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Pesquisadores criam vidro capaz de converter energia solar em eletricidade

Na matéria a seguir, uma solução inovadora que traz novos recursos sustentáveis para o planeta, confira:

Uma equipe de cientistas do Lawrence Berekley National Laboratry criou um painel de vidro fotovoltaico capaz de absorver energia solar e convertê-la em energia elétrica. Segundo o estudo publicado pelos pesquisadores, no longo prazo o material pode ser usado para substituir a maioria dos painéis tradicionais, criando prédios ou carros capazes de gerar sua própria eletricidade. 

O vidro é revestido por um líquido semicondutor que contém diversos compostos químicos, como césio e iodeto de chumbo. Em temperatura ambiente, ele é bem transparente, permitindo a passagem de 82% da luz que chega nele; no entanto, aquecido até 105ºC, ele assume uma coloração alaranjada e se torna mais opaco, deixando passar apenas 35% da luz.

Quando exposto à luz do sol, o vidro é capaz de converter o calor que chega do astro em energia elétrica. Essa energia, por sua vez, pode ser aproveitada pelo sistema elétrico da casa, do carro ou do prédio em que ele está instalado. Além disso, como ele é menos transparente do que os vidros tradicionais, ele permite a passagem de menos calor para dentro dos locais onde é colocado; dessa forma, um prédio comercial revestido com esse vidro gastaria menos energia com ar condicionado, por exemplo.

Desafios

No entanto, segundo o Fast Co. Design, a equipe de pesquisa do laboratório ainda tem uma série de desafios para tornar a sua criação viável. O primeiro deles é aumentar sua eficiência: por enquanto, ela só converte cerca de 7% da energia que chega até ela em energia elétrica aproveitável. Segundo o professor Peidong Yang, que lidera a equipe de pesquisa, o mínimo para que ele seja economicamente viável seria 10%.

Além disso, os pesquisadores também pretendem reduzir a fronteira de temperatura a partir da qual o vidro começa a gerar energia. Embora ela esteja atualmente em 221ºF (105ºC), os cientistas pretendem baixá-la até 122ºF (50ºC) – que é, segundo eles, a temperatura que um painel de vidro na lateral de um prédio comercial atinge. Nesse caso, as janelas do edifício seriam transparentes de manhã mas iriam escurecendo conforme o dia fosse esquentando.

Finalmente, há uma questão estética também: por enquanto, os pesquisadores só conseguem fazer com que o vidro fique vermelho, laranja ou marrom quando aquecido. No entanto, como designers e arquitetos são alguns dos possíveis interessados no produto, a equipe pretende fazer também modelos de outras cores. Para isso, há duas possibilidades: uma delas é usar outro tipo de perovskita (um dos componentes químicos do vidro) ou usar também um corante no vidro.

Créditos da matéria:  Olhar Digital

Créditos da imagem: Internet

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Ambev assina contrato de R$ 140 mi para construção de 31 usinas solares no Brasil

Empresas investem em soluções sustentáveis, praticando uma atitude ambientalmente correta, planejando a diminuição de gastos e reduzindo a poluição. Confira a matéria:

A Ambev assinou contratos com quatro diferentes parceiros para construção de 31 usinas solares até março de 2020 que abastecerão todos os 94 centros de distribuição da cervejaria no país.

O movimento faz parte de um esforço global da matriz, Anheuser Busch InBev, de ter 100% da eletricidade utilizada em todas as operações no mundo proveniente de fontes limpas até 2025 e sucede outras iniciativas do grupo na área.

Em agosto, a maior cervejaria da América Latina se aliou à alemã Volkswagen Caminhões e Ônibus para adicionar 1.600 caminhões elétricos à frota de seus 20 operadores logísticos até 2023.

Garrafas Ambev
Garrafas Ambev

Com o mais recente acordo, que segue um modelo conhecido no mercado como geração distribuída, a Ambev pagará um total de R$ 140 milhões ao longo de um período de dez anos para os quatro parceiros, que por sua vez terão investido R$ 50 milhões na construção das 31 usinas solares.

