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Falta de lixo para geração de energia na Suécia

Por esta, os suecos certamente não esperavam. País modelo no que diz respeito à economia sustentável, a Suécia foi tão longe no esforço de reciclar a maior quantidade possível de resíduos sólidos urbanos, que está faltando lixo para outra área estratégica da economia circular: a produção de eletricidade a partir da queima dos detritos.

O problema vem desde o começo da década de 2010, quando a balança pendeu definitivamente para o prato da reciclagem, deixando o prato da geração de energia a partir do lixo quase vazio. A Suécia recicla mais de 1,5 bilhão de garrafas e latas anualmente, uma quantidade extraordinária para um país cuja população não chega a 10 milhões de habitantes. Por causa do hábito arraigado de juntar os resíduos para o serviço de reciclagem, os suecos produzem apenas 460 kg de lixo por ano, quando a média europeia é de 525 kg.

Menos de 5% dessa quantidade acaba em aterros sanitários. Especialmente em pequenas cidades, não é incomum que 99% do lixo produzido seja reutilizado. O resultado é um pronunciado déficit de insumos para as mais de três dezenas de instalações de incineração de resíduos que produzem energia elétrica e aquecem casas no país. É claro: se o lixo produzido pelos suecos é insuficiente para o pleno funcionamento das instalações, o país tem menos energia disponível.

A saída tem sido, já faz também alguns anos, importar lixo de países que se dispõem a vendê-lo, como a vizinha Noruega, a Grã-Bretanha, a Irlanda e a Itália, entre outros, para garantir que a energia elétrica continue sendo gerada.

INDUÇÃO FORÇADA – A origem remota desta distorção está no crescente endurecimento do governo sueco no que diz respeito à coleta de lixo, que transformou a política do país para o segmento numa das mais rígidas da Europa.

Os cidadãos da Suécia pagam, por exemplo, uma taxa de recolhimento de lixo que é proporcional à quantidade que eles produzem, ou seja, para não sofrer com altas taxas, os suecos são como que obrigados a controlar a sua produção de lixo. Além do mais, se o lixo orgânico não estiver de acordo com as especificações indicadas pelo governo, ele não é recolhido.

Assim, para economizar, é preciso não só diminuir a produção de lixo, como também fazer a separação correta dos resíduos praticamente o tempo todo. O sistema funciona de maneira impecável. Todos os resíduos separados são religiosamente levados aos centros de coleta. Depois, todo o lixo que pode ser reciclado é redirecionado para os centros de reciclagem disponibilizados pelo governo. O que não pode, é encaminhado às termelétricas na forma de biogás ou lixo inflamável, para posterior geração deste tipo de energia.

Um benefício adicional dessa forma de produção de energia elétrica é que, além dela ser mais barata por ser obtida do lixo incinerado, ela consegue reduzir as possíveis toxinas que poderiam prejudicar o solo em aterros sanitários.

O MUNDO E O BRASIL – Mas há outros países que também estão tratando o lixo de uma maneira cada vez mais sustentável, com destaque para a China, o Japão e o Canadá. A China, por exemplo, anunciou em 2017, numa reunião na Organização Mundial do Comércio (OMC) que reduziria as importações de lixo plástico e papel.

Mas agora o país parou definitivamente de importar esses resíduos – inclusive o plástico. Antes, a China importava mais da metade do lixo reciclável do mundo, política promovida na década de 1980 para obter as matérias-primas que estavam escassas no país.

O Japão é outro país que leva a sério a reciclagem. Além do compromisso ambiental, o país precisa gerenciar de forma eficiente os milhões de resíduos gerados pela população, por conta da falta de espaço para o armazenamento.

Os cidadãos japoneses gerenciam rigorosamente os seus próprios resíduos através de um sistema de classificação e horários de coleta que eles cumprem à risca. De modo geral, as famílias separam o lixo em cerca de 35 categorias, que posteriormente são transferidas para os centros de reciclagem. Atualmente 90% do lixo urbano sólido produzido no Japão são reciclados.

