações fotovoltaicas, uma vez que as perovskitas reagem a uma gama mais ampla de frequências de luz visível, o que significa que convertem mais luz solar em eletricidade do que o silício.

A tecnologia, no entanto, ainda não está totalmente pronta comercialmente e as células solares de perovskita deverão enfrentar vários desafios antes que o sucesso comercial possa ser alcançado.

Entre essas questões estão a durabilidade, estabilidade, a pouca estabilidade das células em ar úmido e o risco de que esses dispositivos possam liberar chumbo, um elemento altamente tóxico, para o meio ambiente.

Luz azul é enorme progresso para LEDs baseados em perovskita

Em 2021, pesquisadores da Linköping University, Suécia, desenvolveram diodos emissores de luz azul eficientes baseados em perovskitas de haleto. Os novos LEDs podem abrir caminho para uma iluminação acessível e com baixo consumo de energia.

A iluminação é responsável por cerca de 20% do consumo global de eletricidade, número que poderia ser reduzido para 5% se todas as fontes de luz consistissem em diodos emissores de luz (LEDs). Os LEDs branco-azulados atualmente em uso, no entanto, exigem complexos métodos de fabricação e, ainda por cima, são caros, o que torna mais difícil alcançar uma transição global.

LEDs fabricados a partir de perovskitas halogenadas podem ser uma alternativa acessível e sustentável para monitores de iluminação e baseados em LED. Usando elementos do grupo halogênio, isto é, flúor, cloro, bromo e iodo, o material pode receber propriedades que dependem da composição química do cristal.

Já foram criados LEDs para luz verde e vermelha com perovskitas, mas ainda faltava uma cor: a azul. Segundo Feng Gao, professor do Departamento de Física, Química e Biologia da Universidade de Linköping, a luz azul é a chave para trazer as perovskitas emissoras de luz para aplicações práticas.

O desafio de criar luz azul nesse material é que ele requer uma composição química com uma grande fração de cloreto, o que o torna instável. LEDs baseados em perovskita azul foram criados anteriormente com o uso do que é conhecido como “técnica de confinamento quântico”, que fornece LEDs de baixa intensidade com baixa eficiência.

Entretanto, perovskitas estáveis ​​com a quantidade desejada de cloreto podem ser criadas com o auxílio da “técnica de cristalização assistida por vapor”. Além disso, os pesquisadores da Linköping University alcançaram uma eficiência energética de até 11% para os LEDs azuis baseados em perovskita.

A ciência das perovskitas é um campo de pesquisa relativamente novo que tem despertado grande interesse internacional, porque oferece um grande potencial para o desenvolvimento de materiais baratos e eficientes. Porém, os pesquisadores apontam a necessidade de mais estudos para que as aplicações possam ser feitas.

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Gigante de motores a diesel planeja futuro com tecnologia de emissão zero

A Cummins é uma das principais fabricantes de motores a diesel para serviços pesados, mas a empresa está se preparando para um futuro de zero emissões com grandes planos para fornecer sistemas de energia elétrica a hidrogênio e eletrolisadores que produzem combustível limpo. Embora seu principal mercado seja o de caminhões, trens e ônibus parecem uma maior oportunidade comercial no curto prazo.

A fabricante de Columbus, no estado de Indiana, que fornece motores a diesel para barcos, picapes pesadas, caminhonetes e ônibus, traçou uma estratégia abrangente em sua apresentação denominada “Dia do Hidrogênio”. O objetivo é ter uma produção inteira a partir de células de combustível, sistemas de energia estacionários, tanques de combustível e eletrolisadores para ajudar as empresas a gerar seu próprio hidrogênio. O presidente e CEO, Tom Linebarger, disse à Forbes que a Cummins está testando grandes plataformas movidas a gás, mas espera que as operadoras de trânsito e as siderúrgicas que precisam reduzir suas emissões de carbono sejam os melhores mercados iniciais.

“Todo mundo sabe que precisamos sair dos combustíveis fósseis. A questão é quando a economia dará certo por causa de regulamentações? Ela dá certo atualmente apenas para áreas subsidiadas”, afirma o presidente. “Trens e ônibus são o foco, pois há um percurso definido. Ou seja, uma estação de abastecimento é instalada a cada extremidade do trajeto e isso é suficiente. Ao invés de várias estações, queremos o uso constante de algumas.”