“Funciona quase que como um aluguel e ao fim do contrato de 10 anos todas as usinas solares serão nossas”, disse o diretor de sustentabilidade e suprimentos da Ambev, Leonardo Coelho.

Ele acrescentou que o projeto total requer 50 mil painéis solares, que juntos devem gerar 2.600 megawatts-hora (MWh) por mês, evitando a emissão de 2.900 toneladas de dióxido de carbono anualmente. Alguns dos componentes serão importados da China e outros montados localmente, segundo o executivo.

“A geração é suficiente para abastecer as residências de 15 mil famílias e claro que, na média, a energia deve ser mais barata, mas o benefício mais significativo disso tudo é o ambiental, não o financeiro”, comentou Coelho.

A Ambev citou pela primeira vez os planos de ter seus centros de distribuição movidos a energia limpa em dezembro, quando noticiou uma parceria inicial com uma empresa de Curitiba para construção de uma usina solar na cidade mineira de Uberlândia.

“Goiás e Sergipe devem provavelmente ser os próximos Estados em nosso cronograma de implementação”, contou o diretor, ressaltando que a cervejaria tem centros de distribuição em quase todos os Estados brasileiros.

A geração distribuída vem ganhando popularidade no Brasil como uma alternativa para fomentar fontes renováveis de energia. Mais recentemente, a agência reguladora Aneel abriu uma consulta pública sobre uma proposta preliminar de alteração nas regras do modelo de negócio a partir de 2020. A expectativa é de que uma decisão seja tomada até o fim deste ano.

Energia Solar Ambev
Energia Solar Ambev

Mas Coelho afirmou que a decisão da Ambev de acelerar a implementação das usinas solares em sua cadeia de distribuição não está relacionada às possíveis mudanças no front regulatório.

Ele ainda enfatizou que os esforços da companhia para conduzir os negócios de maneira mais sustentável não se limitam ao Brasil.

Na Argentina, 100% das cervejarias da empresa utilizam energia eólica, enquanto no Chile as operações são movidas a energia solar e eólica, de acordo com o executivo. A Ambev, na qual a matriz AB InBev detém uma participação de 61,9%, opera em 16 países nas Américas.

O investimento recente em usinas solares no Brasil surge poucas semanas após a subsidiária brasileira da rival Heineken anunciar investimento de R$ 40 milhões em um parque eólico em Acaraú, no Ceará, que produzirá energia suficiente para abastecer cerca de 30% do consumo das 15 cervejarias da marca no país.

Créditos da matéria:  Ambiente Energia

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Alemanha inaugura sua primeira autobahn elétrica

Na busca por soluções para minimizar os danos ao meio ambiente causados pelo transporte de cargas, o Governo alemão testa novas tecnologias que diminuem o impacto ambiental. Confira a matéria completa:

Trecho da A5 perto de Frankfurt é adaptado para a recarga em movimento de caminhões com motores elétricos. Governo busca soluções para diminuir emissões de poluentes pelo transporte de cargas.

A primeira autobahn elétrica da Alemanha, voltada para o transporte de cargas, foi inaugurada nesta terça-feira (07/05) perto de Frankfurt.

Na verdade trata-se de um trecho de 5 km na autobahn A5, no estado de Hessen. Em ambos os lados da pista foram colocados cabos aéreos, semelhantes aos usados pelos bondes elétricos.

Caminhões com motores elétricos poderão se acoplar aos cabos aéreos e recarregar suas baterias ao passarem pelo trecho. Cinco transportadoras participarão de uma fase de testes, executada pelo Ministério do Meio Ambiente da Alemanha.

Os caminhões do teste têm tecnologia híbrida (motores elétricos e a combustão), e o trecho com os cabos serve para o recarregamento das baterias, que podem então ser utilizadas. Quando elas ficarem vazias é acionado o motor a combustão.

O ministério quer testar modelos para o transporte de cargas nas estradas e investiu 50 milhões de euros em três trechos de testes. Um deles é o que fica perto de Frankfurt, e os outros dois serão construídos nos estados de Schleswig-Holstein e Baden-Württemberg.