Já o Canadá não possui, na verdade, uma alta taxa de reciclagem, mas conta com uma cultura de economia circular profundamente enraizada, que leva os canadenses a vender ou doar produtos em desuso, ao invés de descartá-los. Eles também são especialistas em reciclagem de pneus, pois usam o material para misturar com o asfalto para a construção de estradas ou de pisos para playgrounds.

Além disso, o Canadá também dispõe de muitos locais para o descarte de bitucas de cigarro, por este ser um dos resíduos mais poluentes do planeta. O curioso é que, das bitucas coletadas, tudo é reaproveitado, desde o tabaco que resta no cigarro (para compostagem) até o invólucro, que é incorporado na produção de plásticos para bancos de parque e palets, por exemplo.

Quanto ao Brasil, se é um dos campões mundiais na reciclagem de latas de alumínio, recicla ainda só 3% dos resíduos sólidos em geral, tendo de conviver, ademais, com o esgotamento ou mesmo falta de aterros sanitários nas metrópoles. (Alberto Mawakdiye)

 

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Gerador movido a energia humana vai carregar dispositivos

Este dispositivo bioeletrônico macio e flexível converte os movimentos do corpo humano – desde dobrar o cotovelo a movimentos sutis, como um giro no pulso – em eletricidade.

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Um gerador construído com ele pode então ser usado para alimentar pequenos aparelhos portáteis, tecidos eletrônicos, sensores de diagnóstico e até implantes.

A novidade se tornou possível quando Yihao Zhou, da Universidade da Califórnia de Los Angeles, descobriu que é possível gerar o efeito magnetoelástico em um material macio e flexível.

O efeito magnetoelástico, que é a mudança de quanto um material é magnetizado quando minúsculos ímãs são constantemente aproximados e separados por pressão mecânica, até agora só havia sido documentado em sistemas rígidos.

Para demonstrar seu conceito, a equipe usou ímãs microscópicos dispersos em uma matriz de silicone fina como papel para gerar um campo magnético que muda de intensidade conforme a matriz ondula – à medida que a força do campo magnético muda, a eletricidade é gerada.

“Nossa descoberta abre um novo caminho para tecnologias práticas de energia, sensoriamento e terapêuticas centradas no corpo humano e que podem ser conectadas à Internet das Coisas”, disse o professor Jun Chen.

“O que torna esta tecnologia única é que ela permite que as pessoas se estiquem e se movam com conforto quando o dispositivo é pressionado contra a pele humana, e, como ela depende de magnetismo em vez de eletricidade, a umidade e o nosso próprio suor não comprometem sua eficácia.”

GERADOR BIOELETRÔNICO

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O protótipo do gerador magnetoelástico flexível, do tamanho de uma moeda, foi feito incorporando pequenos ímãs de boro-ferro-neodímio em uma matriz polimérica de silicone catalisada com platina.

Fixado no cotovelo, ele gerou 4,27 miliamperes por centímetro quadrado, o que é 10.000 vezes melhor do que a melhor tecnologia de nanogeradores flexíveis demonstrada até agora.

 

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Brasil desenvolve sua primeira telha de concreto que capta energia solar

A primeira telha de concreto capaz de transformar a luz solar em energia elétrica do Brasil começou a ser comercializada pela empresa do setor de construção civil Eternit. Inéditas no país até então, as telhas fotovoltaicas de concreto BIG-F10 são resultado de três anos de testes e adaptações para que as células fotovoltaicas pudessem ser integradas no material. “No caso da Tégula Solar, elas são aplicadas diretamente no concreto respeitando o formato em curvas das telhas”, diz a marca. Quem instalar as telhas em sua residência poderá captar a luz solar para a produção de energia elétrica sem a necessidade de painéis adicionais. “O que existe hoje em larga escala são placas fotovoltaicas cujos modelos precisam ser instalados em cima dos telhados”, explica Luiz Antonio Lopes, responsável pela área de desenvolvimento de novos negócios da Eternit.

As primeiras unidades foram vendidas para clientes selecionados no Estado de São Paulo e na região de sua unidade fabril, em Atibaia, e nos próximos meses devem ser disponibilizadas para o público em geral, segundo a companhia. A seleção foi feita pela equipe técnica e comercial da empresa com base na capacidade inicial de produção e na formação de um portfólio de projetos de referência para diversas condições climáticas, padrões construtivos e possibilidades de aplicação.