O foco da Cummins no hidrogênio surge à medida que o investimento em combustível elementar aumenta em toda a indústria de transporte. Carros com células de combustível de hidrogênio com emissão zero de Toyota, Honda, Daimler e Hyundai estão em uso há mais de uma década. No entanto, o aumento dos carros elétricos a bateria patrocinados pela Tesla, de Elon Musk, e um número limitado de postos de combustível de hidrogênio tornaram a tecnologia menos atraente para veículos de passageiros. Mas ainda assim, o peso mais baixo e o tempo de reabastecimento rápido que os sistemas de energia de célula de combustível de hidrogênio oferecem em relação às baterias os tornaram cada vez mais atraentes para veículos pesados. Planos multibilionários estão tomando forma nesse setor, liderados por Toyota, Hyundai, Daimler e a startup Nikola, e a Cummins vê uma grande oportunidade de ser um fornecedor importante.

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Semi-caminhão movido pelo sistema de célula de combustível da Cummins

As células de combustível geram eletricidade sob demanda, tendo apenas água como subproduto e apontadas como uma opção de veículo limpo por décadas, embora altos custos, durabilidade e falta de postos de combustível de hidrogênio tenham limitado seu apelo. Embora Musk tenha criticado duramente o hidrogênio por anos, reclamando de sua ineficiência em relação às baterias, um número crescente de fabricantes vê um potencial significativo para a tecnologia, especialmente à medida que a produção de hidrogênio de fontes renováveis, em vez de gás natural, se torna viável.

Sobre a visão de Musk, “eu diria apenas que aqueles que têm apenas uma resposta, irão defendê-la até o fim”, disse Linebarger. Além disso, tanto para armazenamento de energia em grande escala como para aplicações industriais, haverá um grande aumento no uso nos próximos anos. “O hidrogênio será usado tanto em siderurgia e no refino de petróleo como no transporte. E esse problema não será resolvido com baterias.”

As vendas de equipamento eletrolisador para produzir hidrogênio devem chegar a US$ 400 milhões anuais até 2025, segundo a Cummins.

O cenário político também interfere no desempenho da companhia e ela pode se beneficiar com a eleição de Joe Biden como novo presidente dos Estados Unidos. O democrata prioriza políticas que cortam as emissões de carbono e promove o maior uso de veículos elétricos para ajudar a enfrentar as mudanças climáticas, enquanto Donald Trump focou priorizou energia fóssil e eliminou regras rígidas de economia de combustível. No entanto, a Cummins ainda não teve uma discussão formal com a nova administração sobre a tecnologia do hidrogênio.

Como a empresa detém de sistemas elétricos a diesel e a bateria, bem como o hidrogênio, “nossa ideia é tentar ser o mais honestos possível sobre o que cada uma das tecnologias oferece”, diz Linebarger. “Já fiz contato com o governo Biden e continuamos a defender a ideia.”

Por fim, a Cummins fornecerá motores a hidrogênio para caminhões pesados. O mercado, no entanto, levará mais tempo para se desenvolver, pois é necessária uma redução de custos adicionais para atingir a paridade com os sistemas de energia a diesel, diz Amy Davis, que lidera a nova divisão de energia da empresa.

célula de combustível Cummins

Teste de veículos movidos a hidrogênio usando sistema de célula de combustível Cummins

“É por isso que nos concentramos no mercado de trens onde a força e os custos de combustível representam 50% dos gastos operacionais totais e são muito mais baixos do que o mercado de caminhões pesados, que está acima de 80%”, disse Amy. A empresa fez parceria com o conglomerado industrial europeu Alstom para fornecer um sistema de energia de célula de combustível para o trem de passageiros Coradia iLint que já está operando na Alemanha.

Em relação aos caminhões, Amy aponta que “os trens operam em rotas fixas e exigem menor infraestrutura em termos de reabastecimento de hidrogênio, um fator importante”. Além disso, segundo ela, “há um apoio oferecido aos subsídios públicos e o custo incremental para comprar um trem a hidrogênio é menor do que o custo de transformar as ferrovias. Todas essas questões geram taxas de adoção variadas, com maior adesão de trens e ônibus nos primeiros anos e, a longo prazo, a produção de caminhões pesados.”

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Programa Mais Luz para a Amazônia usará solar FV em áreas remotas

A primeira região contemplada será a de Marajó, no Pará, que incluirá na rede 42 mil pessoas até 2022.