O objetivo final é encontrar soluções para o transporte de cargas que sejam ao mesmo tempo pouco poluidoras e que emitam poucos ruídos. Os testes também vão avaliar se a mudança atrapalha o trânsito e qual o custo adicional de manutenção das rodovias.

Segundo o ministério, o transporte de cargas têm aumentado nos últimos anos é um grande emissor de gases do efeito estufa.

O ministério justificou a opção pela A5 com o forte tráfego, de mais de 130 mil veículos por dia, dos quais 13 mil caminhões, pelo trecho. “Se funcionar aqui, funciona em qualquer lugar”, disse um responsável.

Se funcionar, isso não significa que todas as autobahns do país teriam que ser adaptadas. Pelos cálculos do ministério bastariam mil quilômetros para o transporte de cargas. O custo final seria de um 1 milhão de euros por quilômetro, ou 1 bilhão de euros no total.

Ainda não está claro como a energia que os caminhões utilizarão para recarregar as baterias seria cobrada. Na fase de testes, a conta será paga pelo Ministério do Meio Ambiente.

Também não está claro quem arcará com os custos da adaptação dos caminhões ao novo sistema. Pelos cálculos da montadora Scania, que fabricou os protótipos para o teste, um caminhão que pode se recarregar enquanto anda custa de 50% a 75% mais do que um caminhão normal.

Os atuais caminhões que andam apenas com motores elétricos podem rodar no máximo 10 quilômetros até ficarem sem carga. O objetivo é chegar a 60 quilômetros.

Além da Alemanha, a Suécia e os Estados Unidos também têm trechos de “rodovias elétricas”.

Créditos da matéria:  DW

Créditos da imagem: Internet

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Paraná terá a 1ª usina do Brasil a gerar energia por meio de esgoto e lixo

Pela primeira vez no Brasil, uma usina produzirá energia usando a tecnologia da biodigestão, utilizando uma combinação de resíduos orgânicos e lodo de esgoto. A expectativa é abastecer 2 mil casas. Confira mais na matéria:

Será construída no Estado uma usina de geração de biogás, que transforma os resíduos em eletricidade para abastecer as casas da região.

O estado do Paraná será o primeiro do Brasil a receber a construção de uma estação de geração de energia por meio de esgoto e de lixo orgânico, uma usina de geração de biogás, que transforma os resíduos em eletricidade para abastecer as casas da região.

A licença para a operação foi dada pelo Instituto Ambiental do Paraná à empresa CS Bioenergia. Segundo a companhia, a usina terá capacidade para produzir 2,8 megawatts de eletricidade por meio de lixo, abastecendo cerca de duas mil residências do Estado.

A matéria-prima para geração de energia virá de estações de tratamento de esgoto e da coleta de lixo produzirá, além do biogás, biofertilizante para a região. A estimativa é que a iniciativa desvie 1000 m³ de lodo de  esgoto e 300 toneladas de lixo orgânico dos aterros.

A Europa é pioneira na produção de biogás a partir da biodigestão, possuindo cerca de 14 mil usinas. Somente a Alemanha abriga oito mil unidades. No Brasil, o biogás ainda tem uma participação pequena na matriz energética e é contabilizado em conjunto com outros biocombustíveis como o bagaço de cana, constituindo a biomassa, responsável por 8,8% da energia gerada no país.

Créditos da matéria:  Casacor

Créditos da imagem: Divulgação/CASACOR

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Honda vai investir R$ 30 milhões para expandir o parque eólico


Investimento para expandir parque eólico e recuperação do mercado automotivo são ótimas notícias para a indústria automobilística e o meio ambiente. Confira a matéria:


Foto: Gabrielle Chagas G1

Unidade paulista ficou quase 3 anos fechada depois de pronta. Ela abre com a produção do Fit e, em dezembro, recebe o WR-V. Até 2021, todos os modelos nacionais da marca sairão de lá.