“Queremos democratizar o acesso à energia elétrica originada a partir de fontes renováveis no Brasil, através de uma tecnologia revolucionária que pode gerar retornos sobre o investimento em um período de três a cinco anos”, destaca o presidente do Grupo Eternit, Luís Augusto Barbosa.

A telha Tégula Solar mede 36,5 cm por 47,5 cm e é composta de concreto, com a incorporação de células fotovoltaicas em sua superfície. Sua potência é de 9,16 watts, o que representa uma capacidade média mensal de produção de 1,15 Kwh, com vida útil estimada em 20 anos.

“É um produto de fácil instalação e que não interfere na arquitetura das construções, com peso e estrutura semelhantes ao das telhas convencionais, mas que agrega valor ao telhado, além de oferecer proteção, conforto térmico e acústico”, acrescenta Lopes.

 

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Embraer anuncia voo de seu primeiro avião elétrico

Teste com demonstrador elétrico faz parte do novo programa de metas ESG da Embraer, que inclui compromissos ambientais e de responsabilidade social

 

Embraer anunciou nesta sexta-feira (13) o primeiro voo de seu avião elétrico. O experimento foi feito na sua unidade de Gavião Peixoto, em São Paulo, como mostra vídeo publicado pela empresa em suas redes sociais.

O anúncio faz parte do novo plano de metas de Governança Ambiental, Social e Corporativa (ESG, no acrônimo em inglês), em que a fabricante estabelece uma série de compromissos com operações neutras em carbono até 2050 e oportunidades de trabalho para grupos minorizados. Nesse contexto, a companhia anunciou o primeiro voo de sua aeronave elétrica.

 

“Estamos intensificando nossos esforços para minimizar nossa pegada de carbono ao permanecermos dedicados a soluções inovadoras que tenham um impacto mais amplo para nossos clientes, comunidades locais e nossas aeronaves”, disse Francisco Gomes Neto, presidente da fabricante brasileira na apresentação das novas metas de governança.

“O ESG está no centro do propósito da Embraer e é por isso que o incluímos como um dos pilares do nosso plano estratégico ‘Fit for Growth’, alinhando a estratégia de negócios com a responsabilidade social e as práticas ambientais.”

Além de neutralizar as emissões poluentes de suas atividades industriais até 2040, a Embraer também planeja alcançar emissões líquidas zero de carbono em suas aeronaves até 2050. Para alcançar esse objetivo, a fabricante informou que desenvolverá uma “ampla gama de produtos, serviços e tecnologias sustentáveis”, incluindo veículos com motorização elétrica e híbrida, o uso de SAF (Combustível Sustentável para Aviação) em voos de demonstração de jatos executivos e a aplicação de fontes de energia alternativa, como o hidrogênio.

Segundo Luís Carlos Affonso, vice-presidente sênior de engenharia, desenvolvimento de tecnologia e estratégia corporativa da Embraer, a fabricante pretende iniciar os testes de voo com uma aeronave movida a hidrogênio em meados de 2025.

O executivo também confirmou que, recentemente, foi realizado o primeiro voo do demonstrador com motor elétrico da Embraer, um protótipo baseado no avião agrícola EMB-203 Ipanema projetado em parceria com a WEG e a EDP Energias do Brasil.

“O primeiro voo de uma aeronave é sempre um marco importante, e a decolagem do nosso primeiro avião elétrico de zero emissões simboliza também a relevante contribuição das nossas equipes e parceiros para a transição energética do setor”, disse Affonso.

O chefe de engenharia da Embraer ainda comentou sobre novos projetos da Embraer que já contemplam o uso de fontes energéticas sustentáveis, como o turboélice de última geração, o “carro voador” (eVTOL) da divisão de mobilidade urbana Eve e o STOUT, avião de transporte com motorização híbrida desenvolvido em conjunto com a Força Aérea Brasileira (FAB).