O programa federal Mais Luz para a Amazônia autorizou o início da implantação de sistemas isolados com energia solar fotovoltaica. O primeiro contrato foi para a distribuidora paraense, a Equatorial Energia Pará, assinado dia 9 de outubro, que passará a implantar as usinas FV em áreas remotas de comunidades na região de Marajó.

A Equatorial vai dar início aos projetos ainda neste ano, e o objetivo é fazer, até 2022, 10 mil ligações de famílias que hoje não estão conectadas à rede, o que abrangerá cerca de 42 mil pessoas. As obras e serviços envolverão investimentos de R$ 400 milhões.

Criado em fevereiro de 2020, o programa Mais Luz para a Amazônia tem a meta de atender 350 mil pessoas, com 82 mil ligações, na região Norte do País, com investimentos totais de R$ 3 bilhões. A partir da instalação da energia elétrica, cuja escolha recaiu sobre a solar FV, a ideia é que as comunidades passem a receber as demais políticas públicas, como a construção de postos de saúde, escolas e outras ações.

O programa atenderá a população residente em regiões remotas dos estados que compõem a Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Tocantins e Maranhão. A primeira localidade contemplada com uma miniusina será a reserva extrativista Renascer, onde até o fim do ano 205 famílias, com 820 pessoas, passarão a contar com energia solar.

As distribuidoras, para implantar os sistemas, contam com recursos do BNDES, com prazos de vinte anos de financiamento, incluindo cinco anos de carência. A depender da situação, o investimento pode ser a fundo perdido.

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Projeto Aguaduna inaugura nova geração de cidades inteligentes e sustentáveis

Inteligência artificial, tecnologias e sustentabilidade. Confira na matéria como o projeto Aguadura, cidade inteligente, colabora para o meio ambiente e o futuro.

O projeto Aguaduna implementa um modelo inovador de cidade, dedicado a recuperar o equilíbrio entre a sociedade e a natureza a fim de melhorar a qualidade de vida de seus habitantes e preservar o entorno. Localizado no município de Entre Rios, no litoral norte Bahia, o projeto binacional, concebido na Espanha e no Brasil, tem obras previstas para serem iniciadas no segundo trimestre de 2021. Entre os principais pilares está a economia circular, voltada para reduzir resíduos e a poluição do sistema, prolongar a vida útil de produtos e materiais e regenerar os sistemas naturais – por meio do uso de energia renovável, do tratamento correto de efluentes, reúso e captação de águas pluviais.

A iniciativa é de propriedade da empresa de capital espanhol Naurigas Emprendimientos, com participação das famílias Matutes Mestre y Espallargas, e desenvolvida pela empresa espanhola Seed Global Advisoring (SGA). O projeto também conta com parceria estratégica e investimentos da Siemens, além de outras empresas de inovação.

Para melhorar a qualidade de vida nas cidades e preservar o equilíbrio com a natureza e a cultura local, o projeto Aguaduna utiliza a tecnologia e a conectividade em benefício da população. Cerca de 380 mil pessoas, abrangendo a população de Entre Rios e redondezas, serão beneficiadas com o empreendimento.

Apenas 14% do terreno será ocupado por estradas e edificações, de modo que os 86% restantes serão superfícies permeáveis, sendo 37% composto por áreas protegidas (Mata Atlântica, lagoas naturais e dunas) e 49% formado por áreas verdes, parques e espaços verdes urbanizados.

Aguaduna reunirá em um mesmo complexo unidades residenciais, um pólo de geração de inovação, espaços destinados à educação e capacitação profissional e instalações turísticas. Devido aos investimentos no âmbito social para a região, o projeto atraiu o apoio do poder público local, por meio de um protocolo de intenções assinado com o governo do Estado da Bahia em 10 de dezembro de 2019.

Outros pilares incluem a criação de empregos ligados à inovação, em setores como IoT – Internet das Coisas e a gestão de dados em larga escala, e a priorização de modais alternativos de transporte, com meios de locomoção autônomos, compartilhados e não poluentes.

A Siemens será responsável pela implementação de soluções e tecnologias com o desenvolvimento de serviços digitais e o uso de big data. Esses avanços também serão implementados em áreas como eletrificação, gerenciamento de resíduos, segurança e mobilidade. O CEO da Smart Infrastructure da Siemens no Brasil, Sérgio Jacobsen, explica que dentre o portfólio da Siemens para Smart Cities, as soluções de destaque no projeto são os produtos e soluções para tecnologia predial, infraestrutura de carregamento elétrico para veículos e geração distribuída por meio de microrredes de energia. “Todo esse fornecimento de soluções será monitorado via plataforma de gestão de dados MindSphere. Por meio de big data, vamos garantir uma melhor performance tecnológica para a cidade, garantindo além de eficiência energética, confiabilidade no fornecimento de energia.”