A Honda vai utilizar energia do vento para compensar a energia elétrica gasta em nova fábrica em SP. A montadora vai investir R$ 30 milhões para expandir o parque eólico que possui em Xangrila-Lá (RS) para que ele produza a mesma quantidade de energia que a fábrica de Itirapina (SP) demanda.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira (27), durante na cerimônia de inauguração da fábrica paulista.

“Afirmo com orgulho que todos os carros fabricados em Itirapina irão utilizar energia limpa”, disse o presidente da Honda na América do Sul, Issao Mizoguchi.

A unidade recém-inaugurada ficou quase 3 anos fechada depois de pronta, por conta da crise que atingiu também o setor automotivo.

O primeiro carro feito lá é Fit, e a unidade será responsável pela produção de todos os veículos nacionais da marca até 2021. Até agora, os demais modelos saem da fábrica de Sumaré (SP), que será mantida com a produção de componentes.

O próximo modelo a ser feito em Itirapina será o WR-V, em dezembro.

Além disso, a montadora anunciou que vai trazer 3 modelos híbridos (com motor elétrico e outro a combustão) para o Brasil até 2023, mas eles serão importados.

Trancada pela crise

A Honda começou a construir a fábrica de Itirapina em 2013. Fruto de um investimento de R$ 1 bilhão e com uma área de 5,8 milhões de metros quadrados, ela deveria ter sido aberta em 2016.

Em entrevista ao G1, no início do ano passado, Mizoguchi disse que a unidade só seria aberta quando houvesse reais condições – na época, segundo o executivo, não existia demanda suficiente para duas fábricas operando, portanto, ela não produziria nem o equivalente a 1 turno.

Nesta quarta, o executivo explicou que a decisão de por a fábrica para funcionar não se deveu a uma melhora no mercado.

“Não é o aumento (nas vendas de carros no Brasil), a recuperação do mercado que foi o fator decisivo para iniciarmos a produção aqui”, explicou o presidente da montadora.

“(É) Simplesmente porque essa fábrica tem equipamento melhor, layout melhor, ecologicamente melhor também. Tem uma condição para melhorar um pouquinho a competitividade”, completou.

“Você tá com dois carros: um carro antigo e um carro novo. Chega uma hora que você fica com vontade de usar o carro novo”, comparou.

Para Mizoguchi, o Brasil ainda está muito abaixo do nível do começo da década, antes da crise. “(Só vai chegar) Ao nível de 2013, que foi um ano bom de vendas no Brasil, ser em torno de 2025. Está melhorando, mas estamos muito longe do nível de 2013”, afirmou.

Instalações

De acordo com a fabricante, a nova unidade tem capacidade nominal de produção de até 120 mil carros ao ano, dividida em dois turnos, e contará com a experiência dos funcionários transferidos da planta de Sumaré.

Por enquanto, 400 colaboradores já trabalham em Itirapina – até 2021 serão 2 mil. Com a transferência, não haverá novas contratações.

Na fábrica de Sumaré, permanecerão atividades como produção do conjunto motor, bem como como fundição, usinagem, injeção plástica, engenharia da qualidade, planejamento industrial e logística.

A montadora diz ainda que a fábrica segue as melhores práticas de produção da Honda no mundo, com tecnologias otimizadas de estamparia e solda, além do novo processo de pintura da carroceria, com base d’água.

Foto: Gabrielle Chagas G1

Otimismo

Segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antônio Megale, a inauguração da fábrica consolida a expectativa de expansão do mercado, que cresceu 10,6% de janeiro deste ano até agora.

“Sabendo que estamos passando por uma transformação extraordinária nos termos de indústria automobilística mundial, é importante que a gente invista em pesquisa de desenvolvimento e inovação e esse programa nos traz isso”, disse Megale.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que com a recuperação do mercado as condições físicas da fábrica permitem a expansão de produção e, consequentemente, a geração de mais empregos.