 

“O projeto do turboélice tem um importante papel em nossa estratégia de zero carbono. Aviões turboélices são muito mais eficientes que os jatos em termos de consumo de combustível e emissões. Por isso, propomos um turboélice com características inovadoras para substituir aeronaves a jato. O STOUT poderá ter dupla aplicação, militar e civil”, contou Affonso, sem apontar datas de lançamentos desses novos produtos.

“Com a Eve nos estamos reimaginando o futuro da mobilidade urbana. Vamos melhorar a vida de milhões de pessoas em áreas congestionadas ao redor do mundo, com uma solução 100% elétrica e silenciosa. O veículo é projetado com padrões de segurança muito elevados. Estamos posicionados entre os poucos que terão êxito neste mercado”, acrescentou o executivo. Em anúncio anterior, a Embraer informou que seu eVTOL deve chegar ao mercado em 2026.

Metas sociais

Parte do plano ESG da Embraer, o programa ‘Social Tech’ tem como objetivo aumentar a diversidade e inclusão social de grupo minorizados dentro da companhia.

“A demanda por profissionais qualificados na área de tecnologia é crescente no mercado de trabalho global, mas que muitas vezes não estão ao alcance de grupos minorizados. Com o Social Tech, esperamos contribuir para eliminar essas barreiras sociais e econômicas”, afirma Carlos Alberto Griner, vice-presidente de pessoas, ESG e comunicação da Embraer.

Entre as metas do Social Tech, destacam-se o objetivo de ter 25% de participantes mulheres no programa de mestrado em engenharia aeronáutica da Embraer e manter aprovação superior a 80% dos estudantes de Ensino Médio dos colégios Embraer em universidade públicas.

A Embraer anunciou que pretende fornecer qualificação para 1.500 pessoas de grupo minorizados, abrindo novas oportunidades de trabalho relacionados à tecnologia. A empresa também diz estar comprometida em fornecer e aprimorar treinamentos de diversidade e inclusão para 100% de seus cargos de liderança até 2021 e todos os funcionários até 2022, além de aumentar a representação de mulheres na liderança sênior para 20% até 2025.

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BID lança campanha de apoio à retomada verde nos municípios brasileiros

Objetivo é promover a conscientização e a capacitação de gestores e servidores públicos para ações de eficiência energética e geração distribuída com fonte solar fotovoltaica. O Banco oferece gratuitamente ferramentas tecnológicas como a Enerflix, plataforma de cursos, simulações e suporte para elaboração de projetos.

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) está lançando a campanha “Enerflix: valorizar a cidade, iluminar o futuro. O objetivo é contribuir para que os municípios brasileiros adotem iniciativas sustentáveis para a retomada econômica e promovam medidas de transição energética, reduzindo emissões de gases de efeito estufa. “A crise sanitária impôs grandes desafios à gestão urbana e nos convida a uma reflexão sobre as prioridades e os rumos que queremos tomar como sociedade”, diz Arturo Alarcón, especialista sênior da Divisão de Energia do BID. “Em todo o mundo, projetos que aliam a geração de empregos, a racionalização no uso de recursos naturais e a descarbonização têm se mostrado um caminho de esperança para superarmos o momento atual”, afirma Carlos B. Echeverría, também especialista sênior em energia do Banco.

Para dar apoio às Prefeituras na elaboração de iniciativas orientadas para a eficiência energética e a adoção de fontes renováveis, como a energia solar, o BID está disponibilizando a plataforma Enerflix (www.enerflix.com.br) para acesso livre e gratuito. A ferramenta tecnológica oferece cursos online, vídeos, e-books e outros materiais de apoio para a capacitação profissional, além de ferramentas de simulação e um módulo passo a passo para o desenvolvimento de projetos, com a indicação das principais linhas de financiamento disponíveis. Há três frentes de ação: eficiência energética em edificações, iluminação pública e geração distribuída de energia elétrica.

O Brasil conta com 5.570 municípios, cujos governantes exercem papel fundamental no processo de transição energética rumo a uma economia de baixo carbono. As cidades representam uma rede abrangente e capilarizada, que contribui para a difusão de políticas públicas voltadas à eficiência energética e ao aproveitamento de fontes renováveis.

O BID vem adotando uma série de iniciativas com o objetivo de impulsionar a transição energética na América Latina e no Caribe, em direção à meta de 70% de fontes renováveis na composição da matriz elétrica regional até 2030.