O acordo que selou a participação da Siemens no projeto de Aguaduna teve a colaboração da EAN Energia, consultoria especializada em energias renováveis e que promove o relacionamento, a identificação e a conexão dos parceiros tecnológicos que serão os ativadores do projeto de Aguaduna.

Aguaduna cobrirá uma área total de aproximadamente 1000 hectares. Estima-se que, em um período de 15 anos, acolherá 36.000 residentes – o que, considerando a população atual de Entre Rios, representa um crescimento sustentável de 10% ao ano. Além disso, haverá uma geração estimada de mais de 30.000 empregos para trabalhadores não residentes nas áreas de serviços, comercial, científica, de profissionais de tecnologia, saúde, educação e agronegócio, assim como uma capacidade diária para receber 5500 turistas.

Em relação ao gerenciamento de recursos hídricos, Aguaduna contará com a utilização de águas residuais, captação de águas pluviais para atividades agrícolas, entre outros sistemas. O projeto também contempla uma unidade de biomassa e uma estação de tratamento de efluentes. Site: aguaduna.com.

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Thermo King lança painéis solares adaptados para veículos

 

Tecnologia promete aumento da vida útil da bateria e economia de combustível nos transportes

A Thermo King, que atua no controle de temperatura para o transporte, lançou painéis solares que podem ser instaladas em caminhões de diferentes portes, prometendo aumento da vida útil da bateria em até três vezes e economia de combustível.

Com a intensificação no uso de acessórios que necessitam de energia no interior dos caminhões, como carregador de celulares, rastreadores, climatizadores e até eletrodomésticos, as baterias têm sido mais demandadas. Com a geração solar, consumo de energia pode ocorrer mesmo com o caminhão desligado. Além disso, os painéis facilitam o carregamento total da bateria.

“Percebemos que muitos motoristas de caminhões utilizam televisores e geladeiras dentro dos caminhões. Uma bateria tradicional não é feita para suportar tantos acessórios adicionais. Por meio de baterias que são alimentadas por energia solar, a vida útil aumenta e os motoristas podem utilizar estes aparelhos sem qualquer preocupação”, afirma o executivo de vendas da Thermo King, Leonardo Santanna.

O painéis são produzidos com polímeros flexíveis, que suportam as vibrações e eventuais irregularidades nas pistas, sem comprometer a estrutura e eficiência da geração. Também há menor utilização do motor a diesel e redução da necessidade de partidas dos caminhões. Os painéis têm potências que variam de 25w até 380w. Além dos caminhões e equipamentos de refrigeração, as placas solares também podem ser instaladas em carros, ônibus, barcos, tratores, entre outros.

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Sabesp vai instalar 34 usinas de geração fotovoltaica

O projeto da Sabesp tem medida sustentável que traz benefícios, tais como, economia de até 95% e com fonte de energia infinita, além de não gerar resíduos poluentes e gases causadores do efeito estufa.

Confira a matéria:

No total a geração será de 67 MW de potência instalada nas áreas operacionais disponíveis da companhia.

A Sabesp identificou a oportunidade de promover o aproveitamento energético disponível em suas instalações de maneira inovadora, limpa e renovável com a instalação de usinas solares fotovoltaicas.

No total serão 34 usinas e a geração de 67 MW de potência instalada nas áreas operacionais disponíveis da Sabesp, em sua maioria ETEs – estações de tratamento de esgotos do tipo lagoa de estabilização, que possuem terrenos ociosos. O total corresponde a 4,5% de toda a energia consumida na Sabesp ou o consumo de 65.200 residências.

Os equipamentos são produtores de energia de fonte limpa e sustentável de eletricidade, sem emissão de gases de efeito estufa e com baixo impacto ambiental, contribuindo para a ampliação da produção de energia renovável e diversificação da matriz energética da Sabesp. 

A expectativa é iniciar a produção de energia já no segundo semestre de 2020.

A ETE de Mogi Mirim foi a primeira instalação de saneamento no país a adotar a produção de energia solar em parceria com a Sabesp e a SESAMM – Serviços de Saneamento de Mogi Mirim.