“Quero dizer que R$ 1 bilhão de investimento é algo substantivo, não é apenas para Itirapina, mas é para São Paulo e para o Brasil. Estamos falando de investimento parte já consolidado e parte a consolidar nesses próximos quatro anos, é especialmente importante”, declarou.F

Créditos da matéria:  G1

Créditos da imagem: Gabrielle Chagas/G1

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Nova tecnologia pode capturar carbono emitido pela indústria

Uma boa forma de conservar e proteger a atmosfera é reduzir as emissões de gases poluentes e, com essa nova tecnologia, é possível diminuir os danos. Confira a matéria:

Seria possível sugar CO2 de bolsões de fumaça, pois o gás causador do efeito estufa no mundo se cristaliza e pode ser separado antes de chegar à atmosfera.

A mesma tecnologia que permite aos mergulhadores e tripulantes de submarinos respirarem debaixo d’água pode ser usada para absorver as emissões nocivas da indústria e de usinas de energia a carvão, segundo estudo publicado na revista Chem.

Pesquisadores do Oak Ridge National Laboratory, no Tennessee, descobriram uma maneira de coletar e armazenar gás CO2 por meio de uma nova técnica: uma substância especial de produtos químicos orgânicos chamados imino guanidinas ou BIGs (na sigla em inglês) se ligam ao bicarbonato em soluções de dióxido de carbono-água.

Quando o CO2 capturado das chaminés de fábricas é forçado a passar por uma solução de BIGs e água, parte desses compostos orgânicos se ligam ao bicarbonato que é formado na solução de CO2-água. O produto resultante são pequenos cristais que podem ser separados da água, o que significa que pode ser armazenado em vez de liberado para a atmosfera. Os cristais podem até ser usados ​​novamente para capturar mais dióxido de carbono posteriormente.

Essa técnica “tem um tremendo potencial”, disse Kristin Bowman-James, químico da Universidade do Kansas em Lawrence, à Science Magazine. Mas ainda não é certo se a tecnologia será eficiente e econômica em escala industrial, porque sugar grandes quantidades de dióxido de carbono emitido exigiria quantidades imensas de BIGs.

Mas já se sabe que a técnica é extremamente eficiente: utiliza cerca de 24% menos energia do que os “purificadores” de dióxido de carbono comumente usados ​​- um processo similar que usa um composto orgânico diferente.

Créditos da matéria:  Revista Planeta

Créditos da imagem: iStockphotos

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Paraná tem a rodovia eletrificada mais longa do País: 730 km

As estações de recarga de veículos elétricos espalham-se pelo país. Uma das principais vantagens é que um carro movido a eletricidade contribui para um planeta mais limpo, tornando-se cada vez mais possível a diminuição da poluição. Confira mais na matéria:

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Árvore Eletrônica

A Sologic, startup israelense que trabalha com produtos que fornecem energia solar aos consumidores, desenvolveu a eTree, a árvore que não produz oxigênio, mas sim energia limpa e outros benefícios. Confira mais na matéria:

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Saiba como se tornar um consumidor consciente em passos simples

Hoje é necessário adotar um consumo consciente, criar bons hábitos para conquistar qualidade de vida e para proteger o meio ambiente. Na matéria a seguir algumas dicas para serem utilizadas no dia a dia. Confira:

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Energia eólica muda realidade de agricultor no sertão paraibano

A energia limpa traz diversos benefícios para o planeta e para o homem. A matéria a seguir conta como a Neoenergia, através das construções de parques eólicos, mudou a vida de algumas famílias de Santa Luzia. Confira:

 

Seu Piúga, 73 anos, casado e pai de quatro filhos, nunca tinha ouvido falar “nesse negócio de vender vento”. Acostumado a plantar milho, feijão, algodão e a criar gado, viu sua produção diminuir ao longo da vida pela seca que castiga o sertão paraibano e pelas poucas perspectivas neste meio, afastado dos grandes centros urbanos e dos investimentos.