Os ganhos econômicos e ambientais das medidas de eficiência energética são amplamente reconhecidos: a troca de lâmpadas convencionais por lâmpadas a LED na iluminação pública permite, por exemplo, redução de até 50% do consumo de energia, com ganhos significativos de luminosidade; providências simples em edifícios públicos, como a setorização da iluminação, resultam em economia substancial na conta de luz; e a geração distribuída de energia elétrica permite cortar custos aproveitando recursos renováveis, como a luz do sol. O impacto dessas ações é considerável, já que a conta de luz está entre as três maiores despesas da administração pública.

A campanha “Enerflix: valorizar a cidade, iluminar o futuro” oferece, além da plataforma, encontros online com especialistas e gestores públicos para debater temas como eficiência energética, geração de energia solar, parcerias com universidades, alternativas para a viabilização de projetos e os diversos benefícios econômicos, sociais e ambientais da retomada verde para a população.

Sobre a plataforma Enerflix

A Enerflix (www.enerflix.com.br) foi lançada durante a crise sanitária, em agosto de 2020, como uma ferramenta de apoio aos gestores públicos para a implantação de projetos de desenvolvimento sustentável. A plataforma foi concebida pelo BID e desenvolvida pelo Consórcio iX-FUPAI-FAPEPE, no âmbito da Cooperação Técnica BID BR-T1395 – Apoio ao desenvolvimento de projetos renováveis de geração distribuída e eficiência energética em municípios brasileiros, que conta com recursos do Fundo Especial Japonês.

De forma gratuita, didática e autoexplicativa,  a plataforma oferece treinamento para desenvolvimento de projetos em três frentes: eficiência energética em edificações, eficiência energética em iluminação pública e geração distribuída por meio de sistemas fotovoltaicos. Há também um módulo “Ferramenta de avaliação”, por meio do qual é possível realizar estudos de pré-viabilidade econômica de ações de eficiência energética em prédios públicos e em iluminação pública e de implantação de sistemas fotovoltaicos.

Outros recursos da plataforma são o módulo “Projetos”, no qual o usuário é orientado para a estruturação dos projetos de iluminação pública, de eficiência energética em edifícios públicos (troca de lâmpadas e de aparelhos de ar-condicionado e implantação de sistemas de aquecimento de água) e de implantação de sistemas fotovoltaicos, e o “Meu Município”, no qual é possível comparar como cada município de posiciona em relação aos demais na utilização da plataforma.

Sobre o BID

O Banco Interamericano de Desenvolvimento tem como missão melhorar vidas. Criado em 1959, o BID é uma das principais fontes de financiamento de longo prazo para o desenvolvimento econômico, social e institucional da América Latina e o Caribe. O BID também realiza projetos de pesquisas de vanguarda e oferece assessoria sobre políticas, assistência técnica e capacitação a clientes públicos e privados em toda a região.

 

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Omega Energia e IBM usam inteligência artificial e cloud para prever a geração de energia renovável em tempo real

As empresas perceberam uma melhoria na precisão das previsões com o uso de AI e dados disponíveis em tempo real

A Omega Energia, empresa líder em energia renovável no Brasil, e a IBM criaram uma plataforma para melhorar a previsão de geração de energia renovável com o uso de inteligência artificial e de análises de dados geoespaciais e meteorológicas, hospedados na nuvem da IBM.

A partir de análises e dados geoespaciais e meteorológicos advindos da IBM Global Business Services, do IBM Research e da The Weather Company da IBM, a Omega Energia tem o objetivo de prever mais precisamente a geração de energia eólica e solar de seu portfólio. Ao combinar as previsões históricas de diferentes plataformas já existentes com dados observacionais e de medição, os modelos são treinados a partir de categorização, de acordo com as condições ambientais e seleção do modelo mais apropriado. O processo é automático e em tempo real. O software leva em consideração as particularidades do local, além de ser escalonável e muito preciso.

té o momento, a IBM observou uma melhoria de 30% a 40% na precisão das previsões mundiais em relação aos modelos comerciais. A plataforma utiliza machine learning em vários modelos de previsão e observações que, em última análise, fornecem informações precisas, como a velocidade e direção do vento, com até 10 dias de antecedência, impactando positivamente nas decisões estratégicas de operação da Companhia.