 

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Crise da Covid-19 abre caminho para ônibus elétrico e futuro menos poluído

Devido ao momento atual, crise da Covid-19, ideias precisam ser implementadas. Acelerar alguns dos projetos que contribuirão para sociedade e o meio ambiente. Confira a matéria:

ônibus elétrico

Em maio de 1900, São Paulo inaugurou sua primeira linha de bonde elétrico. Passados 120 anos, os bondes desapareceram de suas ruas, os trólebus viveram auge e declínio, o metrô demorou a aparecer e pouco se expandiu, e os ônibus a diesel e a poluição dominaram a paisagem. Agora, a maior metrópole sul-americana, assim como outras cidades brasileiras, precisa voltar para a eletricidade como principal matriz energética para cumprir o acordo de Paris sobre mudanças climáticas.

Por um lado, a freada brusca de 2020 devido à pandemia do coronavírus deu uma amostra que é possível reduzir a poluição. Por outro, especialistas apontam que agora, com a necessidade dos governos pelo mundo de injetar dinheiro para movimentar a economia, seria o momento certo para acelerar a expansão da chamada eletromobilidade.

“É óbvio que a melhor saída é a eletrificação. Isso globalmente. Além de ser mais solução limpa e barata para o transporte, essa energia vai reduzir os gastos com o já sobrecarregado sistema de saúde, afinal, a poluição reduz pelo menos três anos de vida das pessoas nas grandes cidades”, apontou Carlos Nobre, especialista em aquecimento global e presidente do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas.

Precisamos de mais transporte público e mais transporte elétrico. E que as pessoas também usem carros, bicicletas, patinetes elétricos apenas para percorrer pequenos trechos. Seria algo complementar: uma rede capilar que alimentasse o tronco principal para o transporte de massa. Tudo por eletricidade. André Luis Ferreira, diretor executivo do Instituto de Energia e Meio Ambiente.

Mas o Brasil já parte atrasado para esse destino: tem apenas 28 ônibus a bateria em circulação atualmente. O Chile já conta com mais de mil deles, comprados da China, o país que é a ponta de lança dessa tecnologia.

Os chilenos aplicaram a receita dada pelo Banco Mundial e o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento): as prefeituras compram os veículos elétricos, com financiamento desses organismos multilaterais, e repassam para as empresas se encarreguarem da operação. O Plano Nacional de Eletromobilidade teria como principal palco de exibição a COP (Conferência de Mudança Climática) em 2019 em Santiago, mas a onda de protestos no país fez o evento migrar para a Espanha e a ação de marketing ficou frustrada.

O México e a Colômbia, que também estão à frente do Brasil na utilização após a aquisição de veículos chineses, seguiram a mesma estratégia.

“As indústrias brasileiras de ônibus ganhavam todas as licitações da América Latina, mas nós ficamos para trás na tecnologia elétrica e estamos perdendo espaço para os chineses”, afirma Iêda de Oliveira, diretora da ABVE (Associação Brasileira de Veículos Elétricos) e da Eletra, a principal fabricante brasileira de ônibus elétricos e trólebus.

ônibus elétrico

Futuro eletrizante

A China conseguiu eletrificar totalmente a frota de suas grandes cidades até 2020 (500 mil veículos), aproveitando para reduzir em até 30% a poluição urbana, além de desenvolver a tecnologia e ganhar escala para conquistar mercados pelo planeta. Em 2010, o governo chinês determinou que o transporte elétrico seria um dos 12 setores promissores que o país iria investir para alavancar sua economia. Fizeram uma lei para eletrificar todas as cidades com mais de 100 mil habitantes e cumpriram.

“Foi um pensamento estratégico do governo chinês. Afinal, a eletromobilidade é uma indústria do futuro, diminui a poluição e cria segurança energética, diminuindo a dependência de fontes que são importadas por eles”, analisa Adalberto Maluf, que é presidente da ABVE e diretor de marketing e sustentabilidade da BYD, fábrica chinesa que é a maior produtora mundial de ônibus elétricos.

Os dois acreditam que deveria haver incentivos oficiais para o setor deslanchar. “O BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] deveria ter uma linha de financiamento para acelerar a área. Ainda mais agora que precisamos de uma retomada na economia. O ônibus elétrico não é só uma questão ambiental: é uma questão de sobrevivência para toda uma indústria no país”, analisa Oliveira – o Brasil é o maior fabricante de ônibus da América Latina.