Um dia, no final de uma tarde quente em Santa Luzia, interior da Paraíba, um homem chegou em uma caminhonete falando para ele que queria comprar vento. Era 2010. Desconfiado daquela história, o agricultor contou a mulher, que estranhando aquele assunto, disse que iriam enganá-lo de alguma forma e perderiam o pouco que tinham. Mas ele já havia dado sua palavra ao homem, que mostrando seriedade disse que voltaria para acertar o negócio no outro dia. E palavra é coisa séria para o nordestino.

Hoje, graças ao potencial eólico descoberto na região, Piúga faz parte de uma das 23 famílias que aceitaram a proposta do Grupo Iberdola, através de sua subsidiária no Brasil, Neoenergia, para uma compensação financeira pelo arrendamento de parte de suas terras pelo Complexo Eólico de Santa Luzia, que desde setembro do ano passado opera com três parques, cada um produzindo 31,5 MW de energia, num total de 45 turbinas eólicas modelo G114, ligadas ao sistema por 270 Km de cabos subterrâneos.

Santa Luzia foi avaliada através de dados históricos do IBGE e pela instalação de uma torre de medição da Neoenergia, no intuito de comprovar a qualidade dos ventos na região: constantes, com velocidade estável e unidirecionais. Só depois desse processo o empreendimento pode ser viabilizado, levando também a questão do custo benefício da localidade.

“Aqui descobrimos uma área muito boa para ampliação, e já reduzimos os custos com as estradas que construímos”, comentou o Gestor de O&M de Parques Eólicos da Iberdola, Jussiê Dantas.

Com três aerogeradores em seu terreno, Piúga, que no cartório se chama Luís Antônio, é mais um personagem dessas histórias de vida desafiadas pela seca no sertão nordestino, que no último período deixou os moradores da região sem ver água cair do céu por sete anos.

Filho de agricultores, ficou órfão de pai e mãe aos 14 anos de idade, vítimas de câncer. Não completou o ensino fundamental, e morar “de favor” na casa dos outros lhe incomodava. Muitas vezes tomava bronca sem ao menos merecer. Quando fazia o trajeto de 10 Km até a escola, a pé, às vezes via uma sombra no meio do caminho e parava para dormir. “Quem me ensinou foi a vida”, lembrou.

Após a morte do pai, dividiu a herança com seus 14 irmãos: ficou com 50 hectares de 700, terra que hoje ele vem cuidar todo dia para dar comida aos animais, já que se mudou com a família para a área mais urbanizada do município após o arrendamento.

 

“Ninguém queria essas terras. Aqui nem cobra se cria”

Com um sorriso fácil no rosto, apesar da vida sofrida, Piúga conta que numa época pensou em vender sua parte no terreno e comprar uma granja em Natal (RN), mas que a pouca valorização da região o fez recuar da ideia. “Sobreviver aqui não é fácil, nem de graça queriam propriedade. Aqui nem cobra se cria”

Mas foi um pressentimento repentino que o fez segurar a terra quando teve uma proposta: “Falei pra mim mesmo que iria ficar aqui até a morte”.

Hoje ele ainda cria 14 cabeças de gado. Tinha 50, mas teve que vender naquele tempo para se manter. Mas tudo melhorou com a chegada dos aerogeradores. “Se não fosse essa usina não ia mais ter gente aqui, quem iria conseguir sobreviver?” Agora o agricultor, que trocou o cultivo de algodão para vender vento, costuma brincar, que quando não tem vento, vai para frente da torre assoprar.

Com o valor que recebe todo mês, conforme a produção de energia gerada pelas turbinas, o arrendatário conseguiu comprar uma televisão, geladeira, reformar a casa, o terraço e até comprar um carro, realidade antes inimaginável para suas condições.

Ele saúda também os benefícios que vieram para uma região abandonada pelo poder público, como a construção de mais de 60 Km de estradas rurais, além de outras famílias beneficiadas e a criação de 500 empregos para implantação dos parques.

“Estrada não tinha aqui, era um sofrimento. Os prefeitos não faziam nada, tínhamos que usar até carrinho de mão para Santa Luzia”, contou.