Para fornecer as previsões de energia eólica e solar, utiliza-se a plataforma Renewables Forecasting da IBM. A solução é capaz de alcançar previsões mais precisas devido às vantagens fornecidas pelo IBM PAIRS, uma plataforma de análise e dados geoespaciais de grande escala, que seleciona e hospeda mais de seis petabytes de fontes de dados relevantes, incluindo a altura do hub, velocidade do vento e previsões de irradiação solar fornecidas por The Weather Company.

“Este trabalho demonstra o avanço da transição energética do Brasil para ser mais renovável e sustentável, com a Omega como um impulsionador estratégico e líder nesta transformação, diz Marco Kalil, líder de serviços de consultoria da IBM Brasil. “Omega Energia e IBM estão comprometidos em construir um planeta mais sustentável”, diz.

Um estudo recente do IBM IBV, Institute for Business Value, mostra que 66% dos brasileiros entrevistados afirmam que “sustentabilidade é muito ou extremamente importante para eles ao escolher uma marca”.

“O mercado de energia está em constante transformação e, com isso, surgem novos desafios a serem enfrentados por nós todos os dias. A simplificação, o desejo do consumidor por mais soluções digitais e o avanço tecnológico trazem oportunidades para potencializar o crescimento das renováveis neste processo.”, afirma Daniel Biaggio, Head de Tecnologia da Omega Energia.

 

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Equatorial anuncia projeto de mobilidade elétrica para cinco estados

Capital do Piauí ganhará primeira ponto de recarga e posto de acomodação para bicicletas e carros elétricos, também previstos para o Maranhão, Pará, Alagoas e no Campus da UFMS no Mato Grosso do Sul

O Grupo Equatorial Energia anunciou seu primeiro projeto de mobilidade elétrica no estado do Piauí, formalizando uma parceria com a Prefeitura Municipal de Teresina para instalação de uma estação de carregamento e um posto de acomodação para bicicletas e carros elétricos na cidade, até o mês de novembro.

A iniciativa acontece por meio do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Aneel e integra um aporte de R$ 19 milhões destinados a projetos iguais para o Maranhão, Pará, Alagoas e no Campus da UFMS no Mato Grosso do Sul, contando com investimentos de outras nove empresas do setor elétrico, representadas pela Global Participações em Energia.

Segundo a companhia, o ponto de recarga e o posto serão instalados primeiramente no Parque da Cidadania, localizado no centro da capital piauiense. O objetivo é avaliar o uso desses veículos pela comunidade frente ao cenário atual de mobilidade urbana.

Dez bicicletas elétricas serão disponibilizadas para uso da população como alternativa de locomoção e lazer, na forma de compartilhamento via aplicativo de celular. Um carro elétrico também será doado e ficará a cargo do poder público para ronda policial.

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Sanepar usa energia renovável para secar lodo de esgoto

Sanepar está implantando um novo sistema de secagem do lodo gerado na estação de tratamento de esgoto (ETE) Atuba Sul, em Curitiba, que utiliza biogás e biomassa como fonte de energia.

Além de ser mais econômico, o novo processo traz benefícios ambientais. Graças à essa tecnologia, a Sanepar deixará de enviar para aterro sanitário todo mês cerca de 3.800 toneladas do lodo gerado na maior estação de esgoto do estado.

No sistema convencional atual, que utiliza centrífuga, o lodo sai com cerca de 80% de umidade. No novo processo, ele passará por um sistema de secagem térmica, que o deixará com apenas 20% de umidade. Depois, irá para um gerador de calor que efetuará sua conversão térmica.

Assim, haverá uma redução de mais de 90% no volume do produto. Esse processo de secagem é ambientalmente sustentável por usar o gás gerado na estação, chamado de biogás, além da biomassa, que irá produzir mais calor, num sistema de autoalimentação.

Outra vantagem é que a secagem térmica elimina os micro-organismos patogênicos presentes no lodo, substituindo o uso de cal na higienização do material.