Para Maluf, é difícil falar em investimentos e incentivos fiscais em um momento em que as empresas de transporte urbano estão entrando em prejuízos pela quarentena (caiu 30% da oferta de ônibus e 70% do movimento de passageiros). Mas ele acredita que o caminho está na política local e nas legislações municipais. “O governo federal não tem mostrado interesse ambiental, mas são os prefeitos que estão liderando a agenda climática e fazendo as mudanças. Isso tem acontecido no Brasil, mas também nos EUA”, opina Maluf, que cita o exemplo de Los Angeles, que já tem toda a frota a gás desde o século passado e quer eletrificar tudo até 2030.

Para Paulo Henrique de Mello Sant’Ana, professor do Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal do ABC, é o financiamento público que pode tirar essa tecnologia do papel e dos “projetos-piloto”. “Não tem jeito. O custo inicial agora é muito pesado porque os ônibus elétricos custam mais do que o dobro que os a combustão. Mas o custo de operação é bem mais barato para esse investimento”, afirma Sant’Ana, que fez pesquisa na Universidade de Berkeley (EUA), sobre os modelos de implementação.

O que mais encarece essa tecnologia é a bateria, mas seu preço cai 10% ano a ano devido à escala que a produção vai tomando globalmente. O cálculo de Sant’Ana é que, até 2030, o ônibus elétrico custe o mesmo que um convencional.

ônibus elétrico

Cidades começam a se mexer.

Campinas, por exemplo, criou um corredor de ônibus elétricos, e cidades como São José dos Campos e Salvador vão pelo mesmo caminho. Por sua vez, a prefeitura de São Paulo, com Gilberto Kassab à época, estipulou em 2009 que em dez anos 50% da frota da cidade seria movida sem a utilização de combustível fóssil. Nada andou, e em 2018, o então mandatário paulistano, João Doria, renovou as promessas após a Câmara Municipal criar e aprovar nova lei: em 2028, 50%, e em 2038, 100%, sem estipular quais fontes de energia seriam usadas nem a estratégia financeira para chegar até lá.

Segundo Rafael Calabria, coordenador do programa de mobilidade do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), as discussões estão emperradas. “O cronograma para renovação da frota está em análise desde setembro de 2019. Cobramos providências em janeiro, a resposta só veio em março – às vésperas da quarentena. Se a prefeitura já estava se esquivando antes, imagina agora com a pandemia”, critica Calabria.

Ele lembra que o auxílio de R$ 60 bilhões do governo federal a Estados e municípios, que está sendo discutido no Congresso para combater a crise atual, não detalhe em que áreas serão gastos esses recursos e que, a princípio, prefeitos e governadores é que escolherão onde destinar essa verba.

bonde elétrico

Tudo é passageiro

O bonde elétrico teve tamanha expansão em São Paulo que nos anos 1940 a cidade chegou a contar com 225 quilômetros de extensão (bem maior que os atuais 101 quilômetros do metrô paulistano) – o Rio de Janeiro, que ainda conta com o turístico bondinho de Santa Teresa, tinha naqueles idos quase 500 quilômetros de trilhos.

Em 1968, o bonde paulistano fez sua última viagem. Nessa época, era o trólebus (ônibus com alavancas conectadas a fios) estava em expansão e chegou a ter 343 quilômetros de extensão nas décadas de 1980 e 1990. Hoje em dia, estão por volta de 200 quilômetros, com trechos de fiação sendo arrancados no início do século 20 das avenidas da zona oeste, sul e norte da cidade. “Há muito preconceito com o trólebus. Na época da retirada se argumentou que era estética. Mas o fio que você vê é um sistema muito mais limpa que os poluentes que você não vê e te matam”, argumenta Oliveira.

O transporte da cidade viveu ao sabor das crises energéticas. As linhas de ônibus a combustão ganharam importância quando uma seca entre os anos 1923 e 1924 comprometeu o fornecimento de energia elétrica em São Paulo. Em 1927, a empresa canadense Light apresentou um projeto de construção de metrô, mas a ideia acabou arquivada.

Já o metrô de São Paulo só virou realidade na década de 1970, quando o mundo vivia o período das grandes crises do petróleo. Mas o transporte subterrâneo paulistano cresceu muito devagar e até hoje é pouco extenso comparado com outras metrópoles do mesmo porte, como Nova York, Buenos Aires e Cidade do México.