Para quem um dia foi sozinho na vida, Piúga se mostra “feliz até demais” por ter uma família grande. “Tem dia lá em casa que tem uns 14 pra tomar café, almoçar e jantar”, brinca. Com a renda extra é possível ainda ajudar outros familiares, como a neta que está fazendo faculdade em Natal.

“Ajudo o pai dela, porque só para ele fica pesado. Se não fosse o negócio desses aero, eu não teria o que fazer”, conta o agricultor, com os olhos ligeiramente marejados.

Assim como a família de Seu Piúga, muitas outras foram contempladas pelo “negócio dos ventos”, que tem levado novos rumos e perspectivas para vidas no Seridó da Paraíba. São histórias que o sertão esconde. Os benefícios, diretos ou indiretos, demonstram a dimensão que essa relação de simbiose entre a usina e os arrendatários pode gerar.

“O que tinha aqui antes do parque? Tínhamos agricultura e comercio local. Uma criança pensava em ser agricultor ou sair da região. Agora se tem uma nova visão, de trabalhar num parque eólico, de ser um engenheiro, um técnico. É uma perspectiva de futuro”, avaliou Jussiê, emocionado por fazer parte de um projeto que proporciona esse tipo de transformação social. “É muito gratificante”, completou.

Ampliação

O estado da Paraíba conta hoje com 16 parques eólicos, sendo Santa Luzia o primeiro complexo instalado no interior, e cuja geração cobre os outros 13 parques, todos menores e antigos, localizados Mataraca e Alhandra, ambos no litoral.

Lagoa I, II e Canoas estão conectados à subestação local e transmitindo energia ao SIN por meio de duas linhas de transmissão. As obras nas três primeiras instalações contaram com investimentos de R$ 500 milhões, via financiamento BNDES.

“Hoje estamos conectados na distribuição. Depois construiremos uma rede mais robusta para a transmissão, através do outro leilão, de transmissão”, revelou Jussiê Dantas.

Em 2020, a Neoenergia irá ampliar a planta atual com a construção de mais 15 parques até 2023, o que representará o maior complexo eólico da América Latina em termos de quantidade de turbinas por área, num aporte previsto de mais de R$ 2 bilhões.

Serão ao todo 189 aerogeradores espalhadas ao longo de 900 Km², com a próxima geração sendo do modelo SG 132, com a capacidade de gerar 3,1 MW. A fabricante é a Siemens Gamesa, que produz uma parte das peças na sua fábrica em Camaçari (BA) e outras na Espanha e China.

Uma nova subestação de 500 kV também será implantada em pontos de conexão com as linhas que serão ampliadas, para que outras empresas se conectem. Com a expansão, o complexo poderá atender a 1 milhão e meio de pessoas, podendo alimentar duas cidades como Patos (PB), de 200 mil habitantes.

Segundo relatório da Associação Brasileira de Energia Eólica – Abeeólica, a energia eólica ultrapassou a marca de 14 GW de capacidade instalada para produção nacional da fonte. Para efeito de comparação, o valor é o mesmo da capacidade instalada de Itaipu, a maior hidrelétrica do país. Deste total, cerca de 85% é gerado pelo Nordeste, totalizando 12,2 GW de potência instalada, que no dia 13 de setembro foi responsável por atender a 74% da carga consumida na região com energia provinda dos ventos.

Além disso, o Brasil vem demonstrando crescimento no segmento, alcançando posições melhores a cada ano no ranking dos países que mais geram energia eólica no mundo. Atualmente o país encontra-se em oitavo lugar, tendo ultrapassado a Itália e o Canadá nos últimos dois anos, de acordo com o Conselho Global de Energia Eólica (GWEC).

No caso do Complexo Santa Luzia, além da capacidade de geração, outro fator de atratividade para o negócio é que as empresas e clientes pagam taxas menores pela transmissão, pois o complexo está próximo da área de consumo. Há também os incentivos fiscais e uma zona de interesse de mais de 2 GWh para produção de várias empresas, que querem vir se instalar na região para usar essa energia.

*O repórter viajou a convite da Neoenergia

 

Créditos da matéria: Canal Energia

Créditos da imagens: Divulgação

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