“A Sanepar vem buscando eficiência em todos os processos e sempre associando essa eficiência com a proteção ambiental. Na ETA Atuba Sul, estamos implantando um processo inovador baseado em conceitos de eficiência energética e economia circular”, diz o diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile.

Com a conclusão das obras do sistema de secagem térmica, a operação deverá ter início no segundo semestre deste ano. A ETE Atuba Sul recebe o efluente doméstico de mais de 800 mil pessoas.

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Nova Promessa da Tecnologia Fotovoltaica

Descubra por que as células solares de perovskita podem ser o futuro da energia solar – e quais são os entraves.

perovskita é um mineral de óxido de cálcio e titânio, com a fórmula química CaTiO3. O mineral foi descoberto nos Montes Urais da Rússia por Gustav Rose em 1839 e deve o seu nome ao mineralogista russo Lev Perovski (1792-1856).

Os termos perovskita e estrutura de perovskita são frequentemente usados ​​alternadamente, mas enquanto a verdadeira perovskita é formada de cálcio, titânio e oxigênio na forma CaTiO3, uma estrutura de perovskita é qualquer coisa que tenha a forma genérica ABX3 e a mesma estrutura cristalina da perovskita (o mineral).

A maneira mais simples de descrever uma estrutura de perovskita é como uma célula unitária cúbica com átomos de titânio nos cantos (cinza), átomos de oxigênio nos pontos médios das bordas (verde e azul) e um átomo de cálcio (roxo) no centro. Tons escuros são usados ​​para indicar camadas mais atrás.

O arranjo da rede perovskita pode ser descrito como um grande cátion atômico ou molecular (positivamente carregado) do tipo A no centro de um cubo. Os cantos do cubo são então ocupados por átomos B (também cátions com carga positiva) e as faces do cubo são ocupadas por um átomo menor X com carga negativa (ânion).

Dependendo de quais átomos ou moléculas são usados ​​na estrutura, as perovskitas podem ter um conjunto impressionante de propriedades interessantes, incluindo “magnetorresistência colossal” – sua resistência elétrica muda quando elas são colocadas em um campo magnético (o que pode ser útil para microeletrônica).

Algumas perovskitas funcionam como supercondutores, o que significa que podem conduzir eletricidade sem nenhuma resistência. Esse material exibe muitas outras propriedades interessantes e intrig

antes: ferroeletricidade, ordenação de carga, alta termeletricidade e a interação de propriedades estruturais, magnéticas e de transporte são características bastante observadas nesta família. Por isso, oferece oportunidades estimulantes para físicos, químicos e cientistas materiais.

Sistemas fotovoltaicos

A aplicação de perovskita como células solares é proeminente, uma vez que as sintéticas são reconhecidas como materiais de base para fotovoltaicos de baixo custo e alta eficiência. Especialistas preveem que o mercado de células fotovoltaicas de perovskita chegará a 214 milhões de dólares em 2025.

Em 2016, a Unicamp foi a primeira instituição a produzir células solares de perovskita no Brasil. O material, que vem sendo pesquisado pela ciência desde a década de 1960, mas que apenas recentemente teve a aplicação voltada para a geração de energia solar, é uma alternativa mais acessível e eficiente ao silício, empregado amplamente em sistemas fotovoltaicos.

Especialistas acreditam que o uso do material em sistemas fotovoltaicos resultará em maior eficiência energética e abrirá um um mercado altamente competitivo, reduzindo o valor dos painéis solares. Além disso, as células solares de perovskita oferecem atributos adicionais como flexibilidade, semitransparência, filme fino, peso leve e baixos custos de processamento.

As perovskitas oferecem uma vantagem significativa sobre o silício em aplicações fotovoltaicas, uma vez que as perovskitas reagem a uma gama mais ampla de frequências de luz visível, o que significa que convertem mais luz solar em eletricidade do que o silício.

A tecnologia, no entanto, ainda não está totalmente pronta comercialmente e as células solares de perovskita deverão enfrentar vários desafios antes que o sucesso comercial possa ser alcançado.