“A eletromobilidade também tira pressão sobre as tarifas. Você tem a opção de recarregar com energia solar, o que barateia mais ainda”, aponta Maluf. Ele diz que sua empresa apresenta aos clientes a opção de alugar a bateria de lítio e o direito de recarga para facilitar a aquisição e aliviar os custos. Segundo Maluf, isso faz os custos do ônibus elétrico se aproximarem do modelo convencional.

Nessa conta, tem que entrar também a economia em saúde da população. Segundo cálculo do Instituto Saúde e Sustentabilidade, o país perde R$ 54 bilhões entre mortes, internações, custos hospitalares e perda na produtividade devido à poluição. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), este motivo também é a cause de sete milhões de óbitos no mundo anualmente, sendo 50 mil no Brasil (10 mil na Grande São Paulo).

A BYD tem uma fábrica de veículos em Campinas e uma montadora de baterias em Manaus, com 70% dos componentes vindos da China. Já a Eletra possui fábrica no ABC Paulista e uma parceria com a empresa Moura para produzir baterias para seus ônibus elétricos.

“O futuro é ter uma diversidade de fontes de energia para evitar dependências e oscilações. Pode ser ônibus a bateria, trólebus, a gás, biocombustível. E mesmo gasolina ou diesel, para as grandes distâncias. Há ainda os híbridos. Cada tipo tem uma indicação e utilidade. O que não pode é a indústria nacional ficar para trás por falta de financiamento e visão por parte do governo”, criticou Oliveira.

carro elétrico

E os carros elétricos

O presidente e seu filho deputado, Jair e Eduardo Bolsonaro, andaram tuitando no início deste ano que a Tesla, maior fabricante de veículos elétricos do mundo, poderia implantar uma fábrica no Brasil para produzir seus carros por aqui. Mas nada foi confirmado pela empresa, que inaugurou sua primeira unidade fora dos EUA no fim do ano passado, em Xangai, na China, e anunciou planos de expansão para a Europa.

O preço alto (R$ 320 mil é o modelo mais barato) e a necessidade de dar escala à produção (um mínimo de 60 mil unidades por ano) não ajudam para um investimento do negócio no Brasil tão cedo. “Eu estava pesquisando na Califórnia no início do ano e via muitos carros elétricos na universidade e em todo lado os locais de recarga. Sem o fomento do Estado, esse cenário vai ficar cada vez mais para o futuro”, conta Sant’Ana.

Segundo ele, seria preciso fazer uma política de isenção fiscal para tornar os carros elétricos viáveis no Brasil. “Tinha que cortar PIS, Cofins, ICMS, juros para o financiamento e o que pudesse para acelerar esse processo. Eu vejo as empresas de eletricidade se mexendo nessa direção, mas falta uma visão estratégica dos governantes”, afirma Sant’Ana.

Mas há quem acredite que a virada elétrica vai mudar o conceito de mobilidade nas cidades. “Essa dinâmica em torno dos automóveis vai mudar com a eletrificação, porque a eletromobilidade vai abarcar desde o patinete ou o skate até os ônibus articulados. As cidades foram retiradas das pessoas para dar lugar aos carros, mas a eletromobilidade pode devolver as áreas públicas para a população. Vai ser um olhar mais holístico do entorno”, afirma Flávia Consoni, do Departamento de Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências da Universidade de Campinas.

Os carros são responsáveis por 50% da emissão de poluentes em uma grande cidade, e a paralisação que a quarentena e o isolamento social proporcionaram deram mostra de como o ar poderia ser mais limpo nas metrópoles.

Calabria defende que, já que eletrificação exige tanto investimento e estratégia, uma solução prática e barata seja aplicada nesses dias de menos trânsito nas grandes cidades: aumentar as faixas exclusivas para ônibus. “Quando as pessoas voltassem para seus cotidianos, encontrariam outra cidade. Essa é uma solução que só demandaria tinta e placa para sinalizar as faixas e ajudaria a reduzir a poluição.”

 

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Geração distribuída de fonte solar fotovoltaica dobrará até 2024, aponta Agência Internacional de Energia (AIE)

Relatório Renewables 2019 indica que a capacidade global de energia renovável deverá crescer 50% nos próximos cinco anos, um aumento de 1.200 gigawatts

A geração distribuída a partir de fonte solar fotovoltaica deve dobrar de capacidade até 2024, representando quase metade de todo o crescimento da capacidade de fornecimento de fonte solar fotovoltaica no planeta. A previsão faz parte do relatório Renewables 2019 da Agência Internacional de Energia (AIE) divulgado nesta segunda-feira, 21. O relatório aponta perspectivas globais para fontes renováveis de energia nos próximos cinco anos.