Entre essas questões estão a durabilidade, estabilidade, a pouca estabilidade das células em ar úmido e o risco de que esses dispositivos possam liberar chumbo, um elemento altamente tóxico, para o meio ambiente.

Luz azul é enorme progresso para LEDs baseados em perovskita

Em 2021, pesquisadores da Linköping University, Suécia, desenvolveram diodos emissores de luz azul eficientes baseados em perovskitas de haleto. Os novos LEDs podem abrir caminho para uma iluminação acessível e com baixo consumo de energia.

A iluminação é responsável por cerca de 20% do consumo global de eletricidade, número que poderia ser reduzido para 5% se todas as fontes de luz consistissem em diodos emissores de luz (LEDs). Os LEDs branco-azulados atualmente em uso, no entanto, exigem complexos métodos de fabricação e, ainda por cima, são caros, o que torna mais difícil alcançar uma transição global.

LEDs fabricados a partir de perovskitas halogenadas podem ser uma alternativa acessível e sustentável para monitores de iluminação e baseados em LED. Usando elementos do grupo halogênio, isto é, flúor, cloro, bromo e iodo, o material pode receber propriedades que dependem da composição química do cristal.

Já foram criados LEDs para luz verde e vermelha com perovskitas, mas ainda faltava uma cor: a azul. Segundo Feng Gao, professor do Departamento de Física, Química e Biologia da Universidade de Linköping, a luz azul é a chave para trazer as perovskitas emissoras de luz para aplicações práticas.

O desafio de criar luz azul nesse material é que ele requer uma composição química com uma grande fração de cloreto, o que o torna instável. LEDs baseados em perovskita azul foram criados anteriormente com o uso do que é conhecido como “técnica de confinamento quântico”, que fornece LEDs de baixa intensidade com baixa eficiência.

Entretanto, perovskitas estáveis ​​com a quantidade desejada de cloreto podem ser criadas com o auxílio da “técnica de cristalização assistida por vapor”. Além disso, os pesquisadores da Linköping University alcançaram uma eficiência energética de até 11% para os LEDs azuis baseados em perovskita.

A ciência das perovskitas é um campo de pesquisa relativamente novo que tem despertado grande interesse internacional, porque oferece um grande potencial para o desenvolvimento de materiais baratos e eficientes. Porém, os pesquisadores apontam a necessidade de mais estudos para que as aplicações possam ser feitas.

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Cientistas descobrem forma inédita de armazenar energia solar

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, publicou recentemente um estudo, na revista Chemistry of Materials, que pode revolucionar a pesquisa de energias limpas renováveis: trata-se de uma nova maneira de armazenar energia solar, durante vários meses, com opção de liberá-la sob demanda, para produzir calor.

Após análise de um material cristalino, os pesquisadores descobriram que ele é capaz de capturar e armazenar quantidades significativas de energia solar durante os meses de verão, com dias claros e ensolarados, para utilizá-la no inverno. O método proposto poderia até mesmo ser aplicado no aquecimento suplementar de casas e escritórios.

O novo material foi desenvolvido a partir de uma “estrutura metal-orgânica” (MOF) que consiste em íons metálicos interligados em estruturas tridimensionais. Como esses MOF’s são porosos, moléculas especiais carregadas são hospedadas nesses poros, e conseguem absorver a luz ultravioleta e depois mudar de forma quando a luz ou o calor são aplicados.

A partir de um composto MOF, preparado por outros pesquisadores da Universidade de Kyoto, no Japão, chamado de DMOF1, a equipe de Lancaster teve a ideia de utilizá-lo com o objetivo de armazenar energia, algo que não havia sido pesquisado antes.

Os poros do MOF foram carregados com moléculas de azobenzeno, um composto que absorve fortemente a luz. O processo foi capaz de armazenar a energia da luz ultravioleta da mesma forma que uma mola dobrada. Os poros do MOF prendem as células de forma tensionada por longos períodos de tempo na temperatura ambiente.

Para liberar a energia, é utilizada uma pequena fonte de calor externo, como gatilho, apenas para mudar o estado do MOF, o que ocorre de forma muito rápida, como uma mola voltando para a sua posição original. Isso fornece um aumento de calor que pode ser usado para aquecer outros materiais ou dispositivos.

 

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