O documento afirma que a capacidade global de energia renovável deverá crescer 50% nos cinco anos, um aumento de 1.200 gigawatts, o que é equivalente à atual capacidade total de geração de energia dos Estados Unidos. O aumento, diz o relatório, será impulsionado por redução de custos e esforços promovidos por políticas governamentais. A energia solar fotovoltaica representará 60% desse crescimento.

Com o novo quadro, as energia renováveis darão um salto na participação global de geração dos atuais 26% para 30% em 2024.

Hoje as cadeias de produção envolvidas na geração de energias renováveis já empregam mais de 10 milhões de pessoas no mundo, segundo relatório recente divulgado pela Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês).

A AIE lembra que o ganho de espaço das fontes renováveis na geração de energia no mundo votou a crescer no ano passado, interrompendo um período de quase duas décadas de estagnação. Mas frisa que o ritmo de expansão das fontes renováveis no suprimento de energia a nível mundial ainda é muito inferior ao necessário para cumprir as metas globais de energia sustentável.

“As energias renováveis ​​já são a segunda maior fonte de eletricidade do mundo”, disse Fatih Birol, diretor executivo da AIE sobre o relatório. “Mas sua implantação ainda precisa acelerar, se queremos alcançar metas de longo prazo para o clima, a qualidade do ar e o acesso à energia”, alertou.

Comércio e indústrias puxarão geração distribuída de fonte solar fotovoltaica

No horizonte da geração distribuída de fonte solar fotovoltaica, as aplicações comerciais e industriais devem puxar o crescimento na sua participação na matriz energética global até 2024, somando 3/4 das novas instalações.

Para a AIE, o custo de geração de eletricidade a partir de sistemas fotovoltaicos solares distribuídos já está abaixo dos preços de eletricidade no varejo na maioria dos países. A agência prevê que esses custos caiam de 15% a 35% até 2024, tornando a tecnologia mais atraente em todo o mundo.

Mas o documento alerta para a necessidade de reformas de regulação e tarifa para garantir que o crescimento da fonte solar distribuída seja sustentável. Segundo a AIE, o aumento descontrolado pode atrapalhar os mercados de eletricidade, aumentando custos do sistema, desafiando a integração da rede de fontes renováveis ​​e reduzindo as receitas de operadoras.

Incerteza regulatória e falta de integração entre sistemas entre os desafios

De acordo com a AIE, há três desafios principais que ainda precisam ser superados para acelerar a implementação de fontes renováveis. São a incerteza regulatória e política, os altos riscos aos investimentos e a falta de integração de sistemas de fonte solar e eólica.

A agência aponta que ajustes na regulação somado ao apoio de políticas públicas direcionadas poderia elevar a capacidade de crescimento da geração distribuída de fonte solar fotovoltaica acima de 600 GW até 2024, o que é quase o dobro da capacidade total de geração do Japão hoje. Mas esse crescimento ainda representaria apenas 6% do potencial técnico da geração solar fotovoltaica, de acordo com estimativas da área total disponível para essa fonte.

Biocombustíveis já com 90% das fontes renováveis aplicadas em transporte

Segundo a AIE, os biocombustíveis já representam cerca de 90% das energias renováveis ​​nos transportes e seu uso deve aumentar em 25% nos próximos cinco anos. O crescimento será puxado pela Ásia, principalmente pela China, e é impulsionado por questões de segurança energética e exigências de redução da poluição do ar.

Apesar da rápida expansão dos veículos elétricos, a eletricidade renovável representará apenas um décimo do consumo de energia renovável no transporte em 2024. E a parcela de renováveis ​​na demanda total de combustível de transporte ainda permanece abaixo de 5%. A AIE prevê que a parcela de energias renováveis ​​no transporte aumentem em 20% até 2024.

A geração de energia renovável destinada a aquecimento também deve aumentar em um quinto sua capacidade de geração até 2024, um crescimento impulsionado pelos mercados da China, UE, Índia e Estados Unidos. Mas permanece pouco explorado. Em 2024 a geração renovável destinada a aquecimento ainda deve estar abaixo de 12% do fornecimento total de energia para aquecimento.

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